Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 77
O bebê Cabbie


Notas iniciais do capítulo

Conheçam a Valentina!



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Sobre as nuvens do céu norte-americano, uma família viajava tranquilamente. Sam segurava Eddie adormecido em seus braços e Freddie tentava conter Nick que não apresentava sinais de sono, mas estava inquieto. O pai cantarolava e permitia que o menino pulasse nas suas pernas. Isabelle distraia-se com o lanche do avião, terminando o dela e pegando o da prima que nem piscava enquanto admirava a paisagem da pequena janela.

– Isso é muito legal! Fica tudo pequeninho como formigas lá em baixo! E as nuvens parecem algodão doce – comentou Mabel, encantada.

– Você nunca tinha viajado de avião Bel? – perguntou Sam.

– Não, nunca.

– Eu já, várias vezes – contou Isabelle – Nós sempre vamos a Los Angeles. Sabia que eu nasci lá? – perguntou à prima.

– Não. E eu nasci onde? – questionou Mabel.

– Você nasceu em Seattle – respondeu Sam.

– Eu não me lembro quando eu nasci – disse Mabel.

– Dãããnn – falou Isabelle, batendo na testa – Ninguém lembra!

“Atenção senhores passageiros com destino a Los Angeles, apertem os cintos porque iremos aterrissar em poucos minutos” – anunciou a comissária de bordo.

– Se segura, porque isso é irado! – disse Isabelle, enquanto apertava o cinto, à prima.

Mabel se segurou na poltrona e ria junto com Isabelle ao movimento brusco do avião na aterrissagem.

– Uou, nós vamos cair! – falou Isabelle.

– Sério? – perguntou Mabel, preocupada.

– Claro que não! – respondeu Isabelle, rindo.

Algum tempo depois, no aeroporto, Freddie empurrava um carrinho com as malas da família, com Isabelle e Mabel sobre a bagagem. Sam carregava Eddie e Nick no colo. Foram até o ponto de táxi em frente ao local, mas tinham que esperar chegar um carro.

– Papai, eu tô com fome – reclamou Isabelle.

– Espera mais um pouco Belinha – pediu Freddie.

– Você comeu o seu lanche e o da Mabel, como pode estar com fome? – perguntou Sam à filha.

– Eu puxei a você mamãe – respondeu Isabelle.

Nick começou a puxar a blusa da mãe, que puxou a mão do garoto, logo após colocar Eddie no chão:

– Vai deixar a mamãe pelada no meio da rua Nicolas! Para com isso. Você também já vai ganhar comida.

Eddie ensaiou sair correndo e Freddie o pegou no colo a tempo:

– Aonde pensa que vai garotão?

– Lá papai – respondeu Eddie apontando um vendedor de balões coloridos, que certamente chamou a atenção do pequeno.

– Aqui tá quente, posso tirar o casaco? – perguntou Mabel à Sam.

– Tira querida – permitiu Sam.

Uma senhora observava toda a situação e não deixou de dar sua opinião sem que ninguém tivesse perguntado:

– Quantos filhos! Vocês não têm televisão em casa?

– Não temos televisão em casa! – respondeu Sam, irritada – Nem internet! Nós também não trabalhamos! Então, só nos resta fazer sexo! Por falar nisso, eu tô grávida, dessa vez são trigêmeos – colocando a mão na barriga.

– Vocês deviam se tratar, isso é doença – falou a senhora assustada.

– Realmente, devíamos nos tratar, porque quando bate a vontade não tem hora, nem lugar. É incontrolável! Agora tá me batendo uma vontade – disse Sam, abraçando Freddie.

– Creio em Deus Pai! – falou a senhora, fazendo sinal da cruz e correndo do local.

Sam começou a rir. Freddie estava vermelho, constrangido com a situação:

– Você realmente não tem vergonha Sam!

– Ela que não tem vergonha de se meter na vida dos outros. “Quantos filhos”! – repetiu Sam, tentando imitar o tom da senhora.

– Mamãe, o que é sexo? – perguntou Isabelle.

– Viu só Sam? Você não mede as suas palavras. Quero ver explicar pra ela agora – disse Freddie.

– Sexo, bem... Você, eu e a Mabel somos do sexo feminino, já o papai, Eddie e Nick são do sexo masculino. Entendeu? – enrolou Sam.

– Sim. Isso eu já sabia – respondeu Isabelle.

Um táxi chegou ao ponto e Sam disse, vitoriosa:

– Graças a mim, que coloquei aquela intrometida para correr, ficaremos com esse táxi.

A família entrou no veículo e logo chegou à casa de Cat e Robbie, onde antigamente também era o lar de Sam.

Nona abriu a porta toda contente:

– Que bom que vieram! – enquanto beijava e abraçava todos – Como as crianças cresceram! São lindos! – observando Isabelle, Eddie e Nick – E quem essa florzinha? – olhando para Mabel.

– Meu nome é Mabel – informou a pequena.

– Ela é minha sobrinha, filha da Melanie. Nós estamos cuidando dela por um tempo – explicou Sam.

– Você é muito bonita Mabel! – elogiou Nona – Entrem, fiquem a vontade. Cat e Robbie estão no quarto com a pequena Valentina. Ela é o bebê mais lindo que eu já vi, tenho certeza de que vão ficar encantados.

Todos caminharam até o quarto que antes tinha as duas camas de Sam e Cat e, que hoje, era o quarto do casal Cat e Robbie, contendo uma grande cama de casal, armários e um berço.

– Sam, que bom que veio! – falou Cat, empolgada, dando um abraço de urso na amiga.

– E você acha que eu não viria conhecer sua filha, cabeça de fósforo? – perguntou Sam, em tom de brincadeira.

– Eu tenho cabelo de fósforo pintado, já a Valentina... – disse Cat, enquanto puxava Sam pela mão para perto do berço, acompanhadas de Robbie, Freddie e das crianças.

Todos olharam para a menina que dormia tranquilamente no berço com a pele rosada e o cabelo ruivo totalmente natural em pé.

– Como sua filha pode ter nascido com a cor do seu cabelo pintado? – perguntou Sam à Cat - Tudo bem que eu dormia na maior parte das aulas de genética, mas não faz muito sentido.

– A família do meu pai é ruiva – explicou Robbie.

– Meu sonho sempre foi ter cabelos ruivos e eu só consigo isso com a tinta, mas nem fica tão natural. Mas, graças ao meu maridinho – abraçando Robbie - realizei meu sonho tendo uma filha ruiva. Ela não é linda? – perguntou Cat, orgulhosa.

Todos concordaram, afirmando que a menina era realmente linda.

Os gêmeos Eddie e Nick jogavam-se para a frente, no colo do pai, tentando alcançar a bebê.

– Não! – repreendia Freddie, puxando-os para trás.

– Eu posso segurar ela no colo tia Cat? – perguntou Isabelle, observando Valentina.

Sam viu a preocupação no semblante de Cat e interveio:

– Ela é muito pequena ainda, não tem nem uma semana de vida. É frágil e você pode derrubar.

– Mas Sam pode pegá-la no colo e você pode fazer carinho na cabecinha dela Belinha – disse Cat.

Sam pegou a menina do berço com cuidado e sentou na beirada da cama, segurando-a. Isabelle sentou-se ao lado da mãe para fazer carinho em Valentina. A pequena continuou dormindo e a loira observou:

– Ela é calminha, ao contrário dos meus bebês.

– Ela também será um pouco sua bebê – disse Cat.

– Como assim?

– Você vai ser a madrinha e o Freddie o padrinho – informou Cat.

– Poxa garota, valeu mesmo – agradeceu Sam, contente – Jade não vai ficar enciumada?

– Eu dou a ela o próximo – respondeu Cat, despreocupada.

– Ficamos muito honrados, obrigado – agradeceu Freddie.

Jade entrou no quarto, acompanhada de Beck e Richard (4 anos).

– Eu ouvi meu nome quando estava entrando.

– Eu só estava dizendo que o meu próximo bebê vai ser seu afilhado – falou Cat, assustada.

– Porque esse já é da Sam, acertei? Eu já imaginava!

– Da outra vez nos esquecemos de trazer o presente da Valentina, então aqui está – disse Beck entregando um pacote colorido para Cat.

Cat abriu e tirou uma boneca que mais se assemelhava a Annabelle.

– Ela é... – falou Cat, sem conseguir completar a frase.

– Assustadora – completou Jade – Eu sei, fui eu que escolhi.

– Isso explica muita coisa – comentou Robbie.

Isabelle foi falar com Richard:

– Oi Rick, lembra de mim?

– Como poderia esquecer?

– Isso é bom ou ruim?

– Depende.

– Eu não entendi, mas tudo bem. Vamos brincar?

– Quem é a outra loirinha? – apontando para Mabel.

– Minha prima Mabel.

Mabel se aproximou, perguntando:

– Posso brincar com vocês?

– Tanto faz – disse Richard, dando de ombros e saindo do quarto, acompanhado das meninas.

Richard era pouco comunicativo para um garoto da sua idade, tendo a personalidade sombria semelhante a Jade.

Já anoitecia quando a família Puckett Benson foi para o hotel a fim de descansar. Haviam reservado uma suíte dupla.

Chegaram ao quarto e estabeleceram que Isabelle e Mabel dormiriam na cama de casal da suíte conjugada, enquanto Sam, Freddie e os gêmeos ficariam com a cama de casal da suíte principal.

– Eu tô com fome, o que será que servem de bom nesse lugar? – perguntou Sam, deitando-se na cama e puxando um papel de cima do criado-mudo – Isso não é o cardápio! Vejam só, show da Tori e do André logo mais no bar do hotel!

– Tori é aquela amiga da Cat né? Aquela que dividia o namorado com a Carly? – perguntou Freddie.

– Essa mesma.

– Duas meninas podem dividir um namorado? – perguntou Isabelle, surpresa.

– No oriente médio sim. Aqui não é comum, embora às vezes aconteça – respondeu Sam.

– Isso não é normal Belinha – disse Freddie.

– Jura? – perguntou Sam, lançando um olhar com cinismo para Freddie, pensando no quanto ele mesmo dividiu seu amor entre ela e Carly muitas vezes.

– Você sabe que nunca fiquei com as duas ao mesmo tempo – defendeu-se Freddie.

– Com as duas quem papai? – quis saber Isabelle.

– Já fez muita pergunta hoje, sua cota esgotou, vai tomar banho – mandou Sam.

– Não sei tomar banho sozinha.

– Sabe sim, só tem preguiça, pode ir pro banheiro.

Isabelle obedeceu reclamando em voz baixa.

– Eu gostaria de ver esse show – disse Sam, observando o horário.

– E por que não vai?

– Não podemos deixar as crianças sozinhas no quarto, podemos ser denunciados por abandono de incapaz.

– Eu fico aqui, você vai, só não volta tarde pra eu não ficar preocupado.

– Você é um ótimo marido! – elogiou Sam, dando um beijo nos lábios do moreno.


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