Perdidos no inferno escrita por Desconhecido


Capítulo 1
Episódio 1: Gritos - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capitulo da 1º temporada de Perdidos no inferno, coloque nos comentários o que vocês acham.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579145/chapter/1

Jonathan Bayley

Eu estava sentado na confortável cadeira da mesa de jantar, depois de tomar o ultimo gole de café. Eu olhava pela janela, o dia está nublado, parece que vai chover, mas foi bem assim por um bom tempo. Olhei para o relógio, que marcava 7:32, considerando que ir de carro até o hospital demore 5 minutos sem contar o transito, eu tenho 23 minutos livres. Aproveitei alguns minutinhos de silêncio para pensar um pouco enquanto eu olhava pela janela.

O silêncio foi quebrado com o barulho do meu celular, tocando aquela musica estupida de quando alguém esta ligando. Eu pego o celular, que deixei em cima da mesa, olho para a tela do celular, que mostrava "Chefe" e o número dele embaixo (Ele já veio estragar meu dia) , eu apertei em atender.

– Alô! Paciente de emergência ou o que? - Eu respondo meio que sarcasmo, eu já adivinhava as chamadas dele.

– Sim, precisamos de você agora para examinar o que aconteceu, parece um trauma ou alguma coisa, eu explicarei depois. - Ele responde com aquela sua voz tentando ser ameaçadora, mas pra mim não passa de um esforço para não parecer paranóico.

– O que? - Eu pergunto.

– Eu disse que depois eu te explico, venha aqui agora ou senão vou descontar seu salario. - Ele responde irritado.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele desliga na cara (que novidade), mesmo que ele seja irritante, eu não posso deixar ele na mão, senão eu posso perder o meu emprego.

Eu fui até a garagem, entrei no meu sedan vermelho, coloquei a chave na ignição, esperei a porta da garagem abrir e dei partida, seguindo em direção ao hospital Augusto Pereira.

Paulo Bernardez

Hoje era sábado, um motivo para ficar feliz, eu estava cansado dos exames da faculdade. Depois de eu ter tomado café, eu fui até a garagem, a minha bicicleta estava lá, colorida com desenhos de chamas e pronta para ser usada, eu subo em cima dela e começo a pedalar, indo em direção ao centro da cidade.

Enquanto eu pedalava, eu vi policiais e bombeiros reunidos perto de uma praça, eles pareciam idiotas parados olhando para alguma coisa, deve ser provavelmente alguém foi assassinado ali, eu simplesmente ignorei e continuei indo.

Cheguei ao destino onde eu queria, parei perto de uma loja de calçados, coloquei minha bicicleta perto de um poste e coloquei cadeado, eu vi uma outra bicicleta ali, deve ser alguém do nosso grupo que chegou, porque só nós temos costume de deixar a bicicleta ali. Entrei dentro de um beco, quem estava lá esperando era Rodney, um sujeito baixo e negro com cabelo raspado, ele parecia focado no celular.

– Como vai você, cara? - Eu cumprimento.

– Bem, e você? - Ele responde daquele jeito desatento.

– Sim, hoje é sábado cara. - Eu falo entusiasmado.

– Eu sei. - Ele responde, apenas olhando no celular.

– Larga esse celular, cara. - Eu aviso sorrindo.

– Desculpa, eu só estava vendo uma noticia. - Ele responde guardando o celular no bolso.

– Noticia? Eu não sabia que você virou meu pai. - Eu respondo com uma piada.

– Sim, parece que um Tonho da lua resolveu morder pessoas na praça. - Ele responde sério.

– Então por isso tem tantos policiais e bombeiros no meio da praça? - Eu pergunto, agora parecendo o babaca.

– Sim, mas eles já devem ter colocado isso em controle, o cara agora está morto. - Ele responde, finalmente sorrindo.

Ficamos em silêncio por mais um tempo olhando as pessoas passando pela calçada, até chegar os outros dois do nosso grupo. Um sujeito alto com um boné na cabeça vem com um sujeito do meu tamanho com aquele cabelo castanho arrepiado, ele parecia que foi mordido pelo cachorro da vizinha, meio que uma coincidência os dois chegaram juntos.

– Tudo bem ai, cara? - Eu pergunto sem me preocupar.

– Sim, só um retardado me mordeu enquanto eu andava pela rua. - O sujeito castanho respondeu, o nome dele devia ser Henrique.

– Que ruim cara, eu acho que mamãe passou muito açúcar em ti. - O sujeito alto brinca, o nome dele devia ser Chris, porque só ele é irritante e tem aquela voz de coitado.

– Deixa isso pra lá, vamos fazer alguma coisa melhor. - Henrique responde.

– E o que você acha que devemos fazer? - Chris pergunta ainda com aquela voz irritante.

Ficamos em silêncio por um pouquinho, exceto pelo “hmm” de Henrique, aproveitei para olhar Rodney, que está de novo naquele celular.

– Ei cara, você vai ficar o dia todo lendo essa noticia? - Eu pergunto.

– Na verdade eu só estou vendo meu facebook. - Ele responde (facebook?)

– Hmm, safadinho! - Eu brinco, pelo menos consegui tirar a atenção dele do celular.

– Eu não sei, alguma idéia?. - Henrique finalmente responde.

– Meu tio me mandou entregar esses bilhetes para algumas pessoas por aqui. - Ele mostra os bilhetes e dá para Henrique ver.

– Show do Kauê Alexandre, 7:00 da noite, boate do Prazer? Podemos entregar isso para umas gatas e depois ver-las na balada. - Henrique responde excitado, até Rodney desligou o celular para ouvir.

– Então vamos lá, vamos procurar cocotas. - Chris avisa distribuindo bilhetes para cada um.

– Nós saímos do beco e começamos indo para a direita, Chris já entregou um bilhete para uma menina com cabelos pretos encaracolados que vestia saia curta e regata preta. =

– Te vejo lá, gata. - Chris brinca (parece estar tentando espantar clientes)

Olhei pra trás e vi que a gata parecia entusiasmada, nunca pensei que fosse assim tão fácil.

Carolina Vieira

Sai da loja de calçado carregando duas sacolas junto com minha amiga, Amanda, uma garota com cabelo preto liso, eu estava mais focada em conversar com ela.

– Sabe aquela minha prima de 12 anos? - Amanda pergunta.

– Sim, o que tem? - Eu falo, já sabendo que é uma fofoca.

– Ela me pediu para ensinar ela coisas da faculdade, eu ensinei ela algumas fórmulas de química, e sabe o que ela disse? - Amanda continua.

– O quê? - Eu pergunto ansiosa pela resposta, tentando imaginar como ela é.

– Matemática é bem complicada assim na faculdade? - Ela responde.

Mesmo que não faça muito sentido, eu acabei rindo.

– Eu tenho uma também. - Eu aviso.

Antes que eu pudesse começar a falar, um grupo de 4 jovens perto de seus vintes me entregam um bilhete, eu reconheci dois deles.

– Paulo? Henrique? - Amanda pergunta.

– Oi Amanda, oi Carolina. - Henrique cumprimenta.

– O que aconteceu com seu braço? - Eu pergunto, olhando para o seu braço que tem uma enorme mordida.

– Um doente mental me mordeu, mas isso não interessa. - Ele responde.

– Estamos te convidando para ir numa balada hoje, você até que cairia bem. - O maior deles avisa, dando uma cotovelada na Amanda, ela dá um tapa na cara de volta.

– Calma ai, só estamos te convidando, eu acho que você vai gostar do Kauê Alexandre. - Paulo avisa.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, eles foram embora entregando bilhetes para mais vadias (idiotas). Eu dei uma olhada no bilhete junto com minha amiga, que mostrava “Kauê Alexandre” em letras grandes e vermelhas e “Hoje, ás 7:00 horas da noite, na boate do Prazer.” em letras menores e pretas.

– Você acha que devemos ir? - Eu pergunto para Amanda um pouco excitada demais.

– Se nós não encontrarmos eles...Amiga, Kauê Alexandre, faz tempo que aquela boate não vem com um cantor. O que você acha? - Ela pergunta excitada, ela deveria responder.

Eu posso ir a balada e me encontrar pessoalmente com um dos cantores que eu mais gosto, mas terei que torcer para não encontrar aqueles babacas. Ou eu posso simplesmente ficar em casa fazendo outra coisa com minha amiga, ao invés de ficar me estressando na balada.

(Aqui está a primeira escolha de vocês, essa aqui não faz muita diferença na história, mas garanto que alguma diferença na história vai fazer. Quando eu resolver postar o próximo capitulo, pegarei a escolha mais escolhida. Pense bem, tem escolhas que são muito importantes)

Jonathan Bayley

Estacionei o carro na garagem do hospital, antes de eu sair do carro, eu vi o relógio, que marcava 7:45, já cheguei 15 minutos adiantado, o chefe tem que estar satisfeito com isso. Sai do carro e fui até a entrada, onde a receptora, uma mulher loira com cabelo amarrado em um rabo de cavalo e com uma camisa preta está.

– Ola, Dr. Jonathan. - Ela cumprimenta.

– Oi, pode me dizer o que está acontecendo? - Eu pergunto

– Tudo que eu sei é que uns pacientes foram seriamente ferido por um homem louco na rua, eles estão no 11º andar, nas salas 1109 e 1110. Não posso falar muito, o Dr. Renato pode te ajudar.

– Tudo bem, obrigado. - Eu agradeci sem muito entusiasmo.

Cheguei ao elevador, que já estava aperto, apertei no botão do 11º andar e esperei, apenas atento na porta. Quando a porta do elevador abriu, eu sai e fui com pressa até a porta onde tem uma placa marcando “Sala 1109”. Abri a porta e me choquei com a cena, o primeiro paciente que eu vi foi um sujeito pardo, ele estava com o braço direito amputado e seu pescoço enfaixado, mas eu ainda conseguia ver marcas de mordidas espalhadas por ai, a maquina apontava que ele só tinha 20 batimentos por segundos. Os outros pacientes estavam na mesma situação que ele, um deles estava com todos os membros amputados e quase o resto todo do corpo enfaixado. Vi Renato enfaixando uma paciente, que parecia estar em melhor condições que os outros, ele logo percebeu minha presença;

– Dr. Jonathan. - Ele começa.

– Sim? Eu queria saber o que está acontecendo. - Eu perguntei.

– Eles foram atacados por um louco na estrada, que acabou morto, eles perderam muito sangue e parece que ganharam um tipo de infecção, eu estou tentando melhorar a situação deles, mas o risco está muito sério e até agora não descobri nada. eu já deixei o Dr. Ricardo cuidar de outros deles na sala 1110. Eu preciso que você cuide deles, eu passei a noite inteira aqui. - Ele responde (finalmente alguém responde uma pergunta tão simples)

– Sim, eu posso cuidar deles. - Eu respondo satisfeito pela resposta.

– Tudo bem, mas ande logo, eles ainda estão perdendo sangue. - Ele continua.

Eu vejo Renato sair pela porta, e depois eu olho para os pacientes, eu percebo que um deles está com apenas 15 batimentos por segundos. Eu corro até o paciente, pensando no que fazer.

12

Coloquei outra bolsa de sangue.

8

Peguei as chapas elétricas

4

A maquina começou a apitar um barulho irritante.

3

O ritmo foi aumentando.

2

Preparo para usar a chapa elétrica.

1

Quando a maquina começou a segurar o som agudo, marcando 0 batimentos por segundo, eu ativei as chapas elétricas e coloquei no peito do paciente, que pulou, mas a maquina continua apontando 0, eu coloquei elas de novo, o paciente pulou de novo, mas mesmo assim não adiantou, ele estava morto. Olhei para os outros pacientes, eles também estavam chegando no 0, não dava tempo, as maquinas me incomodavam enquanto vidas inocentes estavam indo. O barulho estava infernal, eu provavelmente seria demitido por causa disso, eu tentei fazer alguma coisa.

Desliguei todos os aparelhos da sala e depois dei uma olhada nos pacientes que acabaram de morrer. além do pardo que eu vi quando entrei na sala, tinha uma senhora de mais ou menos 70 anos, ela estava com o braço e a perna ferida, não parecia um ferimento sério, mas a pele dela estava toda arroxeada. Outro paciente estava com o pescoço e o estômago ferido, formando grandes vermelhos em volta, parecia ser alguém com 40 anos. O mais ferido de todos era aquele que estava sem membros e parecia uma múmia, não dava nem para ver a pele dele. E o ultimo era uma outra mulher com 20 anos, ela teve o estomago e a perna direita aberta, pobre mulher. Essas foram todas as vidas inocentes que se foram, fiquei no sofá de cabeça baixa por alguns minutos.

Ouvi alguns passos mancos, olhei para cima e me assustei, eram os pacientes que morreram, mas eles estavam todos encharcados de sangue e com a maior parte do corpo aberta, seus olhos estavam totalmente brancos, antes que eu pudesse visualizar bem a situação, eles pularam em cima de mim e começaram a me atacar, eu comecei a gritar de dor extrema.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Está aqui, um começo intrigante pra vocês, é claro que os capítulos não vão ser tão grandes que nem esse, mas vai ter um monte de capítulos essa série, eu juro.

E eu também gostaria que vocês me enviassem personagens que vocês mesmo criaram, isso ajudaria muito.

Se vocês me deixarem um review, eu já estou feliz, eu preciso de opiniões para melhorar cada capitulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Perdidos no inferno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.