Do you feel me escrita por AnneWitter


Capítulo 5
A noite destinada


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado
— Obrigada pelos comentários: Norachan, Sawaco, Nalurulez, Boulevard of Broken Dreams e Mah.
—Espero que gostem desse cap e desculpem por estar pequeno.
—Não esqueçam de comentarem!



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Um vento gélido adentrou pela janela, acompanhado por flocos de neve. Ele a viu ficar surpresa diante aquela novidade no cenário fantasioso que até então era sustentado. Em passos lentos ela se aproximou da janela, o vento a surpreendeu.

Porém aquilo não seria nada com o que estava ainda por vir. A noite caía e com ela o encanto se quebrava para somente voltar no dia seguinte. E a garota estava presa somente na visão desalenta que se formava do lado de fora.

As folhas caiam das árvores, as esculturas perdiam suas formas, os pássaros e borboletas sumiam e o chão se enchia de neve. O tempo voltava a funcionar normalmente, enquanto os três rapazes tinham suas vidas de volta.

O afiador de piano; o jogador de xadrez e o cantor. Todos eles se mexiam, sentindo cada parte de sues corpos. Os dedos abriam e fechavam agora, a cabeça virava de um lado para o outro; os olhos piscavam; a boca gesticulava. Foi essa a primeira função que ele usou.

–Boa noite.

Embora não visse o rosto dela nesse momento, sabia perfeitamente o quão surpresa estava. Poderia até mesmo estar com medo. Fosse o que fosse, ela simplesmente continuou parada, sem dizer nada ou fazer. Ele insistiu.

–Boa noite.

Devagar, como que criando coragem, ela se virou para eles. Os três sorriam para ela. A surpresa perfeitamente entalhada em seu rosto.

–Vocês estão vivos, ou finalmente estou maluca? - indagou ela.

Natsu riu da pergunta, acompanhado dos outros. Cautelosamente desceu do palco, pois sempre quando revivia após a quebra de encanto, seus músculos ficavam rígidos.

–Estamos vivos.

Notou que ela vacilou por alguns segundos, certamente ainda sem saber o que fazer. Por fim ela correu em sua direção, com um sorriso alegre estampado em seu rosto. Por um triz os dois não foram ao chão, quando ela o abraçou fortemente.

–Você realmente está vivo. - disse chorosa.

Ambos se afastaram e sorriram.

–Sim, estou.

–Estamos. - disse outro.

Lucy o olhou, era o moreno de cabelos curtos. Gray.

–Estou realmente feliz em vê-los vivos. - disse ela se aproximando dele. - Como se chama?

–Gray, embora há muito esqueci do meu sobrenome, ainda me foi possível guardar o meu nome.

Lucy se mostrou triste diante a explicação.

–O que aconteceu com vocês, por que estavam daquele modo? - questionou olhando de um para outro.

Eles trocaram olhares. Era confuso explicar algo que nem eles mesmo lembravam como acontecera. Somente que foi numa noite de primavera, que ao invadirem aquele casarão foram castigado daquele modo, por aquele que se auto intitulava de amor. Quias as verdadeiras razões, eles nunca souberam.

–Por algo ridículo, que acho que não seja necessário contar. - disse aquele de cabelos cumpridos. - E antes que me pergunte, sou Gajeel.

–Prazer. E eu, sou Lucy Heartfilia. Uma escritora. - voltou-se para aquele que possuía os cabelos rosa. - E você?

Desde o dia que a conheceu queria saber o nome dela, por isso sorria bobamente quando ela indagou sobre seu nome; demorou para que lhe desse a resposta. A deixando com um semblante curioso.

–Algo de errado?

–Não... Na verdade, há algo, mas não de errado. Estou feliz por saber seu nome. Finalmente. E como meus companheiros, somente tenho meu primeiro nome, Natsu.

–Natsu. - repetiu ela carinhosamente. - Combina com você.

Gajeel, com os mesmos cuidados que Natsu anteriormente tomou, desceu do palco e seguiu para a mesa que estava a cesta deixada por Lucy. Com a curiosidade lhe corroendo ele bisbilhotou o conteúdo. O que lhe alegrou, a cesta estava recheada de queijo, uva, maçã, pão caseiro, bolo e garrafa de vinho.

–Teremos um banquete essa noite. - disse alegre.

Os outros também se alegrou com sua fala, não era como se os três tivessem acabo de sairem de um encantamento e sim que toda aquela tarde realmente tivessem desfrutado da presença de Lucy e participado efetivamente de toda a fantasia que ela criara ao redor deles.

Na certa, influenciado a esse sentimento, que Natsu prontificou a pegar copos, pratos e talheres da cozinha; uma informação que surpreendeu Lucy.

–E a cozinha está aberta?

–Claro, tudo que antes se encontrava trancado nessa casarão, encontra-se aberto. - informou Gray.

–Uau, isso é realmente mágico! - disse ela maravilhada.

Natsu lhe sorriu para então se retirar do aposento. Sua agilidade mostrava que suas pernas estavam agora em perfeito estado.

Enquanto ele ficava com a tarefa de pegar o que era necessário na cozinha, Gajeel se pôs ao palco com a finalidade de testar o piano; Gray e Lucy de retirar tudo de dentro da cesta e arrumá-la na mesa – sobre a toalha que Lucy trouxera.

Em poucos minutos os quatro desfrutava da comida regado ao vinho e da música que o afiador tocava. Gajeel não aparentava ser o tipo de homem que possuía a alma de um músico, mas mostrou-se excelente nessa arte, quando começou a tocar.

Lucy empolgada, deixou a sua taça de lado e o pão que mordiscava e estendeu ambas as mãos para os outros dois rapazes, quais prontamente aceitou. Para que dançassem em trio, eles fizessem uma roda e a música num ritmo mais lento foi logo substituída por uma mais agitada, alegrando os ouvintes e os embalando numa inusitada dança.

Eram como crianças a brincar de ciranda, com o contraste de Lucy vez ou outra soltar de mão de um para que o outro a rodasse. Sorriam, cantavam, batiam palmas... Estavam envolvidos um pelo outro.

Lá pela decima ou decima primeira melodia, os três se jogaram no divã e o afiador parou de tocar.

–Isso realmente cansa. - disse Lucy, entre risos.

–Realmente, mas foi muito divertido. - disse Natsu.

–Depois que descansarmos, poderemos continuar. - sugeriu Gray.

–Nem tão cedo. - cortou Gajeel, que agora se sentava num espaço no divã. - Tocar também cansa. - disse.

Lucy lhe sorriu. Os três a olharam felizes. Os quatros estranhamente havia criado um laço durante aquele curto tempo; enquanto eles ainda estavam congelados no feitiço. Entretanto os três rapazes sabiam que somente um poderia continuar vivo e que os dois voltaria a sua monótona vida.

Pois uma coisa era clara, quando a noite fosse embora, ela teria que escolher apenas um deles...


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