Lições de Vida escrita por abishop


Capítulo 13
13. Tirar Férias




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Meses depois de darmos entrada no pedido de adoção, recebemos um telefonema do serviço social numa tarde ensolarada de sábado para comparecermos a um orfanato para simpatizarmos com uma criança. Joshua e eu ficamos encantados com um bebê de dois meses de olhos claros, pele clara, com traços bastante parecidos com o nosso.


– Joshua, é ela!


– Aquele bebê ali já esta adotado? – Perguntou Joshua para a diretora do orfanato.


– Não. – Disse a mulher. – Antes que me perguntem, ela é muito quieta e não da trabalho algum. Só não entendo como ninguém a ainda a adotou.


– Ela é linda. Joshua vamos adotá-la?


– Podemos? – Joshua perguntou para a diretora.


– Claro, é só assinarem alguns papeis. Vamos ate minha sala.


            Entramos em uma sala muito confortável e sentamos na cadeira. Havia alguns papeis em quadros na parede que pareciam nomeações e premiações.


– O que aconteceu com os pais da garotinha? – Indaguei curioso.


– A mãe morreu no parto e o pai não se sabe. Alguns dias depois que ela nasceu, veio para cá. Ainda não tem nome e tem um mês.


– E quando que a gente pode estar vindo buscá-la? – Perguntei enquanto assinava o papel.


– Daqui uma semana.


– Obrigado. – Agradecemos juntos.


            A diretora nos acompanhou ate a saída. Entramos no nosso carro, fomos comprar alguma coisa para bebes e essas coisas. Aproveitamos para comprar um berço e no mesmo dia Joshua e eu montamos no nosso quarto.


            Sentamos no sofá e eu apoiei minha cabeça no encosto e fiquei olhando para ele, ao perceber que estava sendo visto por mim, começou a me olhar também.


– Feliz Alec?


– Muito Josh.


            Uma semana se passou e fomos buscar a nossa filha no orfanato. Assim que saíssemos de lá, íamos registrar a menina com um nome. Decidimos que seria Gabrielle Ross Urie. Spencer e Jon ficaram felizes quando contamos para eles pelo telefone que tínhamos decidido adotar uma criança. Eles ainda ficariam um bom tempo no Colorado, que foi para onde eles foram depois que saíram do Texas. Voltariam dentro de seis meses.


            Peguei pela primeira vez a garotinha no colo e ela não fez todo aquele escândalo. Era um anjinho dormindo. Fui com ela em meu colo no banco de trás enquanto Joshua dirigia ate o cartório. Olhava para o retrovisor e nossos olhares se encontraram algumas vezes e estávamos felizes. Depois fomos para casa curtir nosso momento com a mais nova integrante da família.


            A única coisa que fomos desajeitados no começo foi em trocar as fraldas, mas com o tempo pegamos pratica e ficou bem mais fácil. Sempre que possível tirávamos fotos de nós três ou de um de nos com Gabrielle. Fazíamos passeios ao parque quando algum raio de sol apontava no céu. A pequena Gabrielle não nos incomodava em nada. Enquanto eu fazia nossa janta, Joshua ninava a garotinha que já tinha feito sua refeição com papinha e estava com sono.


– Vou colocar ela no berço, já volto. – Disse sem emitir som. – Assenti para que ele pudesse ir.


– Voltei Alec. – Abraçou-me por trás. – Sabe do que estou com saudades?


– Não. O que?


– De sentir seu corpo no meu. – Mordiscou meus lábios depois que terminou de falar.


– Joshua, não...


– Alec, tem que ser agora. – Colocou-me sobre a mesa e começou pelo meu pescoço. Algumas mordidas não iam fazer mal. Abri o zíper de sua calça e deixei com que ela caísse pela sua perna. Desabotoei sua camisa enquanto ele mantinha seus lábios nos meus. Tirou minha roupa, me deixando apenas de cueca. Enrosquei minhas pernas em sua cintura e ele me levou ate o sofá para terminarmos o nosso trabalho lá. Eu já estava bastante excitado prestes a ter o meu momento de êxtase. Apoiei-me no sofá e ele fez o resto. Senti seu membro me penetrando. Também sentia falta daquilo, porque era bom e porque ele sabia satisfazer aos meus desejos e correspondia as minhas expectativas. Enquanto me penetrava, com as mãos me masturbava. Senti seus ofegos quando ele tocava alguma parte do meu corpo que o deixava daquele jeito. Gemia seu nome toda vez que isso acontecia. Quando ele saciou sua vontade e teve seu momento de êxtase, deitamos no sofá. Eu estava por cima dele que ainda tinha a respiração falha. Tínhamos acabado de fazer sexo e estávamos nus no sofá. Depois disso nem jantamos. A fome tinha sido saciada pelo desejo e prazer da carne.



Dois Anos Depois...


            Spencer e Jon já tinham voltado e vieram em casa para tocar algumas musicas.


– Gabrielle, deixa que eu abro a porta filha.


– Papai Joshua, é o tio Jon e o tio Spencer?


– Sim.


– Eba. Vai ter bagunça hoje.


– Nada de bagunça mocinha. – Disse em tom autoritário para ela. – Eu e o seu pai vamos tocar algumas musicas com o tio Spencer e o tio Jon.


            Joshua abriu a porta e os dois entraram. Gabrielle correu ate Jon e abraçou sua perna e depois foi do colo deste para o do Spencer.


– Ola Gabrielle. Como você vai?


– Ola tio Spencer. Vou bem.


– Gabrielle, vai lá brincar com suas coisas porque eu e seu papai Alec temos que conversar algumas coisas com o tio Jon e o tio Spencer. Depois vamos estar no estúdio, qualquer coisa é só nos chamar.


– Tudo bem papai Joshua.


– Boa menina.


            A pequena garotinha foi para seu quarto brincar com suas bonecas. Quando ela entrou no quarto, foi ai que começamos a conversar.


– Nossa Joshua e Alec, vocês souberam mesmo como educar ela e fora que ela é uma graça.


– Que isso Jon, o Alec fez um ótimo papel materno. – Rimos.


– Joshua! – Disse repreendendo-o por isso.


– E porque vocês chamaram a gente?


– Bem Spencer, é que semana que vem é o aniversario dela e queremos fazer uma festa surpresa, só que com ela aqui deixaria de ser surpresa. Teria como vocês ficarem com ela por um dia inteiro pra gente?


– Claro que a gente fica com ela Joshua. Vamos adorar nos divertir com ela.


– Levem ela ao zoológico, porque ela adora animais. – Complementei. – E agora vamos ensaiar alguma coisa.


– Okay. Jon me ajudar a levar algumas coisas no estúdio?


– Claro.


– Vamos Joshua?


– Espere um pouco, quero te mostrar algo.


– E o que é?


– Sabe aquela letra que você começou? Eu a terminei pra você. Lembra aquele dia que comecei a rascunhar alguma coisa? – Assenti positivamente que sim. – Então, eu estava terminando de escrevê-la e ela ficou assim, depois que terminei de escrevê-la e mantive o que você escreveu:

A song about a boy

I can not breathe when I'm around him

I'll wait here all day

In his case come to the surface and save me

He'll never notice

I'm not in love

This is not my heart

I'm not gonna waste these words

About a boy

Last night I knew what to say

But you weren't there to hear it

These lines so well rehearsed

Tongue tied and overloaded

You never notice


I'm not in love
This is not my heart
I'm not gonna waste these words
About a boy

I'm not in love
This is not your song
I'm not gonna waste these words
About a girl

To be loved, to be loved
What more could you ask for
To be loved, to be loved
EveAlecone wants
To be loved, to be loved
What more could you ask for
To be loved, to be loved
EveAlecone...

I'm not in love
This is not my heart
I'm not gonna waste these words

I'm not in love
This is not my heart
I'm not gonna waste these words
About a boy

I'm not in love
This is not your song
I'm not gonna waste these words
About a boy



            Peguei o papel e reli a letra. Tinha ficado exatamente do jeito que eu queria.


– Obrigado Josh. Agora vamos para o estúdio.


– É, vamos.


            Tocamos por cerca de duas horas e Gabrielle ficou no estúdio conosco, dando seus palpites. Ela tinha um humor igual ao do Joshua e um gênio igual ao meu. Paramos quando ela começou a reclamar que Joshua cantava mal. Confesso que ri nessa hora, junto com Smith e Walker. Joshua a chamou e a sentou em uma de suas coxas.


– Então em canto mal, filha?


– Ah papai Joshua. Não fique triste.


– Só queria entender porque você acha isso. Papai Alec sempre gostou que eu cantasse.


– Então se o papai Alec gosta eu também gosto. Tio Spencer me ensina tocar aquilo? – Ela apontou para a bateria. Confirmei que sim para Spencer para que pudesse ensiná-la a tocar.


– Cuidado Spencer, ela vai pegar o seu lugar na banda.


– Jon, te enxerga. Não duvido nada que ele toque baixo no seu lugar.


– Ah cansei disso. – Disse Gabrielle.


– Joshua, depois quero que você toque aquela letra para mim. – Comentei enquanto Spencer e Jon estavam distraídos em qual instrumento a Gabrielle poderia a vir tocar.


– Tudo bem, eu toco.


– Já vamos. – Disse Jon.


– Mais já tio Jon.


– Vamos fazer assim: semana que vem eu venho aqui com o tio Spencer e nos vamos para o zoológico, que tal?


– Oba, gostei.


– Agora tio Spencer e eu temos que ir, esta bem?


– Esta.


– Gabrielle, da um abraço nos seus tios. – Disse quando vi que ela ia para o seu quarto sem se despedir.


– Tchau tio Jon. Tchau tio Spencer.


– Ate mais Gabrielle e obedeça seus pais.


– Esta bem, vou obedecê-los.


– Tchau Alec e Joshua.


– Tchau gente.


            Sentei-me no sofá ao lado de Joshua e Gabrielle veio com tudo e pulou em cima da gente.


– Que foi Joshua? Porque essa cara de dor?


– Ela acertou minhas partes baixas com esse pulo.


– Serio?


– Não, estou fazendo essa cara porque eu gosto de sentir dor. Claro que é serio Alec.


– Gabrielle, nunca mais pule desse jeito. Você quase machucou papai Joshua, agora peça desculpas pra ele. – Ela fez um pouco de bico e tinha ficado triste por saber que tinha machucado Joshua, mesmo que fosse sem querer.


– Papai Joshua, me desculpe.


– Tudo bem filha, papai vai ficar bem. – A beijou na testa. – Agora vai com o papai Alec tomar banho porque esta na hora da mocinha estar na cama.


– Mas papai Joshua...


– Sem mas, agora obedece senão você não vai ao zoológico com o tio Spencer e tio Jon.


            Gabrielle tinha ido para o banheiro e eu fui logo atrás.


– Josh, você vai ficar bem?


– Vou Alec, pode ir. Quando você voltar, eu toco a musica pra você.


            Dei um banho rápido na Gabrielle e ate que tentei colocá-la para dormir, o que estava bastante difícil. Fui para a sala e com ela em meu colo e sentei-me no sofá. Joshua pegou o violão no canto e voltou a sentar-se no sofá. Começou a dedilhar a musica que tínhamos escrito. Quando terminou, ele ganhou aplausos de Gabrielle e de mim, um beijo.


– Bonita letra, papai. Você que fez?


– Não. Fui eu e seu papai Alec. Agora vai dormir, porque vejo que a senhorita esta com sono e eu e seu pai precisamos dormir.


– Ta bem. Boa noite papai Joshua. – A pequena foi ate ele e lhe deu um beijo na bochecha. A peguei no colo e fui ate o quarto com ela e a coloquei na cama. Fez o mesmo que tinha feito com Joshua, me deu um beijo de boa noite. Voltei para a sala e fiquei um pouco a mais com o Joshua que me envolvia em seus braços.


– Obrigado pela letra Joshua, ficou linda.


– Você não tem o que agradecer, doce. Vamos dormir? – Ele bocejava e fomos ate nosso quarto. Deitamos e ficamos conversando mais um pouco.


Uma semana depois...



            Spencer e Jon apareceram conforme tínhamos combinado. Despedimos-nos de nossa filha e como todos pais, falamos para que se comportassem e obedecessem os dois. Quando saíram, começamos a arrumar as coisas. Cada enfeite no seu lugar era uma coisa simples, já que seriamos só nos, Spencer e Jon.


– Você viu que ela estava um pouco triste Joshua?


– É, eu percebi.


            Ajudei-o a colocar a mesa em um canto, para colocarmos as guloseimas e o bolo. Depois que tudo estava arrumado, descansamos um pouco e nos arrumamos.


– Alec, liga pro Jon e fala para eles virem, já são cinco horas da tarde. – Disse enquanto se arrumava no banheiro.


– Tudo bem amor, eu ligo.        


Disquei o numero que demorou um pouco para ser atendido.


– Jon pode vir porque esta tudo pronto.


– Okay, Alec. Já estamos indo.


            Alguns minutos depois, ouvi pela porta a voz da pequena Gabrielle que estava bem alegre por ter ido ao zoológico. Joshua ficou sentado no sofá e eu abri a porta. A garotinha correu ate Joshua depois que me abraçou e ficou sentado com ela.


– Ela se comportou? – Perguntei para Spencer.


– Melhor impossível.


– Filha temos uma surpresa para você.


– E o que é papai Joshua?


– Você sabe que dia é hoje?


– Sei, é meu aniversario e parece que ninguém se lembrou. – Disse com um tom triste em sua voz.


– Não fique triste meu anjinho. Seu papai Alec e eu não esquecemos. Ficamos preparando uma coisa aqui para você.


– E o que é?


– Vai com o papai Alec que ele vai te mostrar.


            A garotinha veio ate mim e pediu colo. Caminhei com ela ate a cozinha e lhe mostrei a surpresa.


– Tudo isso é para mim, papai?


– É sim. – Joshua, Spencer e Jon estavam bem atrás de mim.


– Agora é hora de cantar parabéns para certa pessoa. – Disse Joshua com animação. – E depois vamos fazer bagunça.


– Eba, bagunça é comigo mesmo.


            Cantamos feliz aniversario e depois fizemos aquela bagunça que nunca iríamos esquecer. Jon e Spencer participaram também e quando ficou bem tarde, foram embora, pois se entregaram ao cansaço. Sentei-me no sofá com Joshua que tinha em seus braços a garotinha que dormia em seu colo calmamente. Estávamos cansados, e não era para menos, depois de tudo o que foi feito. Ele levantou-se e levou Gabrielle ate seu quarto e colocou na cama, voltou e sentou-se do meu lado entrelaçando nossos dedos. Fitou-me com seu olhar antes de proferir algumas palavras.


– Alec, precisamos tirar umas férias não?


– Definitivamente que sim. Estou ligeiramente cansado. Que tal irmos para nosso apartamento em Chicago?


– Respirar novos ares será ótimo. É para lá que vamos.


            Continuamos sentados no sofá pensando em cada pequeno detalhe para a viagem. Seria a primeira vez que Gabrielle iria para lá. Dentro de um mês ou menos estaríamos partindo para uma aventura e tanto que não teria tantos problemas, apenas diversão e é claro, muita compaixão com os outros dois. Se tinha uma coisa que me faz feliz é ter Gabrielle como filha e Joshua como a minha grande paixão. Eu não preciso nada mais do que isso para ser feliz.


            Depois de tudo o que passamos cada dificuldade e cada pequeno obstáculo superado, passamos a olhar a vida com outros olhos. Ver o quanto ela a bela e que não precisamos de muito para ver isso. Que dá para se divertir sem cometer exageros e dividir, subtrair, multiplicar e somar nosso amor. Selamos nossa decisão com um beijo que não seria nem o primeiro e nem o ultimo, mas sim o primeiro de muitos.




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