Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 21
Lembranças




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Sam entrou no seu apartamento e sentiu um vazio. Olhou em volta e lembrou-se de dias felizes quando, no tapete da sala, Freddie brincava com Isabelle, ambos soltando muitas gargalhadas.

Ela olhou para a pia e lembrou-se de Freddie lavando a louça e atirando água nela quando se aproximou. A guerra de água e de espuma terminou sem um vencedor, mas com muitos beijos como prêmio.

A loira caminhou até o quarto e deitou-se na cama, local onde tivera várias noites de amor com Freddie. De repente, lembrou-se da sua primeira vez.

Flashback:

Sam e Freddie estavam saindo do elevador, após terminarem o namoro em comum acordo.

– Eu te amo – disse Freddie à Sam.

Sam parou por um momento, virou-se para ele:

– Eu também te amo – aproximando-se dele e beijando-o.

Freddie olhou para o Pera Phone:

– São só 10h30.

– Quer terminar à meia-noite?

– Pode ser.

– Ok.

O casal voltou para o elevador, beijando-se.

Sam apertou o botão para travar o elevador novamente e ficaram ali mesmo, trocando beijos apaixonados e famintos, na expectativa de que isso estava prestes a acabar.

De repente começaram a ouvir batidas vindas de baixo:

– Ei! Liberem o elevador! Eu sei que estão aí dentro de pouca vergonha, eu vi! Freddie eu vou contar pra sua mãe e Sam eu vou chamar o conselho tutelar pra você! – ameaçou Lewbert.

– E agora? – perguntou Freddie nervoso.

– Relaxa. A gente sobe até a cobertura e depois dá um jeito de escapar sem passar pelo Lewbert – falou Sam.

Assim fizeram, resolvendo ir para o apartamento de Freddie, após ele informar à namorada que sua mãe não estaria em casa naquela noite.

Entraram, sentaram-se no sofá e recomeçaram a sessão de beijos. Ela se sentou no colo dele e suas mãos passeavam pelos cabelos, nuca, braços e costas do moreno. Enquanto isso, as mãos dele apertavam as coxas dela, subindo para o quadril e cintura, pescoço e cabelos, depois descendo de novo.

Freddie parou de beijar a boca dela e passou a beijar e a mordiscar o pescoço, uma de suas mãos foi até o seio de Sam, apertando-o e fazendo-a soltar um gemido. Ele se sentiu excitado e, então, fez Sam sair do seu colo.

– Por que parou? – perguntou ela.

– Eu não estou conseguindo me segurar mais Sam. Não podemos ir além.

– Você não quer?

– É tudo o que eu mais quero, mas nós vamos terminar.

– Por isso mesmo.

– Como assim?

– Freddie, você é o amor da minha vida. Independente de qualquer coisa, eu quero que a minha primeira vez seja com você.

– Você tem certeza?

Sam sorriu e o beijou. Freddie a pegou no colo e a levou para o seu quarto. Os dois se ajudaram a se despir.

– Uau Sam! Você é ainda mais linda do que eu imaginei.

– Você ficava me imaginando sem roupa?

– E como não?

Os dois riram e voltaram a se beijar. Ele fez tudo com o maior carinho e cuidado, apesar do próprio nervoso, querendo que a primeira vez de ambos fosse muito especial.

Sam soltou um gemido de dor quando ele a penetrou pela primeira vez, deixando-o preocupado:

– Eu te machuquei meu amor? Quer que eu pare?

– Não, continua. Eu confio em você.

– Eu te amo princesa Puckett – sussurrou ele no ouvido dela.

– Eu também te amo nerd – disse Sam.

Depois do ato, ambos estavam em êxtase. Olharam-se por um momento.

– Isso foi... – começou Freddie.

– Bom – completou Sam.

– É, muito bom! – concordou Freddie.

– Parabéns – disse Sam.

– Pra você também.

Quando o relógio bateu as doze badaladas, Sam já estava recomposta, pronta para ir embora.

– Sam, não vai embora – pediu Freddie – Ainda dá tempo de voltarmos atrás.

– Não torne as coisas mais difíceis nerd. Somos diferentes demais pra mantermos um relacionamento.

– Mas, nos amamos.

– Eu sei, talvez um dia.

– Eu vou esperar ansiosamente por esse dia. Você é o amor da minha vida princesa Puckett.

Sam apenas olhou para Freddie com olhos tristes e saiu do quarto. Freddie foi atrás dela, até a sala:

– Espera, eu te acompanho até em casa.

– Melhor não. Eu pego um táxi aqui na frente, não preocupe.

– Não, eu faço questão.

– Freddie, não torne as coisas mais difíceis.

– Está bem. Saiba que eu nunca vou me esquecer dessa noite. Foi muito especial.

Freddie aproximou-se dela e a beijou, mais uma vez. Ela interrompeu o beijo, dizendo:

– Nem eu vou me esquecer, nunca.

Fim do flashback

– Eu nunca vou me esquecer, Freddie! Eu te amo tanto e tenho ódio de mim por causa disso. Você não merece – falou Sam, para si mesma, sem conseguir segurar mais o choro.

Na sequência, ela começou a se lembrar de outro episódio de sua vida.

Flashback:

Sam e Carly esperavam Spencer na saída do colégio, tinham apenas 8 anos de idade. A loira iria passar aquela noite na casa da morena, pela primeira vez.

Spencer parou o carro e as meninas embarcaram:

– Oi! Então você que é a nova amiguinha da Carly. Eu sou o irmão dela, Spencer.

– Eu sei, eu já tinha te visto vindo buscar a Carly outras vezes – respondeu Sam.

– E o seu nome? – perguntou Spencer.

– É Sam.

– Sam? Mas, parece nome de menino.

– O nome dela é Samantha, mas ela só gosta de ser chamada de Sam – explicou Carly.

Quando chegaram ao Bushwell Plaza, Spencer foi servir o almoço para as meninas e a campainha tocou. Carly foi correndo abrir:

– Ah, oi Freddie! – cumprimentou a menina, com simpatia – Entra aí.

– Oi Carly, minha mãe já saiu pra trabalhar – contou Freddie.

– Oi Freddinho, chegou na hora boa. Senta aí carinha, sua mãe já me avisou que você vai ficar aqui conosco enquanto ela sai pra trabalhar – falou Spencer.

Sam e Freddie se viram pela primeira vez e se olharam desconfiados.

– Freddie, essa é a minha amiga do colégio Sam – apresentou Carly – E Sam, esse é meu vizinho Freddie.

– Jura que ela é uma menina? – perguntou Freddie, rindo.

– Você vai ver só uma coisa seu mané – falou Sam, irritada, tentando bater em Freddie, mas sendo contida por Spencer.

– Tá, desculpa. É que você tem nome de menino e se veste como um – justificou Freddie.

– E você se veste como um mariquinha. Eu vou te arrebentar – ameaçou Sam, sendo contida por Spencer mais uma vez.

– Calma, já entendi que é uma garota, mesmo que não seja a mais bonita de todas – caçoou Freddie.

– Para com isso Freddie – pediu Carly.

– Você sim é uma garota muito bonita Carly – elogiou Freddie.

Mais tarde, Carly e Freddie estavam jogando vídeo-game no quarto da menina, quando Sam desceu as escadas.

– Ué, cansou de brincar com as outras crianças? – perguntou Spencer à loirinha.

– Eu cansei foi da cara daquele mané – respondeu Sam – Tem alguma coisa pra comer?

– Sempre tem – disse Spencer, abrindo o armário da cozinha e tirando um pacote de bolo gordo.

Sam pegou um bolo e começou a comer, calada. Spencer percebeu a chateação da menina:

– Sam, não fique triste pelo o que o Freddie falou. Meninos gostam de provocar as meninas nessa idade. Você é uma garotinha muito linda!

– Sério?

– Claro.

– E você se casaria comigo?

– É claro – falou Spencer rindo e, em seguida, passando a mão na cabeça da menina, bagunçando seus cachos loiros – Agora, termina de comer e vai brincar.

Fim do flashback.

Voltando ao presente, Sam pensou: “E foi naquele momento que eu comecei a ter uma queda pelo Spencer. Na minha fantasia, ele seria meu futuro marido”.

De repente, uma lembrança de Carly veio a sua mente.

Flashback:

Sam e Carly, ainda no início da adolescência, estavam no estúdio do ICarly. A loira havia terminado com Jonah naquele dia, depois de descobrir que o seu “namorado”, que, na verdade, era apenas um amigo inseparável, tinha dado em cima de Carly.

– Eu sei que você deve estar chateada Sam. Eu sinto muito – falou Carly, sentada em um dos pufes do estúdio.

– Não foi culpa sua. O Jonah que é um safado. Vê se pode... dar em cima da minha melhor amiga! Mas, ele teve o que mereceu – falou Sam, sentada em outro pufe.

– Que bom que você não duvidou de mim Sam.

– Eu jamais duvidaria. Eu sei que você seria incapaz de me trair, como eu também seria incapaz de trair você.

– Eu não seria capaz mesmo! Sam, a nossa amizade é muito mais importante que qualquer coisa, inclusive do que um menino.

– Concordo.

As duas se abraçaram.

Fim do flashback.

Sam olhou para os porta-retratos no criado-mudo ao lado da cama. Havia uma foto de Isabelle e outra do trio ICarly reunido, ainda crianças. Estavam sentados no carro antigo do estúdio do ICarly, sorridentes.

Ao fitar o rosto de Carly no retrato, soltou um "falsa", lembrando-se que prometeram jamais disputarem um menino, depois que um amigo nerd de Freddie acabou caindo no poço do elevador em virtude da competição delas.

– Aahhhh! – gritou Sam, atirando o porta-retratos do trio ICarly contra a parede, fazendo-o se estilhaçar.

Naquela noite, Sam resolveu deixar Isabelle dormir com Freddie. Precisava ficar sozinha para colocar seus pensamentos em ordem. Não dormiu a noite inteira, pois várias lembranças, pensamentos e sentimentos a assaltavam. O dia já tinha amanhecido quando Sam lembrou-se de Isabelle ardendo de febre naquela noite na casa de sua avó, do seu desespero ao ligar para Freddie, que estava muito tranquilo jantando com Carly, e de Spencer chegando para salvá-las. Então, tomou uma decisão.

Pouco tempo depois, a campainha tocou. Spencer estava tomando o seu café da manhã, mas se levantou para atender.

– Sam, você quer entr...

Antes que ele pudesse concluir a frase, Sam puxou Spencer e tacou-lhe um beijão.


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