- Paaaaaaa!!

Revirei os olhos e ri. Astoria, ao meu lado, riu junto.

- Vamos papai, seu filho te espera.

Ela disse, rindo. Era realmente bom ter me casado com alguém como Astoria, alguém que eu amava. Astoria era tudo que eu nunca fui: era dócil, gentil, divertida, com senso de humor e eu realmente a amava. Quando Potter vencera Você-sabe-quem, e não vejo problema em dizer que não mais rivalizo com Potter, meus pais me deixaram escolher, e após uma conversa com Daphne, conheci Astoria e com ela resolvi viver. E agora, o fruto de nossos anos juntos me chamava.

Pansy, casada com Blaise, nos visitava toda quarta com Jeremy, uma adorável criança de quatro anos. Apesar de ser um ano mais novo, meu Scorpius se dava muito bem com ele. O legal é saber que não sou mais odiado por todos. Meu pai foi inocentado e minha mãe, agradecida. Meu pai não voltou a ficar conosco, se isolou e perdeu contato. Mas minha mãe ficou ao meu lado até se mudar. Nunca tive contato com uma família de verdade, e Astoria me proporcionava isso.

- Já estou indo – disse a ela, e subi. – Scorp?

Olhei dentro do quarto e sorri. Meu pequeno, com seus doces e sapecas três anos, me estendia os braços. Peguei-o no colo e comecei a brincar. Ouvi um riso leve na porta e, me virando, vi Astoria, que sorriu.

- Você tem um brilho nos olhos.

Disse ela. Sorri e me aproximei dela, com meu pequeno nos braços. Dei um breve selinho nela.

- Vocês são meu brilho.

Ela riu.

- Você me faz brilhar – eu ri.

- Estou vendo algo... Ooh, menina, vejo um brilho em você!

Ela gargalhou.

- Você pareceu a Trelawney agora, Dray.

Dei nela um selinho demorado.

- Por você eu sou tudo.

Ela sorriu e eu sorri. Ficamos um tempo conectados pelo olhar, até...

- Maaaa!

Rimos. Scorp queria atenção e conquistara isso com palmas.

- Vem com a mãe, bebê.

Chamou Astoria, e Scorpius passou para seus braços. Observando-os, pensei na minha sorte por tê-los.

“Vocês são minha luz, meu brilho. Não se apaguem”.