I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 13
Capitulo 12 - Objetivo dois: Não pire, permita-se, planeje e prossiga


Notas iniciais do capítulo

Eaeee gentee. Me desculpem o atraso,e ja que não postei quarta resolvi postar hoje. Queria agradecer muuuuuuito á Lucy G Salvatore que reacomendou a fic (Ja faz algum tempo, mas acho que nunca te agradeci, desculpa kkk) Muito obrigada!
E também a recomendação perfeita da Quel. Muito obrigada amores, fiquei muitissimo feliz.
Esse capitulo ficou absurdamente grande, e teve uma passagem de tempo la pro meio, mas enfim. Falo mais la em baixo com alguns esclarecimentos e avisos okay.
Boa leitura!



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Encontrei Lance em um beco perto do Glades, ele andava de um lado para o outro me esperando. Me aproximei e o chamei.

–Capitão.

Ele parou de andar e me encarou sério.

–O que aconteceu? –Perguntei.

–Estou o dia todo tentando me comunicar com vocês, mas Laurel me dizia que você não estava disponível para falar. Não me contou muito também. Não consegui encontrar nem a Srta.Smoak.

Respirei fundo, sentindo minha cabeça latejar. As lagrimas se formando de novo e a dor bastante presente em meu peito. Eu tinha que ser forte e acabar logo com isso. Respirei fundo, expulsando as lágrimas dos meus olhos, me concentrando no que eu tinha que fazer.

–A Srta. Smoak... –Minha voz saiu falha, eu não pensei que isso seria tão difícil. Eu mal conseguia dizer o nome dela. Me afastei mais um pouco de Lance para que ele não percebesse meu abalo. –Sei os propósitos de Slade e ele quer se vingar de uma pessoa.

–De quem? –Perguntou.

–Não vem ao caso agora, mas Slade seqüestrou umas pessoas próximas a quem ele está perseguindo e nós fomos até lá para salvá-las, conseguimos, mas Felicity... –Um nó se fez em minha garganta. –Slade a pegou.

–O que? Posso reunir uma equipe de busca e...

–Não, não será necessário. Apenas continuar na busca por Slade.

–Mas, e... –Compreensão passou por seus olhos e desviei os meus. Sentindo as lagrimas teimosa descer por minha bochecha. Passei a mão e respirei fundo. –Ela está... Isso é horrível, vocês...

–Nós fizemos o possível. –Falei, conseguindo manter o tom de voz sério. -Temos que pegar Slade e acabar com isso antes que ele ataque a cidade novamente. O que tinha para me falar?

Ele pareceu meio atordoado com a mudança de assunto, mas respirou fundo e me olhou com pesar.

–A Star Labs foi invadida, um amigo meu da policia de lá comentou comigo e foi por homens mascarados, fizeram muita bagunça no lugar, mas Harrison Wells diz que nada foi roubado. Mas, achei estranho os capangas de Slade invadirem o lugar, por isso estou te comunicando.

–Star Labs invadida? O flash me avisaria sobre isso, tem certeza Capitão?

–Ah, então você e Flash também são amiguinhos? Bom saber. Ãn, tenho sim. Acho que assim como eu não consegui me comunicar com você talvez ele também não tenha.

Suspirei me lembrando de que Barry também não sabia sobre Felicity, tão pouco sua mãe.

–Preciso ir, tenho umas coisas parar resolver, vou falar com Flash e tentar descobrir o que realmente aconteceu.

Ele assentiu, me virei, mas ele me chamou novamente. Parei sem me virar.

–Sinto muito pela Srta. Smoak. Ela era uma boa pessoa e tenho certeza que significava muito para vocês. Queria poder ter feito algo para ajudar.

–Me ajude a pegar Slade e ela não terá morrido em vão.

Continuei meu caminho e fui embora. Tentando mais uma vez controlar todas aquelas emoções. Andei sem rumo por um tempo, devia voltar para a cave e dar a noticia para o pessoal, mas meu corpo e minha mente gritam para eu não voltar la, imploram para que eu fique um tempo sozinho. Tudo parece me sufocar e tento impedir o desespero de me dominar e me fazer perder o foco. Mas como não perder o foco? Como não perder pouco a pouco minha sanidade, minha humanidade, minha razão? Eu já estou perdido.

Não sei bem quando eu comecei a tomar o caminho para a casa de Felicity, mas percebo que estou em frente ao seu prédio. Meu coração dispara freneticamente, meus olhos queimam e decido subir até sue apartamento. Consigo chegar até a janela que dá para o quarto e a empurro, entrando no cômodo.

Paralisei no mesmo lugar, encarando suas coisas, seu doce cheiro invadindo minhas narinas. A presença dela estava tão forte ali que é quase como se fosse um remédio para a dor que sinto desde que a vi morrer pela tela do computador. Talvez esse seja o momento, de parar de ser racional, de me permitir ter um momento de fragilidade. Deixar entrar a humanidade que ela sempre desencadeou em mim. Caminho devagar até sua cama e pego um travesseiro, levando-o ao rosto e cheirando. As lagrimas enfim começam a descer quentes e velozes pelo meu rosto e eu não as impeço. Deito em sua cama e abraço travesseiro, enfim me dando ao luxo de desmoronar. Pelo menos por agora.

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Barry obviamente não reagiu nada bem com a noticia. Não fique lá para ver, Nós o chamamos e ele veio, então Roy e Thea contaram a ele. Nem eu ou Jhon conseguimos ficar na sala. Mas eu pude ouvir seus gritos da boate, e quando desci depois de vários minutos seus olhos estavam vermelhos denunciando o choro. Não consegui encará-lo e ver toda aquela dor em seu olhar.

–Oliver... Como isso pôde acontecer?

–Barry... Preciso que me conte o que os capangas de Slade levaram da Star Labs.

Os outros trocaram olhares, mas resolvi ignorar, é claro que estavam me achando estranho por não ter tido uma outra reação depois que me buscaram naquele dia, mas eu tive meu tempo de desmoronamento minutos atrás, eles não precisam saber disso. O momento acabou e eu quero que isso acabe, quero vingar Felicity já que não posso tê-la de volta. Só vou parar quando pegar Slade.

–Ãn, uma coisa sônica que Cisco usou para fazer o grito da Canário. É o Cisco, é caro que ele deixou “sobras”. Não sei pra que Slade precisaria disso.

Também não sei.

–Vou andar por ai, ver se acho alguma coisa.

–Oliver! –Barry chamou.

Me virei e ele, Dig, Roy e Thea me encaravam, menos Richard. Eu precisava falar com ele. Mas acho que ainda não é o momento.

–O que?

–O que está havendo com você? Felicity esta... –Evitou a palavra e sua expressão pesarosa piorou. –E você está ai, agindo desse jeito como se não se importasse!

Aquilo me irritou. Não me importasse?

–Como pode pensar que não me importo? –Sussurrei, mas meu tom denunciava minha raiva. –Não me importo Barry? –Gritei dessa vez. Todos se encolheram e arrependimento passou por seus olhos, mas não me importei. Tinha tanta coisa reprimida dentro de mim que minha cabeça gritava para a minha boca gritar tudo pra fora. –Você tem idéia do inferno que está a minha vida? – Passei a mão pelos cabelos, tentando conter um pouco da raiva, mas de nada adiantou. –Não estou falando apenas de Slade, estou falando de tudo. Desde o momento em que pisei no Queen’s Gambit, desde o momento em que ele afundou. Ali começou o meu inferno, no qual eu fui me aprofundo mais e mais a cada dia, a cada semana, mês e ano. A cada hora, minuto e segundo eu deixava de ser Oliver Queen e tudo se resumia a sobreviver. Conheci pessoas boas e pessoas ruins, perdi muitas pessoas enquanto estava desaparecido. E a morte da metade dessas pessoas foi por minha causa. –Diminui o tom, respirando fundo. Pensando se devia ou não continuar. Eu devia, eles deviam perceber que eu não era sempre racional, que eu podia explodir e dizer o que tanto me sufocava. Ele pensava que eu não me importava? Ele simplesmente não entendem e preciso que entendam.

–O que eu queria quando voltei, era apenas concertar os erros do meu pai, porque achava que estava fazendo algo de bom para a cidade, mas já não existia mais um Oliver quando me encontraram. Quando revi minha família e meus amigos... Uma parte de mim se recuperou. Uma bem pequena, apenas aquela que se lembrava de que faria tudo para manter aqueles que eu amo a salvo. Então, tudo se tornou maior e mais complicado do que eu pensei e eu me vi precisando de ajuda. Felicity brigou comigo por eu estar prestes a matar um cara que deixaria uma criança órfão. –Sorri levemente me lembrando daquele dia. Por um momento falando apenas comigo mesmo. - A garota que eu tinha pedido ajuda e que estava me ajudando em troca de salvar Walter, ainda estava exigindo a forma em que eu deveria fazer as coisas. E incrivelmente, pela primeira vez desde que voltei da ilha eu escutei um pedido para não matar. Eu iria encontrar alguém da lista do meu pai e não iria matá-lo. E eu não o matei, tudo porque eu não queria que Felicity parasse de ajudar. E a partir daquele momento tudo mudou. A cada hora,minuto,segundo, dias, semanas, meses e anos Felicity trouxe cada pedaço perdido que valia apena meu de volta. E não apenas isso, ela me fez algo diferente, me tornou algo melhor do que eu pensei que poderia ser. Ela acreditou antes de mim mesmo que eu poderia ser um herói.

Era verdade, Felicity sempre acreditou que eu poderia ser um herói e desde o começo quando ela entrou pro Team ela já estava tentando me fazer ser um, começando por aquele homem e seu filho que ficaria órfão.

Tommy morrer, minha mãe morrer e por mais que eu tenha tentado a todo custo continuar na escuridão, Felicity me puxava de volta, sempre. Sem pedir permissão ela simplesmente entrou dentro de mim de uma forma que quando eu percebi não poderia ser desfeito nem que eu quisesse. Ela me fazia bem, me entendia e me amava. Apesar de tudo, ela me amava. Apesar das pessoas que eu matei, dos meus defeitos, das decisões erradas que eu tomava, tudo que havia de errado em mim não importava pra ela, ela me amou mesmo assim.

–Então, alguém que surge do meu mundo obscuro veio para tentar tirar de mim a única luz que consegui reunir. –Continuei falando, vendo que ninguém pretendi me interromper tão cedo. - Aquela que me fez viver de novo, que me fez querer viver apesar de tudo. E por um momento só consegui me ver no inferno novamente. Mas então eu percebi que estava fazendo exatamente o que Slade quer, que eu me perca, que mergulhe naquele mundo escuro novamente. Que eu perca tudo o que Felicity conseguiu fazer de mim. Não vou fazer isso, não vou permitir que todo o trabalho dela seja desperdiçado, seria uma afronta ha todos esses anos ao meu lado, tentando me trazer de volta a vida. Mas também será uma afronta se eu deixar Slade livre fazendo o que bem entende. Se eu sentar e pensar eu vou mergulhar na escuridão novamente, estou tentando impedir que isso aconteça. Eu só quero pegar Slade e impedir que ele fira mais alguém, pois é isso que Felicity queria. Sempre que acontecia algo durante esses dias eu já perdia as esperanças, mas ela estava la para me erguer e dizer que iríamos conseguir. E pela primeira vez eu estou realmente tentando ser otimista. Otimista como ela era, como pode dizer que não me importo de ter perdido uma pessoa tão importante pra mim? Estou lutando contra isso, contra essa escuridão, tentando não perder minha sanidade. Mas eu nunca, jamais vou esquecê-la, ou deixar de amá-la e de me importar com ela. Felicity me fez um herói, mas eu não pude salvá-la. Eu a assisti morrer sem poder fazer nada para impedir. E os únicos culpado disso tudo sou eu por não ter feito a coisa certa com Slade anos atrás e o próprio Slade. Estou tentando aprisionar pelo menos um desses culpados.

Eu estava levemente ofegante e me sentia estranhamente mais leve. Jhon parecia chocado, Thea chorava silenciosamente abraçada a Roy. Richard me olhava pensativo e Barry apenas me fitava, parecendo sem palavras. O silencio se fez por alguns minutos até que Richard deu passos para frente e sorriu levemente, me olhando nos olhos.

–Houve uma vez, quando eu ainda estava em casa, em que eu não passei na entrevista de emprego pela milésima vez. –Começou a contar, um sorriso bobo no rosto, perdido nas lembranças. -Ninguém queria contratar um ex presidiário. Cheguei em casa e Donna e eu discutimos feio, ela foi dormir e eu fiquei no laboratório que tínhamos em casa. Enchi um grande copo de Uísque e bebi, não o suficiente para ficar bêbado. Felicity ainda era pequena. Ela abriu a porta e foi ate mim segurando um pequeno urso panda de pelúcia que eu dei em seu aniversário. Foi o máximo que eu consegui dar, mas ela o adorou tanto que acabei não me sentindo tão culpado. Ela se sentou em meu colo e colocou as duas mãos em meu rosto e sorriu. Secando as lágrimas quase secas do meu rosto. Ela sorriu pra mim e disse:

“-Papai, vai ficar tudo bem. Olha. –Mostrou a janelinha do seu dente da frente que havia caído. – O meu dente caiu e a fada do dente vai me dar um dollar, é só esperar mais um pouco até os outros caírem e eu juntar Dollars o suficiente para te ajudar. Mas se não for o bastante está tudo bem. Não preciso de grandes presentes no meu aniversário, nem de um quarto super legal cheio de coisas.”

–Ela me contou sobre um dos amiguinhos na escola que tinha perdido a mãe. Então deu um beijo em meu rosto e sorriu novamente.

“-Eu vou estar feliz, porque eu tenho você e a mamãe. Eu amo vocês.”

–E pode parecer ter sido uma coisa tão simples, mas me fez tão bem, pois eu percebi que mesmo em meio a tantos problemas eu tinha as duas pessoas que eu mais amava ao meu lado e isso bastava para eu sei feliz. No dia seguinte prometi á Donna que arrumaria um emprego de verdade. Me empenhei em dar uma vida melhor ás duas e consegui. Felicity tem esse efeito nas pessoas que ela ama. Ela sempre sabe o que dizer para te fazer bem. Sempre.

Fiquei paralisado, encantado demais com toda a história. Como um pai como aquele poderia ter simplesmente abandonado a esposa e filha? Algo estava errado nisso tudo e novamente me perguntei o que aconteceu para que Richard Smoak largasse sua família.

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POV Felicity

Depois de observar minha mãe recebendo alimento, como prometido comecei a mexer naquela maquina maldita. Pensei em fazer um botão de auto destruição, mas a maquina tinha uma planta e se eu fizesse algo a mais nela, Slade saberia. Todo o material que eu tinha era especificamente para fazer a maquina e para fazer um botão de destruição eu precisaria de mais material. Parecia que Slade realmente tinha pensado em tudo. Ainda preciso pensar em algo para avisar os outros de que estou viva. Talvez se eu convencer Slade a me deixar ver minha mãe antes de Oliver ligar pra ela eu consiga fazer com que ela diga algo aos outros que fará eles duvidarem da minha morte. Mas como? Slade observaria a ligação e ficaria atento ao que ela dissesse.

Seria ótimo se eu e mamãe soubéssemos código Morse. Infelizmente não sabemos, bem, ela não sabe. Eu sei algumas coisas, mas nada que vá ajudar. Vamos Felicity, pense.

Bufei com meu cérebro traíra que não me dava uma idéia que preste. Senti meu estômago reclamar de fome e parei o que fazia, me viando para o guarda parado do lado de fora da cela que me encarava o tempo todo. Como se fosse uma estatua.

–Estou com fome. –Falei.

–Problema seu. Continue. –Ordenou.

–O que? Não vou ganhar comida ou algo assim então?

–Não.

Revirei os olhos, e voltei a mexer nos fios da maquina. Torcendo para não ficar sem comida por muito tempo. Isso impediria meu cérebro de funcionar propriamente.

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Já estava exausta de tanto quebrar a cabeça para “construir” a maldita maquina. Já devia ser bem tarde da noite, e provavelmente uma semana ou duas haviam se passado. Meus olhos pesavam e minha cabeça latejava. Enfim a porta da sela onde eu estava foi aberta e um dos capangas de Slade entrou acompanhado do próprio. Havia ma bandeja em suas mãos e pelo cheio conclui ser finalmente comida.

Colocou a bandeja na minha frente e observei que havia um comprimido ali, ao lado do prato de comida.

–O que é isso? –Perguntei.

–Um remédio para te fazer ficar acordada. Teve três horas e meia de sono a cada dois dias por duas semanas e irá permanecer assim e para não comprometer o andamento da construção da maquina, você irá tomar isso.

–Não vou me drogar com isso por semanas, de jeito nenhum.

–Então que fique com sono, mas fique sabendo que não dormira um minuto a mais do que eu disse ou terá um dia a mais no prazo em que lhe dei para terminar o trabalho.

Slade andou um pouco pela cela, observou a maquina em construção e só então percebi o tablet em suas mãos.

–Sabe, alguns dias atrás vi algo que com certeza fez o meu dia e gostaria de compartilhar com você, apesar de tudo isso ainda tenho muito raiva de você pela participação passada da minha breve derrota.

–Você realmente é rancoroso. –Falei. Seu maxilar trancou, mas um breve sorriso sádico apareceu em seu rosto, então ele começou a mexer m seu tablet.

–Tudo está correndo absolutamente conforme o planejado, Oliver Queen desabou. –Franzi o cenho confusa com suas palavras e apreensiva pelo significado delas.

Ele virou o tablet em minha direção e eu o peguei em minhas mãos. Observei a imagem e rapidamente reconheci meu quarto. Estava exatamente do jeito que deixei. A janela se abria e Oliver vestido de arqueiro entrava por ela. Prendi a respiração e meus dedos trilharam levemente sua imagem na pequena tela. As lagrimas já rolavam por meu rosto e meu coração se comprimia. O observei caminhar ate minha cama e pegar meu travesseiro, levando-o até o roto. Logo depois ele se deitava em minha cama e estava claramente chorando.

Acompanhei a filmagem chorando junto com ele. Via claramente seu corpo balançar com os soluços de seu choro e conhecendo Oliver como eu conheço foi a primeira vez que ele se permitiu sofre e liberar todo o sentimento preso dentro dele.

–Oliver... –Sussurrei. Nem me lembro mais de qualquer pessoa que esteja ao meu lado no momento. Se Slade esta sorrindo e feliz ao me ver sofrer também ou se não está. Tudo que eu quero é gritar para Oliver que eu estou viva e que ele me escute. Slade retirou o tablet de minhas mãos e toda a revolta e desespero dentro de mim explodiram.

–Você não pode fazer isso! Ele precisa saber que estou viva! –Era um pedido ridículo, mas no momento minha mente só gritava em querer que Oliver soubesse que estou viva.

Me levantei, encarando Slade de frente que tinha a postura ereta e não mostrava qualquer reação pelo meu pequeno surto que não havia terminado ainda.

–Oliver! –Gritei. Como se ele estivesse no mesmo local que eu e fosse me ouvir –Eu vou sair daqui Slade, e quando eu o fizer você irá se arrepender disso tudo.

Ele enfim riu sarcasticamente.

–E o que você vai fazer? –Avançou em mim e segurou meu pescoço fortemente, senti minha garganta se fechar e ser difícil respirar. –Eu poderia matá-la agora mesmo, quebrá-la como um palito de dente. Você é frágil e no momento não tem absolutamente ninguém para protegê-la. Então o que você vai fazer agora garota, você pode morrer de gritar que Oliver não vai te achar, não irá te salvar e não vai saber que está viva. Ele continuará lá, fazendo algo inútil tentando me derrotar, sofrendo e pensando todos os dias em como seria melhor morrer, largar tudo e apenas morrer, como ele queria ha algum tempo atrás. Você não pode fazer nada.

Soltou meu pescoço e imediatamente comecei a tossir, aliviada pelo ar que voltava a entrar normalmente. Ele virou as costas para mim, saindo da sela.

–Não... –Sussurrei. –Oliver! –Me levantei e tentei correr até a porta da sela, me esquecendo da corrente em meu tornozelo que fez com que eu caísse em um baque surdo ao chão. Senti minhas costelas e costas doerem horrivelmente. O ar me faltar por segundos, as lagrima quentes e salgadas escorrerem mais. Eu tinha que sair dali, precisava de um plano, de uma solução. Precisava avisar Oliver do que estava pra acontecer. Minha mãe era a única que iria fazer contato com ele a qualquer momento, portanto era minha única chance no momento.

–Mãe! –Gritei o mais forte que minha garganta permitiu. Ainda sentia dor, me impossibilitando de me levantar do chão novamente. –Mãe! –Gritei outra vez.

Slade pareceu se revoltar e voltou ate mim, se abaixando ao meu lado e sua mão tapou minha boca, pressionando minha cabeça contra o chão frio e duro.

–Se gritar mais uma palavra eu vou até a sela ao lado e a trago até aqui, vou fazer você assistir eu explodir os miolos delas. E a culpa será toda sua. Estamos entendidos?

Estava quase me sufocando com meu próprio ar e lagrimas, balance minimamente a cabeça em sinal afirmativo e ele me soltou. Saindo em seguida. Tudo em meu estomago doía e se revirava, virei o corpo para o lado quando senti o liquido amargo subir por minha gargante e o despejei ao chão. Puxei o ar em desespero, deixando um soluço escapar em meio ao choro. Limpei a boca e me deitei, permanecendo ali imóvel no chão por um tempo.

Espera. Ele disse “sela ao lado”? Minha mãe estava bem ao meu lado? Talvez tivesse escutado meus gritos, talvez não. Mesmo se escutou em que isso poderá ajudar. Continuei deitada, fechei os olhos e recuperei o fôlego, ainda chorando. Querendo acordar desse maldito pesadelo e estar com Oliver, apenas nós dois junto em paz. Mas a vida tinha que insistir em ser muito mais complicada do que nós poderíamos suportar. Qualquer tipo de solução parece completamente inalcançável.

POV Donna

Abri os olhos sentindo minha cabeça latejar, o grito abafado ao fundo me chamando. Poderia jurar ser a voz de Felicity, mas não tem como... Não tem como ela estar aqui também. Eu provavelmente sonhei com isso. Fico imaginando como está minha bebê, pensando no que deve ter acontecido comigo. Será que o maluco do Slade ao menos contou a ela que estou aqui?

Ainda não entendo qual o propósito dele em me manter aqui. Não quer dinheiro e nem me agrediu gravemente. Entrou em minha sela para conversar no Maximo três vezes em todo esse tempo em que estou aqui. O que ele quer comigo? E porque eu?

Ouvi o grito novamente e meu coração saltou, um barulho forte de algo batendo também soou. Não é possível que esse louco tenha seqüestrado minha filha também!

Fiquei com mil perguntas na cabeça até ouvir a porta da minha sela ser aberta. Slade passou por ela aparecendo um pouco transtornado. Devo perguntar por Felicity? Ele me encarou, parecendo me avaliar. Bem, melhor eu não perguntar nada, talvez seja melhor ele continuar achando que não desconfio de nada.

–O que? Vai me soltar? Ou pelo menos me dizer o que realmente quer comigo? –Perguntei. Fazendo a melhor cara fingida que consegui. O medo de ser pega na mentira borbulhando dentro de mim. Bem, faz bastante sentido Felicity também estar aqui,talvez até esteja me observando pela câmera no alto da minha sela. Talvez não seja apenas Slade que me observa. Mas o que ele poderia querer com ela também?

O que estou penando? Felicity é um gênio, vai saber o que esse maluco está obrigando ela a fazer. Afinal faz muito mais sentido ele ter objetivos seqüestrando ela do que a mim, talvez eu seja o incentivo que ele conseguiu para fazer ela obedecer. Talvez a refeição que fiz depois de um bom tempo sem não tenha sido apenas consciência de que eu já tinha ficado muito tempo sem me alimentar. Nunca fiz tantas teorias assim, talvez seja só viagem da minha cabeça.

Mas e se não for?

–Tenho uma missão para você. –Disse. Caminhou até mim e se sentou em uma cadeira na minha frente. Ergueu um celular em meu campo de visão. O meu celular.

–Seu celular tocou agora a pouco e ele deve voltar a tocar agora novamente.

Me ligou? Quem?

–Quem liga é Oliver Queen.

–Oliver Queen? Ele... Ele está me ligando? –Okay, agora tudo faz mais sentido ainda. Talvez ele estivesse me ligando para contar que Felicity sumira.

–Sim, e quando ele ligar novamente você ira atender.

–O-o que? –Como assim? Ele iria me deixar atender o celular?

–Sim, e você vai agir como se estivesse bem, em sua casa. Ele vai te dar uma noticia sobre sua querida Felicity e tudo bem você ter uma reação. Mas não exagere e lembre-se de agir como se estivesse tudo bem. Eu ouvirei a ligação toda e se você fizer algo fora do plano eu mano você, ele e qualquer outro que ouvir a ligação la com ele. Me entendeu?

Balancei a cabeça afirmativamente, ainda muito confusa.

–Porque disso?

–Sem perguntas.

O celular em sua mão começou a tocar e o nome na tela apareceu “Oliver Queen” Peguei o celular um pouco trêmula, com medo do que viria a seguir. Respirei fundo e Slade apertou a tecla “atender” e colocou no viva-voz.

–Alo.

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Um coração em pedaços não é o mesmo

Eu te disse

Você tem a habilidade de salvar

De me salvar agora

Se você puder enfrentar a dúvida

Você pode me tirar dessa

Pois querida estive

Chorando no chão do meu quarto

Desejando que ainda estivesse em seus braços

Neles eu sempre tive certeza

Que você me ama

Que você me ama tanto

Que você me ama tanto

(Love me so – Stereo Kicks)


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Gente. Esse capitulo ficou enorme e realmente não aconteceu muuuita coisa e sei que a maioria espera que Oliver e os outros saibam logo da verdade kkk
Mas, sejam um pouquinho pacientes. Esse capitulo foi bem dificil de escrever, não só pelas coisas que aconteceram, mas eu estava com muitas duvidas de como fazê-lo. O que eu colocava agora e o que eu colocava depois. Fiz duas versões dele, em uma eu não explorei o sentimento dos personagens direito, pra não ficar muito sobrecarregado e ir logo para o que vocês tanto esperavam, mas quando terminei fiquei sentindo que faltava algo. Que faltava o sentimento deles nisso tudo, pois ficou parecendo que eles não se importavam com a morte dela ou que ja sabiam que ela está viva e ficou meio incoerente. Então realmente precisei por o ponto de vista deles nisso tudo e principalmente em Oliver.
Estava revendo aquele episodio em que ele diz a Felicity que não está "chorando" por Sarah porque todos esperam que ele faça algo, que ele tome uma decisão e que ele não pode se dar ao luxo de desmoronar. Obviamente a situação aqui foi diferente, pois quem ele acredita que está morta é Felicity, então precisei fazer Oliver tentando ser racional, até porque ele estava um tanto em negação e o que predominava ali no momento estava sendo mais a raiva com Slade, a ficha dele foi caindo aos poucos, conforme tudo ficava mais dificil, mais perguntas e menas solução e Felicity não estava ali com ele. Ele começou a sentir mais essa falta e mais a realidade chegando e gritando com ele de que ela não vai voltar. Felicity está morta, então longe do team naquele momento ele se permitiu desmoronar um pouco. Sem que os outros saibam, para que não percam o foco e ainda achem que ele está fazendo algo, que está tomando as decisões, tomando conta para que tudo não se acabe de vez. Descrevi em como ele estava tentando continuar inteiro e cuidando das coisas apesar da ausência de Felicity, mas também sua dor e saudades da mulher que ele ama e não está mais com ele.
Visto que ela não esta morta realmente, fiz a primeira versão pulando descrever tudo isso, mas nós sabemos que ela está viva. Eles não sabem, então realmente precisei por tudo isso na segunda versão.
Quando resolvi fazer tudo isso na segunda versão, não imaginei que ficaria tão grande. Então realmente precisei parar na parte em que a coisa vai começar a ficar tensa kkk
Então, no próximo a historia vai se desenrolar e começar a caminhar para o fim épico kkk.
Adianto um POV do Barry (hmmm porque será? Não vou contar heuheu)
OUTRA coisa importante que ja estava me esquecendo. Os flashbacks acabam kkk realmente o fiz para contar o que levou o pai dela a larga-las daquela forma e antes fazer com que ele não parecesse tão mau, ele realmente as amava. O desfecho do que aconteceu depois que ele foi embora e de como ele chegou até Slade vocês vão saber quando ele e Felicity (E possivelmente Donna) tiverem uma conversa séria cara a cara okay. kkk
Enfim acho que é só isso. Até o proximo capitulo, bjsss. Comentem.