Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Hoje a fanfic completa 8 meses!
Agradeço mais uma vez aos leitores, especialmente àqueles que dedicam um tempinho para comentar, assim me estimulando a continuar. A minha rotina é corrida, mas sempre procuro não passar muito tempo sem postar em consideração aos meus leitores fieis.
Espero que gostem do capítulo.
– Nós temos muito cuidado com os animais que se hospedam aqui e isso nunca tinha acontecido antes... - falou Paul, o responsável pelo hotel.
– Fala logo, o que aconteceu com meu cachorro? - perguntou Sam, impaciente.
– Ele fugiu.
– O quê? - perguntou Sam, nervosa, pegando o homem pelo colarinho – Como permitiu isso? Eu tô pagando pra cuidarem do meu cachorro.
– Bolinha fugiu? - indagou Isabelle, começando a chorar.
– Acalme-se senhora, deixa eu explicar. O cachorro aproveitou o portão aberto por um entregador.
– Deveriam ter vários portões para as segurança dos animais. Eu deveria acabar com você.
– Mamãe, precisamos encontrar o Bolinha – falou Isabelle, ainda chorando.
– Tem razão. O Bolinha vale muito mais do que você – empurrando o dono do hotel e saindo acompanhada da filha.
Sam e Isabelle procuraram na redondeza, perguntaram às pessoas, mostrando a foto de Bolinha no celular, mas sem sucesso. Voltaram para casa, arrasadas.
Freddie percebeu o abatimento da esposa e da filha assim que entraram e perguntou:
– O que aconteceu? Cadê o Bolinha?
– Também queremos saber – respondeu Sam.
– Papai, ele fugiu – contou Isabelle, recomeçando a chorar.
– Fica calma princesa, nós vamos encontrá-lo. Eu tenho uma ideia, podemos usar a internet. Escolhe uma foto bem bonita do Bolinha e vamos compartlhar nas redes sociais, nós temos muitos seguidores. Alguém tem que ter visto ele por aí.
Assim fizeram. Chegou o final do dia sem notícias do Bolinha. Isabelle foi dormir com os pais e começou a questionar:
– E se ele foi atropelado? E se alguém pegou ele e não quer devolver? E se um cachorro grande mordeu ele?
– Pare de pensar nessas coisas Belinha, isso só vai te deixar mais nervosa. O Bolinha vai aparecer, tá bom? - falou Sam.
– Acha mesmo mamãe?
– Claro, agora dorme – disse a loira, aconchegando a filha em seu abraço, tentando não demonstrar a própria aflição e incerteza.
– Ainda não responderam nada na internet papai?
Freddie estava com o Ipad nas mãos e respondeu à filha:
– Ainda não princesa, mas logo respondem.
Nenhum dos três conseguiu dormir direito naquela noite. Mas, a boa notícia veio ao amanhecer.
Sam e Isabelle só conseguiram ferrar no sono aos primeiros raios de sol e logo foram acordadas por Freddie:
– Meus amores, acordem! O Bolinha...
– Acharam o Bolinha? - perguntou Isabelle, sentando-se na cama, empolgada.
– Fala logo nerd – pediu Sam.
– Sim, parece que sim.
– Como parece? - perguntou a loira ao marido.
– Um fã de Icarly, cujo usuário é GG e não tem foto de perfil, garante ter encontrado o Bolinha e vem hoje a tarde aqui pra entregar.
– Espero que não queira recompensa.
– Acho que não. Se é um fã de Icarly vai fazer isso de boa vontade.
As horas demoravam a passar para Isabelle. Sam e Freddie também estavam agoniados. Os gêmeos foram os únicos a irem para a escola naquele dia.
A campainha tocou e Isabelle correu para abrir a porta, vendo um homem segurando Bolinha no colo.
– Meu bebê! - falou a menina, contente, pegando o cachorro no colo e o abraçando.
Sam e Freddie se aproximaram e logo ouviram o homem gritar:
– Seddie!
– Goopy Gilbert – falaram Sam e Freddie ao mesmo tempo.
– Seddie! - repetiu.
– Valeu mesmo por ter encontrado o Bolinha – agradeceu Freddie.
– Ele tava na rua da minha casa. Há algumas quadras do hotel pra cachorro. Eu quero uma recompensa – falou Goopy Gilbert.
– Ah não. Estamos sem grana, cara. E não prometemos recompensa – disse Sam.
– Não quero dinheiro. Só quero uma foto Seddie.
– Só isso? Beleza – concordou a loira.
Sam e Freddie colocaram-se ao lado de Goopy Gilbert e Isabelle tirou a foto.
– Valeu Seddie, vou postar em todas as redes sociais – agradeceu Goopy.
– Nós temos nomes próprios – alertou Sam.
– Eu sei, mas adoro falar Seddie. Tchau pra vocês e cuidem bem do cachorro – falou Goopy, saindo satisfeito.
Isabelle comentou:
– Quando eu crescer quero ser famosa que nem vocês.
No dia seguinte, a família Puckett Benson já tinha retomado sua vida normal. Sam e Freddie no trabalho e as crianças no colégio.
A professora passava para verificar os deveres de história. Isabelle tentava desesperadamente responder às questões, antes que a professora chegasse à sua mesa.
– Nao vai dar tempo Belinha, desiste – falou Cris.
– Vai dar sim, cuida da sua vida.
A professora chegou à mesa de Isabelle, pegou o caderno e riu:
– Responda "eu não sei" na prova e verá a sua nota, senhorita Benson.
– Não sei agora, mas saberei assim que a senhora corrigir o dever.
– Dever que a senhorita não fez e quis me enrolar pra não ganhar anotação na agenda.
– O meu cachorro...
– Já sei! O seu cachorro comeu o seu dever de casa.
– Não. O meu cachorro fugiu e eu não tive cabeça pra fazer o dever.
– Sua agenda, agora.
Isabelle pegou a agenda na mochila e entregou à professora que fez anotação.
Cris pegou a agenda na mochila e entregou à professora tão logo ela se aproximou da sua mesa, dizendo:
– Não fiz o dever, pode me dar anotação.
– Seu cachorro também fugiu, senhor Shay?
– Não, só não fiz o dever.
Na hora do recreio, Isabelle perguntou a Cris:
– Qual foi? O nerd certinho aí não fez o dever.
– Deixa ele Belinha. Cris deve ter tido um bom motivo – defendeu Alison.
– Ele não consegue mais fazer nada, porque o vovô Shay não deixa ele em paz – contou Mabel, antes que o garoto pudesse explicar.
– Como assim? - quis saber Isabelle.
– O vovô Shay quer conversar comigo o tempo todo. Não cansa de me contar histórias das aventuras dele na aeronáutica, no começo eu até achava divertido, mas já tá ficando chato – contou Cris.
– Por que não diz a ele que tem mais o que fazer? - perguntou Isabelle.
– Eu até tento, mas no fundo fico com pena dele, que passa o dia sozinho.
– Meu pai não gosta dele – contou Mabel.
– Ele é um pouco implicante – observou Cris – Minha mãe disse que é o tédio. Hoje ele é viúvo e sem amigos.
– Eu tive uma ideia! - falou Belinha, empolgada.
– Qual? - perguntou Cris.
– Podemos arranjar uma namorada para o seu avô.
– Eu não sabia que gente velha namorava – falou Mabel.
– Minha avó Marissa namora com meu avô Charles há um tempão – contou Isabelle.
– Mas não é tão fácil arrumar uma namorada. Pelo menos escuto meu irmão mais velho falar isso o tempo todo – contou Alison, rindo.
– Eu conheço uma pessoa que adoraria ter um namorado, da idade do seu avô...
No final de semana, Cris tomava vitamina com Coronel Shay no Vitamina da Hora. Assim, Carly e Gibby puderam ter um tempo para eles em casa. Isabelle e Mabel entraram no local segurando as mãos de Pamela.
– Ainda não entendi por que querem vir aqui. Eu ainda preferia o passeio no shopping – falou Pam às netas.
– Aqui tem comida boa vovó – observou Isabelle.
– É um bom motivo – concordou Pam.
– Olha quem tá lá – falou Mabel, apontando para a mesa de Cris e Coronel Shay.
– O pai da Carly. Nossa, fazia tanto tempo que eu não o via. Até que tá um coroa bonitão – elogiou Pam.
– Por que não vamos até lá falar com eles? - indagou Isabelle, puxando a avó até a mesa.
Coronel Shay levantou-se e cumprimentou Pamela com um beijo na mão, educadamente, dizendo:
– Quanto tempo! Como vai a senhora?
– Eu vou bem, mas vejo que o senhor vai melhor ainda – respondeu Pam em tom de flerte.
Coronel Shay riu sem graça e a convidou a se sentar.
Durante o lanche, Pam partiu pra cima, mas Coronel Shay apenas ria, levando tudo como piada.
Mais tarde, Isabelle foi apartamento 8C falar com Cris:
– O que seu avô achou da minha avó?
– Ele me disse que já a conhece há muito tempo e que ela é maluca.
– Eu sei! Mas, ele podia curtir namorar a maluca.
– Acho que não devemos desistir.
– Isso aí.
Alguns dias depois, Cris convidou Coronel Shay para ir ao cinema, enquanto Isabelle e Mabel faziam o mesmo com Pam.
Durante a sessão, as crianças fizeram com que os dois adultos ficassem sentados lado a lado. Pam não perdeu tempo e tentava pegar a mão do Coronel, deitar a cabeça sobre o ombro dele e até aproximar-se para um beijo, mas ele se esquivava.
De volta ao Bushwell Plaza, Coronel Shay chamou as crianças para uma conversa:
– Eu já entendi o que estão tentando fazer me aproximando da Pam. Eu não gosto dela desse jeito e nem quero uma namorada. Então, podem parar.
– Por que o senhor não quer uma namorada? - perguntou Isabelle.
– Isso é coisa minha, mocinha.
Isabelle voltou para o seu apartamento e começou a fazer perguntas à mãe:
– Mamãe, sabe se a mãe da dinda morreu há muito tempo?
– Sim, há muito tempo. Ela tinha 5 anos.
– E o pai dela nunca mais se casou ou teve uma namorada?
– Que eu saiba não. Mas, pode ter tido namoradas, afinal, ele morou em vários Países.
– Do que a mãe da dinda morreu?
– Acidente de carro.
– Por que a dinda não fala da mãe e eu nunca vi um retrato dela no apartamento?
– Eu não sei – mentiu Sam – Pra que tantas perguntas? O que está aprontando Isabelle?
– Nada.
– Eu te conheço. Fala logo.
– É que seria legal se o Coronel Shay namorasse a vovó Pam, os dois estão velhos e sozinhos...
– Não se meta nisso. Coronel Shay já sofreu por amor e não merece a sua avó.
Isabelle pegou o celular e mandou mensagem para Cris:
– Descubra o nome completo da sua avó, mãe da sua mãe Carly.
– Por que?
– É importante, faça o que eu tô mandando.
Algum tempo depois, Cris retornou a mensagem:
– Alana Dorfman Shay, peguei na certidão de nascimento da minha mãe.
– Bom garoto.
Isabelle pesquisou na internet e logo encontrou a notícia de um acidente numa rodovia que levou à óbito Alana Shay e Leonard Benson.
– Caramba, era o meu avô! - constatou Isabelle em voz alta.
Assim que Freddie chegou em casa, Isabelle foi direto ao ponto:
– Por que o seu pai morreu no mesmo acidente de carro que a mãe da dinda?
Freddie olhou com ar de censura para Sam, que logo se defendeu:
– Eu não contei nada.
– Eu achei na internet – contou Isabelle.
– Está bem. Acho que tá na hora de contar essa história para os meus filhos. Mas, é um assunto delicado, vão ter que me prometer que não tocarão nesse assunto novamente.
– Prometemos – falaram Isabelle, Eddie e Nick ao mesmo tempo.
Freddie contou toda a história aos filhos: da traição e da fuga que acabou em tragédia. Explicou da amargura de sua mãe, que era apaixonada desde a infância pelo primo com o qual veio a se casar, e da tristeza de Coronel Shay.
– Mas a vovó Marissa conseguiu superar isso com o vovô Charles. Coronel Shay também pode ser feliz com a vovó Pam – falou Isabelle.
– Não se meta nisso princesa. Coronel Shay ainda deve ter uma ferida aberta – pediu Freddie.
Isabelle contou a Cris o que havia descoberto, pedindo ao garoto para guardar segredo, durante o recreio do Ridgeway, escondidos no depósito.
– Eu tô com pena do meu avô – disse Cris.
– Eu também – concordou Isabelle.
– Já parou pra pensar que há muitos anos existiu uma história de amor de Shay e Benson?
– E daí?
– Um dia pode acontecer de novo, só que com um final feliz.
– Já houve mais de uma história mal sucedida de Shay e Benson.
– Como?
– Fiz muitas pesquisas na internet, pra saber mais de Alana e Leonard e coloquei Shay e Benson na busca, inclusive de redes sociais. Meus pais nunca me contaram, mas Creddie existiu. Meu pai e sua mãe namorarm um tempo. Eu vi uma única foto deles se beijando arquivada por um fã de algo que eles postaram numa rede social há tempos.
– Por que será que eles nunca falaram sobre isso?
– Sei lá. É meio esquisito, porque sua mãe é a melhor amiga da minha mãe e pensar que as duas namoraram o meu pai...
– É estranho mesmo. Vai ver por isso não tocam no assunto.
– Até porque o fã colocou na legenda: "Creddie há 9 anos", e os meus pais estão casados há 10 anos.
– Está insinuando que minha mãe foi amante do seu pai?
– Não estou insinuando nada, só contando o que vi. Um dia ainda descubro tudo. Mas, por enquanto, vamos focar na operação cupido para os nossos avós. Tenho uma ideia para mais um encontro deles.
O plano das crianças não deu certo, simplesmente porque Coronel Shay e Pam já tinham entendido tudo e se recusaram a ir ao encontro num restaurante.
Era madrugada. Carly e Gibby estavam acordados tentando acalmar a filha num choro sentido.
– Ela está febril – constatou Carly, pegando na testa da filha em seu colo.
– E babando muito – observou Gibby, limpando a boca da bebê com uma fralda de pano.
– São os dentinhos, pobrezinha.
– Deve ter algum remédio pra passar a febre.
Coronel Shay entrou no quarto:
– O que há com a menina?
– Está com febre, são os dentinhos – explicou Carly.
– Vou à farmácia comprar o remédio – ofereceu-se Coronel Shay, saindo.
Coronel Shay havia acabado de sair da farmácia com o remédio da neta numa sacola quando viu Pamela, sentada sozinha numa mesa de bar, tomando um drink e chorando.
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