Under the Mistletoe escrita por Annie Chase


Capítulo 1
Christmas Eve


Notas iniciais do capítulo

Meio atrasado, queria ter postado dia 25, mas o lugar onde eu estava, não havia internet.
Desculpem.
Espero que gostem.



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POV. Percy

Hoje são 24 de dezembro, véspera de Natal. Acho que sem duvida alguma é minha época favorita do ano. As ruas se enchem de luzes, os corações se enchem de amor e perdão, há mais sorrisos nos rostos das crianças, declarações de casais, beijos em baixo do visco... É uma data incrível, a mais bonita do ano.

Falando em casais, nesse exato momento, estou dentro o meu carro a caminho do Central Park - com a minha namorada -. Eu sei, eu deveria estar em casa com os meus pais, ajudando a preparar a ceia, comprando presentes, brincando na neve, fazendo a minha lista, mas olhar nos olhos dela como agora, examinar cada pedaço do seu rosto, cada detalhe- como a pinta ao lado da orelha esquerda-, isso sim, é uma boa véspera de natal, não importa os presentes. Só ela importa.

- Por que está me olhando assim? Olha para o trânsito. - Eu estacionei o carro e voltei a olha-la. - Por que parou? - Não respondi, apenas a olhei, com um pequeno sorriso de lado.

- Ficou mudo? - Ela bufou, brava. Eu sorri mais amplamente e toquei seu rosto, fazendo um carinho na sua bochecha e descendo o dedão, passando o de leve por cima do bico que formava em seus lábios.

- Já te falei que esse bico é golpe baixo. É irresistível não beijar você assim. - Ela não respondeu, virou a cabeça para o lado oposto, desvencilhando-se do meu toque e dizendo irritada:

- Dá pra voltar a dirigir? Quero chegar logo. - Eu soltei uma gargalhada por a ver tão irritada, e então lhe fiz cócegas. Ela tentava não rir e mandava eu parar. Ela ria e de repente eu parei, ela voltou com a carranca. Eu apenas coloquei a mão em sua nuca e passei o dedão por seus lábios, logo em seguida a beijei. Eu poderia fazer isso pelo resto da minha vida.

- Você é um idiota. - Ela disse sorrindo ao revirar os olhos.

- E você é linda.

Em dez minutos cheguei ao local. Desci do carro e como um ótimo namorado, abri a porta do carro para a minha linda namorada. Ela estava linda, aliás, não tem um momento em que ela não está linda. Ela vestia um jeans escuro, com botas pretas de salto final. Uma blusa de lã preta comprida, uma jaqueta- também preta - por cima e um cachecol roxo ao redor o pescoço. No seu rosto uma maquiagem leve, bem leve.

- Que cavalheiro, Senhor Jackson.

Eu fiz um reverencia e disse:

- Eu faço o possível. - Ela sorriu e me abraçou pela cintura.

Nós andávamos pelo Central Park de mãos dadas, a cada passo apontando mais uma decoração de natal, ou dizendo como estava bonito os flocos de neve caindo. Ou as árvores, em que suas folhas possuíam camadas de neve. Nós chegamos na ponte -que se encontrava ao norte do parque- e nos encostamos na murada. Eu olhava o céu e ela me olhava.

- 10 dólares pelos seus pensamentos.

- Defina amor. - Nesse momento, me virei e a olhei.

- Amor: Afeição viva por alguém ou por alguma coisa…

- Não, mini dicionario. Com as suas palavras. O seu tipo de amor. - Então ela me olhou nos olhos.

- Você.

Então eu cheguei mais perto, colando seu corpo no meu, deixando a encostada na murada. Eu sorri, era impossível não faze-lo com ela ao meu lado. Segurei seu rosto entre as minhas mãos e sussurrei em seu ouvido "eu amo você", ela sorriu no meu pescoço... Ah aquele sorriso faz meu dia todo valer a pena. Então sussurrou de volta " eu amo mais" e eu a beijei. Mas ela interrompeu o beijo.

- Ótimo beijar você, mas estou com frio e quero um café. - Eu apenas sorri e a abracei, andando em direção a rua, onde se encontrava um starbucks.

Annabeth se sentou em uma das mesas, enquanto eu a seguia com os cafés. No momento em que me sentei, um amiga antiga estava passando e disse meu nome, um tanto quanto surpresa. Eu me levantei e fui até ela, me afastando um pouco da mesa e a abracei.

- Carolaine, quanto tempo!

- Você sumiu! Faz tempo que não saímos! Como anda a vida? - Ela disse sorrindo, colocando uma das mãos no meu ombro direito.

- Vai bem! E a sua? Namorando?

- Sim! Aliás, eu o comprei um cachecol de Natal, mas não sei se ele vai gostar, você pode experimentar e dizer o que achou? - Eu concordei, apenas peguei o cachecol listrado em cinza e preto e enrolei no meu pescoço. - Ficou ótimo.

- Eu gostei, é bonito, tenho certeza que ele gostará. Mas respondendo a sua pergunta, estou namorando sim.

- Ela é bonita?

- Linda! E ela tem aqueles olhos... E aquele cabelo?! Meus deuses. E o sorriso? Ah! - Disse soltando um suspiro.

- Fico feliz por ter essa garota. Ela é um menina de sorte. Mas agora preciso ir e quero ser apresentada a ela depois, Hein? Até mais. - Então ela me deu um abraço e foi embora. E eu voltei para a mesa.

POV. Annabeth

- Que cara é essa, amor?

- A única que eu tenho? - respondi ríspida. Sim, eu estava com muito ciúmes daquela loira e de olhos verdes que estava a mil sorrisos pro meu namorado.

Entenda, ele é maravilhoso. Por onde ele passa, atraí olhares de garotas e qualquer uma no meu lugar ficaria enciumada. E ele estava lindo, uma calça jeans bem escura, tênis- de cano médio- vermelhos, luvas vermelhas, que deixavam a ponta de seus dedos descobertos, um camisa preta, um jaqueta que parecia de lã nos braços, porém na região do peitoral era de coro. Magnifico.

- Uou! - Ele fez uma expressão que era uma mistura de espanto e surpresa. - O que aconteceu?

- Nada.

- Annabeth, fala a verdade. - Ele disse, com um leve tom de irritação na voz.

- Que foi? Não está mais ocupado com a sua amiguinha? - Eu disse irônica e então ele sorriu, ou melhor, gargalhou. Eu apenas me levantei da cadeira e comecei a andar.

- Hey! Onde você vai?

- Pra qualquer lugar em que você não esteja.

- Ei, ei, ei! Para com isso. - Ele disse segurando meu braço. Eu me soltei de seu aperto e voltei a andar. Então ele parou na minha frente.

- Você tá com ciúmes da Carolaine? Ela é só minha amiga.
- Eu? Com ciúmes de você? Até parece. Pode ir lá, voltar a abraçar sua amiguinha. Idiota.

- Amor, não precisa disso.. - Eu não respondi, apenas virei o rosto. - Vai demorar muito?

- Pra que?

- Pra ver o tanto que eu amo você.

- Jura ? Porque não parecia já que você estava trocando mil e um sorrisos com ela.

- Ela não é você, Annabeth! Você é tudo que importa pra mim! Só você! Não tem mais nenhuma outra. Nenhuma que possa tomar seu lugar. Nenhuma que possa ser melhor que você. Não a mais nenhuma que eu possa amar. Não há mais nenhuma que eu quero amar. É só você, a minha princesa, o meu amor. A única que eu quero acordar e saber que é minha. Porque quando eu não estou com você, eu não me sinto completamente eu mesmo, porque você me faz completo. E não importa quantas garotas estejam dando encima de mim, eu só vejo você. Eu só quero você, por favor acredite, confie em mim. É só você. Você é tudo que importa pra mim.

Eu não resisti e o beijei, por um longo tempo. Lhe dei um selinho demorado e abracei seu pescoço e então sussurrei:

- Desculpa, desculpa, desculpa, amor. Eu juro que confio em você... É só medo de perder você. Eu não posso ficar sem você. Eu não consigo. - Ele afastou meu rosto e o acariciou, e então disse:

- Eu sou seu, pra sempre. Okay? - Eu assenti. Ele me deu um selinho demorado. - Agora podemos dar mais uma volta pelo Central Park e agir como se você não tivesse pirado? - Eu sorri e concordei. Ele me deu vários selinhos. - Vamos.

Nós andávamos pelo parque de mãos dadas, contando histórias.

- O que vai querer de presente?

- Você.

- É sério.

- É sério também. Seus lábios nos meus... Isso sim é um Natal Feliz. - Ele disse me abraçando por trás.

- Idiota.

- Linda.

- Eu vou te bater.

- Não vai.

- Vou sim.

- Não vai.

- Vou.

- Não. - E então ele se agachou e pegou um pouco de neve nas mãos e me beijou. Logo após senti algo frio no me rosto. Neve.

- Corre, porque eu vou te espancar.

- Você não consegue me pegar. - E então ele correu, enquanto eu tacava bolas de neve nele. Até que ele cansou e deitou na neve, me dando a oportunidade de o acertar em cheio, então ele sorriu e me puxou pela mão, me fazendo deitar ao seu lado.

- Eu amo você.

- Eu sei. - Ele disse sorrindo.

- Babaca. - Eu dei um tapa no seu peito. E ele me beijou.

- Princesa.

- Idiota.

- Seu idiota.

- Isso mesmo, meu idiota. - Então eu sorri pra ele e lhe dei um selinho. Tá frio, muito frio. Vem vamos embora.- Eu o puxei e fomos andando até que adivinhem?

Apareceu a piranha. Um menina que ele conhecia, que dava encima dele descaradamente. Ela o abraçou e o deu um beijo quase no canto da boca. Ai sim, eu cansei. Ele sabe que eu odeio essa garota. Sabe que eu morro de ciúmes dela e faz isso? Sério?

Eu odeio sentir ciúmes. Machuca e irrita.

Me irrita ver que o amo tanto assim.

Então apenas fui andando. Não queria conversa dessa vez e minha casa era perto mesmo.

E não. Ele não veio atrás de mim, ele continuava a conversar com ela.

Vadia.
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Já eram 23:30. Minha família estava na minha casa para a ceia. Estavam todos felizes, inclusive eu. Exceto por um motivo: Percy. Nós não nos falamos desde as 14:00. Desde o parque.

Eu vestia o vestido preto com estampa de rendas, tomara que caia rodado, que ele havia me dado como presente de Natal.

Eu estava com a minha família na sala. Rindo e contando histórias. O tempo passou rápido, já era 23:57. Até que a campainha tocou.

- Eu atendo. - E fui em direção a porta. Com certeza é o melhor presente de Natal, com o sorriso mais lindo do mundo. Eu apenas fiquei observando, ele parado, ali na soleira, enquanto me encostava no batente da porta e o encarava.

POV. Percy

Eu estava com a minha família, era 23:30. Estávamos nos preparando para a ceia. Só tinha algo que não deixava tudo realmente feliz.

- Annabeth não virá meu filho? - Minha mãe perguntou.

- Acho que não. - Apenas dei um sorriso de lado.

Esse era o motivo. Ela. Eu sei que ela deve estar com bastante raiva e ela tem razão, eu não devia ter comprimentado aquela garota. Eu já havia ficado com ela. Caso de uma noite só. Só uma vadia, que eu peguei, usei e joguei fora, mas ela continua no meu pé. Já chegou a me mandar mensagem de madrugada perguntando se não queria transar com ela, porque ela estava sozinha em casa. E sim, a Annabeth viu, porque ela estava dormindo comigo aqui em casa no dia. E ela ficou puta. Bem puta. Respondeu a mensagem com palavras não muto doces. Então sim, ela tinha razão por estar com raiva.

Eu sei que ela morre de ciúmes, eu só me esqueci na hora que abracei aquela vadia. Que raiva.

Sou um idiota mesmo.

Meu natal não vai ser realmente feliz se não for com a minha garota.

- Mãe, preciso sair. Daqui a pouco tô aqui.

- Vai buscar a Annabeth, meu querido? Peça desculpas. - Ela sorriu.

- Pedirei. Vou sim, mãe. Não suporto ficar brigado com a minha garota.- Sorri para ela. Não esperei por resposta, apenas saí. Entrei no carro e fui em direção a casa dela.

23:57.

Eu bati na porta, enquanto via o visco encima dela, sorri.

Ela atendeu, eu sorria. Ela escorou no batente da porta enquanto me observava.

- Primeiro, desculpe por hoje. Eu sei que sou um babaca. Segundo, sei que não devia ter abraçado ela nem nada, porque ela é uma vadia e você a odeia. Mas... Você sabe que eu nunca faria nada para te chatear, amor. Eu juro que foi puro impulso. Me perdoa. Por favor. Eu não posso passar o Natal brigado com a minha garota. Preciso dela do meu lado. Você sabe. - Eu disse enquanto passava a mão em seu rosto de anjo. Ela não respondeu.

- Olha, é a época mais bonita do ano, luzes trazem mais alegria para as ruas. Eu sei que devia estar brincando na neve, mas eu estou aqui. Eu não queria perder a festa, mas não consigo parar de olhar para o seu rosto. - Sorri para ela. - Deveria estar em casa, com os meus familiares para a ceia, em frente a lareira. Deveria estar fazendo a lista, mas eu estou aqui, de baixo do visco. - Ela sorriu. Ufa. - Dizem que o Papai Noel chegará voando alto no céu com suas rendas esta noite, e eu devia estar animado, aguardando o acontecimento, mas eu estou aqui, de baixo do visco. - apontei para cima. - Você conhece a lenda, não é? - Ela assentiu sorrindo. - Então me beije, garota. Me beije aqui, bem abaixo do visco.

E ela beijou. Passando seus braços pelo meu pescoço. Uma das mãos na minha nuca, enquanto outra bagunçava meu cabelos.

Não há mais nada que eu pudesse querer.

É o melhor presente de natal.

- Eu não consigo ficar brava com você, seu idiota. Não suporto ficar sem você. - Eu sorri.

Eu olhei no relógio, 00:01.

- Feliz Natal, Sabidinha. Eu amo você, meu amor.

- Feliz Natal, Cabeça de Alga. Eu amo você, amor.

E eu a beijei, de novo. E muitas outras vezes naquela noite.

Nós ficamos meia hora na casa dela, dei feliz nata para o meu sogro e toda a família da minha namorada e logo após fomos para minha casa.

Minha mãe era apaixonada com a Annabeth, então ela estava aguardando-a. Na verdade, minha família a ama, mas também, como não amar? Essa mulher é maravilhosa.

Nós comemos, trocamos presentes, tiramos fotos com a minha família e sozinhos. Brincamos e festejamos. E claro, nos beijamos. Muito. Porque minha namorada é gostosa demais para eu não beijá-la.

Ela dormiria aqui essa noite. Comigo. Nada é melhor que acordar e ter a visão dela deitada no meu peito, dormindo. Poder dizer "bom dia, amor" no ouvido dela, seguido de um beijo e um cafuné, era a melhor coisa do mundo.

São 4:30 da madrugada, todos já foram embora. Minha mãe e Paul acabam de dar boa noite, anunciando que vão se deitar.

Minha irmã -sim, minha mãe havia engravidado de Paul a quatro anos, quando eu tinha quinze- já tinha ido dormir a tempos. Estávamos apenas eu a Sabidinha na sala. Ela levantou para levar nossos copos até na pia e voltou, sentando no meu colo.

- Vamos deitar, amor?

- Jura que você quer ir dormir, amor? - Eu perguntei beijando seu pescoço, enquanto ela dava um suspiro.

- Eu juro que queria fazer outras coisas, fazer amor com você a noite toda, mas estamos na casa da sua mãe e ela está em casa e sua irmã, que é uma criança, também. E creio eu que se elas escutarem e forem ver o que é, não vai ser nada legal. - Ela me deu um selinho logo em seguida.

- Mas eu queria tanto. - Disse apertando sua cintura e fazendo a carinha do gato do Shrek, sei que ela não resisti a essa cara.

- Percy, não faz essa cara. Você acha que eu não quero? Claro que quero! Mas não dá.

- Tudo bem, você venceu, Sabidinha. - Então passei um braço por debaixo de sua pernas e outra pelas suas costas, a pegando no colo, no estilo noiva. Ela levou um susto.

- Seu louco! O que você está fazendo? - Ela disse, sorrindo.

- Levando minha namorada pra cama. - Sorri e dei um beijo em sua testa. Indo até meu quarto.

- Quer ajuda para tirar a roupa, amor? - Disse, chegando por trás dela e beijando seu pescoço.

- Não, mocinho. Pode deitar. Só vou colocar meu pijama e estou indo. - O pijama dela era um short curto e uma camiseta meio larguinha. Tentação.

- Então vem. - Eu disse, sorrindo. A batendo ao lado vazio da cama.

Ela se deitou, se aconchegou, encostando a cabeça no meu peito, passando um dos braços por cima da minha cintura, enquanto a outra mão passava pelo meu pescoço. Então puxei a coberta para cima de nós dois.

Passei um braço por baixo de seu pescoço, e outro encima de sua cintura. Nós ficamos nos beijando por um tempo. Claro que eu passei umas mãos bobas, porém ela me mandou para antes que caísse em tentação e fizesse o que não devia no momento. Então parei e apenas a fiquei beijando e conversando coisas bobas. Dei um último beijo nela enquanto a mesma dizia:

- Boa noite, meu amor. Amo você.

- Boa noite, amor. Amo você também.

Então lhe dei um beijo da testa e dormi. Dormi com a dona do meu pensamento, dona do meu coração ali, nos meus braços.

Realmente, um feliz natal.


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Notas finais do capítulo

E ai???
O que acharam???
Comentem!!
Beijos, Annie.



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