Blame escrita por Reeh Tetsuya, Iggy Vicky


Capítulo 3
Capítulo 3: Acordo




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– Isso mesmo, absolvida!
– A-Absolvida?! Oh, Odin ouviu minhas preces, estou livre! - A mulher parou de comemorar repentinamente.– Espera...por quê? - O delegado olhou firme para a mulher que estava na sua frente e suas feições tomaram um ar muito sério.
– Ivy, você vai ouvir tudo o que eu disser daqui em diante com muita atenção.
– T-Tudo bem.
– Os crimes que você publicou como seu TCC renderam uma repercussão muito grande, não só para os condenados, mas para os órgãos responsáveis pelos casos. Todos ficaram muito chocados sobre como você conseguiu fazer aquela reportagem e dar seu veredito do tipo ''ah, fulano matou sicrano'' e fim. Você desvendou um caso muito rápido sem analisar a situação de forma minuciosa, o que é bem perigoso, mas seja por coincidência ou não, você conseguiu o laudo final. Parabéns por isso.
– Sério? As coisas para mim estava tão... óbvias? Talvez seja o fato do meu pai ser médico forense, quem sabe? Eu lia alguns livros dele na minha adolescência e queria seguir a carreira dele, mas medicina não era bem meu sonho. Vez ou outra, quando minha mãe estava dando aula e eu ficava sozinha em casa, ele me levava no IML e eu acabava vendo alguns casos.
– Pode ser também, mas a questão em si não é essa e sim sua soltura. Foi bem difícil analisar as coisas em apenas 12 horas para provar que você era inocente, agradeça ao Tayson depois. Como suas habilidades foram descobertas do nada, eu consegui por meio de contatos que você fosse contratada para trabalhar no ramo de investigação aqui em Nova Iorque... é uma espécie de acordo. Você vai receber seu salário, seus benefícios e poderá publicar alguns artigos em um jornal próprio da polícia, mas em troca manterá sigilo quanto alguns casos e dedicará maior parte do seu tempo nas investigações. Isso tudo servirá como o pagamento do seu advogado. O que acha? - Ivy ouvia tudo perplexa, aquilo era surreal demais. Era tudo tão repentino, mas ela não poderia desviar de uma proposta tão boa e que ''salvou seu pescoço da guilhotina''.
– Eu aceito! - Ela disse por fim sem hesitar.


(...)

– Ai Odin, o que eu fiz da minha vida?! Ah, que se dane, ao menos consegui um emprego. - A campainha tocou. Ivy foi correndo atender a porta.
– Olá!
– Tayson... - A mulata revirou os olhos.– Entre, temos um trabalho a fazer então, né?
– Sim, já que o delegado mandou, precisamos nos preparar. Com licença. - O advogado sentou no sofá da nova parceira de trabalho.

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– Tenho outra condição para você, senhorita Ivy, seu parceiro será o Tayson já que ele tem todos os contatos necessários para realizar as investigações. Não há como voltar atrás na sua decisão. - Concluiu o delegado

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– Café, chocolate quente, chá, suco ou água?
– U-Um café por favor. - Tayson estava visivelmente incomodado, um homem tão certinho como ele dentro da casa de uma mulher sozinha? Ainda mais sendo A mulher.
– Aqui, quentinho! - Ivy deu um sorriso mínimo e entregou uma xícara para o atual parceiro de trabalho.
– Obrigado.
– Então, o primeiro caso já é praticamente uma bomba, não?
– Realmente. - Tayson bebericou o café, impressionou-se, estava realmente saboroso.– Tem um tempo que a Senhora Storm relata casos de ameaças aos seus clientes e ao seu hotel aqui em Nova Iorque.
– Pelo que li no relatório a rede de hotéis da Senhora Storm tem uma grande repercussão, sempre aparecendo em revistas renomadas ou em revistas de fofocas já que lá é uma espécie de ''parada obrigatória'' para casais milionários. - Casais... era isso que temia o pobre Tayson, seu chefe sempre o coloca em situações assim, constrangedoras.
– A-Ah, sim.
– Tayson - Continuou a mulata–, não vou pedir permissão para perguntar, porque mesmo que me dissesse ''não'' eu ia perguntar. Você é mesmo um advogado? Por qual motivo está no ramo investigativo? - Tayson respirou um pouco mais fundo e depois depositou o copo na mesinha de centro.
– Eu sou um advogado criminal e estou fazendo pós em psicologia forense, comecei a trabalhar para o Vince tem pouco mais de três meses. Eu sou encarregado de fazer testes psicológicos nos criminosos que são apreendidos. Agora estou encarregado de fazer dupla com você e vou analisar a psicologia de todos envolvidos nos casos.
– Hum, interessante. Você tem um futuro brilhante pela frente! - Ivy sorriu largamente, foi a primeira vez que sorriu assim desde que chegou em Nova Iorque. Tayson demonstrou surpresa com a expressão da vizinha, ela estava... radiante!

Desde que chegou ao prédio Blaze, Ivy arrumou confusão com todos os vizinhos possíveis, nesse caso não exclui o irritante e todo certinho, Tayson Gannon. Bom, o ódio entre esses dois foi causado por uma simples garrafa de vodka.

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Quem resistiria aos prazeres da belíssima Nova Iorque? É... ninguém, muito menos EU! Não faz nem duas semanas que me estabeleci nessa maravilha de cidade e já estou entrando no mundo das boates. Não sou do tipo de pessoa que bebe até entrar em coma alcoólico, mas aprecio umas boas bebidas.

– Hm, deixe-me ver quanto está uma dose... eh... espera... 15 dólares um copo de vodka?! Não, não. no mercado a garrafa custa U$10.

Olha, eu não sou pão-dura nem nada, mas é que eu estou poupando o pouco dinheiro que recebo num bico de colunista de moda. Saí da boate rumo ao mercadinho mais próximo do meu prédio e procurei a garrafa mais barata do estoque, só tinha uma que estava com preço acessível.

– Essa é minha! - Antes que pudesse pegar a garrafa alguém tentou pegá-la ao mesmo tempo. - Ei, desculpa aí moço, mas eu vi a garrafa primeiro.
– Na, na, ni, na não!
– Qual é, tem tantas outra garrafas por aí.
– Mas eu quero essa. Uma moça tão bela quanto você não deveria beber coisas assim.
– E o senhor deveria cuidar mais da sua vida, não acha? Oh, o que é aquilo?! - O homem olhou para a direção que Ivy apontou e a morena de prontidão aproveitou a distração dele. - Otário. - Saí correndo em direção ao caixa e paguei a garrafa. - A noite é uma criança, baby!

Olhei em direção ao homem que tentou pegar a garrafa de mim, estava com uma expressão hilária de raiva. Continuei caminhando em direção a meu lar doce lar, mas senti que alguém me seguia, por sorte eu tenho uma noção de defesa pessoal porque onde eu morava em Nova Orleans não era um lugar muito seguro para se viver, então fui obrigada por meu pai a fazer alguns anos de artes marciais. Se essa pessoa não estiver armada e tentar algo comigo vai ter os ''países baixos'' atingidos.

Continuei o caminho em alerta, quando tive a oportunidade olhei de canto para quem vinha. O cara do mercadinho. Merda, será que ele vai tentar algo comigo? Por que peguei a merda da garrafa? Andar mais rápido, isso, ótimo! Apressei meus passos e cheguei a entrada do prédio, entre no elevador e... surpresa! O cara entrou no elevador também. Fodeu. Encarei o homem de esgueira e pelo visto ele percebeu.

– O que foi mulher doida? Eu moro aqui também.
– Hm.
– Graças a você paguei mais caro na vodka.
– Quem mandou ficar distraído? Da próxima vez não caia numa armadilha boba como a minha. Hunf.
– Doida. - O elevador parou no quarto andar, saímos do elevador.
– Além do mesmo prédio, moramos no mesmo andar? Puft.
– Para nossa felicidade quem sabe?
– Diria que está mais para INfelicidade.
– Já que somos vizinhos e eu não sabia disso, permita-me apresentar-me, Tayson Gannon, 23 anos de idade, advogado. - Confesso que ignorei depois do Tayson. Brincadeira
– Ivy Wissen, jornalista, 22 anos. Boa noite! - Entrei no meu apartamento e fui apreciar minha bela vodka.

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– Amanhã esteja pronta às 08:00 da manhã, vamos para o hotel Storm logo cedo. Tudo bem? Não esqueça as roupas temáticas.
– Leve-me em algum brechó amanhã? Prometo que serei rápida, é que eu realmente não tenho nenhuma roupa estilo anos 60. - Os olhinhos dela brilharam como forma de persuasão.
– Tudo bem, mas seja rápida mesmo. Até amanhã!


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