What? escrita por ChopperChan


Capítulo 15
Capítulo 14- Salomão e as Pipocas


Notas iniciais do capítulo

E AI MINNA?
Sobreviveram um dia sem capítulo? Sim? Não?" Ué, você passou um dia sem postar capítulo"? okay :v
Massss,eu senti falta dos comentários fofos de vocês,então,pra compensar isso e o capítulo anterior que foi emice pura, eu trouxe de volta meus clássicos capítulos comédia! E por acaso é o maior da fic até agora,então aproveitem que logo logo tem outro :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579110/chapter/15

Naquela manhã, Koala não tomou café da manha no refeitório. Preferiu ir a cidade e comer rosquinhas (coisa saudável ein?) com Shiro enquanto passeavam, procurando por um vestido que agradasse a menor. Ela havia crescido durante os dois meses que Koala passara fora e precisava de roupas novas, principalmente um vestido para ocasiões mais formais.

–-Eu quero um roxo!- Uma Shiro animada e lambuzada de geléia descrevia o que queria- e com fitinhas!

–-Certo Shi-chan, seu pedido é uma ordem!- Koala sorria segurando a mão da criança- vamos procurar no centro então?

Era divertido andar com a criança pela cidade. Ser puxada para toda vitrine interessante aos olhos infantis. Ver a menina brincar de modelo por entre as araras de roupas. Correr pela praça brincando de pega-pega. Isso tudo fazia com que ela se sentisse de volta a infância, se esquecendo de todas as suas preocupações. Claro, fugir pra cidade para não ter que encarar Sabo no refeitório era covarde, mas ela não se importava. Desde que ela pudesse ter momentos felizes com a pequena Shiro estava de bom tamanho.

De volta a creche, logo a mais velha fora puxada pelas crianças em meio a suas brincadeiras. Não chegava a ser um incomodo, visto que poderia passar mais tempo com Shiro e ela gostava de ajudar as babás do local .Fora que ficar ali significaria um almoço a base de pipoca e suco, o que era melhor do que a lasanha queimada feita todas as sextas feiras no navio, de modo que a revolucionária optara por passar mais tempo sem retornar para lá.

_____________________________________________________________________________________

Sabo estranhou não encontrar Koala já sentada na mesa de café. Na verdade não tanto, visto que ele acordara as onze, e a essa hora a garota já teria feito quatrocentas e sessenta e duas coisas além de tomar café.

O fato realmente estranho era a garota não ter aparecido para acorda-lo como fazia todas as manhãs, e por mais que o loiro reclamasse, sentia falta. Sabia que sem a companheira não teria ido a metade dos compromissos que tivera nos últimos 5 anos. Ele estivera no quarto dela e batera diversas vezes na porta sem obter resposta. Procurara na biblioteca do navio, na área de treinamento do Karatê tritão e na cozinha. Perguntou por ela pelos corredores mas também sem resposta. Ao que tudo indicava, ela havia saído cedo sem avisar a ninguém.

Provavelmente ele teria reparado na ausência da melhor amiga também na hora do almoço, mas foi impedido pelo seguinte motivo:

–-SABO-KUN!-Um Ivankov aparecia subitamente no refeitório, fazendo Sabo cuspir o suco que bebia.- VOCÊ DISSE QUE IA AJUDAR NA DECORAÇÃO!VAMOS LÁ GAROTO! Eh? Sabo-kun? Aonde ele foi?

Ninguém entendia como o segundo em comando da frota revolucionária havia conseguido passar do refeitório para o porto em menos de três segundos. Nem como ainda tinha fôlego para continuar correndo mesmo com as costelas quebradas. _____________________________________________________________________________________

Batidas frenéticas na porta da frente impediam Koala de continuar servindo lanche aos pequenos.

–-Oi(arf!)! Posso (arf) me esconder (arf!) aqui?-Um Sabo vermelho e ofegante entrava pela porta antes mesmo que ela fosse aberta totalmente.

–-Do que está fugindo dessa vez?-A garota fechava a porta sem se virar para o amigo, a atitude era típica dele.

–-Não sei. Mas é trabalho! Upa, isso é pipoca?-Ele pegava uma vasilha da bandeja carregada pela mais nova e se sentou no chão.

–- Sabo-Sempai!-Hiro pulou no colo do amigo- O que está fazendo aqui?

–-Pelo visto filando o lanche das crianças-Koala tomava as pipocas das mãos do companheiro.

–-Ei, dá um tempo! Ainda não almocei!-Ele puxou a vasilha de volta

–- Isso não é motivo pra pegar a comida dos pequenos!-Ela tentou puxar o pote, mas este foi segurado com força. De alguma forma eles começaram a jogar cabo de guerra com a comida, o que não foi uma boa ideia.

–-Sabo-ossan, num briga com a Koa-nee...ela fica tiste!- Shiro tentou apartar a briga.

–-Quê?-Koala soltava bruscamente o pote, desequilibrando o cabo de guerra fazendo voar pipocas pelo hall de entrada.- AH! Olha o que você fez seu desastrado! Se machucou Hiro?

–-CHUVA DE PIPOCAAAA!- o pequeno jogava as pipocas que tinha recolhido para cima, enquanto Sabo dava risada e tentava pegar com a boca as que caíam

–-Dois idiotas...- A garota levou a mão ao rosto- Anda, levantem. Shiro-chan, pode pegar a vassoura, por favor?

–-Pode dexá!

–- E quanto aos senhores-Ela se virou com um sorrisinho maléfico- Limpem isso tudo. E depois tenho outra tarefa para vocês.

–-Aquele sorriso também te assusta? -Hiro sussurrou para o mais velho quando Koala voltava para a sala de jantar.

–-Você não sabe o quanto. Mas vem, me ajuda com isso. Junta tudo e recolhe as que sobrarem do almoço. Tive uma ideia legal...- Ele sorria maliciosamente

–-Esse sorriso também me assusta...

(e eu estou abrindo um parênteses para relatar nossa chegada a quinquagésima página do word :D)

____________________________________________________________________________________

–-Terminaram de limpar o hall?-Koala mantinha as mãos nos quadris, encarando Hiro e Sabo.

–-Sim senhora, comandante!- Ambos responderam em uníssono, batendo continência.

–-Que bom.- Ela puxou dois pacotes de roupa- Vistam isso.

–-Por que?- O mais velho encarava o macacão cheio de babados que lhe foi entregue, se nenhuma animação.

–-Vocês vão participar do teatrinho das crianças.

–-Sobre o que?- Hiro posicionava a coroinha de plástico que lhe fora destinada na cabeça.

–- Um pequeno príncipe- Ela apontou para o pequeno- que comete um ato heroico...

–-E onde eu entro nessa história?- o loiro balançava um gorro cheio de guizos, fazendo um barulho irritante.

–-...Ajudado pelo bobo da corte.- Ela apontou para Sabo

–-Mas eu não conheço essa !- O mais velho retrucou.

–-“Nem eu! É aí que esta a graça!”- Ela ria, acenando de costas- Eu vou estar assistindo da primeira fila!

–-Maldita... -Sabo praguejava, se segurando para não atear fogo à fantasia colorida.

–-Então... vamos ter que improvisar né Sempai?

–-Você colocou a surpresa naquela sala também?

–-Coloquei em todos da casa!

–-Então isso vai ser legal...-Os dois rapazes trocaram um sorrisinho cúmplice

___________________________________________________________________________________

Koala se sentava bem na frente do “palco”, no chão para não atrapalhar a vista das crianças, abraçando os joelhos. A sala de teatro nada mais era do que a sala de jantar, o maior cômodo da casa, sem a mesa principal. As cadeiras de plástico foram dispostas de forma organizada e um lençol pendurado no teto com fita adesiva, servindo de cortina. Esse era o ambiente improvisado no qual a peça seria encenada por Sabo e Hiro. Claro, outras crianças também participariam da história. Mas, como fora ideia de Koala encenar o ato, fora dela a incumbência de destinar os papeis principais. E ela com certeza iria se divertir com esse castigo.

A peça começou da melhor maneira possível: Sabo, o bobo da corte, arrancara acidentalmente o lençol numa tentativa de “abrir as cortinas”, recebendo uma salva de palmas e risadas pelo ato.

–-Ah, bem...quem será que fez isso né?-Ele tentava se livrar do tecido agarrado ao seu braço-Hiro, me ajuda aqui!- O garoto puxou o durex preso ao pulso do amigo, recebendo mais risadas em troca.

A essa altura, Sabo já estava a ponto de explodir, com tanta vermelhidão.

–-Ah, vamos logo com isso:

“—Essa história, se passa em um lugar que eu não sei aonde é, não faço ideia a quanto tempo.- Ele fez um gesto dramático indicando Hiro- Aquele príncipe chamado...é....

–-Henry Von Farinha XIX.

–-Isso o que ele disse. Vivia em um reino assolado pela tristeza. O açúcar havia acabado, e as crianças choravam por vontade de comer doce. –A história era péssima, e Sabo era um ator pior ainda

–-Porque não temos açúcar? –Hiro perguntava à Shiro e um garoto mais velho, chamado Mitsuo, os “reis” da história.

–- Não sabemos meu filho. Pergunte aos camponeses.- Mitsuo forçava uma voz grossa, levantando risadas dos amigos.

–-Ahan...-A menina não parecia interessada, visto que admirava uma aranha subindo pela parede (e aqui se encerra a breve aparição da Dona Aranha na minha história.)

–-Certo, então eu pergunto.- Hiro se dirigiu ao outro lado do palco improvisado.

Se passaram 15 segundo.30 segundos. 1 minuto.

–-EI! CAMPONESES! É A DEIXA DE VOCÊS!-Sabo havia se irritado com os cinco meninos que entravam destrambelhados no palco, ainda brigando.

–-HÁ! EU ENTREI PRIMEIRO!-Camponês numero 1.

–-NÃO É JUSTO,A GENTE TINHA COMBINADO QUE ERA EU!-Camponês numero 4.

–-MENTIRA, ERA EU!-camponês numero 3

–-FIQUEM QUIETOS!- camponeses 2 e 5.

–-Por que não temos açúcar?- Hiro tentava dar continuidade a peça em meio a risadas dele próprio e da plateia.

–-Porque não chove.- Os camponeses responderam ao mesmo tempo.

–-Podem ir agora –HÁ! EU SAÍ PRIMEIRO!- CALEM A BOCA!- Sabo se irritava facilmente.- Continuando... O príncipe Harry van Fagulha...

–-Henry von Farinha XIX!

–-Tá, esse aí. Não poderia ir sozinho atrás da chuva porque era muito pequeno. Por isso, foi escalado para o posto de acompanhante o homem mais corajoso, bonito, piedoso e carismático do reino...

–- Sir Lancelot?- Alguém da plateia perguntou, sendo prontamente ignorado.

–-... EU! O bobo da corte, Salomão! E a propósito, eu também tenho um ótimo senso de humor e canto muito bem.

–-MENTIRA!- Essa voz feminina Sabo reconhecia.

–-VERDADE! Fique quieta pessoa aleatória da plateia, eu que estou contando a história.- O loiro fuzilava a amiga, que gargalhava em frente ao palco.

–-E a árdua jornada até o lugar-que-faz-chover (nome criativo ein?) começou. Ele cruzaram rios...- gestos de natação vindos dos dois garotos- Pularam penhascos...-Pulinhos em dupla.- Passaram por desertos escaldantes- “Água, água!”- Até o bobo da corte se lembrar que...

–-Estavam indo na direção errada?- Koala provocou.

–-...Era mágico! E então ele disse...

–-QUE SE FAÇA CHUVA!- Hiro gritou, dando sinal para Shiro ligar os ventiladores.

Por alguns segundos, se instaurou um silencio na sala, conforme a pipoca amontoada nas pás dos ventiladores ia caindo por cima das crianças. Mas claro, apenas por alguns segundos.

–-CHUVA DE PIPOCAAAAAA- E um caos real se instaurou no local.

Crianças deitavam no chão fazendo “anjos de pipoca”. Outras tentavam pegar as guloseimas com a boca, olhando para cima e trombando umas com as outras. Guerrinhas eram feitas nos quatro cantos do salão. E em meio a isso tudo, só se distinguia uma voz:

–-SAAAAABOOOOOO!!!!!!

_____________________________________________________________________________________

Claro que eles tiveram de limpar a casa. E claro que passaram seis horas fazendo isso visto que as crianças continuavam suas guerras não terminadas com a pipoca já ensacada e, de alguma forma não explicada, Hiro conseguira colocar pipocas dentro da fiação dos ventiladores.

Koala reclamara e se zangara, era óbvio. Mas conforme sua cabeça esfriava, o tom risonho tradicional retornava.

–-A “chuva de pipoca” foi muito criativa, tenho que admitir.- Ela ria, feliz, já tendo esquecido de suas preocupações matinais..- Como conseguiu fazer isso?

–-Pedi pras crianças terminarem de estourar durante a limpeza do Hall e Hiro as colocou lá.

–-ah, por isso demoraram tanto na limpe... Espera... DEIXOU CRIANÇAS MEXEREM NO FOGÃO? E HIRO SE PENDURAR A 2 METROS E MEIO DE ALTURA?

–- Tecnicamente ele usou uma escada...

–-VOCÊ É LOUCO?

–-Ah, eles se divertiram. Que mal há nisso?

–-PODIA TER ACONTECIDO ALGUM ACIDENTE E...

–-Mas não aconteceu nenhum, aconteceu?

–-Bem... Não...

–-E da história? Você gostou?- Sabo mudou o assunto enquanto terminava de ensacar mais uma boa parcela de pipocas.

–- Melhor que a dos dois gansos-Ela sorriu.

–-Sei disso.- Ele retribuiu o sorriso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom,agora me deu vontade de comer pipoca (de novo)...
Gostaram povo?
P.S:No próximo capítulo tem mais emice :v foi mal.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "What?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.