Paixões Opostas escrita por Lua


Capítulo 2
Capítulo 1 - Piquenique, Ballet e Estrelas




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“Lately, i’ve been, i’ve been losing sleep

Dreaming about the things that we could be

Baby, i’m not praying hard

Sigging no more counting dollars

We’ll be counting stars” (OneRepublic – Counting Stars)

 

Após me preparar psicologicamente, olhei o visor para conferir quem era o filho da... digo, o indivíduo que estava me ligando às 10h da madrugada, e que ia morrer assim que eu criasse coragem para sair do quarto e enfrentar a vida.

“Leo, o delícia” era o nome estampado no visor. Acho que alguém pegou meu celular sem autorização.

Retornei a ligação, enquanto procurava algo para vestir.

— Bom dia, flor do dia! – eu ouvi uma voz irritante do outro lado da linha.

— Bom dia, Leo “delícia” – respondi, ironicamente. – É sério isso?

— Eu sei, sou muito delícia mesmo. Quando você resolveu admitir a verdade?

— Não se faça de sonso - revirei os olhos – Quantas vezes eu já te disse para não pegar meu celular sem autorização? Na próxima você morre, tá me entendendo?

— Okay, delicadeza. Tá a fim de sair?

— Colina? – perguntei, me referindo ao nosso lugar predileto naquela cidade.

— Eu levo a comida - Leo avisou, me deixando instantaneamente feliz.

— É por isso que eu te amo... 

— Eu sei, eu sei - afirmou, convencido.

— ...mas não fique se achando. 14h, te vejo lá.

Eu desliguei e me vesti: short, camiseta, tênis. Peguei a mochila, o celular, as minhas sapatilhas de ballet prediletas e uma toalha de piquenique. Soltei meus cachos castanhos (mesma cor dos meus olhos), fiz minha higiene matinal e saí do quarto, direto para o mundo real.

 

x-x-x-x-x

 

 Desci as escadas, sentindo o cheiro delicioso que vinha da cozinha. Adentrei no local, em busca da 3° paixão de minha vida: comida. (N/A: Essa é das minhas õ/)

— Bom dia, mãe – eu disse, enquanto me inclinava para dar um beijo nela.

— Bom dia, querida – Vanessa, minha mãe, respondeu.

— Bom dia, chata.

— Bom dia, insuportável – respondi a minha irmã, Victoria, dando-lhe um rápido abraço.

— Mãe, vou sair hoje à tarde com o Leo...

— Huum... vai sair com o Leo, né? – Victoria me interrompeu, com um sorriso malicioso no rosto.

— Não enche, pirralha – retruquei, me referindo à diferença de 5 anos entre eu e minha irmã – Continuando... me chame para o almoço, por favor – Peguei uma maçã e rumei para o jardim: era hora de dançar.

 

 x-x-x-x-x

 

 É incrível como o tempo passa rápido quando fazemos o que gostamos. Eu dancei por 2 horas seguidas, sem parar, e nem ao menos me dei conta. Às 12:30h, minha mãe me chamou para almoçar. Após descansar e ler um pouco, rumei para o meu refúgio: a Colina das Rosas Brancas.

 

 x-x-x-x-x

 

 Eu definitivamente estava fora de forma. Mesmo subindo pela trilha de caminhada, eu cheguei ao topo da colina ofegante.

Ao me ver vermelha, suada e quase morrendo, Leo teve um ataque de risos.

— Tá rindo de que? – eu perguntei, me fingindo de ofendida.

— De você, é claro – ele respondeu, descaradamente.

Eu dei um tapa nele, que parou imediatamente de rir.

— Só pra você ficar esperto...

Não pude completar a frase, pois sofri um ataque de cócegas.

— Para, para! – eu pedi, enquanto gargalhava, caída no chão.

Ele parou e se levantou, mas eu o puxei de volta e derrubei-o.

— Quem é que manda nessa parada? – perguntei, enquanto me levantava. 

Ao invés de responder, meu amigo deu-me uma rasteira, me segurou antes que eu caísse e ficou por cima de mim.

— Eu – disse Leo, me fazendo corar, enquanto me perdia naqueles olhos âmbares*, que me fitavam intensamente.

Empurrei-o levemente, apenas o suficiente para que eu saísse debaixo dele.

— Vamos comer? – mudei de assunto, mas sem conseguir esquecer o olhar do garoto ao meu lado.

 

 x-x-x-x-x 

 

O céu já estava escurecendo quando eu terminei meu número de dança. Ao findar da música, Leo me aplaudiu vigorosamente.

— Nanda, a cada dia você fica melhor nisso.

— São seus olhos - eu sorri bobamente, estranhamente feliz com aquele simples elogio.

— Tá a fim de treinar skate amanhã?

— Claro. Tá a fim de contar estrelas?

— Sim. Mas antes... Venha aqui, gata – disse ele, me fazendo rir com a sua tentativa de voz sexy.

Leo me presenteou com uma rosa branca (flor abundante na colina, como o nome da mesma sugere), que ele havia acabado de colher.

— É linda! Obrigada.

Eu beijei o rosto dele e me aninhei em seus braços, enquanto me lembrava do significado das rosas brancas. Elas simbolizam a pureza, o amor puro.

Pensando racionalmente, o Leo ter me presenteado com uma flor dessa cor só podia ser coincidência. Mesmo assim, o meu coração se aqueceu com a possibilidade de que aquele belo ato não fosse fruto do acaso.

...

...

...

MEU DEUS! O QUE TÁ ACONTECENDO COMIGO? 

 

 

 

No próximo capítulo...

“Ao chegar à pista, pude ver Leo suspirar de alívio, e sorri.

— Que pressa pra treinar, moço – provoquei.

— Minha pressa não era só pra treinar... – murmurou.

— O que disse?

— Eu disse: Minha pressa era só pra treinar mesmo – ele sorriu, nervosamente. (N/A: Sutileza 0 x Leo 1)”


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Notas finais do capítulo

*Olhos âmbares = olhos cor-de-mel = perfeição :3
Novamente, não tenham medo de demonstrar sua opinião! Estou aberta a elogios, críticas positivas ou negativas... a reviews em geral. Go, leitores, go õ/