Vampires In Love escrita por rumpelstiltskin


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic relacionada a vampirismo. ._.



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Lovers.

 

 

 

 

 

            Todos os dias em minha casa, tudo era igual. Todos os dias as janelas estavam sempre fechadas e o Sol me pedia passagem. Todos os dias, meu namorado me acordava as cinco da manhã e dormia. Eu tinha uma vida normal, casa, trabalho, faculdade. Ele não. Ele era branco, pálido, magro, loiro e doce. Além de sensual e convidativo ao toque.

 

            Sua pele parecia como a de um bebê recém-nascido e seus olhos pareciam um mar negro onde eu sempre gostaria de estar. Seus fios de cabelo eram macios, mas então, vinham seus defeitos; todos os dias, às 10 pm ele saia de casa. Arrumado, vestido em sua maioria das vezes com roupas pretas que destacam sua pele ecessivamente branca e toque frio. Seus passos eram firmes, como se flutuasse. Eu nunca soube o porquê, ele escondia tudo de mim com maestria. Sempre me hipinotizava e fazia como bem entendesse.

 

            Quando eu o abraçava, ele era frio. Eu sentia a ponta do seu nariz bem desenhado roçando em meu pescoço, mas era o mais próximo daquela área que ele chegava. Cinco segundos e já me empurrava rudemente, não importava onde eu estivesse. Às vezes eu era jogado no chão, contra um móvel, no sofá, deixado a míngua no chuveiro, empurrado bruscamente contra a pia do cozinha, nunca importava o quanto eu me feriria e por isso. Apenas me empurrava, coçava os olhos e dizia que era para  meu bem. Seu cheiro era diferente, era de outros corpos e isso me inutilizava, porque eu não era capaz de agradá-lo na cama. Ele precisava sair toda noite buscar o que não tinha comigo.

 

 

            Um dia eu estava picando algumas frutas para fazer uma salada de frutas com mel, minha favorita, por sinal e cortei o dedo. Meu namorado que estava na sala - eram mais ou menos 7:00 pm - começou a andar. Dei um grito alto, doía muito e meu amado namorado não vinha até mim. O corte não era muito profundo, mas o sangue saía com certa abundância. Ele veio e estava um tanto estranho. Em silêncio, estendeu sua mão e eu entreguei meu corte a ele. Seus olhos ficaram vidrados, numa cor de topázio. Segurou meu pulso com firmeza e sugou meu sangue.

 

            Foi nesse dia que eu conheci suas presas. Grandes, imponentes, devastadoras. Elas estava em mim, sugando meu sangue. Com relutância, ele tirou aquelas presas do meu dedo. Meus olhos se arregalaram ao ver o osso ali, fiquei meio pasmo e devo ter esbranquiçado.

 

“Você...”, Frase interrompida, olhos fora de órbita. Eu estava desesperado e ele assentiu.

 

“Sou.”, Assentiu e eu tonteei. Não só pela perda do sangue, mas porque meu namorado era um vampiro. “Sei o quanto detesta vampiros, sei que foi uma criatura como eu matou sua filha, mas eu tenho sido diferente.”, Falou. Deslizei meus olhos por seus lábios que costumavam ser rosados e agora estavam vermelhos do meu sangue.

 

“Você é nojento.”, Afirmei, em seus braços. Puxou uma cadeira para mim e me sentou. Encostou-se na pia e manteve seus olhos em mim. Fechou os olhos e encolheu as presas que me amedrontavam, me enojavam.

 

“Eu não quero perder você. Eu perderia a única coisa que me deixa feliz.”, Argumentou, abrindo os olhos. “Você não tem noção do que eu passo depois de um jantar, quando volto para o castelo de quem me transformou.”

 

“Eu não dou a mínima.”, Falei irritado. Em meu dedo onde tinha o corte, dois furos feito pelos ossos ponteagudos. Tentei me levantar, mas tonteei novamente. Fechei os olhos encolhendo minha mão e apertei-a com força. “Eu não quero um vampiro. Não gosto de dividir minha vida com um maldito vampiro, não quro!”

 

“Eu sei que não gosta.”, Sua calma diante minha situação me impressionava, eu não conseguida decifrar seu olhar que já estava negro novamente. “Era mais seguro deixar você fora disso. Eu resisto a sua maldita pulsação todos os dias aqui nessa casa. Eu toco você, tenho você, seu coração acelera e minhas presas escapam, mas... Eu sempre resisti ao seu sangue.”

 

“E de que adianta? Eu não sei quando vou estar exposto ao perigo ao seu lado.”, Suspirei, abaixando os olhos. “Eu não quero mais te aturar fedendo a outras pessoas.”

 

“Eu não posso ficar sem sangue, meu querido.”, Falou baixinho. “Não o seu, eu resisto, porque quero você comigo. Porque você me conquistou, me deixou com vontade de protegê-lo do mundo”.

 

“Você me expõe ao perigo todo dia.”, Suspirei novamente.

 

“Vai me deixar, certo?” O vampiro falou, me olhando. Eu sabia que ele mexia em minha mente, me lia. Eu sabia que ele lia meu coração, sabia a quem pertencia. Ele tinha muitos segredos e eu muitos medos. “Você não confia em mim.”

 

“E você devia ter dito isso antes.”

 

“Pra quê?”, Sorriu fraco “Você me deixaria na hora. Você é a única chance de sobrevida que eu tenho. Você é quem me faz buscar sangue toda noite, pra eu poder viver pra você.”

 

“Você errou, seu desgraçado.”, Senti meu choro descer e queimar meu rosto. Ele andou até mim, abaixou-se e tocou meu rosto com a pele gélida. “Eu confio minha maldita vida a você.”

 

 

            O vampiro olhou dentro dos meus olhos e me abraçou com firmeza. Escondi meu rosto na curva de seu pescoço e rocei meu nariz por ele numa carícia delicada. Eu o amava demais para partir ou para deixá-lo ir. Mesmo ele sendo quem era.

 

“Eu te amo tanto que aceito você como é.”, murmurei contra sua pele. “Só preciso que me ame da mesma intensidade que eu te amo.”

 

“Isso você já tem, querido.”, Sorriu, puxou-me delicadamente para cima e juntou nossos lábios num beijo que eu nunca tinha recebido antes. Longo, intenso, feliz. Ofeguei uma vez contra seus lábios e ele me beijou ainda mais profundamente. Empurei-o e  comecei a puxar o ar com certa força. “Respira.”

 

“Eu preciso de ar.” Falei e meu namorado começou a rir. “E você tem que se lembrar disso.”

 

 

“Eu prometo deixar você respirar de vez em quando.”


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