What? escrita por ChopperChan


Capítulo 7
Capítulo 7-Normal


Notas iniciais do capítulo

Oe minna! Cá estou eu de novo! saudades? não? ok :-p
De qualquer forma,EU ESTOU DE VOLTA CAMABADA(sem vaias, please).Não faz nem um dia e eu já postei de novo :3 estava sem nada pra fazer(mentira,mas detesto arrumar meu armário.) e escrevi o capítulo novo :3 um pouco mais de comédia dessa vez pq eu comi muito açúcar e voltei ao lado colorido da vida.E engordei pra caramba :v



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Koala saiu andando lentamente, se movendo o mínimo possível e segurando firmemente a barra do sobretudo, cobrindo o máximo que conseguia o rombo nas calças mesmo sabendo que aquela hora não haveria ninguém do lado de fora. Era a hora do almoço, e todos deveriam estar no refeitório, batalhando pelos pedaços de bolo e armando guerra pelas batatas fritas. Ela nunca entrava no meio daquilo tudo, mas Sabo sempre dava um jeito de arranjar um punhado de frituras pra ela.

Sabo... Ela estava brava com ele? Quer dizer, era verdade que ele tinha arruinado seus shorts favoritos e deixara uma queimadura leve na parte de trás de suas pernas (além disso, vira sua calcinha pela segunda vez na semana, o que era suspeito) mas...Ele se explicara. E ela não tinha motivos para desconfiar dele, era seu melhor amigo! Amizade se baseia em confiança afinal... e no fundo, sabia que ele tinha boas intenções. Nunca faria nada que pudesse magoa-la, isso era uma das maiores certezas que tinha na vida e...

Ela chegara ao quarto antes de perceber. A guarda também estava em pausa, o que era bom. Assim não teria de passar pelo mesmo questionário que ignorara na noite anterior. Trocou de roupa sem pensar muito, vestindo a primeira que encontrou e procurou pela pomada de queimaduras no armário do banheiro. Pegando o tubo, deitou-se por alguns segundos, encarando o remédio e depois sorriu. Um amigo normal daria flores ou chocolates para a melhor amiga, mas não Sabo. Ele Simplemente jogara aquilo na direção dela no dia que conseguira a mera-mera, dando um sorriso cheio de dentes e dizendo "melhor carregar isso. Acidentes acontecem."

Koala sorriu diante da lembrança.

—-Mas afinal, qual a graça de ser normal?-Ela falou em voz alta, para o nada em específico.

Passada a pomada, se levantou indo em direção a porta. Passaria na cozinha, evitando o refeitório, e pegaria o almoço para comer junto do amigo que, tinha certeza, estava em pânico.

—____________________________________________________________________________________

Sabo estava em pânico. A amiga brava significaria ficar sem a agradável companhia da mesma até  que pudesse voltar a se locomover e fosse atrás dela com um imenso buque de flores pedindo desculpas. Claro, era coisa de namorado arrependido,mas ele não estava nem aí. Sem Koala era igual a sem história e sem comida!

Ele estava estirado na cama, balançando nervosamente os pés numa tentativa de gastar a energia dos doces que comera, observando os reflexos de luz nas lentes dos óculos pendurado na costumeira boina vermelha que a parceira esquecera apoiada na cadeira. Ela usava aquele chapéu desde o primeiro dia de convivência dos dois, e fora a primeira coisa que percebera nela.

(~~~~Mais Flashback :3 ~~~~)

Sabo batia os pés, impaciente, no cais. Ficara encarregado de receber a nova recruta, “Koala”, ali naquele local. Já avistava o pequeno bote que descera do navio número 3 e rumava em sua direção, comandado por Hack. Estranhava o fato de uma humana dominar a arte do Karatê-tritão, mesmo que  tivesse convivido por muito tempo com um grupo cheio deles. Em decorrência disso, esperava uma mulher intimidadora, grande, forte e... Ele não queria dizer “feia”. Sabia que iria magoar. Mas, segundo Hack, a garota também sofrera muito nas mãos dos Tenryubitos, o que fazia o humano acreditar que se daria bem com a nova companheira.

De longe, a única cor que conseguia distinguir com mais clareza era um ponto vermelho que, por algum motivo, tinha um brilho dourado. Conforme o longe passava a ser perto e o barco ia se aproximando, percebia que era o brilho pertencia a um óculos estilo soldador brilhante, fixado em uma boina vermelha apoiada por cima de cabelos cor de mel.

Foi uma grande surpresa para o revolucionário ver uma adolescente de 17 anos, quase uma cabeça menor que ele, pular para terra firme sorrindo de orelha a orelha:

—-Você deve ser o Sabo-kun, não é? O novo segundo em comando na frota revolucionária?-Ela dava pulinhos de animação e piscava com tanta rapidez que parecia ter engolido um caminhão de açúcar

—-Hãn...-

—- Muito prazer, eu sou Koala! -Ela continuou, sem esperar pela resposta- Professora assistente e substituta de karatê tritão, e sua nova parceira de equipe! - Ela estendeu a mão esperando o aperto.

Sabo aceitou o cumprimento no modo automático. Os olhos azuis chamativos da menina pareciam brilhar como luzinhas de natal enquanto ela piscava, causando uma hipnose temporária no rapaz.

—Bem vinda a minha vid... Não, pera! -Ele chacoalhou a cabeça- Bem vinda a equipe, espero que possamos nos dar muito bem.

—-Ah, com certeza nos daremos!! -Abrindo ainda mais o sorriso, que o loiro não demorou a retribuir. Tinha a impressão de que ali começara algo muito grande.

—____________________________________________________________________________________

—-Já faz cinco anos...— Ele murmurou para si mesmo- Que ótimo, já estou falando sozinho de novo! -Ele emburrou- CALA A BOCA!

Com um longo suspiro, Sabo se inclinou e esticou o braço, pegando o pequeno pacote verde totalmente amarrotado escondido entre a cama e o criado-mudo. Abrindo o laço dourado completamente torto e feito as pressas, tirou de dentro o pequeno presente que Hack lhe dera havia uma ano, nas férias que Koala decidira passar na ilha natal :Um coala cinza de pelúcia, com olhos de botão sem expressão e um sorriso bordado totalmente forçado. Nos barriga, estava bordado um enorme coração vermelho com escritos em preto, cobrindo quase totalmente o tronco branco estufado de algodão do bichinho. Totalmente cafona.

Sabo nem mesmo sabia porque guardara aquilo. Fora claramente uma gozação do amigo ( “Para espantar saudade desse seu coraçãozinho não compreendido” ele dissera), mas ele decidira manter aquilo, afinal, bichos de pelúcia tinham mil e uma utilidades (alvo, presente de aniversário de última hora, arma...) e (ele nunca admitiria isso) abraçar o bichinho o tranquilizava nas noites de tempestade, seu trauma de infância desde que o QG da ASL fora quase inteiramente destruído por uma.

Sem pensar muito no que fazia (ERA EFEITO DO REMÉDIO TÁ?!), colocou a boina na cabeça de pano do coala em suas mão. Claro, era extremamente largo para o boneco, cobrindo até o pescoço do animal, mas ele não se importava. Estava de bom tamanho.

Esticando os próprios braços para o teto, ele encarava o bichinho, balançando os membros fofos. Em seguida, apoiando as pontas das patas sem dedos na lateral do corpo na tradicional pose de “Eu estou irritada” da melhor amiga, tentando imitar o tom de voz fino e feminino e, nem é preciso dizer, falhando miseravelmente:

—-Você deveria ter mais responsabilidade. É o segundo em comando blá blá blá nem mesmo consegue acordar sozinho blá blá blá.

—-Desculpe, mas eu tenho muito sono -Ele “respondia” com a voz normal- Você sabe disso

—-Mas mesmo assim! Eu não sou sua babá! Se esforce mais da próxima vez! Blá blá blá! Além disso é um grande hentai!

—-Hey! Eu já me expliquei!

—-Acha que eu vou acreditar nessa grande baboseira, seu bobão? -Ele moveu o bracinho fofo aplicando um “tapa” em seu rosto —Isso foi assédio! Eu vou te processar! -Voltara para a pose de irritação.

—-Não quero que me processe.

—-Pode deixar, eu não vou.- Uma outra voz respondeu por cima do ombro do loiro – E eu não faço essa pose.

—-KOALA?! -Sabo se sentou, escondendo o bichinho atrás das costas -Quando entrou aqui?

—-Agora. Vim almoçar com você.- Ela estendeu um prato -E pare de fazer movimentos bruscos! Suas costelas vão piorar!

—-Olha, sobre agora a pouco, eu não tinha intenção pervertida nem nada...- ele desviou o olhar

—-Eu sei disso.

—-Eu só queria ajudar! Da última vez que teve torcicolo ficou travada por três dias e... -o mais velho continuava, sem prestar atenção na amiga.

—-Acredito em você.

—-E depois não queria te machucar ou ver sua... Roupa íntima! Só perdi o controle e... Espera, o que disse?

—-Eu disse que EU- Ela apontou para si mesma com a mão livre. -ACREDITO (pausa) EM (pausa) VOCÊ. -Apontou para o amigo- Agora se importa de pegar a sua parte? Está pesado...

—-Ah, claro. -Ele estendeu a mão livre, mantendo a outra atrás das costas segurando o constrangedor monte de pelos.- Livrou um peso da minha consciência

—-Tudo bem. Não tenho motivos pra desconfiar de você, só fiquei com vergonha na hora. Afinal de contas ainda é o meu melhor amigo.- Ela colocou um pedaço do bolo de carne na boca- E pelo que eu vi, faço falta.-(pausa para mastigar)- Meia hora sozinho e já começou a falar com um boneco de pelúcia-(pausa para engolir)

Sabo relaxou e riu, soltando o boneco e apoiando o prato no colo. Já deveria ter aprendido a lição de que sempre seria pego nos seus momentos constrangedores, mesmo no próprio quarto.

Um silêncio confortável pairou entre os dois, quebrado apenas pelo eventual tinir dos talheres nos pratos e pelo som de mastigação. Teria continuado por mais tempo se não fosse por Sabo:

—-BURP!-o revolucionário arrotou, terminando a refeição

—-Sabo! Quantas vezes tenho que dizer que isso não é educado! -Ela havia se levantado da cadeira, deixando o prato apoiado na mesa de cabeceira, e franzia a testa na pose “eu estou irritada” -Ai, nossa, eu faço mesmo aquela pose...

—-HÁ! VIU SÓ! Eu estava fazendo certo! -e sentiu um leve empurrão no ombro

—-Haha, muito engraçado. Agora me explica, por que tem um coala de pelúcia no seu quarto?

—-Ahn.. . Isso é... -Seus olhos pousaram no boneco, praticamente escondido embaixo do chapéu- ... pra você! -Ele estendeu rapidamente o animal na direção da amiga. Parecia uma boa desculpa.

Sabo sustentou o boneco por alguns segundos, olhando pra frente sem encarar nada. Voltando a si, percebeu que ainda tinha o boneco em mãos. Abaixando ligeiramente a bola de pelos, viu a melhor amiga extremamente corada, praticamente soltando fumaça. Ele não demorou para se lembrar o porque de nunca ter dado o bichinho a ela antes e ficar no mesmo estado.

O motivo era que dentro do coração, em uma letra rebuscada, estava escrito “EU TE AMO”.


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Notas finais do capítulo

O coala de pelúcia surgiu do meu desespero em tentar arrumar um.Doações são bem vindas tá?



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