Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 26
No cativeiro


Notas iniciais do capítulo

O ICarly está em apuros! O que fazer?



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– Você sabe com quem está mexendo Nora! Eu já te derrubei várias vezes e agora não vai ser diferente! – ameaçou Sam.
– Vai me encarar e encarar todos os meus amigos? – perguntou Nora com ironia.
De repente, vários homens armados surgiram de todos os cantos do jardim.
– Estão assustados ICarly’s? – indagou Nevel, soltando uma gargalhada.
– Pra que tudo isso? – perguntou Carly, indignada.
– Vocês nos humilharam, nos rejeitaram e ainda pensam que podem voltar com aquele web show ridículo batendo recordes de audiência! – falou Nevel.
– E ainda pensam que podem me mandar pra cadeia várias vezes – completou Nora.
– Por falar nisso, como saiu da cadeia? – perguntou Freddie.
– Eu fugi por sua causa gatinho, não estava aguentando de saudade – disse Nora, piscando e atirando um beijo no ar para Freddie.
– Agora eu vou te quebrar Nora! – falou Sam andando em direção à vilã.
Mas, os homens armados apontaram as armas em direção a ela, fazendo-a parar.
– Não! Sam! – gritou Freddie, nervoso.
Ela voltou para junto do marido e da filha que, quieta, olhava para tudo assustada.
– Chega de conversa! Rapazes acompanhem o ICarly até nossas acomodações – determinou Nevel com ironia.
O grupo foi “acomodado” numa cela no porão do casarão antigo. Não havia nada além de um pequeno banheiro e de colchões no chão. O ambiente era úmido e abafado e Carly gritava a cada barata que passava.
– O que vai ser de nós agora? É o nosso fim! Nunca imaginei que iríamos morrer tão jovens – choramingou Carly.
– Para com isso Carls! Não vamos morrer. Conseguimos escapar das outras vezes e vamos conseguir agora também – falou Sam.
– Você acredita nisso mesmo Sam?
– É claro que sim.
– Sam, caso não dê certo, você me perdoa antes de morrermos? Ou vai morrer me odiando? – perguntou Carly intensificando o choro.
– Eu não te odeio Carly – respondeu Sam.
Carly se levantou e caminhou até Sam, abraçando-a:
– É tão bom ouvir isso. Dói tanto pensar que a minha melhor amiga me odeia! Ah, Sam, eu te amo, você é a minha irmã!
– Eu também te amo Carls – confessou Sam, abraçando-a de volta.

Todos olharam a cena, emocionados.
Mais tarde, Isabelle começou a se queixar pra mãe:
– Mamã, fome...
– Eu também estou com fome meu amor – respondeu Sam.
– Memê (comer) – pediu Isabelle.
– Querida, se eu tivesse comida já teria comido.
– Sam, ela não entende – repreendeu Freddie, pegando a filha no colo – Calma, princesa, espera mais um pouco, está bem?
– Não! – gritou Isabelle abrindo o berreiro.
Nora apareceu:
– Alguém cala a boca dessa criança insuportável!
– Não fala assim da minha filha! – retrucou Sam.
– Oh, sua filha! A pequenina que usou para dar o golpe e prender o Freddie? Eu sei de tudo o que aconteceu na vida de vocês ICarly’s, acompanhei tudo pela internet, da cadeia. Por mim, já teria dado um fim no “bebê seddie”, como chamam aqueles otários dos fãs. Eu daria um filho muito menos chorão ao Freddie!
Sam agarrou Nora pelos cabelos, batendo com a cabeça dela nas grades.
– Aaiii! Solta! Socorrro! – começou a gritar Nora, chamando a atenção dos homens que faziam a “segurança” no local.
Dois trogloditas se aproximaram e fizeram Sam soltar Nora.
– Você vai pagar por isso Puckett! Rapazes tirem-na daí e a levem para fora. A loirinha aí tá merecendo uma bela surra pra aprender a lição – disse Nora, ainda segurando a cabeça, com dor no couro cabeludo.
– E quem vai me dar a surra? Você? – zombou Sam.
– Claro que não querida – em tom irônico – Não vou sujar minhas mãos ou quebrar minhas unhas com você. Meus rapazes farão isso por mim. Lamento se no final você não estiver mais respirando – falou Nora, de forma cínica, soltando uma gargalhada.
– Não! – gritou Freddie – Eu imploro Nora, não faça isso. Se me ama como diz, não faça isso com a Sam, por mim.
– Posso pensar no seu caso gatinho, quem sabe se você escolher a mim em vez dela – insinuou Nora.
– Como assim? – perguntou Freddie, sem entender.
– Eu poupo a vida da Sam, desde que você aceite ser o meu marido.
– Não posso ser o seu marido, porque já sou casado com a Sam – explicou Freddie.
– Formalidades! Bobagem!
– Só passando por cima do meu cadáver! – esbravejou Sam.
– Olha, não é má ideia – falou Nora, rindo.
– Calma Sam – pediu Freddie à esposa.
– Por que se irrita tanto Sam? Pensei que já estivesse acostumada a dividir o seu marido. Afinal, sempre o dividiu com a Carly – provocou Nora.
– Isso não é verdade – defendeu-se Carly.
– É mesmo Carly? Não foi o que eu soube – ironizou Nora.
– Nunca dividimos o Freddie porque nunca ficamos com ele ao mesmo tempo – explicou Carly.
– Entendi, sistema de rodízio – zombou a psicopata – Bom, também quero entrar nesse jogo!
– Acontece que o marido é meu e eu divido com quem eu quiser – foi a vez de Sam tirar onda.
– Bom, se não quer dividi-lo comigo tem um jeito... Você morre, ele fica viúvo e totalmente livre pra mim. O que acha?
– Nora, por favor, pare de ameaçar a vida da Sam! – pediu Freddie.
– Claro bonitão! Nossa! O tempo só lhe fez bem Freddie Benson! Tá ainda mais gostoso que o adolescente que conheci! Eu queria passar meus dias no seu tanquinho – falou Nora olhando para o rapaz que trajava apenas uma calça jeans e uma regata branca colada ao corpo definido, já que o ambiente era excessivamente quente e ele tirou a camisa.
– Eu deixo você tocar o meu tanquinho se poupar a vida da Sam e nos der comida – propôs Freddie.
Sam olhou feio para Freddie, mas ele piscou pra ela, deixando claro que estava planejando algo.
– Pode tocar a minha barriga também, se quiser – ofereceu Gibby, que desde que chegou ali estava sem camisa.
– Não tem espelho em casa, gordo! – ofendeu Nora a Gibby.
Gibby fechou a expressão e Carly o consolou:
– Não fica assim Gibby, eu aperto sua barriga – fazendo cócegas no amigo que lhe arrancaram risos.
– Gibeehhh – falou ele, satisfeito.
– Acho que eu me contento com isso Fredward? Só tocar no seu tanquinho? – perguntou Nora, rindo – Eu quero você como veio ao mundo, na minha cama!
– Vai ficar querendo – respondeu Sam, raivosa.
– Chega de ladainha. A regra é simples: Freddie vem comigo e me faz a mulher mais feliz do mundo ou eu mato a Sam!
Freddie não se mexeu, então ela sacou a arma do capanga ao seu lado e apontou para a loira:
– Posso fazer isso agora mesmo.
– Não! Está bem! Eu vou com você! – aceitou Freddie, desesperado.
– Não Freddie! Não pode fazer isso! – disse Sam, desesperada.
– Não posso permitir que o amor da minha vida morra por minha causa – explicou Freddie – Aconteça o que acontecer, nunca duvide do meu amor – tomando a mãos dela.
– Jamais. Eu te amo Freddie, não vou suportar perder você – falou Sam, começando a chorar.
Os dois se beijaram, aflitos, deixando as lágrimas rolarem.
– Agora chega disso! Freddie venha já pra cá se quiser sua preciosa Sam viva! – determinou Nora, começando a abrir a cela, cercada pelos capangas.
– Só mais uma coisa Nora. Eu exijo que você dê comida a eles – falou Freddie.
– Tá bom, vou dar daqui a pouco.
– Não vou com você a lugar nenhum enquanto não alimentar minha família e meus amigos.
– Está bem. Coisa chata. Montanha! – chamou Nora, fazendo um homem grandalhão aparecer – Traga alguma coisa pra essa gente comer.
Pouco depois, Montanha voltou com pães e leite e todos foram pegar a comida, desesperados.
– Agora, cumpra sua parte gatinho – falou Nora.
– Está bem – conformou-se Freddie.
Ele olhou para Sam, tomou a mão dela e a beijou amorosamente. Ela chorava. Freddie foi caminhando e as mãos do casal foram se soltando aos poucos, até que apenas as pontas dos dedos se tocavam e, enfim, separaram-se.
Sam caiu sentada em um colchão, soluçando, com o rosto molhado das lágrimas. Carly correu para abraçar a amiga:
– Ah Sam! Eu sinto muito!
– Agora acho que você tem razão Carls! Vamos morrer aqui e eu nunca mais vou ver o Freddie.
De forma abrupta, Carly se levantou e começou a soltar gritinhos.
– O que tá acontecendo mana? – perguntou Spencer, preocupado.
– Ah não Carly! Péssimo momento para crise de pânico – observou Sam.
– Crise de pânico? Como assim? – perguntou Gibby.
– A Carly tem crise de pânico quando fica muito tempo em lugar fechado – explicou Sam.
– E agora? – perguntou Gibby, preocupado.
– Não faço ideia – respondeu Sam.
Spencer começou a abraçar Carly, cantarolando sua música favorita da infância, e a moça foi se acalmando.
Quando o clima ficou menos tenso na cela, Nevel apareceu:
– Sentiu saudades minhas, Carly Shay?
– Nem um pouco – respondeu Carly.
– Assim você parte o meu coração.
– Eu queria era partir sua cara.
– Nossa, como ela é bravinha! Assim eu gamo ainda mais.
– Vaza logo daqui Nevel – determinou Sam.
– Calma Puckett, eu vim aqui fazer um favor para sua linda amiga Carly. Vou libertá-la – contou Nevel.
– É sério? – perguntou Carly, contente por um momento – A troco de quê? – perguntou ela, desconfiando da oferta – Eu não vou te beijar.
– Oh bela Carly, hoje eu quero muito mais que seus beijos.
O último comentário de Nevel fez Carly abraçar-se a Spencer, assustada.
– Não vou permitir que leve a minha irmãzinha – disse Spencer.
– Pensa que eu tenho medo de você, bobalhão? – desafiou Nevel – Rapazes, peguem a Carly – ordenou aos capangas.
Gibby colocou-se na frente:
– Só passando por cima de mim!
– E de mim! – disse Sam, colocando-se mais a frente de Gibby.
– Mamã – chamou Isabelle, assustada.
– Pode deixar Sam, vai cuidar da sua filha. Sei como resolver – falou Gibby.
Sam foi se sentar no colchão ao lado da filha. A menina sentou-se no colo da mãe, abraçando-a.
– O que pensa que está fazendo Gibby? – perguntou Nevel.
– Protegendo a Carly. Acho bom você não ousar arrastá-la daqui, porque se não vou ser obrigado a contar a todos o seu segredo – ameaçou Gibby, com ar firme.
– Segredo??? – perguntaram Carly, Spencer e Sam ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor.



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