Is Your Fault, Isn't? - Continuação Jasico escrita por Heir of Underground


Capítulo 1
How Fall In Love- Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

fic movida a rewiens,quero no mínimo dois ou três ok?
Espero que gostem leiam as notas finais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578369/chapter/1

-Hey!-Grita Leo quando ele cai por cima de Bufford! -Olhe por onde anda cara. - Reclama o garoto, seus cabelos estão mais longos e lhes tampam os olhos, agora distantes e marejados.

-É uma mesa Leo! – Observa Hedge quando a mesa passa ao seu lado carregando um Leo acabado e deprimido. - Elas não olham por onde andam. Na maioria das vezes, nem andam. –Completa o Treinador enquanto enfia um donut na boca, mas sem realmente sentir seu gosto.

Todo o Argo II está assim, sem vontade de fazer algo. Isso começou no dia em que Jason e Nico sumiram. Já faz duas semanas que não tem sinal deles. E Reyna também não melhorou, está sempre em estado febril, não acorda. E a cerca de duas horas começou a delirar, fala dormindo sobre a tal lenda que, aparentemente, os dois semideuses desaparecidos estão envolvidos.

*****************************************************************************

Eros solta um suspiro. O cheiro de flores de Psique se mistura com o cheiro de perfume barato e forte de Zéfiro, e deixa o deus do amor mais deprimido ainda, quando essa mistura chega ao seu nariz. O céu ao lado de fora ainda está escuro. Não deve passas das duas da manhã, no limite, talvez sejam três horas.

As cortinas estão fechadas, mesmo que ainda seja de madrugada uma hora o sol irá nascer. Ele não quer que a pessoa que divide a cama com ele acorde cedo, ele quer prolongar o máximo possível.

Certo anjo se mexe na cama, e abraça mais forte o peitoril nu do deus. Eros, que está deitado completamente perdido em seus pensamentos, para de encarar o teto e volta à atenção ao moreno de cabelos encaracolados dormindo calmamente sobre si. Os pés de Zéfiro estão expostos, já que a coberta está amontoada sobre seus tornozelos. Sua pele contrasta com a de Eros, a pele do anjo era gelada sobre a pele quente do deus.

Eros solta outro suspiro, quando Zéfiro mexe a cabeça e seus cachos fazendo cócegas nele. Ele admira a beleza do jovem que divide a cama com ele. Ele beija o topo de sua cabeça, e os fios morenos do cabelo do anjo brincam nos lábios do deus.
*****************************************************************************

O vento bagunça os cabelos de Nico, que nem liga, ele está concentrado encarando as estrelas e a bela lua cheia, que deixa todo o cenário com certo tom prateado. Ele se lembra que Thalia lhe contara que uma das caçadoras quando morrera havia sido transformada em uma constelação.

Ele olha estrela por estrela e se perguntava se Bianca teria pedido ao seu pai para se tornar um simples ponto brilhante no céu, que poderia lhe vigiar, mas fora se seu alcance. Nico solta um suspiro. Bianca. O nome martela em sua cabeça e lhe traz melhorias DELE. Ele, que Nico tanto tentou evitar, que tanto odiou e culpou. Ele, que Nico acreditava amar, mas Eros disse que não. Sobre o quê sabia do menino? Ninguém sabia nada.

O moreno estava tão concentrado em seus fantasmas e sobre não pensar em nada,que nem nota certo loiro, com certo brilho nos olhos ao ver o pequeno ali, se senta ao seu lado.

-Elas são lindas não são?-Nico nem se dá ao luxo de se assustar quando Jason lhe pergunta. Ele não quer falar, não quer pensar, não quer lembrar. O mais novo apenas solta um “Hã?” meio perdido e baixo. – As estrelas, Nico. As estrelas. –Responde o mais velho rindo.

Nico apenas assente com a cabeça, isso era o máximo que Jason receberia de atenção. Uma rajada forte de vento passa pelos meninos, bagunçando seus cabelos e roupas. Jason estremece ao toque gelado do vento, enquanto Nico, que usava apenas uma camiseta de mangas curtas, espira.

Nico estremece e pula ficando de pé em segundos. O casaco que Jason tirara de si próprio para por nos ombros do pequeno cai pateticamente no chão. Nico o olha em choque, Jason não sabia o que fizera. Nico nem pensa quando sai correndo.

Não sabia para onde ia, não liga, não se importava, apenas corria. Desce as escadas com lágrimas nos olhos. Onde a pele do mais velho tocou a sua ainda ardia. Nico não se permitiria. De novo não. Desta vez ele não iria se apaixonar. Não de novo. Não se daria ao luxo de ficar alegre e se expor novamente e deixarem mais uma ferida em seu peito já aberto e machucado. Não deixariam outra ferida em seu corpo magro e frágil.

Em algum momento ele desiste de correr e se senta no pé das escadas, coloca a cabeça entre os joelhos dobrados e deixa seus medos e vergonhas virem a tona. Seu rosto estava molhado e sua visão embaçada. Os nomes deles ecoam em sua cabeça:

Percy.

Jason.

Tudo fica escuro.

*****************************************************************************

Annabeth não saiu nenhuma vez do lado de Reyna. A loira umedecia uma toalha e colocava na testa da amiga, tentando abaixar a febre de quarenta graus da pretora, que neste momento movimentada a boca, mas nenhum som saia.

De vez em quando uma coisa ou outra como “Jason.”, ”Nico.”, “Lenda.” Ou “Fim do mundo.” podia ser ouvida na voz rouca e fraca de Reyna. Certas vezes seu corpo dava brutos espasmos. E a cabeça de Reyna pendia para um dos lados do corpo.

Ainda estavam na cabine de Jason.

Há mais ou menos quatro dias. Reyna começou a babar, não levou muito tempo para Annabeth notar que espuma substituiu a baba e que ela aos poucos ia se tornando vermelha, até o ponto em que algo viscoso e vermelho substituiu completamente a espuma. Todos haviam entrado em desespero achando que o pior poderia ter acontecido naquela hora.

Annabeth tem medo de que Reyna volte a cuspir sangue. Ela não é médica, não tem nenhum médico dentro do Argo II. Nesse momento ela se arrepende de não ter aceitado que Will Solace subisse a bordo. Mas ela sente, na verdade, tem certeza. Que as coisas seriam piores se ele tivesse ido nessa viagem, seriam mais difíceis de lidar.

*****************************************************************************

Percy bate na mesa com tanta força que os pratos, copos e sabe-se lá mais o que, que estavam em cima da mesa levantam alguns centímetros e caem fazendo certo barulho.

Leo pensou em falar “Isso mesmo Jackson, destrua o navio!”, mas achou melhor ficar calado, o clima não estava para brincadeiras, na verdade nem o próprio Leo agüentava suas próprias piadas.

-Eu os vi saindo juntos do quarto de Jason. –Começa o filho de Poseidon. - Estavam sem camisa. – Se lembra o jovem. – Leo. Treinador. -Chama Percy cauteloso. –Achei que vocês tinham proibido namorar nas cabines. –Acusa ele.

O queixo de Hazel caiu e ela corou levemente. Frank fica desconfortável, igual ao Hegde. Leo sente algo em suas entranhas, Piper não tem nenhuma reação. E um pequeno, mas não tão discreto sorriso maldoso aparece nos lábios de Percy, seu olhar brilhava com malícia, se saboreando em suas acusações sem nexo e suas palavras rudes e acusatórias.

-Mas. Eles. Não. Namoram. –Responde Leo, cada palavra dita lentamente e com um ódio nunca visto no jovem, todos se assustam. Todos menos Piper, ela continua de cabeça baixa.

Percy sorri com a reação de Leo. Ele está adorando isso.

-Mas, na minha humilde opinião. –Ele solta um risinho. –Eles estavam prestes a transar dentro daquela cabine. E se não em engano isso é contra as regras, namorados ou não. Eles quebram uma das regras, Treinador.

Piper levanta a cabeça, tinha ficado quieta até ali, só ouvido a opinião de todos sobre as lendas. Mas agora não poderia ficar quieta, ah não podia mesmo.

-Esta querendo disser... -Começa Piper indiferente. -... Que meu namorado está me traindo embaixo de meu nariz? – Sua voz vai se elevando aos poucos. – Que eu não notei?- Diz com tom acusatório. – Que ele prefere uma noite de sexo com um homem a um “Eu te amo” meu?- Ela grita as últimas palavras, já de pé, e sem notar com uma adaga na mão.

Percy, sem vergonha nenhuma na cara, com um sorrisinho malicioso bem estampado no rosto assente com a cabeça. Seus braços estão abertos, como se ele tivesse vencido algo e ele queria os parabéns.

-Nojento não? –Pergunta ele. –E eu não consigo acreditar que eu era amigo dele. - Continua ele. – E se ele desse em cima de mim? Com certeza quebraria a cara dele. - Agora o sarcasmo está explicito em sua voz. – Quem sabe... -Ele fala maldoso, sua expressão lembrava a de Luke quando tentou convencer que o lado de Cronos era melhor. -... Se ele apanhasse não virasse homem de verdade. Foi isso que faltou na educ...

Leo nem deixou Percy terminar. Ele passa por cima da mesa e pula em cima dele. Quando deu tempo de os outros notarem o que acontecia e fizerem algo. Percy e Leo já eram um emaranhado de pernas e braços, e socos e tapas. Leo senta nos joelhos de Percy, que estava deitado embaixo dele, e começa a distribuir vários socos na cara de Percy. Os socos de Leo são tão fortes que Percy se perde. Ele estava pronto para dar outro quando a porta se abre com tudo.

Ele olha para trás para ver Annabeth em choque quando leva um soco de Percy no queixo, e ele cai para trás levando a mão até o queixo, doía muito, seu olho havia sido atingido. O nariz de Percy estava quebrado, e tanto o filho de Hefesto, quanto o de Poseidon sangravam.

- O que foi amor? –Pergunta o moreno de olhos verdes e Leo fica com vontade de vomitar e socar o Percy ainda mais.

-Reyna... Reyna. - Ela pegava fôlego, mal conseguia respirar. O pior veio à mente de todos. Será Reyna poderia... - Falou sobre... A - Apolo. Ele... Po-pode ajudar. –Completa a menina, num só fôlego, fraca e desmaia logo em seguida. Ela não havia comido quase nada nas últimas duas semanas. E sua corrida até o refeitório só piorara seu estado.
*****************************************************************************

O grito de Apolo aumenta e ecoa por todo o salão do templo. A sala era ampla, branca e várias colunas típicas dos templos gregos. Ele usava a camiseta do Acampamento e uma calça jeans gasta azul, e andava de um lado para o outro com seus dedos bagunçando seus cabelos encaracolados claros.

-Qual o problema irmão?- Uma voz doce, mas maliciosa ecoa logo em seguida, quase perdida pelos ecos do grito do jovem. Uma garota com vestes até o chão, cinto prata, cabelos ruivos rebeldes, com um arco nas costas acompanhado de uma aljava. Não parecia ter mais de treze anos, enquanto o garoto a sua frente teria uns dezessete anos, ele parecia muito com Jason, claro eram irmãos.

Eles não se pareciam em nada, os gêmeos arqueiros. Tanto em personalidade quanto em aparência, são o exato oposto.

-Eros. –Responde Apolo, com uma voz tempestuosa, que nada combina com sua aparência típica de dias quentes de verão. O sorriso de Ártemis some, o sorriso que tinha por ver o irmão em maus lençóis é substituído por uma expressão de puro horror. Não podia ser. - Eros se meteu. E planeja estragar com tudo mais uma vez. –Completa o irmão caindo de joelhos, da última vez manchara suas mãos por causa dele, agora seus esforços pareciam não ter valido nada. Simplesmente nada. Ártemis meio contra gosto se ajoelha e abraça o irmão, fazia anos que tocara pela última vez no irmão, o feito da pele dele contra a dela é o mesmo.

Nico não se lembra de ter caído no sono. Nico não se lembra de ter ido até uma clareira no meio da floresta. Nico realmente tinha certeza que não tinha ido tão longe. Mas lá estava ele.

O som de galhos quebrando chama sua atenção, então um morto pula de trás de um arbusto e começa a se arrastar até Nico, ele começa a recuar de costa sem tirar os olhos do corpo em decomposição, ele tropeça em um galho de cai sentado no chão. Ele não tem tempo nem de gritar “Ai!” ou de realmente sentir a dor, quando nota há mais corpos se arrastando. E do meio deles, saindo do chão aparece um fantasma, no começo era apenas um borrão, mas depois fica claro como água. Era Minos, o Rei Minos, aquele mesmo rei que fez a mente de Nico anos atrás estava ali rindo dele. Ele se vê novamente com dez anos, quase chorando. Um dos mortos pula para cima dele e ele cobre o rosto com os braços.

Ele esperava estar morto, ele deveria estar morto. Mas o quê acontece em seguida é uma surpresa a ele. Ele abre os olhos quando ouve o grito dos mortos. Ele abre os olhos lentamente e a cena que se segue enche seus olhos. Percy está no meio do que sobrou dos corpos e acerta Minos. Um brilho toma conta do lugar, forçando Nico a fechar os olhos, quando os abre novamente Percy está lhe esticando a mão. Relutante o mais novo a aceita.

Percy ele lança um sorriso. Aquele sorriso.

As pernas de Nico ficam bambas. Quando nota, algo que nunca deveria escapar de seus lábios é ouvido:

-E-eu te amo. –Percy recua de Nico, em choque então olha nos olhos do pequeno e vê que ele fala a verdade. O que veio em seguida foi pior que ver Minos.

Percy riu, sua risada ecoava pela clareira, alta e em bom som. E ela ia se tornando mais longa. Até que Nico recua e cai em uma escuridão imensa, ele se debatia, mas não consiga achar a luz, não consiga voltar para a terra firme.

Então ele sente um toque.

Aquele toque.

Alguém o puxa de volta a luz do dia. Ele o puxa de volta.

Quando Nico nota está nos braços de Jason, chorando. Sua idade voltou ao normal, ele tem quatorze anos novamente. Ele quer contar o que aconteceu, mas quando ele abre a boca Jason faz algo inesperado.

Ele o beija. Jason beija Nico. E quando o mais novo nota está com as costas coladas na parede do chalé de Júpiter, com o loiro o beijando intensamente. Os beijos de Jason descem para o pescoço de Nico, e sua mão entra por baixo da camiseta do mais novo. Nico inicialmente estremece ao toque, mas não tenta afastar Jason.

Nico ouve o baque, e sente a dor se espalhando por suas costas, mas não liga. Jason lhe jogou na cama e ainda beijava seu pescoço, as pernas do mais novo, apoiadas na cintura do loiro, não ficavam quietas. Nico estava sem camisa e os beijos de Jason desciam por seu peito, ele não tentava lutar contra, Nico estava gostando. Nico realmente estremece ao sentir a mão de Jason entrando em sua cueca. Os lábios de Jason já haviam chegado ao cós da sua jeans.

-Prometo que não vou te machucar. –Diz o mais velhos sem tirar os lábios de Nico, sua respiração pinica a pele do mais novo e o movimento dos lábios do loiro lhe fazem cócegas. Nico joga a cabeça para trás no travesseiro.

Ele sente a mão quente de Jason se fechando.

A cena muda de novo. Agora Jason está alguns anos mais velho, com uma criança no colo.

Ela tinha os olhos dele, mas sua pele e seus cabelos eram de Piper, que nesse momento se encontrava ao lado de Jason o beijando enquanto ele dizia que a amava.

Nico sente as lágrimas escorrendo e sai correndo para o bosque. Ele cai no chão e deixa os soluços cortarem sua garganta e ferirem o silêncio das árvores.

Um barulho chama sua atenção, e detrás de uma moita sai Jason, em sua real idade, dezesseis, Nico sorri ao vê-lo, mas se lembra da criança e vira de costas para Jason e apóia a testa no tronco de uma arvore.

Ele sente Jason se aproximando. Nico está com medo, ele esta com seus dez anos novamente.

-Vai ficar tudo bem- Promete Jason em seu ouvido, sua respiração brinca na orelha de Nico, mas ele não sente prazer, sente medo. A voz de Jason não parece a de Jason.

Nico sente sua calça sente puxa. Então...

Ele ouve seu grito de dor quando Jason entre nele, quando Jason o violenta.
*****************************************************************************

Nico pula na cama, gritando. Ele olha em volta, já está amanhecendo, e está deitado na cama de casal no quarto do palácio de Eros.

Jason que olhava perdido para fora pela janela que pegava a parede toda onde a cabeceira da cama está encostada. Olha para Nico, e levanta.

-Tudo bem? –Pergunta o jovem indo até Nico. Quando Jason toca o braço do mais novo, ele pula para fora da cama.

-Não me toque. - Dizia o mais novo assustado e com olhos arregalados. Jason se aproxima e o encurrala na porta do guarda-roupa. –Não me toque! –Grita o garoto desesperado fugindo dos braços de Jason e correndo para o banheiro.

Jason o segue, mas Nico fecha a porta na sua cara. Jason esfrega o nariz logo depois da porta bater com tudo nele.

Nico senta na banheira chorando e abre a torneira, não liga de ainda estar vestido. A água quente cobre seu corpo. Ele desliga quando a água atinge o limite. Ele deita a cabeça e afunda o corpo, e fica lá.

Jason não espera nem mais um segundo, tropeça nos cobertas, mas não cai ele sai correndo. Ele segura no batente e se joga para fora tomando impulso na porta. Ele não faz idéia do caminho apenas corre, ele tropeça na barra da calça o tempo todo, seu pé descalço bate com tudo no chão gelado a cada passo.

Ele passa correndo por uma porta, então ele freia, caindo de joelhos, ele grita com o choque. Ele levanta e volta para a porta. Ele tenta abrir, mas ela está trancada então ele começa a socar a porta e gritar.

-Eros!- Berra Jason entrando em desespero. O Nico mudou de repente, ele esta com medo de ser tarde demais e Nico ter feito alguma idiotice. –Droga! –Ele soca a porta. Ele não liga, ele notou que esta se apaixonando por Nico, ele quer proteger Nico. Ele quer Nico. Eros abre a porta discretamente, então ele coloca-se no vão, Jason achou que Eros não queria que ele visse algo.

-Qual o problema? –Pergunta o deus do amor com certo tédio, seu peitoril estava nu, e ele tinha um edredom amarrado em sua cintura, cobrindo as pernas do deus.

-Nico. –Começa Jason sem fôlego. – Ele acordou gritando, fui chegar perto dele e ele se trancou no banheiro, estou com medo dele fazer alguma burrada.

-Do tipo? – Pergunta o deus pensando se ajudaria os seus protegidos ou não.

-Não sei. Talvez só se matar? –Pergunta o semideus irônico. Terror passa pelos olhos do deus.

-Você o ama? –Fala o deus, ele tentando zoar desinteressado e indiferente, mas ele tinha medo, não podia deixar uma das almas gêmeas morrer, ele precisava dos dois.

-Eros, por favor, tenho que salvar Nico. –Eros ergue a sobrancelha, como quem diz “Responda.” Jason não queria assumir, mas não sabia o que Nico desesperado do jeito que estava poderia fazer. –Sim, Eros. Sim.

Jason começa a chorar. Eros lhe olha da cabeça aos pés. Entra no quarto e fecha a porta. “Pronto!” pensa Jason. “É hoje que vou perder Nico.” Ele apóia as costas na parede e desliza até o chão e enterra o rosto nos joelhos e solta um soluço.

A porta se abre e Eros lhe lança um sorriso.

-Aqui garoto. –Eros lhe joga uma chave. –Salve ele, e não precisa devolver as chaves, fique com elas caso isso aconteça novamente.

Jason pega as chaves, levanta e sai correndo.

-Garoto. –Grita Eros. –Ele disse algo antes de se trancar?

Jason para, ele cogitou sobre o que responder.

-Não. –Mente Jason, ele morde a própria língua, mas não sabe até onde deve e não deve confiar no deus.

Eros notou Jason escondia algo. Jason saiu correndo e Eros entrou no quarto e deitou na cama.

- O que foi?- Perguntou Zéfiro, ainda sonolento.

-Nada querido. – Responde o deus. –Nada.

Ele abraça Zéfiro que logo volta a dormir profundamente. Como Eros ama esse anjo.
*****************************************************************************

Jason abre a porta e vê Nico deitado, dormindo na banheira. “Pelo menos espero que esteja dormindo.”

Ele corre até o menino, ele aproxima a mão de seu nariz, Jason solta um suspiro, sua respiração quente está regulada. Ele está vivo. Não tem sangue na água. Jason enfia a mão na banheira, e puxa o braço de Nico, sem cortes. Jason se acalma.

Ele abre a banheira para esvaziá-la. Ele enfia os braços na água e puxa Nico, que não acorda. Seu rosto está molhado, ele estava chorando e isso quebra o coração de Jason.

Jason o coloca sentado no sofá que tinha no banheiro, ele puxa uma toalha e joga sobre o ombro. Ele tira a camiseta de Nico e joga longe, e tira a calça dele. Jason pega a toalha e começa a segar um dos braços de Nico, quando o menor acorda.

Ele está assustado, olha para baixo e nota que estava com sua cueca. E Jason com uma toalha, ele está molhado.

-O- o que aconteceu?- Pergunta ele, Jason conta detalhe por detalhe, só deixa de contar as perguntas para o pequeno. Nico conta o seu pesadelo, tremendo.

Jason pega a toalha e volta a secar o braço de Nico que recua.

-De-desculpe. –Diz Nico depois de certo tempo. –Va-vai em frente. –Diz o pequeno. Jason chega perto e começa a secá-lo.

Nico, ainda dentro do banheiro, tira a cueca e termina de se secar sozinho. Ele entra no quarto com a toalha na cintura. Jason esta deitado na cama, de costas pro banheiro. Nico coloca as peças de baixo da roupa.

Jason vira no momento que Nico está procurando uma camiseta. O loiro fica encarando o menor, seus movimentos, seu físico. Nico vira com uma camiseta já em mãos e cora quando nota o olhar de Jason.

-Desculpe.

-Não tudo bem. -Disse o menor, assustando Jason, que sorri, quando Nico abre um sorriso de ponta a ponta em seu rosto completamente vermelho.

*****************************************************************************

Ártemis fica tão vermelha quanto seus cabelos.

-De-desculpe. –Diz Apolo. Um som agudo ecoa pelo templo. O rosto do jovem fica vermelho. A garota sai correndo com lágrimas nos olhos logo depois de dar um tapa no rosto do irmão gêmeo.

Apolo, meio perdido tenta levantar. Ele se arrepende de ter beijado a irmã, só teve uma vez que ele se arrependeu mais do que agora.

Quando ele pediu para Ártemis atirar, ela acerta Orion, o único amor da vida dela. Ele nunca a viu mais arrasada, ela começou a odia-lo, ele manipulou a irmã. Ele ria da dor da irmã, ele nunca perdera alguém que amara, até conhecer Jacinto.

Zéfiro matou um dos únicos que ele realmente amou, ele só amo alguém mais que Jacinto. Era ela. Ele só amou Ártemis, ninguém mais, não podia, não queria. Ele sai correndo e passando a mão em seu rosto, tentando ignorar a dor.

-Ártemis! –Grita ele desesperado. –Irmã. Amor. –Ele para e se joga no chão, droga ele ainda a ama, ele a beijou hoje, ele ainda quer ela, ele não deveria ter a chamado de amor.

*****************************************************************************

Zéfiro se troca enquanto Eros o acompanha com o olhar, ele fica corado.

Já fazia alguns meses em que eles começaram a dormir juntos, mas Zéfiro sabia que ele para Eros era apenas um objeto para esquecer Psique, mas para ele era mais, era amor. Ou pelo menos paixão.

Eros levanta e lhe lança aquele sorriso que deixa as pernas do anjo bambas. “Droga!” Pensa.

Eros lhe dá um selinho, e ele fica corado.

-Tenho que ir. -Diz o anjo. O deus o abraça.

-Fica. – Cochicha o deus em seu ouvido, fazendo o corpo do anjo ter arrepios. O anjo tenta se soltar. Mas Eros começa a beijar-lo e o joga na cama.

***Continua***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que gostem, to super animada . tenho três favoritos e cinco reviews não achei que ia ser tão popular.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Is Your Fault, Isn't? - Continuação Jasico" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.