Paixões Opostas escrita por Lua
“Lately, i’ve been, i’ve been losing sleep
Dreaming about the things that we could be
Baby, i’m not praying hard
Sigging no more counting dollars
We’ll be counting stars” (OneRepublic – Counting Stars)
Após me preparar psicologicamente, olhei o visor para conferir quem era o filho da... digo, o indivíduo que estava me ligando às 10h da madrugada, e que ia morrer assim que eu criasse coragem para sair do quarto e enfrentar a vida.
“Leo, o delícia” era o nome estampado no visor. Acho que alguém pegou meu celular sem autorização.
Retornei a ligação, enquanto procurava algo para vestir.
— Bom dia, flor do dia! – eu ouvi uma voz irritante do outro lado da linha.
— Bom dia, Leo “delícia” – respondi, ironicamente. – É sério isso?
— Eu sei, sou muito delícia mesmo. Quando você resolveu admitir a verdade?
— Não se faça de sonso - revirei os olhos – Quantas vezes eu já te disse para não pegar meu celular sem autorização? Na próxima você morre, tá me entendendo?
— Okay, delicadeza. Tá a fim de sair?
— Colina? – perguntei, me referindo ao nosso lugar predileto naquela cidade.
— Eu levo a comida - Leo avisou, me deixando instantaneamente feliz.
— É por isso que eu te amo...
— Eu sei, eu sei - afirmou, convencido.
— ...mas não fique se achando. 14h, te vejo lá.
Eu desliguei e me vesti: short, camiseta, tênis. Peguei a mochila, o celular, as minhas sapatilhas de ballet prediletas e uma toalha de piquenique. Soltei meus cachos castanhos (mesma cor dos meus olhos), fiz minha higiene matinal e saí do quarto, direto para o mundo real.
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Desci as escadas, sentindo o cheiro delicioso que vinha da cozinha. Adentrei no local, em busca da 3° paixão de minha vida: comida. (N/A: Essa é das minhas õ/)
— Bom dia, mãe – eu disse, enquanto me inclinava para dar um beijo nela.
— Bom dia, querida – Vanessa, minha mãe, respondeu.
— Bom dia, chata.
— Bom dia, insuportável – respondi a minha irmã, Victoria, dando-lhe um rápido abraço.
— Mãe, vou sair hoje à tarde com o Leo...
— Huum... vai sair com o Leo, né? – Victoria me interrompeu, com um sorriso malicioso no rosto.
— Não enche, pirralha – retruquei, me referindo à diferença de 5 anos entre eu e minha irmã – Continuando... me chame para o almoço, por favor – Peguei uma maçã e rumei para o jardim: era hora de dançar.
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É incrível como o tempo passa rápido quando fazemos o que gostamos. Eu dancei por 2 horas seguidas, sem parar, e nem ao menos me dei conta. Às 12:30h, minha mãe me chamou para almoçar. Após descansar e ler um pouco, rumei para o meu refúgio: a Colina das Rosas Brancas.
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Eu definitivamente estava fora de forma. Mesmo subindo pela trilha de caminhada, eu cheguei ao topo da colina ofegante.
Ao me ver vermelha, suada e quase morrendo, Leo teve um ataque de risos.
— Tá rindo de que? – eu perguntei, me fingindo de ofendida.
— De você, é claro – ele respondeu, descaradamente.
Eu dei um tapa nele, que parou imediatamente de rir.
— Só pra você ficar esperto...
Não pude completar a frase, pois sofri um ataque de cócegas.
— Para, para! – eu pedi, enquanto gargalhava, caída no chão.
Ele parou e se levantou, mas eu o puxei de volta e derrubei-o.
— Quem é que manda nessa parada? – perguntei, enquanto me levantava.
Ao invés de responder, meu amigo deu-me uma rasteira, me segurou antes que eu caísse e ficou por cima de mim.
— Eu – disse Leo, me fazendo corar, enquanto me perdia naqueles olhos âmbares*, que me fitavam intensamente.
Empurrei-o levemente, apenas o suficiente para que eu saísse debaixo dele.
— Vamos comer? – mudei de assunto, mas sem conseguir esquecer o olhar do garoto ao meu lado.
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O céu já estava escurecendo quando eu terminei meu número de dança. Ao findar da música, Leo me aplaudiu vigorosamente.
— Nanda, a cada dia você fica melhor nisso.
— São seus olhos - eu sorri bobamente, estranhamente feliz com aquele simples elogio.
— Tá a fim de treinar skate amanhã?
— Claro. Tá a fim de contar estrelas?
— Sim. Mas antes... Venha aqui, gata – disse ele, me fazendo rir com a sua tentativa de voz sexy.
Leo me presenteou com uma rosa branca (flor abundante na colina, como o nome da mesma sugere), que ele havia acabado de colher.
— É linda! Obrigada.
Eu beijei o rosto dele e me aninhei em seus braços, enquanto me lembrava do significado das rosas brancas. Elas simbolizam a pureza, o amor puro.
Pensando racionalmente, o Leo ter me presenteado com uma flor dessa cor só podia ser coincidência. Mesmo assim, o meu coração se aqueceu com a possibilidade de que aquele belo ato não fosse fruto do acaso.
...
...
...
MEU DEUS! O QUE TÁ ACONTECENDO COMIGO?
No próximo capítulo...
“Ao chegar à pista, pude ver Leo suspirar de alívio, e sorri.
— Que pressa pra treinar, moço – provoquei.
— Minha pressa não era só pra treinar... – murmurou.
— O que disse?
— Eu disse: Minha pressa era só pra treinar mesmo – ele sorriu, nervosamente. (N/A: Sutileza 0 x Leo 1)”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*Olhos âmbares = olhos cor-de-mel = perfeição :3
Novamente, não tenham medo de demonstrar sua opinião! Estou aberta a elogios, críticas positivas ou negativas... a reviews em geral. Go, leitores, go õ/