Família do Barulho escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 46
Capitulo Extra #2: Uma Paquera Nada Boa - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Fala aí gente, aqui é o Gabriel novamente. Espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura.



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Certa manhã, todos estavam tomando café tranquilamente, os patrulheiros e os Mister's conversavam e riam enquanto curtiam aquela manhã fria e nebulosa, embora as nuvens fossem todas brancas, o céu tinha partes de azul e não tinha sinal de chuva. Quando o café da manhã acabou, Lúcio ia se levantar, mas na mesma hora se sentou de novo.

–O que houve Seu Lúcio?- perguntou Maria Joaquina, preocupada.

–Nada querida, só estou com uma dor nas costas.- ele disse.

–Vem cá Seu Lúcio, deixa eu te ajudar com isso.- disse Daniel, levando Lúcio pra cima.

–Pode deixar que eu lavo tudo Lúcio!- disse Chaveco, se levantando da mesa e Lúcio assentiu.

Enquanto Lúcio subia as escadas com Daniel e Maria Joaquina, a campainha da mansão toca e Botijão decide atender, quando ele abre a porta, é Dona Aglimaldolina, sua sogra, que já não via há muito tempo.

–Oi sogrinha!- diz Botijão, abraçando-a.

–Oi querido, como vai?- ela retribui o abraço sorrindo.

–Vou bem e você?

–Também. A Chimoltrufia está aí?

–Está sim.

–Mãe, que saudade!- diz Chimoltrufia, levando para o sofá, onde conversam.

–Filha, será que eu posso passar uns dias aqui com vocês? Desde que você se mudou pra cá eu fiquei tão sozinha lá em casa, queria achar um namorado para ficar lá comigo.- dizia a mãe de Chimoltrufia.

–Não acha que está um pouco velha pra isso mamãe?

–Claro que não minha filha, para o amor não tem idade.

–Bom, de repente eu posso ajudar, que tipo de homem você quer?

–Um homem que possa fazer tudo que eu faço quando estou fora de casa, porque como você deve saber, nós que somos dona-de-casa saímos com muita coisa pra fazer e quando saímos de casa preocupadas com isso nos desconcentramos nos nossos deveres da rua. Então, acho que um homem para fazer isso por mim seria uma boa.

–Caramba, será difícil.

Nesse momento, Dona Aglimaldolina vê Chaveco voltar à cozinha com um avental sujo e desbotado pegando os pratos dos Mister's, prontos para serem lavados, então, Aglimaldolina, que não conhecia o Chaveco, pensou que ele era o homem da casa e por isso, decidiu que era com ele que ela iria se casar. Então, sem perder tempo, foi direto à cozinha, onde começa a flertar com ele.

–Oi.- começou ela.

–Oi. Quem é você?- perguntou ele.

–Sou Dona Aglimaldolina, mãe da Chimoltrufia.

–Ah sim, ela sempre me fala de você.

Que bom, eu cheguei aqui hoje, estava com saudades da minha filha.

–Eu entendo. Coisas de mãe.

Alguns segundos se passaram, ela começou a observar o jeito como ele lavava os pratos.

–Nossa, suas mãos são tão habilidosas.

–Obrigado.- ele estranhou.

–Você lava a louça sempre?

–Bom, essa é a primeira vez que chego perto de uma pia, mas já havia lavado pratos em outro lugar sim.

–Que bom.

–Você é casado?- ela começou a ir mais fundo na conversa.

–Não. - ele disse e se arrependeu, pois só então a ficha caiu pra ele, as mulheres só perguntam isso quando realmente têm algum interesse neles.

–Sabe? Eu sempre quis um homem que soubesse lavar a louça e fazer essas coisas de uma dona-de-casa quando eu estivesse fora de casa resolvendo problemas.

–Um dia você vai encontrar.

Foi como um soco na boca do estômago da mulher, ele havia feito de propósito ou foi tonto demais pra perceber que ela se referia à ele? É melhor acreditar na primeira opção.

Depois daquele fora que ela recebeu do Chaveco, embora ele realmente não tenha percebido nada, ela não falou mais nada, apenas observou-o tirar o avental, secar as mãos e ir para a sala ver tevê. Chaveco havia entendido o que ela disse, só que ele havia pensado que ela estava apenas desabafando, talvez um encontro que não deu certo, ou um romance que ela descobriu ser impossível, pensou tudo, menos na possibilidade dela estar se referindo à ele. Mas mesmo que ele tivesse percebido que ela estava apenas paquerando ele, é óbvio que ele não aceitaria, o amor não tem idade certa se for verdadeiro, mas acontece que ele não se relaciona com mulheres bem mais velhas, na sua época de adolescente, isso era proibido, por isso, ele cresceu pensando que os tempos mudaram em apenas algumas coisas, mas não em tudo, como essa de relacionamento com pessoas mais velhas. Ainda confusa sobre o fora dele, Dona Aglimaldolina subiu para seu quarto para descansar e pensar em outra forma de fazer Chaveco perceber que ela está a fim dele.

Enquanto isso, Marcelina está em seu quarto, penteando o cabelo, pois está pensando em sair com Mário, mas quando ela está quase acabando, decide pintar seus cabelos com mechas rosas, para mudar um pouco do visual, além disso, seu uniforme era roxa, talvez uma mecha pintada de rosa combinaria com a roupa. Então, ao invés de sair com Mário, preferiu deixar a surpresa pra mais tarde, ela foi até uma loja onde se vendia tintas pra cabelo e foi comprar tinta rosa.

Quando chegou em casa, foi logo pintando o cabelo, quando acabou, foi ao quarto de Mário, que estava lendo um livro e quando abriu a porta disse:

–Tcharam.

Mário a olhou, espantado.

–Marcelina?

–Eu mesma!

–Mas... você está tão... irreconhecível.

–Eu sei, mas... parece que você não gostou.

–Não, eu adorei. Só não esperava.

–Ah tá. Eu decidi pintar assim pra combinar com meu uniforme, sabe?

–Por mim você pode pintar da cor que você quiser, mas o negócio é ver o que os patrulheiros vão pensar.

–Eles não vão se importar, você vai ver.

–É verdade. Bom, que tal um filme pra encerrarmos o dia?

–Claro, vamos sim.

Então Mário pegou um filme que havia alugado em uma locadora e colocou no aparelho de DVD que tinha no quarto dele e os dois começaram a assistir o filme, era o "A culpa é das estrelas", e Mário torcia pra que tivesse acertado no filme.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, até o próximo.



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