Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Arranjei um tempinho para escrever e postar, espero que vocês também encontrem um tempinho pra comentar.
A curiosidade de Sam e Isabelle foi sanada assim que elas chegaram a Los Angeles e foram direto para a casa de Cat e Robbie, que ainda era aquela na qual Sam havia morado há anos.
A ruivinha estava prestes a colocar a filha no banho quando as visitas chegaram.
A menina era morena como Robbie e se parecia mais com o pai.
Depois de banhar e vestir a menina, Cat pediu à Sam para que a segurasse no colo.
– Não vá me dizer que essa também será minha afilhada – falou Sam, olhando para a pequena em seus braços.
– Não, esta é da Jade, mas advinha o nome dela.
– Não sou boa com advinhações.
– Minha filha se chama Samantha, em homenagem à minha melhor amiga.
– Não poderia escolher um nome melhor? Nem eu gosto de Samantha.
– Mas ela vai gostar.
– Coitada da menina, mas agradeço a homenagem cabeça de fósforo.
– Só faltou o Puckuell.
– Tava demorando...
– Ela é tão fofa! Posso segurar? - perguntou Isabelle.
– Sente-se Belinha que eu te passo ela – pediu Sam, colocando cuidadosamente a bebê no colo de Isabelle.
Sam comentou:
– Você é a pessoa mais adequada para ter filhas meninas Cat. Vai continuar vivendo no mundo cor de rosa.
– Eu adorei! Minha segunda bonequinha! Vai poder dividir o quarto rosa com a Valentina e eu vou poder comprar ainda mais coisas rosas para ela.
Em Seattle...
Cris estava desesperado, porque Gibby demorava e a mãe não retomava os sentidos. Abriu a porta e viu Freddie, que tinha acabado de deixar os gêmeos no apartamento de Marissa.
– Você precisa me ajudar! Minha mãe desmaiou! Eu tô com medo! Temos que levá-la ao hospital logo! - pediu o garoto a Freddie, chorando.
– Fica calmo, eu levo a Carly – disse Freddie, entrando no apartamento, pegando a morena desacordada no colo e a levando para a garagem, onde a colocou no carro rumo ao hospital.
Gibby chegou nervoso e viu Freddie na recepção do hospital, perguntando:
– Como ela está? Fiquei preso no trânsito, teve uma batida e trancou tudo. Valeu cara por trazê-la.
– Imagina. Eu ainda não sei como ela tá, estou esperando o médico.
O médico apareceu e perguntou a Freddie:
– É o marido de Carlotta Shay Gibson?
– Não, eu sou o amigo que trouxe ela para o hospital, o marido é ele – apontando para Gibby.
– Ela não perdeu o bebê né? - perguntou Gibby, preocupado.
– Não. O bebê está bem. A saúde dela que é preocupante. Ela teve uma crise de pressão alta.
– Mas ela está bem agora? - quis saber Gibby.
– Sim, a situação está sob controle. Pressão alta na gravidez é perigoso, porque pode gerar uma pré-eclampsia e até uma eclampsia podendo levar a mãe a óbito durante o parto – explicou o médico.
– Minha nossa! Isso não pode acontecer! Não vai acontecer, né Doutor? - indagou Gibby.
– Não queremos que aconteça. É melhor que sua esposa se afaste do trabalho, faça repouso e não fique nervosa com nada. Precisa cuidar da alimentação também, com menos sal e um cardápio equilibrado.
– Já venho cuidando da alimentação dela, mas é difícil ela não ficar nervosa, está passando por um momento complicado, ansiosa com um julgamento...
– Ela precisa se acalmar para o bem dela.
Logo em seguida, Carly voltou para casa com Freddie e Gibby.
Em Los Angeles, Sam, Isabelle, Cat, Robbie, Nona e Valentina almoçavam, quando o celular da loira tocou.
– Preciso atender gente, é o Freddie... esse não vive sem mim – disse Sam em tom de brincadeira, saindo da mesa.
Ela foi se sentar no sofá da sala:
– Oi amor.
– Oi amor, fizeram boa viagem?
– Sim, muito boa. O lanche do avião era ótimo. A filha da Cat é uma gracinha. Acredita que a doida da Cat colocou o meu nome?
– Sam, a Carly... Ela não tá bem.
– O que aconteceu com a Carly? - perguntou Sam, preocupada.
– Ela teve uma crise de pressão alta, desmaiou. Eu tive que levá-la às pressas para o hospital.
– Como ela está agora? E o bebê?
– Ambos bem, mas o estado dela inspira cuidados. Ela não consegue relaxar, por causa do julgamento sobre a guarda do Cris.
– Eu vou voltar para Seattle o mais rápido possível.
– Fica calma, já está tudo sob controle.
– Mesmo assim, volto amanhã cedo.
– Você que sabe. Eu te amo.
– Também te amo.
– Beijo pra você e outro pra Belinha.
– Pode deixar. Beijo.
A noite, Jade, Beck e Richard foram visitar Cat e Robbie.
– Trouxe outro presente assustador Jade? - perguntou a ruiva à amiga.
– Não, bem que eu gostaria. Mas, dessa vez Beck comprou um ursinho sem graça. Mania de querer dar presente igual a todo mundo – respondeu Jade.
Beck entregou à Cat um bonito ursinho de pelúcia, presente para a pequena Samantha.
– Ela lembra muito o Robbie – comentou Beck, olhando para a bebê que dormia nos braços do pai.
– Não é mesmo? Ela é a minha cara – concordou Robbie, orgulhoso.
– Que falta de sorte a dela – comentou Jade.
Isabelle brincava de boneca com Valentina (3 anos) no quarto da menina, quando sentiu que alguém a espiava, virou para trás e viu um vulto. Levantou-se e surprrendeu Richard tentando se esconder no corredor.
– O que pensa que está fazendo Rick? - segurando o menino pelo colarinho.
– Não me bata!
– Eu não vou. Por que não veio falar comigo em vez de ficar espiando?
Assim que Isabelle soltou o menino ele saiu correndo para a sala, onde sentou-se no colo de Jade, que conversava com Sam, ambas sentadas no sofá.
Isabelle foi atrás de Rick, convidando-o:
– Rick, quer brincar comigo e com a Valentina?
O menino fez sinal negativo com a cabeça e escondeu o rosto no pescoço da mãe.
Beck incentivou:
– Vai brincar com as outras crianças Rick.
– Deixe ele Beck, o menino não quer – disse Jade.
– Assim você o incentiva a ser antissocial. Sabe que é importante pra ele se socializar. Vem filho – pegando o menino do colo de Jade e levando-o ao quarto de Valentina.
Richard sentou-se no chão junto com Isabelle e Valentina.
Isabelle deu a ele o boneco do Ken e disse:
– Você é o namorado da Barbie.
Richard pegou o boneco, mas não interagiu.
– Você não gosta mais de mim Rick? - perguntou Isabelle.
– Gosto – respondeu o menino de cabeça baixa.
– Que bom, porque eu gosto muito de você. Eu vou ficar feliz se o Ken convidar a Barbie pra sair.
Richard fez o seu boneco andar e se aproximar da Barbie de Isabelle.
– Sim, eu aceito sair com você Ken – disse a loirinha, fingindo falar pela boneca.
Aos poucos Richard foi se soltando e começou a entrar na brincadeira de Isabelle e Valentina.
– Belinha... - começou Richard.
– Diga.
– Eu sinto muito, por causa do namoro... do pedido ao seu pai...
– Eu que sinto muito por isso, foi uma brincadeira sem graça, desculpa.
– Fez de propósito?
– Sim.
Richard atirou o boneco longe e foi para a sala, emburrado.
– Cansei de tentar entender esse garoto – comentou Isabelle com Valentina.
– Vamos brincar! - disse a menina mais nova, impaciente, depois de pegar o Ken atirado por Richard.
À noite Isabelle e Sam foram dormir numa cama ao lado da cama de Valentina, no quarto que um dia foi ocupado pelas duas assim que Isabelle nasceu.
Sam abraçou a filha e disse:
– Há alguns anos era aqui que nós duas dormíamos, juntinhas. Eu bem que tentava te colocar no berço, mas você chorava, acordava tanto querendo mamar e com cólica que eu preferia já te deixar direto comigo.
– Eu queria ser pequenininha de novo. É bom assim, só nós duas. Parece que eu sou filha única de novo.
– Você diz isso, mas aposto que já não sabe viver sem os seus irmãos.
– Pode ser que você tenha razão. Mas, agora, vamos fingir que você só tem eu. Canta pra mim? - aninhando-se ainda mais no abraço da mãe.
– Está bem, minha bebêzinha – concordou Sam, começando a cantar - “Um anjo do céu que trouxe pra mim, é a mais bonita, a joia perfeita, que é pra eu cuidar, que é pra eu amar, gota cristalina, tem toda a inocência...”.
Na manhã seguinte, Sam e Isabelle despediram-se dos amigos de Los Angeles e voltaram para Seattle. A loira estava preocupada com Carly, mas encontrou a amiga restabelecida e entediada, já que o médico havia lhe determinado o seu afastamento do trabalho.
Cris estava gostando do fato da mãe estar de licença médica, pois podia passar mais tempo com ela. Chegava do colégio na hora do almoço e já encontrava sua mãe esforçando-se para fazer seus pratos preferidos. Depois, descansavam o almoço assistindo televisão e, na sequência, Carly ajudava o filho nos deveres e estudo para as provas finais. A noite jogavam juntos ou assistiam a filmes ou a séries.
O final do ano letivo chegou. Isabelle e Cris passaram para o 3º ano com notas altas. Mabel comemorava o fato de que em breve juntaria-se aos amigos no Ridgeway, já que começaria o 1º ano do ensino fundamental.
Freddie gostava cada vez mais do estágio na Microsoft e seu talento já era observado por seus superiores.
Sam e Gibby continuavam tendo bons lucros no restaurante.
Eddie estava cada vez mais nerd, já lendo com perfeição, sabendo navegar com facilidade na internet e já começando a fazer cálculos matemáticos com o incentivo do pai. Nick estava cada vez mais bagunceiro, tirando os pais do sério muitas vezes.
August continuava espreitando Cris no colégio, mas o garoto apenas cumprimentava o pai biológico, temendo que a mãe descobrisse a aproximação e voltasse a passar mal.
O dia da audiência chegou. No apartamento 8C todos apoiavam Carly, temendo por sua saúde no sexto mês de gestação.
Spencer tentava fazer palhaçadas para distrair a irmã, que dava sorrisos fracos. Audrey contava as peripécias de Júnior que já aprontava muito correndo dentro de casa e mexendo em tudo. Sam perguntou se havia comida no Tribunal pra quem fosse assistir. Freddie queria saber se havia sistema de gravação audio-visual da audiência.
Gibby interrompeu o falatório:
– Pessoal, tá na hora de ir para o Tribunal.
Todos saíram, deixando as crianças (Isabelle, Cris, Mabel, Eddie e Nick) sob os cuidados de Marissa e Charlotte.
No carro, Carly estava tensa e Gibby percebeu, dizendo:
– Tenta ficar tranquila, amorzinho, pelo nosso bebê. Melanie já disse que as chances de vitória são grandes, ela está confiante.
– E onde ela está?
– Já foi para o Tribunal, está nos esperando lá, fica sossegada.
Melanie esperava por todos na porta do Tribunal e informou à Carly:
– Preparei uma boa defesa. Tenho ideia de quais serão os argumentos da defesa do pai biológico do Cris e estou preparada para derrubar todos. Nós vamos ganhar essa causa, pode acreditar! - pegando a mão de Carly.
Carly apertou a mão de Melanie e disse:
– Eu confio em você.
O julgamento começou. Iniciaram-se os debates orais. O advogado de August foi para o plenário e passou a discursar no sentido de que seu cliente não consentiu com a adoção de seu filho e mentiu dizendo que Faye afastou pai e filho, sendo injusto privar um pai da convivência de um filho pelo gesto de uma mãe egoísta.
Na sequência, Melanie tomou a palavra. Ela começou a falar com segurança, demonstrando todo o gênio forte das Pucketts. Parecia outra pessoa. A garota delicada, na maior parte do tempo, deu espaço a uma advogada fria, calculista e incisiva.
Sam comentou com Freddie:
– Nossa! Quem é essa que está falando e o que ela fez com a minha doce irmã?
– Ela é um Puckett, meu amor.
Melanie foi enfática quanto à desnecessidade de consentimento para a adoção quando o pai é desconhecido. Afirmou que Faye nunca mudou de endereço desde a época da concepção de Cris, até o seu nascimento, inclusive ainda morava no mesmo lugar quando do acidente que a matou, quando o menino já tinha 6 anos, de modo que August poderia ter procurado o filho se quisesse, não correspondendo à verdade a alegação de que Faye havia escondido o filho do namorado à época. Ressaltou que Cris estava sendo bem cuidado por Carly há 3 anos e que já reconhecia nela a figura da mãe, bem como no seu marido a figura de pai e nos demais membros da família, parentes. Finalizou dizendo que danos psicológicos seriam ocasionados à criança se fosse tirada do contexto familiar a que já estava habituada.
Sam começou a aplaudir a irmã, sendo acompanhada pelos demais presentes.
O Juiz pediu ordem ao Tribunal, dizendo:
– Encerrados os debates orais, passarei à sentença após um breve intervalo – retirando-se.
Carly abraçou Melanie em agradecimento e perguntou:
– E agora? Será que vai demorar?
– Não costuma demorar não. O Juiz deve voltar logo.
Algum tempo depois, que para Carly pareceu uma eternidade, o Juiz retornou:
– Todos de pé para a prolação da sentença...
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