~~Jacob Black~~

As férias da faculdade estavam sendo tão boas quanto as ultimas que tirei no verão passado. Minha família - meu pai e minhas irmãs - desejam que eu fosse visitá-los em La Push, mas louco eu não era de enfrentá-los depois de dois anos.

Segundo Alec, isso era medo de encarar o velho. Mas para mim, era apenas mágoa de tudo que ele me causou. Preferi então curtir minhas férias no meu apartamento, ir a festas, pegar muitas garotas e me divertir longe de Bill Black.

Desde sempre, vivi em La Push, Washington com minha família, porém, após o casamento de Bill Black com Sue, vim morar sozinho em Nova Iorque. Eu não tinha algo contra Sue, ao contrário, ela até era uma ótima mulher. Mas desde a morte de minha mãe, Bill casava-se anualmente com uma mulher diferente - e não era exagero. Era assim, ele simplesmente tentava ocupar o lugar de minha mãe.

Eu era o filho mais velho, responsável por minhas irmãs pequenas. Agora, minha irmã mais nova já tem seus 15 anos e está no colegial. Rachel, que ganhava de idade por um ano de Rebeca, estava no seu último ano escolar e pretendia no ano que vem cursar medicina. O orgulho de Bill sempre foi Rachel e ele não escondia isso de ninguém.

Claro, Jacob Black era a vergonha da familia. O garoto que sempre matava aulas, participava de lutas clandestinas, apostava em corridas também clandestinas e mulherengo desde os doze anos. Era assim que Bill me descrevia. Serei sincero, eu não me importava e isso desde a morte de minha mãe Sarah.

Alec Volturi era meu melhor amigo desde quando cheguei sem rumo em Nova Iorque. Alec m ajudou a me adaptar com a cidade grande, eu estava sempre acostumado com a cidade pequena e caipira onde cresci. Foi assim que Alec e eu nos tornamos melhores amigos. Onde eu estava, Alec estava; onde Alec estava Jacob Black também estava. Podia até parecer um tanto gay, vindo de dois marmanjos barbados e solteiros, com diversas mina aos pés, mas era assim que era constituída a nossa amizade.

Alec tinha me apoiado em muitas, se não todas, as minhas loucuras; principalmente quando vim sozinho e sem família para um lugar onde eu conhecia ninguém e aluguei um apartamento. Eu não tinha mais familia por perto, o único era meu melhor amigo: Alec Volturi. Ele era assim como eu, porém um pouco mais certinho e controlado pelos pais ricos. Alec participava de lutas, jogava futebol americano, corria de moto e era obrigado a cursar Gestão Empresarial na NYU, mesmo que sua vontade era cursar junto comigo engenharia mecânica, na mesma universidade. Eu sentia pena dele. Com dezessete anos, Alec foi obrigado a fazer a faculdade que não queria e ser controlado pelos pais a fim de um dia mais tardar comandar toda a empresa Cullen. Ainda assim, Alec praticava muitas coisas que se seus pais descbrissem, ele estaria morto.

Mas Alec Volturi era tão sacana quanto eu, quando a oportunidade lhe batia na porta, lá estava Alec fazendo as melhores festas que um estudante da NYU poderia fazer. Ele tinha uma casa imensa, sem contar uma enorme casa da piscina onde ele estava sempre construindo as melhores festas de nossas vidas.

Desta vez, a ideia da festa tinha sido totalmente minha, eu assumo. Eu estava louco para uma louca diversão, como sempre fazíamos, ninguém além de nós dois era capaz de fazer uma festa como as nossas. Ainda mais a noite numa piscina.

Estava tudo no esquema, Alec traria todos aqueles que conhecíamos e os que não conhecíamos também. Quil estava quase arregando, ele cursava o mesmo curso com Alec e sua namorada estava viajando. Como ele era uma espécie de idiota que fazia tudo que a namorada queria, ele estava querendo passar o final de semana conversando com Claire por video chamada ao invés de vir a festa. Era por isso que eu fugia de um relacionamento. As mulheres são controladoras, chatas para cassete e ciumentas. Só eram úteis para abrir as pernas. Era só isso que eu queria e precisava delas.

Seth Clearwater era nosso amigo mais novo que andava conosco. Ele estava no primeiro ano da faculdade de engenharia elétrica e tinha uma irmã mais velha, de vinte anos, que cursava Design na NYU. Leah Clearwater era uma mulher gostosa, que mais faltava na faculdade do que ia, devido ao seu trabalho de modelo para uma revista de moda. Já fazia mais de um ano que Leah era um caso a mais para mim. Não era como um relacionamento, mesmo sendo algo que ela ansiava mais que tudo. Porém, Leah era fútil e artificial, a coisa que mais lhe importava era fama, dinheiro e beleza, são os três itens básicos da sua vida.

Para mim Leah sempre seria apenas um intem constuente em minhas fodas.

– Vamos logo, Leah! Eu não tenho o tempo todo! - falei irritado, já vestido e pronto para a festa que Alec e eu planejamos para essa noite.

Já fazia mais de uma hora que Leah estava presa no banheiro, aprontando-se para a festa.

– A culpa é sua, Jacob Black! Eu disse para não transarmos enquanto eu tomava banho. - ela falou, irritada.

Um sorriso maldoso brotou em meus lábios, enquanto eu caminhava de um lado para o outro no quarto do apartamento de Leah. Dei de ombros e Leah deixou o banheiro com uma expressão irritada.

– Você deveria ficar feliz, sabe quantas garotas a essa hora adorariam ser comidas num chuveiro por Jacob Black? São muitas. - apontei a realidade e ela abriu um sorriso irônico.

Não reparei nas suas roupas, mas vi que suas pernas estavam de fora devido a um pedaço de pano que ela usava para cobrir a initimade e a bunda. Revirei meus olhos vendo o quão vulgar Leah conseguia ser como sempre, mas para mim, era normal.

Fomos em meu carro, o que aliviou a morena. Leah surtaria se fôssemos em minha moto e seu tão amado penteado se desmanchasse. Eu sabia que no fim da noite, Leah já teria ido para cama com vários outros caras, então não seria por muito tempo que seu amado cabelo ficaria impecável.

A mansão dos Cullen era quinze minutos do apartamento de Leah e ao chegarmos lá, a casa da piscina estava inteiramente atolada. Um mar de pessoas cobria o jardim, outras dentro da piscina e outras dentro da casa. Leah estava ansiosa, não demorou muito para ir atrás de suas amigas, as quais eu já tinha pego todas. Por sorte, Leah não era como aquelas que eu costumava pegar: ciumenta e possessiva, ela sabia seu lugar e eu não era nada seu.

Onde eu passava, os convidados me saudavam com alegria. Dentre eles, alí estava Alec, Seth e Jared. O trio bebiam entre risos e conversas ao lado da piscina, com direito a compania de três lindas garotas peitudas, com no máximo dezoito anos.

– Chegou o grande lobo! - gritou Seth, empolgado e jogou seu ombro esquerdo no meu peito.

Como fazíamos sempre, joguei meu braço direito em volta de seu pescoço e finge lhe dar socos na barriga, o que o fez rir e logo nos soltamos.

– E aí, seu cabeçudo! - falei mexendo nos fios negros da cabeça de Seth Clearwater.

– Ei, Jake, você trouxe a Leah? - perguntou Jared, incrédulo e dei de ombros, me juntando ao círculo.

– Você sabe, Jared, Jacob só usa a Leah para se divertir. - falou Alec, sorrindo abertamente - Sem ofensas, Seth.

– Não ofendeu. - negou Seth descontraido.

– Além do mais, Leah estará com outros caras até o final da noite, nem me preocupo. - falei, tranquilo - Eu vou atrás de uma bebida.

– Tem certeza de que vai beber e não comer? - perguntou Jared e os outros riram junto com ele.

– Estou aberto a opiniões. - falei jogando meus braços no ar e andando de costas - Mas acho que os dois juntos serão muito bons!

Larguei meus braços de volta para cada lado de meu corpo. Caminhei abrindo espaço entre tantas pessoas distraídas ao som de batidas eletrizantes, algo que eu simplesmente adorava. Dentro da casa, uma multidão dançava juntos com as luzes fracas e de cores diferente iluminando de um lado para o outro.

Na cozinha eu encontrei a geladeira repleta de bebidas, quase sem comida alguma. Do outro lado da cozinha, onde tinha a saída para o outro jardim, vinha uma cortina de fumaça que aso poucos de desgastava. Os malucos alí do outro lado, riam como idiotas enquanto fumavam maconha, baseados, coisas do tipo. Eu bebia muito, mesmo sabendo me controlar, mas jamais me envolvia com algum tipo de fumo ou droga, aquilo era loucura de mais.

Depois de três ou quarto garrafas, duas ou três músicas, uma ou duas garotas; Leah Clearwater me arrastou para a casa principal, alegando que era a sua vez de pedir sexo; como se da vez no chuveiro não fosse sua vontade. Na casa principal havia muitos mais quartos do que na casa da piscina e nós escolhemos o primeiro quarto que encontramos, para irmos direto ao banheiro e fazer um sexo selvagem e rápido.

Quando Leah ainda voltava a vestir suas roupas, eu não quis ficar para esperá-la, eu ainda tinha muitas outras garotas a minha espera e Leah não me impediria, nem se ela quisesse. Por sorte, eu conhecia a casa de Alec ha muito tempo, já não me perdia mais e foi fácil voltar para as escadas de onde vim, mas foi alí mesmo onde parei quando encontrei os olhos verdes vindo ao meu encontro. O rosto delicado e belo, as maçãs do rosto rosadas e os labios formando um sorriso bobo e inocente.

De onde diabos ela era? E quem era ela?

Ela estava no andar de baixo, vestindo roupas comuns, nada vulgares e lindas. Eu nunca tinha a visto, não tinha ideia de quem fosse, mas dentro de mim, eu estava excitado para conhecê-la. Se houvesse alguma garota tão linda quanto ela, eu ainda não conhecia.

Um andar nos distanciava, mas eu tinha a certeza de que sua altura era mediana, porém mais alta devido ao par de saltos. Eu nunca tinha me interessado por alguma garota com óculos, mas esta era impossível. Os fios de seu cabelo eram num castanho claro, com escuro e compridos até o fim das costas. Tentei encontrar alguma imperfeição, foi impossível. Até suas pernas torneadas, os braços delicados e barriga lisa. Céus, quem era essa garota?

Eu estava maravilhado com a desconhecida do andar de baixo, Leah Clearwater se aproximou de mim e nem a notei, só percebi sua chegada, quando esta se agarrou a mim e seus lábios sugaram os meus de uma maneira esfomeada.

Eu quis matar Leah Clearwater e vi a desconhecida me olhando horrorizada, ao mesmo tempo envergonhada. Alec, em algum lugar, chamava pelo nome de uma tal Renesmee. Meus lábios não correspondiam aos beijos de Leah, eu via ainda a desconhecida, procurando por alguém e Alec Volturi apareceu ao seu lado, dizendo algo que não compreendi, ate que ele me notou e fez uma careta.

– Ah, não, Jacob! Só me diga que vocês não usaram o meu quarto! - ele falou, enraivado e deu um passo até as escadas.

Finalmente soltei Leah, sem me preocupar com sua expressão enojada e eu sorri para Alec.

– É claro que não, seu cabeçudo. - falei, sorrindo um tanto maroto e usando um dos apelidos que ele e eu sempre dizíamos um ao outro - Eu sei que você me mataria.

Desci as escadas, notando que os olhos verdes da desconhecida ainda me fitavam com curiosidade e receio. Suas maçãs do rosto estavam avermelhadas e achei aquilo tão interessante. Leah, a qual vinha atrás de mim e eu nem notava, soltou algumas palavras - as quais não tive interesse de escutar - e foi ignorada por mim e Alec.

– Está todo mundo atras de você, Jacob. - Alec resmungou como a bixa irritante que ele sempre era.

Eu nem notava Alec ou Leah, apenas notava o quão a desconhecida a minha frente sentia-se acanhada e deslocada, até que resolveu abrir a boca para dizer algo:

– Alec... Eu... Eu vou voltar para a festa. - dizia desajeitada, com uma voz aveludada e melodiosa. Era dócil assim como sua fisionomia e seu sorriso que tinha ante de me notar. O que será que tinha a feito sorrir daquela maneira?

– Espera aí, Nessie, eu vou com você.

E como Leah não sabia deixar a língua dentro da boca, ela precisou dizer algo:

– Nessie? Que diabos de nome é esse? - Leah perguntou enojada.

– É Renesmee. - a outra respondeu, ríspida e sem timidez - Pelo menos para você.

Aquilo me fez sorrir. Ela era desafiadora e não tinha medo disso. Todas as garotas que eu conhecia tinham medo de Leah e eram intimidada pela tal, mas Renemee foi a diferente.

– Nessie.... - falou Alec, chamando-a carinhosamente e rindo - Esse é Jacob, o grande lobo o qual estávamos falando.

Ela deixou de me olhar, para olhar a Alec.

– O que de grande só tinha a cabeça? - perguntou confusa e aquilo causou uma extrondosa risada de Alec.

Os olhos de Renesmee se arregalaram e eu sabia que ela não tinha feito de propósito. Acabei sorrindo, vendo-a tão sem jeito e avermelhada como um pimentão.

– Pelo visto, você deve conhecer a Jane. - deduzi, apenas Jane dizia aquilo desde quando o meu apelido de Grande Lobo surgiu.

– Me... Me desculpa. - dizia Renesmee, com seu sotaque britânico charmoso - Eu... Eu não...

Ela escondeu seus lábios com as mãos em forma de concha e permaneceu a me olhar de olhos arregalados. Meu sorriso se desfez no segundo em que Alec envolveu seu braço sob os ombros de Renesmee e sorriu todo maroto.

– Essa é Renesmee, a colega de quarto de Jane. Elas chegaram hoje. Renesmee é de Londres. - explicou ele, sabendo de mais da colega de quarto de sua irmã gêmea.

– Eu não imaginava que Jane falava de mim, e principalmente mal. - comentei querendo espantar aquela sensação esquisita de dentro de mim.

– E ela não fala, eu juro! - Renesmee defendeu a amiga - Ela nunca mencionou você a mim, é que...

– Ela ouviu falar do grande lobo. - interrompeu Alec, ainda com seu braço envolvendo Renesmee - Vamos voltar para a festa, é um saco ver todos se divertindo e eu aqui olhando para a cara de Leah.

Leah passou por nós e indo na nossa frente, falou:

– Como se você não gostasse. - e sorriu debochada, seguindo a nossa frente.

Alec e eu nos olhamos naquele momento, sabendo exatamente o que o outro achava daquele comentário e sorrimos ao mesmo tempo.

– Sabe como é, né, Leah? - começou Alec, sorrindo e meu riso já queria sair como de uma criança - Eu não gosto muito de restos.

Como previsto, a expressão de Leah se enfureceu e Alec e eu não conseguimos esconder nossa risada ao mesmo tempo em que Leah apressava seus passos para ir mais rápido. Escutei uma doce risada desajeitada, mas gostosinha e vi Renesmee se divertindo do momento.

Alec por um momento fez uma careta e pausou sua caminhada no mesmo instante.

– Caramba! Eu preciso pegar o CD do Avicii! - ele pareceu desesperado e balancei a cabeça desacreditado que ele tinha e esquecido do CD que eu basicamente o obriguei a não esquecer.

Depois de algumas palavras brincalhonas e tal, Alec correu para seu quarto, finalmente deixando a mim e Renesmee sozinhos. A minha vontade era de agarra-la e beijá-la alí mesmo, sem hesitação. Mas Renesmee nem por um segundo demonstrou estar a fim ou caidinha pelo grande lobo aqui.

Nós dois fizemos a mesma pergunta juntos, segundos após a saída de Alec e vi Renesmee ficar avermelhada novamente. Aquilo era engraçado.

Decidimos voltar para a festa e novamente eu me sentia excitado para agarrá-la e... Balancei a cabeça, desviando pensamentos obcenuos logo a seguir e sem deixar de observá-la a todo momento.

– Renesmee. Certo? - pergunto, mesmo sabendo todo seu nome esquisito e sexy. Ela acenou com a cabeça, parecendo na dúvida - É muito diferente. Eu gostei. Mas é muito comprido.

Quando fui sincero e fiz uma careta, ela sorriu e a seguir nós dois rimos.

– Pode me chamar de Nessie, é assim que todos me chamam.

Nessie. E todos a chamava assim, de alguma forma, eu não queria ser como todos, eu queria ser além.

– Eu prefiro Ness. - falei dando de ombros ao encrutar ainda mais seu nome.

Ela me olhou descrente.

– Como o monstro do lago Ness? - perguntou ofendida e me soquei internamente. Ela riu de repente - Eu estou brincando!

Me senti aliviado e sorri. Ela sabia brincar, mas eu sabia muito mais. Ainda andávamos na direção da festa e a música já podia ser escutada cada vez mais.

– Não! Não é como o monstro do lago Ness, apesar de que ocê parece... - dei novamente de ombros e vi seu rosto se ruborizar e seus olhos ficarem tristes. Sem aguentar vê-la assim, logo denunciei a brincadeira e nós dois rimos ao entrarmos no jardim.

Com a música alta, eu parei de andar, ficando ao lado de Renesmee. Eu sabia que Ness não estava a fim de mim, ou pelo menos mostrava isso e sabia também que ela não iu algum interesse em mim, mas eu só precisei de algumas palavras para que ela soubesse que eu sim estaa a fim dela e que nada me impediria de olhá-la por essa noite. Eu estava na esperança de que assim, Renesmee sentisse algum interesse por mim e não via a hora de ficarmos sozinhos em quatro paredes.