Sam e Freddie viajavam há 3 dias. O navio atracou em uma das ilhas e os passageiros puderam desembarcar para apreciar o lugar.
O casal apreciava a vista espetacular, sentados em cadeiras de um bar na beira da praia.
– Se eu pudesse nem voltava pra casa, esse lugar é incrível! – comentou Freddie.
– Nós temos um bom motivo para voltar pra casa: Isabelle! – lembrou Sam.
– Poderíamos trazê-la para cá e passarmos a vida em família de frente pra essa marzão! Poderíamos ter mais uns 3 filhos e vivermos felizes para sempre.
– Você poderia viver feliz para sempre, já eu, com quatro filhos e uma balofa, nem tanto.
Freddie riu:
– Você nunca ficaria gorda e se ficasse te amaria do mesmo jeito.
Os dois deram um beijinho.
Sam ficou pensativa e Freddie percebeu:
– No que está pensando amor? Parece que ficou triste de repente.
– É só que... Parece que você quer muito ter outros filhos... Mas, não sei se serei capaz de gerar outros... Você sabe, o acidente... A perda do nosso bebê...
– Se tiver que acontecer, vai acontecer, se não tiver, não vai, e isso não vai diminuir a nossa felicidade. Já temos uma família linda: eu, você e a Belinha.
Freddie deu um beijo carinhoso e estalado nos lábios da esposa.
– Por falar na Belinha, será que vamos ter sucesso em falar com ela hoje? – perguntou Sam.
– Não custa tentar.
Freddie tentou entrar em contato com Carly, mas quem atendeu a vídeo-chamada foi Spencer.
– Carly e Brad levaram a Belinha ao cinema, parece que tá rolando um filme novo de princesa – informou Spencer.
– Bom, não foi dessa vez – lamentou Freddie, desligando o Ipad.
– Belinha tá nos renegando – observou Sam.
– Apenas se ocupando de coisas mais divertidas que nós – falou Freddie, rindo.
Enquanto isso, em Seattle, Carly e Brad saíam do cinema com Isabelle no meio, segura nas mãos dos dois. Os três riam e comentavam o filme.
Brad olhou para Carly e disse:
– Já imaginou como será quando tivermos os nossos filhos?
– Você quer ser pai logo Brad?
– Quero. Eu adoro criança. É meu sonho ser pai.
– Então, assim que nos casarmos vou me empenhar pra te dar um filho.
Os dois se beijaram e Isabelle os repreendeu:
– Isso é nojento. Por que adultos têm mania de ficar fazendo isso?
– Um dia você não vai achar nojento baixinha, muito pelo contrário – falou Brad, pegando Isabelle no colo – Agora que tal irmos ao parquinho?
– Eba! – comemorou a menina, colocando os bracinhos para cima.
Numa das ilhas do Caribe, Sam e Freddie tomavam banho de mar.
– Nossa, a água aqui é muito quente – observou Sam.
– Também com tanto sol e calor.
– Nem me fale, acho que até eu tô conseguindo pegar uma corzinha.
– Tá mesmo e está ainda mais linda! – elogiou Freddie, puxando Sam para si e beijando-a.
As mãos dele foram passeando pela cintura dela, em baixo da água e descendo para as nádegas, apertando-as.
– Aqui não é lugar pra isso gatinho – repreendeu Sam.
– Estamos mais afastados. A praia tá lotada por lado de lá – disse Freddie, apontando para um ponto mais distante – Caminhamos bastante até aqui. Vai me dizer que nunca teve vontade de fazer amor em outro lugar que não fosse entre quatro paredes? – beijando o pescoço dela.
– Isso é loucura, podemos ser presos por atentado ao pudor se alguém nos flagrar.
– Com a emoção do medo de sermos flagrados fica ainda mais gostoso.
– Você é louco Freddie e eu mais ainda – falou ela, beijando-o com paixão e se enroscando no corpo dele.
Freddie desamarrou a parte de baixo do biquíni de Sam e o tirou. Ela pegou a peça e ficou segurando, com medo de perdê-la no mar. Ele abaixou o calção. Sam enroscou na cintura do marido, permitindo que ele a penetrasse. Os dois se amaram, sentindo o movimento das ondas passando por seus corpos conectados. Chegaram juntos ao ápice do prazer e Freddie se liberou. Os dois se separaram.
Ela se apressou em recolocar a peça de baixo do biquíni, Freddie puxou de volta o calção. Os dois olharam em volta, desconfiados.
– Adorei a experiência – disse ele, sorrindo para ela – Um dia podemos contar aos nossos netos.
– Mas nunca que eu vou contar uma coisa dessas para os nossos netos e eu te mato se você contar. Eu acho que morreria de vergonha se a Belinha ficasse sabendo disso um dia.
Freddie riu:
– Como quiser amor. Agora me dá mais um beijinho – puxando Sam para si.
– Chega – falou Sam, afastando-se dele – Já foram muitas emoções por hoje.
Naquela noite, próximo das 2h da madrugada, Sam e Freddie dormiam de conchinha, quando o moreno sentiu alguém lhe chacoalhar. Abriu os olhos, pensando que Sam o chamava, mas tomou um susto:
– Valerie?!
– Quietinho – cochichou ela, colocando a mão na boca dele em seguida – Venha comigo.
Freddie puxou a mão dela e disse:
– Não vou com você!
– É melhor vir a menos que queira que todo o mundo veja a sua intimidade com a sua mulher na internet.
– O que está dizendo?
Valerie pegou o celular e mostrou um vídeo de Sam e Freddie fazendo amor no mar.
– Como conseguiu isso?
– Vem comigo ou vai ser pior – determinou Valerie.
Freddie levantou com cuidado para não acordar Sam, embora ela tivesse o sono pesado. Acompanhou Valerie até a recepção do navio. Os dois se sentaram num sofá.
– Como entrou na minha cabine e como conseguiu esse vídeo? – perguntou Freddie, irritado.
– Isso não vem ao caso. O que interessa é que esse vídeo vai cair na internet caso você não aceite a minha exigência.
– Que exigência?
– Gostei da sua performance gatinho, quero que a use comigo.
– Eu não estou entendendo.
– Vou deixar mais claro. Destruo esse vídeo em troca de uma noite de amor com você.
– Isso nunca.
– Que pena. Já imaginou seus amigos e parentes vendo tudo isso? Sim, porque o vídeo vai bombar. Aliás, os fãs daquele web show ridículo também vão correr para assistir. Quem não vai querer ver o Freddie e a Sam do ICarly transando?
– Eu não vou permitir isso! – falou Freddie irritado, pegando o celular de Valerie, atirando no chão e pisoteando.
Valerie riu:

– Jura que você pensa que não tenho cópias em outros lugares?
– Eu vou te denunciar.
– Denuncia e quem acaba preso é você e a Sam, porque cometeram um crime considerado grave nas Bahamas. Se duvidar nem voltam mais a Seattle.
– Você é baixa e não tem amor próprio. Querer me obrigar a fazer sexo com você...
– Me parece divertido, vou adorar tocar esse seu corpinho sarado – acariciando o músculo do braço de Freddie, que o puxou.
Freddie levantou-se e saiu andando:
– Vou te dar 24h pra pensar. Se não me der resposta, o vídeo vai pra internet. Seus filhos e netos vão adorar ver isso no futuro.
Quando Freddie entrou na cabine e deitou-se na cama, ouviu Sam perguntar:
– Onde esteve?
– Está acordada amor?
– Não, estou te perguntando isso dormindo, sou sonâmbula de certo – respondeu Sam com ironia, ascendendo a luz do abajur – Nossa, você tá pálido e com cara de assustado! Onde esteve?
– Sai pra respirar um pouco, não me sinto bem.
– O que sente?
– Nada demais, vai passar.
– O que está me escondendo. Me conta agora Fredward Benson.
– Não posso, você vai me bater.
– Vou mesmo, mas a surra será ainda pior se eu descobrir por terceiros.
– Sam, e..e...e...eu... – gaguejou Freddie.
– Ih, quando começa assim a coisa é feia. O que aprontou nerd?
– Talvez não tenha sido uma boa ideia fazermos amor na praia.
– Nos descobriram? – preguntou Sam, assustada – Vamos ser presos?
– Não vamos ser presos, quero dizer, por enquanto. Mas, uma pessoa nos viu.
– Quem?
– Valerie.
– Problema dela se ela curte um pornô. Não tem provas.
– Pior é que ela tem.
– Como assim?
– Sam, não me bata com muita força... Mas... ela nos filmou e agora está me chantageando para não publicar o vídeo na internet e nos mandar para a cadeia.
– O que? Falei que era má ideia transarmos na praia – estapeando o braço de Freddie.
– Eu disse para não bater com força amor – disse Freddie, tentando se esquivar.
– Eu devia te arrebentar Benson! O que vai ser de nós? Temos uma filha agora! A minha moral vai pra lama. Eu nunca mais vou conseguir olhar na cara dos nossos conhecidos, amigos e da minha família. Eu nunca mais vou sair na rua!
– Está sendo dramática.
– Dramática?! Você tem ideia do que a sociedade pensa de uma mulher que aparece na internet em cenas pornográficas? Se duvidar isso vai ter reflexo até no meu restaurante, vou perder clientela.
– Tem um jeito disso não acontecer.
– E qual é?
– Se eu passar uma noite com a Valerie.
– Você enlouqueceu? – batendo novamente em Freddie, que na tentativa de se esquivar, acabou caindo da cama.
– Eu não quero transar com a Valerie, mas não sei o que fazer.
– Eu sei o que fazer. Vou agora mesmo na cabine daquela vaca enchê-la de porrada – disse Sam, levantando-se da cama.
Freddie a deteve:
– Aí você vai presa mais rápido e o vídeo vai pra internet mais rápido.
– Que inferno! – disse ela, atirando um vaso decorativo contra a parede.
– E teremos prejuízo com isso – observou Freddie.
– Temos que pensar em algo – falou Sam, sentando-se na cama – Precisamos de um plano.
O casal passou a noite em claro, pensando no que fazer. Decidiram falar com o marido de Valerie.
Sam foi distrair Valerie na piscina do navio enquanto Freddie abordou o marido dela no bar. O homem apresentou-se como Robert e mostrou-se simpático, convidando Freddie para um drink. Mas, quando o moreno começou a contar da chantagem de Valerie, Robert se irritou, não acreditou em uma só palavra e ameaçou processar Freddie por difamação.
De volta ao quarto, Sam teve outra ideia:
– Você tem que colocar seus conhecimentos nerds pra funcionar. Lembra quando tentou hackear o computador do Nevel uma vez?
– E não deu certo.
– Você ainda era um aprendiz de nerd, hoje você tá mais experiente, você consegue hackear o computador da Valerie e apagar o arquivo e descobrir quantas cópias foram feitas.
– Não sei se consigo.
– Benson, é a nossa única chance!
– Você tem razão.
Sam deu um jeito de abrir a fechadura da cabine de Valerie e Robert:
– Agora vou pro restaurante ficar de olho neles. Aproveito e almoço porque tô morrendo de fome.
– Tá, mas não vai acabar se empolgando com a comida e se esquecendo de vigiar eles.
– Até parece que não conhece a mamãe. Qualquer coisa, mando mensagem, olho vivo no celular.
– Ok.
Freddie conseguiu acessar os dados do notebook de Valerie, mas o arquivo não estava lá, estava prestes a começar a revirar a cabine em busca de Ipad, pen drives, HD externos quando veio a mensagem de Sam: “corre, eles estão voltando”.
Freddie foi pra cabine, Sam chegou em seguida:
– E aí?
– Ela não salvou no notebook, eu ia procurar em outros equipamentos, mas não deu tempo.
– O pior é que nosso tempo tá se esgotando, ela só nos deu 24h – observou Sam, nervosa.
– E agora?
– E agora você aceita a proposta dela.
– Tá falando sério?
– Ou pelo menos faz ela pensar que aceitou. Você fez isso uma vez com a Nora e deu certo. Ainda sabe aplicar o golpe do pulso não é? Quer umas aulas?
– Não, eu consigo.
– Ótimo, procure a Valerie e diga que aceita.
Naquela noite, Valerie reservou uma cabine desocupada e esperou ansiosamente por Freddie, vestindo uma camisola vermelha muito sexy. Freddie entrou e ela não se conteve:
– Demorou gatinho – aproximando-se e beijando a boca dele.
Freddie tolerou com resignação.
– O que fez com seu marido? – perguntou Freddie, quando cessou o beijo.
– Dei um calmante, vai dormir a noite toda como um anjinho.
– Como conseguiu essa cabine?
– Tenho contatos, bonitão – levantando a camiseta dele e acariciando os gominhos do abdômen – Vamos logo ao que interessa – empurrando-o na cama.
– Espera. Primeiro me dê todas as cópias do vídeo.
– Estão aqui – disse Valerie, mostrando dois pen drives.
Freddie tentou pegá-los, mas Valerie o deteve:
– Só entrego depois que você cumprir sua parte no acordo.
Ela o empurrou na cama novamente e deitou-se por cima, levantando a camiseta dele e beijando o tórax sarado. Freddie tomou o pulso dela, mas antes que conseguisse seu intento ela o acertou na intimidade, fazendo-o soltá-la.
– O velho truque do pulso. Quer me fazer desmaiar gatinho? Pensa que vai fugir de mim tão fácil?
– Depois do golpe que você me deu fica impossível eu fazer qualquer coisa com você.
– Eu faço uma massagem – tentando puxar a bermuda de Freddie.
– Não tem necessidade – disse ele segurando a bermuda, levantando-se e correndo pelo quarto, tentando abrir a porta depois de pegar os pen drives.
– A chave tá comigo – jogando dentro do decote – Vem pegar. Até isso vai ser divertido.
Perto dali Sam estava prestes a salvar Freddie:
– Acorda vovô! Sua mulher tá prestes a te colocar chifres! – dando tapas na cara de Robert, que olhava pra ela com os olhos pesados, tentando abri-los.
Sam foi ao banheiro, encheu um recipiente com água e jogou na cara de Robert:
– Você é louca mocinha? – gritou ele, secando o rosto e finalmente se secando.
– Temos que impedir um duplo adultério. Anda – puxando Robert da cama pela mão.
O homem acompanhou Sam, ainda tonto.
Valerie estava arrancando a roupa íntima de Freddie quando ouviu-se um estrondo e a porta da cabine indo abaixo:
– Saia de cima do meu marido! – gritou Sam.
– Sam! – comemorou Freddie, puxando a cueca, catando os pen drives e correndo para perto da esposa.
– Valerie?! Eu não acredito nisso! – falou Robert, incrédulo.
– Eu posso explicar. Ele me agarrou – mentiu Valerie.
– Não, ela me agarrou – defendeu-se Freddie.
– A cena fala por si, você estava em cima do meu marido – observou Sam.
– Está tudo acabado! Não vou tolerar chifres! – esbravejou Robert, muito irritado – Acabou a boa vida Valerie!
– Não benzinho, eu te amo, não me deixa – implorou Valerie, puxando Robert pelo braço.
– Saia, vadia – empurrando-a no chão.
– Bem que eu avisei ao senhor sobre o golpe dela, mas não acreditou em mim – falou Freddie a Robert.
– Como eu poderia duvidar de uma esposa tão devotada? Tudo falsidade.
– Como você poderia supor que eu, jovem e linda, pudesse amar um velho como você? Eu amava o seu dinheiro Robert! – debochou Valerie.
– Eu vou te matar! – gritou Robert, agarrando Valerie pelo pescoço.
Sam e Freddie foram apartar a briga. No meio da confusão, foram caminhando até a sacada da cabine. Robert continuava apertando o pescoço de Valerie e ela já tossia sufocando.
– Não vale a pena sujar suas mãos com isso – alertou Freddie a Robert, enquanto tentava desvencilhar as mãos do homem do pescoço dela.
Sam tentou colocar-se no meio e foi abrindo os dedos de Robert. Estavam quase conseguindo separar os dois quando Valerie, no impulso de se soltar, se desiquilibrou e ainda tentou apoiar-se em Robert, mas ambos caíram no mar.
A queda chamou a atenção da segurança do navio. Botes foram colocados na água para resgatar Valerie e Robert. Enquanto isso, seguranças subiram à cabine de onde verificaram a queda. Sam e Freddie viram-se cercados.
– Estão presos! – anunciou um dos seguranças empunhando uma arma contra eles.