Saint Seiya: Hercólobus, o Destino Final escrita por Gemini Saga WL


Capítulo 6
04. O RETORNO DA LENDA.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/57873/chapter/6

BGMS (MÚSICAS) A SEREM UTILIZADOS NESTE CAPÍTULO:

14 Seven Senses.mp3

08 Seven Generals.mp3

03 Another Holy War.mp3

04 Shining! Bronze Cloth.mp3



► 4. O RETORNO DA LENDA.

Aquela calma e fria noite disfarçava muito bem o que estava ocorrendo no cume da montanha onde se localizava o Santuário. Todos descansavam tranquilamente, sem saber de nada... Com exceção de Athena, perplexa com a visão inesperada dos doze guerreiros envoltos em um poderoso e brilhante cosmo, novamente vestindo as doze Armaduras de Ouro, brilhantes e resplandecentes, como se nunca tivessem sido destruídas por Thanatos logo antes. Uma visão que no fundo ela só esperava ver dali a 250 anos ou mais...

— Meus cavaleiros... Vocês retornaram! — Foi a única coisa que saiu da boca de Athena, que não podia acreditar. Seu Exército foi ressuscitado pelo seu maior inimigo!

— Athena, nós ressuscitamos pela graça e poder dos deuses olimpianos, para lhe servir neste momento de trevas, em que os mesmos decidiram unir-se a você a fim de evitar a destruição impiedosa e generalizada que ameaça toda a Terra. — disse Saga de Gêmeos.

— Eles entenderam que somos capazes de feitos miraculosos, e não pouparam esforços para restaurar seu exército dizimado após a Guerra Santa anterior. — continuou Mu de Áries.

— Mas suas armaduras tinham sido destruídas... Seria necessário muito tempo e esforço para restaurá-las, como podem estar inteiras?

— Athena, a mesma pessoa que nos trouxe de volta à vida, fez o mesmo com as armaduras. Não esqueça que elas também são seres vivos. — respondeu Shion.

— Só uma pessoa teria o poder de anular os efeitos da morte sobre um ser vivo... Não posso acreditar que isto tudo... É obra dele! — Saori cada vez menos podia crer no que seus olhos viam e no que sua mente entendia a partir dos fatos...

— Os cavaleiros de Prata também foram trazidos de volta à vida, e estão no sopé do caminho das Doze Casas guardando o perímetro até novas ordens, afinal eles não têm autorização para subir até aqui. — completou Aldebaran de Touro.

Realmente, ao redor do santuário, vários Cavaleiros de Prata guardavam o santuário junto ao soldados. Armaduras nunca vistas nesta Era ressuscitaram diretamente do Cemitério das Armaduras, em Jamiel, para unir-se aos Cavaleiros que estavam enterrados no Santuário...

— Eu ainda não entendo de que forma essa pessoa foi convencida a realizar tal ato de generosidade... Mas fico extremamente feliz e honrada em saber que vocês me serviram em todos os momentos, e aceitaram passar por provações inimagináveis enquanto estiveram na prisão dos deuses... Sejam bem-vindos de volta, meus nobres cavaleiros!

— Athena, infelizmente nós não nos sentimos merecedores de tal honraria por sua parte. — disse Camus de Aquário.

— Por quê, Camus?

— Fomos obrigados a agir contra nossa e certamente contra vossa vontade hoje cedo, a fim de que pudéssemos ter força total no embate que está para acontecer... Pedimos perdão por ter cometido tal atrocidade, se quiser nos castigar, aceitaremos de muito bom grado. — respondeu Shura de Capricórnio, resignado.

— Agiram contra minha vontade? Eu não estou entendendo...

— Athena... — continuou Aiolia de Leão — Hoje cedo fomos incumbidos pelos deuses de tomar o corpo de Seiya de Pégaso do funeral que estava ocorrendo, como condição para que pudéssemos estar aqui com você agora.

— Como? VOCÊS eram os tais vultos que Kiki disse ter visto e que o derrubaram?

— Exato... Foi uma forma de agir extremamente feia e nada agradável. Admiro a beleza em todos os contextos, detesto agir escondido e ainda sob um capuz horrível. — disse Afrodite de Peixes, claramente desgostoso desse ato.

— Mas... Qual foi a finalidade de fazerem isso? Por que tomaram o corpo de Seiya? Quem lhes transmitiu essa ordem?

— A mesma pessoa responsável pela ressurreição dos cavaleiros de Prata e das doze Armaduras de Ouro. — disse Máscara da Morte de Câncer.

— Mas...

— Segundo o que nos informaram, quando Pégaso morreu com uma espada fincada no coração, seu corpo e alma foram empesteados de uma maldição mortal, oriunda dessa espada... Hades tinha ódio mortal por todos os cavaleiros de Pégaso, e desta vez ele quis se incumbir de acabar com eles para sempre, inutilizando seu Cosmo. Mesmo que Seiya ressuscitasse junto conosco, não serviria de nada nesta batalha, já que seu Cosmo fora selado, como efeito dessa maldição. Então, recebemos a incumbência de capturar o corpo dele para que fosse curado desse mal, porque sua alma já estava purificada. — explicou Shaka de Virgem.

O coração de Saori batia cada vez mais forte. Isso tudo podia significar que Seiya também...

— O... Onde ele está? Pra onde o levaram? Ele já foi curado? Por favor, me digam...!!!

Os Cavaleiros de Ouro permaneceram em silêncio. Pareciam aguardar algo... Ou será que...

— Cavaleiros de Ouro... Por favor, me respondam!

Sa... Saori... — disse uma voz fraca, vinda de outro canto da arena que havia por detrás do Salão do Mestre. Todos dirigiram seus olhares para lá, onde podia-se ver uma pessoa andando com muita dificuldade em direção a eles...









...SEIYA!!!


(BGM: 14 Seven Senses.mp3  — Parte 2 (2:44 — 3:32))

Pégaso havia retornado do limbo da morte... Saori correu para acudir o cavaleiro zonzo, que já ia caindo no chão de novo, por efeito da ressurreição, ainda muito recente...

— Seiya! Seiya! Não posso acreditar que está vivo... Como você se sente? — Saori não podia esconder o semblante de felicidade.

— Pa... parece que passou um rolo compressor por cima de mim... Mas isso não é nada... Eu só queria vê-la novamente.

— Seiya... Fico tão feliz de vê-lo novamente vivo!

— Espero... que não seja por pouco tempo, não é...?

— Não fale essas coisas, Seiya. — interrompeu Shion. — Você recebeu um voto de confiança não só de todos nós Cavaleiros, mas também dos deuses Olimpianos, que votaram a favor da sua volta.

— Shion... Não irei decepcioná-los, eu prometo!

— É assim que se fala, velho amigo. — disse Aldebaran, com um sorriso no rosto por ver o amigo de volta.

Cavaleiros de Ouro, ouçam-me! — disse Shion, em voz alta. Todos se ajoelharam novamente. — Agora que nosso batalhão está completo, devemos reassumir imediatamente nossos postos! Existem suspeitas de que o exército inimigo venha trazer o caos e a destruição antes que Hercólobus em si o faça, para terem o prazer de se vingarem dos humanos que sobreviveram à sua última passagem! Precisamos estar preparados, não esqueçam que, unido, esse povo conseguiu derrotar Zeus!

Afirmativo, Grande Mestre! — responderam, em coro, os doze.

— Mestre, peço permissão para levar Seiya até onde sua irmã Seika está morando, para que ele seja tratado e termine de se recuperar lá. — Mu se dirigiu a seu mestre.

— Permissão concedida, Mu. Com o passar dos dias, ele irá recuperar todo o seu cosmo e força física completamente, e será uma adição fundamental em nosso batalhão. Após isso, retorne à sua casa. Vamos, Cavaleiros! Com sua licença, Athena. — disse Shion.

Com licença. — repetiram os doze cavaleiros, em coro novamente.

— Vamos, Seiya. Sua irmã vai adorar vê-lo vivo depois de tantos anos separados! — disse Mu, ajudando Seiya a se levantar, apoiando-o em seus ombros.

— Obrigado, Mu. Saori... Ter te visto novamente só renovou minha esperança e minha coragem... para enfrentar todo o mal que vier ameaçar você. — disse Seiya, virando para Saori.

Seiya... — Saori hesitou por um instante. — ...Obrigada.

Os dois se olharam por um breve instante, e por fim todos se ausentaram. Saori por um instante havia esquecido que a destruição total estava a caminho...


———————————————//————————————————


► Olimpo.

Zeus, ainda abalado com os eventos ocorridos anteriormente, tentava depositar toda sua crença nos cavaleiros de Athena. Nenhum dos deuses tinha poder para impedir aquele estranho que portava uma foice. Dessa vez, se os cavaleiros falharem, todo o Olimpo será destruído...

— Distraído novamente, Zeus? — perguntou alguém, que havia acabado de adentrar o salão. — Numa guerra, um breve momento de distração pode significar a derrota pela eternidade. Aquele que ousar nadar no mar mais bravio pode ser tragado para as profundezas por causa de uma simples distração...

— Não preciso dos seu sermões, Poseidon. Apenas faça-me o favor de explicar o que significa isso. — disse Zeus, apontando para Poseidon, que estava com a aparência de...




(BGM: 08 Seven Generals.mp3 — Parte 2 (1:36))

Julian Solo é o nome dele. Gosto de assumir esta imagem, me deixa mais jovem e belo. Estou cansado de parecer um velho, como sou na minha forma original, e aquele corpo humano foi o que mais me agradou, de todos os que já possuí anteriormente. Mas, como o Olimpo mudou... está muito mais belo e reluzente desde a última vez que eu o visitei, sinto-me tentado a morar aqui ao invés de morar nos mares...

— Sua missão é governar os mares, não se esqueça. Agora, diga o que veio fazer aqui, Poseidon.

— Vim anunciar que também vou participar e atuar a favor de Athena contra os heraclianos.

Zeus arregalou um olho ao ouvir isso.

(BGM: 03 Another Holy War.mp3 — Parte 2 (1:35))

Você? Ajudar Athena, a quem odeia desde que ela assumiu o controle da Terra no meu lugar? Se eu não fosse capaz de sentir tais coisas, eu poderia dizer que está mentindo... Mas me diga, como pretende fazer isso...? Seus Marinas ou foram mortos ou perderam a consciência de seus deveres, após a última batalha. Vai encarar Hercólobus de cara limpa, meu caro Poseidon? Foi para isso que me pediu para libertá-lo da ânfora de Athena e trazê-lo de volta ao Olimpo?

— Surpreende-me que tenha estranhado minha decisão. Achei que fosse lógica esta minha manobra, eu sozinho não sou adversário para Hercólobus. Zeus, já que me libertou, por quê não fez o mesmo com os espectros do Hades, que também é incapaz de fazer algo nesta situação sozinho? Sabe que tem poder pra isso.

— É um caso diferente... Hades também está agindo sob pressão de perder seus domínios, mas todos nós sabemos o quanto ele deseja o controle da Terra. Temo que, ao libertar os espectros sem que Athena tenha ciência disso, eu esteja na realidade acelerando a destruição do planeta.

Quando todas as partes têm a mesma ciência dos fatos, a guerra é equilibrada... Muito bom esse seu conceito de justiça na batalha, meu caro Zeus. Mas não se esqueça de que eu compartilho do mesmo desejo de Hades, apesar do meu problema com Athena ser mais um caso pessoal do que a disputa por domínios propriamente dita.

— Estou perfeitamente ciente disso, e esse é o motivo pelo qual não ordenei a ressurreição dos Marinas também. Esperemos que Athena tome sua decisão com relação aos guerreiros de Hades primeiro. Assim, se ela concordar, todas as partes estarão em pé de igualdade e poderão lutar com força máxima contra os heraclianos.

— Entendido, Zeus. Com sua licença, vou observar mais um pouco a bela vista que se tem aqui de cima.

Poseidon se ausenta do salão majestoso. Mas, assim que a porta se fecha por detrás dele...

“Diz que é justo, mas no fim das contas não quer ressuscitar os Espectros e os Marinas ao mesmo tempo com medo de uma represália contra sua filha querida. Zeus, você me mata de rir... Mas depois que acabarmos com Hercólobus, será a vez de Athena e você não poderá interferir...
— após pensar isso, Poseidon solta uma risada e continua andando...


———————————————//————————————————


Naquela noite, Mu havia levado Seiya até a vila Rodorio a fim de que Seika pudesse cuidar dele. Ele foi recebido efusivamente pela irmã, e um longo e caloroso abraço se sucedeu. Marin, que estava treinando Seika para ser sua sucessora, também o cumprimentou. Os irmãos conversaram durante longas horas, até que Seiya, vencido pelo cansaço resultante do processo de retirada da maldição de Hades e conseqüente ressureição, adormeceu profundamente. Diz-se que ele dormiu por mais de 24 horas...

Ao acordar, sentindo-se melhor e mais disposto, ele levantou-se da cama e se dirigiu à janela. O Sol estava forte naquela manhã...

— Seiya! Que bom que já acordou! — disse uma voz que vinha ali de perto. Uma voz bastante conhecida...

— Shiryu! Não acredito!!!

— E ele não veio sozinho. — surge Hyoga, acompanhado de Shun e Kiki.

Os amigos de longa data trocaram abraços calorosos.

— Ah, amigos! Pensei que nunca mais os veria novamente!

— Não diga besteiras, Seiya. Mesmo que não voltasse, de qualquer forma um dia acabaríamos por encontrar com você lá do outro lado novamente, hehehe. — respondeu Shiryu, bem humorado por ver o amigo em bom estado.

— Seiya, fico feliz que esteja curado da maldição! — disse Shun. — Meu irmão deve estar feliz nesse momento também, ele deve estar captando nossos cosmos...

— Seiya, você quase secou a fonte da Água da Vida, sabia? — disse Kiki, fingindo irritação. — Usamos ela pra canalizar o poder divino que foi enviado para curá-lo. Se não fosse essa mãozinha que recebemos do pessoal lá de cima, não ia dar pra revivê-lo, não... hehe!

“Pessoal lá de cima”? De quem você está falando, Kiki?

— Daquele que foi o responsável pela sua volta e pela sua cura, Seiya. Eu também não pude acreditar quando soube, mas parece que essa pessoa também tem sua existência ameaçada pelo perigo que está pra chegar, então resolveu nos ajudar. — respondeu Shiryu.

— De quem está falando, Shiryu?

— Acalme-se, Seiya. Ainda não é bom que você se exalte. Poderá fazer mal a você. Nem nós mesmos estamos acreditando ainda na resposta a essa sua pergunta...

— Como assim, Hyoga?

— Seiya, essa pessoa marcou uma audiência com Athena hoje à tarde na área social do Santuário, logo abaixo da trilha das Doze Casas. Vai acontecer daqui a pouco, e passamos para ver como estava antes de nos dirigirmos para lá. - respondeu Shun.

— Eu vou com vocês!

— Seiya, tem certeza? — preocupou-se Kiki.

— Vou ficar muito pior se não souber quem é essa pessoa logo. Eu posso andar, não se preocupem, Deixarei um bilhete para Seika explicando tudo.

— Nesse caso, vamos, estamos quase atrasados. — disse Shiryu.

Seiya escreveu rapidamente um bilhete para sua irmã, colocou sua roupa habitual (camisa vermelha e calça jeans) e se juntou aos demais, que o aguardavam.

Assim, todos foram embora dali, rumo ao Santuário.


———————————————//————————————————


Estava quase na hora. Athena não podia esconder um nervosismo no fundo de sua alma... iria recebê-lo em seu Santuário. Sim, ele. O responsável por praticamente todos os seus problemas até hoje, e que levou embora tantas vidas e tantos cavaleiros em épocas passadas... Todos os cavaleiros de Prata estavam a postos em locais estratégicos, preparados para qualquer movimento suspeito do visitante.

Os doze Cavaleiros de Ouro estavam perto de Athena, no papel de guarda-costas pessoais. Shion estava ao lado dela, como porta-voz... naquele momento, os cinco guerreiros de bronze chegavam a um ponto de observação pouco acima da grande área onde Athena estava, em um morro próximo.

— Nossa presença não é permitida num evento destes, vamos tentar ocultar nossos cosmos, se formos descobertos poderemos ser castigados. — alertou Hyoga, em voz baixa. Todos fizeram o que ele havia dito.

— Athena, a hora chegou. — disse Shion.

— Sim, e ele já está aqui. — respondeu Athena, olhando fixamente para frente, mas Shion não conseguia ver nada...

— Como...?

Saudações, Athena... — disse uma voz que ecoou por toda aquela planície.

— Estava esperando por você. — respondeu Saori.

Todos olhavam para todos os lados, em claro nervosismo, à procura do emissor daquela voz... Mas não estava em lugar algum.

Eu sei. Não se preocupem, eu venho em paz. A situação é deveras crítica, e num momento desses devemos unir forças...

— Mostre-se para nós, se não for um incômodo. Não gostamos de falar com quem não se faz ver. — Shion, com suor escorrendo pelo rosto, avisou.

Athena está me vendo, e isto seria o suficiente. Mas, já que fazem tanta questão, podem admirar também...


(BGM: 04 Shining! Bronze Cloth.mp3 — Parte 1 (até 1:00))

Algo começava a se materializar na frente dos arregalados olhos dos espectadores... era um cosmo negro como a própria morte, que exalava a essência do inevitável, que trazia à mente de todo ser vivo que presenciasse aquele espetáculo tenebroso a idéia do fim de seu ciclo vital... Os quatro cavaleiros de Bronze conheciam bem aquela terrível cosmoenergia, que parecia querer aniquilar tudo o que tocasse nela... A figura de um homem alto, de longos cabelos negros, olhos de cor azul-esverdeada e trajando uma belíssima armadura de cor ébano, surgia na frente de todos, que não podiam conter o espanto, visível em seus rostos e bocas abertas com aquela visão...

























"Have you ever felt your Cosmo?"

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Saint Seiya: Hercólobus, o Destino Final" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.