Fase Experimental escrita por Camila Fernandez


Capítulo 51
Capítulo 52




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A aliança pereceu funcionar muito bem. Por diversas vezes foram confrontados por exércitos em diferentes locações. Em um momento enfrentavam 50 numa praia aberta, em outro 25 soldados no que parecia um aeroporto. Pelo menos esse povo era criativo, com eles nada era monótono. Um time sabia que dependia do outro, eles se completavam, mas a medida que os desafios passavam sabiam que estavam mais próximos de terem que cada um seguir seu caminho e para Yuri e Camila o preço que não serem os melhores era alto.

Assim que acabaram de combater um exército numa loja, o que lembrou muito Camila de seu primeiro desafio de treino sozinha um clarão surgiu. Quase todos estavam machucados em algum ponto. Quem estava melhor tinha pelo menos um joelho totalmente esfolado.

Olhando mais atentamente o clarão via-se uma escuridão no fim. Quase como a luz no fim do túnel invertida. Yuri e Camila se entreolharam. O que aquilo significava? Quase como se pensassem juntos ambos saíram correndo. Cada time saiu no susto para acompanhar seu líder. Há algum tempo tinham aprendido a confiar nos instintos deles. Yuri e Camila tinham virado a figura importante da qual muitos daqueles jovens não tiveram para seguir, para se espelhar. De certa forma se sentiam bem em ter alguém que pudesse dizer de verdade o certo e o errado sem ofender ou julgar.

Nenhum dos líderes nunca foram os mais rápidos do grupo, mas agora pareciam a anos luz de distância que qualquer outro garoto do time. Corriam por suas vidas, por seus prêmios, cada um sabia muito bem o que os esperavam no final e queriam aquilo mais que tudo. O corredor parecia interminável e o pulmão de ambos começava a protestar, mas nenhum ousava parar um segundo que fosse para respirar. Mesmo quando o chão começou a ficar irregular, a velocidade não se alterou em nada. Estavam tão rápidos que não repararam quando uma enorme parede cresceu atrás deles os deixando separados do restante do grupo.

Quando finalmente alcançaram o final havia duas meninas idênticas paradas cada uma de um lado. Era a mesma menina que tinha aparecido no último dia, mas agora estava duplicada. Uma usava um vestido azul de alça grossa e saia estruturada com um laço rosa na cabeça, a outra vestia-se igual, mas com as cores invertidas.

—O que diabos é isso? -protestou Camila.

—Magdelena? -tentou Yuri em vão, nenhuma das duas moveu um único músculo.

Sem pensar duas vezes Camila pegou sua arma e apontou na direção de Yuri.

—Você pode me impossibilitar de ir atrás de uma delas, mas o que acontece se você escolher a errada? -ele sorria, esse treinamento todo era uma grande piada, uma piada bem sádica. -acho que a ideia era que um único grupo chegasse aqui, e assim esse grupo teria 50% de chances de ganhar. Nunca foi questão de estratégia, força ou velocidade, no final tratava-se de sorte.

—Tem que ter algo que as diferencie! -gritou ela frustada. Não estava pronta para perder tudo agora.

—Vá você mesmo e cheque. Depois quando estiver pronta a gente conversa.

Camila se dirigiu com raiva a menina que tinha o vestido rosa, a examinou de todas as formas que pode, partiu então para a outra. Havia uma única diferença visível, a de azul tinha uma pequena pinta no maxilar direito, mas a que esteve com ela aquele dia tinha? Não tinha prestado tanta atenção assim na menina.

—Você tá certo eu não sei qual é qual. -Camila abaixou a cabeça dando-se por vencida. -Então quem decide? Eu ou você? Porque pelo visto vaiu dar no mesmo.

—Não acho que seja bem assim. Eles não esperaram que chegassem aqui juntos. Muito menos que escolhêssemos juntos. E se nós dois pudermos receber nossa recompensa?

—E se nenhum de nós receber? Foi tudo em vão? -ela se sentia confusa.

—Se nenhum de nós receber talvez tenhamos ajudado o mundo testando novos militares.

Ambos se encararam por um tempo até que os dois deram de ombros, na falta de uma ideia melhor essa serviria.

—Eu vou na de azul. -disse Camila.

Cada um se encaminhou a uma menina. Elas se encontravam presas numa pequena jaula. Abaixo delas um botão vermelho que claramente pedia para ser apertado.

—Um. -começou Camila para que não houvesse uma demora a mais em um ou em outro e o plano falhasse. -Dois. -a mão dos dois já estava perto o suficiente. -Três... Já!


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