Pov. Elise Lancaster

As coisas em relação ao retiro de carnaval atrasado em nossa instituição estavam caminhando bem. Naquela tarde, quando Eric estava na minha casa, fomos ao supermercado comprar as coisas ao mandato do meu pai. E foi basicamente assim:

–Há muito tempo você faz isso? -Perguntava Eric enquanto andávamos calmamente em direção ao supermercado.

–Sempre que eu posso ajudar as pessoas em alguma coisa, eu ajudo... -Respondi. -Por que?

–Isso não te cansa?

–Um pouco. -Riu. -Mas é gratificante.

–Entendo.

Quando chegamos ao supermercado recolhemos todas as coisas rapidamente, compramos e elas seriam mandadas mais tarde para minha casa por algum funcionário.

Quando caminhávamos pelas ruas novamente, de volta para casa, o assunto mudou:

–Eric...

–Sim?

–Você sabe porquê o sr. Carter saiu da escola?

–Na verdade não.

–É, nem eu. -Murmurei baixando a cabeça.

Mas aquele era um momento único ao lado de Eric Dawson (ele andava comigo nas ruas e não sentia vergonha!)

Quando chegamos em casa corremos para a cozinha, meu pai estava lá preparando algumas coisas.

–Olá pai. -Murmurei beijando o seu rosto.

–Olá querida.

–Já compramos tudo.

–Ótimo. Vão para a sala que eu vou preparar um suquinho para vocês.

–Não, pai. Não é preciso. Eu posso fazer.

–Não, querida. Por favor, você já me ajuda muito. Faça isso pelo seu pai.

Obedeci e me sentei no sofá junto a Eric. As palavras pareciam que fluiam em nossas bocas, eu nunca tive uma conversa tão real com Eric Dawson. Talvez Deus tivesse nos enlaçando.

Quando as coisas chegaram, corremos para a cozinha e começou a melhor parte: os preparativos!

O meu pai estava na frente de tudo, enquanto Eric fazia bagunça e sujava toda a cozinha desleixadamente.

De vez em quando eu soltava algumas risadas. Ele não parecia muito bem naquela situação.

Quando tudo acabou e a limonada já estava pronta, Eric se despediu de mim.

–Eu posso ir deixar você. -Ofereci- me.

–Eu agradeceria.

Sorri.

Peguei a chave do carro e fomos até a calçada onde o meu carro estava estacionado. Entramos lá e fomos em rumo a casa de Eric.

–Eu não sabia que era possível me divertir com você, Elise Lancaster. -Confessou ele rindo.

Ri.

–Pessoas de Deus também sabem brincar... Mas tudo com disciplina, é claro.

Ele sorria.

As ruas estavam mais cheias hoje, mas não foi difícil chegar a casa de Eric.

–Então... eu já vou. -Murmurou ele.

–Obrigada Eric.

Ele sorriu e fechou a porta.

Voltei para casa com alegria no coração, eu havia me divertido com um amigo e tinha evangelizado ele. Acho que isso era bom para mim como cristã.