Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 23
A reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Preparem seus corações que lá vem Seddie!



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– Oi Sam – cumprimentou Carly, assim que a loira abriu a porta.
– O que quer? – perguntou Sam, friamente.
– Eu quero entrar e conversar com você.
– Eu acho que não – disse Sam, fechando a porta.
– Sam! Por favor, abra. É muito importante. Eu vim em paz – pediu Carly, atrás da porta.
Isabelle estava brincando com uma boneca no tapete da sala:
– Mamã, é a dinda. Abe (abre).
Sam não respondeu, então a pequena se levantou e foi até a porta, tentando alcançar a maçaneta, em vão.
– Está bem – disse Sam, indo, finalmente, abrir a porta.
– Dinda! – falou Isabelle estendendo os bracinhos, sendo prontamente pega no colo por Carly.
– Como está linda a bonequinha da dinda – beijando o rosto de Isabelle – Como ela cresceu! Você dá fermento a sua filha Sam?
– Veio até aqui ver a Isabelle? – perguntou Sam, com frieza – Pensei que a visse sempre no apartamento do Freddie.
– Eu adoro ver a Belinha, mas, como eu disse, vim aqui para conversarmos. É sobre o Freddie.
– Não quero saber nada daquele nerd e, muito menos, detalhes do namoro de vocês. Não me interessa! Se era só isso, pode cair fora.
– Sam, dói tanto essa sua forma de me tratar. Somos melhores amigas desde os 8 anos, ou seja, há mais de uma década. Eu nunca imaginei que um dia pudesse me desprezar tanto.
– Você também me fez coisas que eu nunca imaginei que fosse capaz Carly Shay.
– E me arrependo amargamente. Mesmo que você me perdoe, pode crer que eu nunca vou me perdoar.
As últimas palavras de Carly tocaram o coração de Sam.
– Bom, coloca a Belinha no chão e sente-se, pode me dizer o que quer.
Carly obedeceu e começou:
– Sam, eu e o Freddie terminamos.
– E eu com isso?
– O Freddie ainda é completamente apaixonado por você e está sofrendo, da mesma forma que eu sei que você também está, porque eu te conheço.
– Eu estou ótima! E adorando namorar o seu irmão.
– Até o Spencer já sacou que esse namoro de vocês não vai vingar. Você e o Freddie ficam se enganando, pensando que podem ser felizes com outra pessoa quando não podem. Vocês foram feitos um para o outro e acabaram se separando por uma bobagem. Vão sacrificar a felicidade de estarem juntos por causa de orgulho e picuinhas?
– O Freddie me traiu com você.
– Realmente, foi um erro enorme meu e dele. Naquela noite ele me procurou pra falar de você, dizer o quanto estava triste porque você não tinha aceitado ele de volta. Acabamos bebendo demais. Estávamos tristes e carentes. Ele por sua causa e eu por causa do Austin. Acabamos fazendo o que não devíamos. Mas, Sam, pensando friamente, não houve traição.
– Como tem coragem de falar isso na minha cara?
– Vocês estavam separados, então, ele não te traiu. Eu sim, porque sou sua melhor amiga e é sacanagem pegar o ex-marido da melhor amiga.
– Mas a separação ainda era muito recente. Se ele me amasse não teria corrido atrás de você tão rápido, ainda mais sabendo que era a minha melhor amiga.
– Sam, eu não tenho a menor dúvida de que o Freddie te ama.
– Como pode não ter dúvida? Você já esteve dentro da cabeça dele pra saber o que pensa?
– Praticamente. Sam, ele sonhou com você noite passada e ficou repetindo o quanto te ama enquanto dormia.
– Foi só um sonho estúpido.
– Você sabe que não. Bom... vou te dar um tempo pra pensar sobre tudo o que eu te disse. Espero, sinceramente, que você não deixe escapar a chance de ser feliz com o homem da sua vida.
Carly se levantou, deu um beijinho em Isabelle e saiu.
Sam sabia que Carly havia ido para a faculdade, então aproveitou para ir conversar com Spencer.
Isabelle se distraia comendo o bolo gordo que Spencer deu a ela e Sam pode conversar com ele tranquilamente.
– Já soube que o Freddie e a Carly terminaram e veio aqui terminar comigo? – perguntou Spencer.
– Não. Eu vim aqui saber por que disse à Carly que o nosso namoro não vai vingar.
– Porque é óbvio. Sam, nós estamos juntos há mais de um mês e eu faço de tudo para te conquistar, mas, por mais que você se esforce pra me corresponder, porque eu vejo que se esforça, você não consegue se aproximar realmente de mim. O Freddie não sai da sua cabeça, está sempre entre nós, como um fantasma. Vai negar?
– Spencer, é complicado. Eu e o Freddie temos uma história longa e complicada, como você bem conhece.
– E uma história que não vai acabar, porque vocês se amam. Isso tá tão claro! Sam, aceite o meu conselho, sei que sou crianção na maior parte do tempo, mas, no fundo, consigo dizer coisas sérias quando é preciso. Eu sou bem mais velho que você e, apesar desse meu jeito, tenho mais experiência de vida...
– Tá Spencer, não enrola, fala logo! Vai me dar o fora né?
– Não. Eu sei que você está louca que eu faça isso, porque vai ficar mais fácil pra ir atrás do Freddie, mas o que eu proponho é que ninguém dê o fora em ninguém, podemos simplesmente voltar a nossa velha amizade numa boa.
– Então fechou. Agora vá lá fazer um taco de macarrão pra mim que estou com fome – concordou Sam deitando-se no sofá após pegar o controle remoto e ligar a televisão.
– Ah Sam, você não muda mesmo – observou Spencer rindo, enquanto ia para a cozinha.
Naquela semana, num sábado ensolarado, Sam foi levar Isabelle para passar o dia com Freddie.
– Aqui estão as coisas dela. Tem fralda, mamadeira, a boneca preferida e roupas pra trocar – informou Sam, entregando uma bolsa de bebê ao ex-marido, logo após Freddie pegar a filha no colo.
– Tá, valeu.
Sam deu um beijo no rosto da filha e se virou para ir embora, mas ele a chamou:
– Sam, não quer entrar um pouco?
– Acho melhor não. Não sou bem-vinda na casa da sua mãe.
– Mas ela não está, foi ao mercado. Entre, precisamos conversar – falou o moreno com voz suplicante.
Sam entrou. Os dois foram para o quarto dele. Freddie colocou Isabelle e sua bolsa sobre a cama e se virou para Sam parada perto da porta:
– Sam, até quando vamos ficar separados?
– Foi você que quis a separação.
– Você atirou sua aliança em cima de mim!
– Por que você...
– Chega! – gritou Freddie – Vamos parar com essa troca de acusações que não vai levar a lugar nenhum. Eu errei, você errou, mas, acima de todas as nossas falhas humanas, nos amamos.
– Quem disse?
– Eu digo com todas as letras: Eu te amo Samantha Puckett Benson e você diz com esses seus lindos olhos azuis o quanto me ama.
Antes que Sam pudesse responder, Freddie tomou seus lábios, num beijo cheio de saudade.


– Oó Maíssa! – ouviram Isabelle chamar.
Sam e Freddie pararam o beijo e olharam para Marissa em estado de choque parada a porta.
– Aahhhh! – gritou a senhora – O que está acontecendo aqui?
– Mãe, eu e a Sam voltamos – informou Freddie, satisfeito.
– Não pode ser! Isso é um pesadelo! Que macumba fez dessa vez pra ter meu filho de volta?
– Fiz uma macumba muito poderosa e se a senhora continuar me incomodando vou fazer uma pra senhora também, chama-se mandando a sogra jararaca pro inferno – ironizou Sam.
– Olha como ela fala comigo Freddie! Com a sua mãe!
– A senhora provocou mãe. Não vou mais ficar contra a Sam por causa das suas implicâncias. Aceite-a de uma vez que dói menos. A Sam é a mulher da minha vida e a senhora tem que entender isso. Hoje mesmo estou voltando com ela pra casa.
– O que foi que eu fiz pra merecer tanta ingratidão! – disse Marissa, iniciando um choro copioso, enquanto corria para o seu quarto, batendo a porta ao entrar.
Mais tarde, Sam assistia à televisão na sala, quando Freddie entrou junto com Isabelle.
– Já terminou de arrumar suas coisas no armário bebê? – perguntou a loira ao marido.
– Terminei e a Belinha tem uma surpresa pra você meu amor – falou Freddie.
Isabelle se aproximou da mãe com um sorriso maroto nos lábios e com uma pequena caixa nas mãos:
– Pesente do pa-pá – informou a pequena.
Sam pegou a caixa curiosa e a abriu:
– Olha só, a minha aliança! Vai voltar pra onde não deveria ter saído.
Antes que ela colocasse a aliança, Freddie a deteve:
– Não. Eu coloco.
Então ele se ajoelhou diante dela e disse:
– Sam, você aceita ser minha mulher de novo?
– É claro que sim. Agora coloca logo isso.
– Mais uma coisa, quer se casar comigo de novo?
– Como assim? Não nos separamos no papel, ainda somos casados.
– Eu quero me casar sob as bênçãos de Deus, para que nossos laços sejam ainda mais fortes.
– Freddie, você sabe muito bem que não sou religiosa. Além disso, sua família é católica e a minha judia.
– Pra isso existe culto ecumênico.
– Que isso?
– Podemos pedir para o sacerdote da religião da sua família e para o padre da minha religião dar uma bênção ao mesmo tempo, num culto de mais de uma religião.
– Sei não.
Freddie não escondeu o desapontamento.
– Isso é importante pra você gatinho? – perguntou Sam.
– Sim, é – confirmou Freddie.
– Então vamos ao casamento religioso.
– Sério? Viva! – falou Freddie finalmente colocando a aliança no dedo de Sam e a pegando no colo, girando-a no ar entre beijos.
Isabelle ficou olhando para os pais e começou a rir.


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