New Year's Night escrita por Lírio


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Então, é minha segunda one-short desse casal e eu não to nem aí se o tio Rick colocou o Leo com a Calipso, ainda continuo shippando Leyna loucamente.



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Olhei para todas aquelas pessoas vestidas de branco com enormes sorrisos no rosto e me senti ainda mais deprimida. É noite de ano novo e estou sentada sozinha em uma festa cheia de pessoas que não faço a mínima ideia de quem sejam, mas era isso ou ter que ver a cara daquele latino idiota novamente.

Peguei mais uma dose de tequila e bebi tudo em um só gole, todo ano meus amigos dão uma festa para comemorarmos o ano novo juntos, mas acontece que quando se namora alguém que é da mesma roda de amigos que a sua, as coisas ficam meio complicadas depois que vocês terminam. Ainda mais se for pelo fato de que o idiota do seu ex te trocou pela vizinha gostosona dele.

Argh!

Eu tinha prometido a mim mesma que não pensaria nele hoje, mas parece que tudo me faz lembrar Leo Valdez.

''Ah, olhem só! A cor do meu sapato é roxo. Leo ama roxo.''

Eu devo ter dançado ''because I'm happy'' na crucificação para merecer isso.

Annabeth havia dito que eu poderia ir à festa, que ela e Percy não deixariam Leo chegar perto, mas achei melhor não arriscar. Além do mais, meu vizinho gostosão, Tyler – ou seria Taylor? – havia me convidado para essa festa também. É bom conhecer novas pessoas. Quem sabe eu encontre meu grande amor nessa festa? O que vai ser complicado, considerando o fato de que estou sentada num canto isolado desde que cheguei, sendo minha única companheira uma garrafa de tequila.

Olhei para as pessoas que falavam alto sem nenhum motivo aparente e decidi que não iria mais sofrer por homem nenhum, essa seria minha promessa para o próximo ano. Enchi meu copo até a borda e bebi tudo como que para selar um acordo comigo mesma.

— Hey morena, vêm dançar com a gente! – Meu vizinho gritou em minha direção.

Tyler – ou Taylor. Eu realmente tenho que descobri – tinha cabelos ruivos e olhos muito azuis, sem contar no seu físico de modelo da Abercrombie. Totalmente o oposto do meu ex: Magrelo, moreno e com olhos escuros.

Balancei a cabeça e me amaldiçoei por estar pensando naquele filho da puta traidor.

Foda-se, vou dançar com meu vizinho gostoso e ficar bêbada. Leo pode ficar com aquela loira falsificada, eu não dou a mínima.

E minha noite de ano novo foi assim: Dancei com Tyler, fiquei completamente embriagada e quando o relógio bateu meia noite nós nos beijamos.

E depois voltamos a dançar.

E a beber.

Já eram quase cinco horas da manhã quando voltamos para nosso prédio aos beijos e rindo escandalosamente por nada. Estávamos completamente chapados e eu estava disposta a ir para o apartamento de Tyler, mesmo sem ter certeza se esse era mesmo o seu nome.

Tínhamos acabado de subir o último lance de escadas rindo por nosso prédio não ter elevador, quando eis que surge ele. Bem ali, sentado ao lado de minha porta estava Leo 'Traidor' Valdez.

Parei de repente fazendo com que Tyler quase caísse. Leo levantou e seus olhos voaram imediatamente para o braço de meu vizinho que envolvia minha cintura. Encarei meu ex-namorado e senti uma sensação incômoda no estomago. Por que ele tem que ficar tão gato vestido de branco?

— Oi – ele disse e eu tive vontade de jogar meu sapato em sua cara de pau.

“Como assim depois de ter me traído com a vizinha, você tem a coragem de aparecer na minha porta e dizer um simples ''oi'' como se nada tivesse acontecido?” Queria gritar isso em sua cara, mas tudo o que eu disse foi:

— O que você está fazendo aqui?

— Eu acho que nós precisamos conversar – Leo respondeu sem tirar os olhos do braço de Tyler.

Soltei uma risada seca.

— Você está atrasado duas semanas! – Falei alto porque é isso que pessoas bêbadas fazem.

Leo dirigiu seu olhar para o meu rosto.

— Será que a gente pode conversar lá dentro? – Apontou para a porta de meu apartamento.

— Vá se foder, Valdez! – eu disse ainda mais alto. – Você nunca mais coloca seus pés na minha casa! Além do mais eu estava indo fazer uma coisa agora e você está atrapalhando.

Leo revirou os olhos.

— O seu vizinho? Sério? Você nem sabe o nome dele e provavelmente vai se arrepender quando estiver sóbria. – Ele cruzou os braços. – Nós dois sabemos que você está fazendo isso apenas para se vingar.  

Estreitei os olhos e puxei Tyler pela mão. Odeio o fato de Leo Valdez me conhecer tão bem e por mais que eu negasse, no fundo ele tinha razão. Eu estava fazendo isso mais por raiva – e pelo álcool também – do que por vontade própria. Eu queria que Leo sentisse o que eu senti quando o vi com aquela mulherzinha, queria machuca-lo de alguma forma, nem que para isso eu precisasse descer o nível.

— Você não sabe de nada, Leo Valdez. – Falei enquanto ia em direção a porta do apartamento do Tyler, que já estava destrancando-a. – É melhor você ir antes que sua namoradinha comece a se perguntar aonde você está. Agora eu vou transar com meu vizinho exatamente co...

Leo puxou meu braço me impedindo de completar a frase, abriu a porta de meu apartamento e me jogou lá dentro de qualquer maneira. Tropecei em meus próprios pés e acabei caindo de cara no tapete.

Droga!

Levantei o rosto e pude ver Tyler tentando entrar e Leo o impedindo com um soco em seu maxilar, meu vizinho cambaleou para trás e Leo fechou a porta. Enterrei meu rosto no tapete novamente e pude ouvir os passos do cretino traidor. Logo senti seus braços levantando-me para que eu sentasse, o simples contato entre nossos corpos me fez ter vontade de chorar. Maldita tequila!

 Leo olhou para mim com uma expressão preocupada.

— Me desculpe por isso – disse ficando de joelhos em minha frente –, mas eu não podia deixar você fazer o que iria fazer.

— Foi você quem começou com esse lance de pegar os vizinhos – eu já não gritava. Acho que estava passando de bêbada alegre para bêbada depressiva.

Leo suspirou e levantou-se.

— Reyna, quantas vezes vou ter que repetir ''Eu não beijei a minha vizinha”?

Fiquei de pé também e o encarei.

— E quantas vezes eu vou ter que dizer ''eu vi''?

— Você é impossível! – Ele retrucou.

Apenas o encarei.

Eu lembrava muito bem daquele dia e mesmo bêbada conseguia ver a cena só de fechar os olhos. Era uma sexta-feira e eu havia saído mais cedo do trabalho, então resolvi fazer uma surpresa para meu namorado. Passei na confeitaria e comprei cupcakes porque Leo adora comer cupcakes e eu estava tão animada porque nós comemoraríamos o natal juntos esse ano, mas tudo desmoronou quando entrei em sua casa e vi aquela vadia loira com a boca na dele. O cretino nem se deu ao trabalho de trancar a porta. Com o máximo de dignidade que me restava virei-me e fui embora.

Ok, isso é mentira.

Antes os xinguei e atirei cupcakes também, tijolos fariam mais efeito, mas no momento tudo o que eu tinha eram os pequenos bolinhos.

— Eu não te traí, Reyna – Leo disse dando um passo e se aproximando de mim. – Olha, a Cassie confundiu as coisas, achou que só por eu ser simpático estivesse flertando com ela e me beijou. Foi aí que você chegou e começou a atirar cupcakes e não deixou eu explicar.

— Conta outra, Leo Valdez – dei um passo para trás para manter uma distância segura. – Quando um não quer, dois não beijam!

— Ela me beijou, Reyna! Mas que droga! – Ele passou as mãos nos cabelos, o que eu achava extremamente sexy, mas isso não vem ao caso. – Eu não a beijei, sabe por quê?

Balancei a cabeça negativamente e Leo chegou mais perto, ficando a centímetros de distância.

— Porque ela não era você – sussurrou e senti meu coração acelerar. – Assim que você foi embora, expliquei para ela que você era minha namorada ciumenta maníaca e que era a mulher com quem eu pretendo passar o resto da minha vida, mesmo que tenha acertado todos aqueles cupcakes na minha cara.

Senti as lágrimas escorrendo por meu rosto e resolvi mais uma vez que era por causa do meu estado de embriaguez.

— Por que você demorou tanto para me procurar? – Perguntei enquanto secava as lágrimas.

— Porque eu estava furioso por você não ter deixado eu me explicar e já vir logo atirando bolinhos e xingando minha mãe! Nós estamos juntos há tempo suficiente para você saber que eu nunca te trairia. Eu amo você e você me ama, ponto.

Senti minha cabeça girar e me peguei pensando o porquê de entre todos os caras do universo, tudo tinha que ser sobre Leo Valdez? Por que só ele conseguia causar esse efeito sobre mim?

— Por que eu gosto tanto de você? – Perguntei balançando a cabeça.

Leo fingiu pensar a respeito e depois disse:

— Tirando o fato de eu ser lindo e incrivelmente inteligente?

Eu ri e ele envolveu minha cintura com seus braços.

— Eu não vou lembrar de nada disso depois – falei enquanto roçava meus lábios nos deles.

— Eu te conto tudo depois e se for preciso te convenço mais uma vez de que não fui um traidor. E depois nós nos beijamos de novo até você rasgar minha roupa.

Eu ri e revirei os olhos.

— Como pode ter tanta certeza de que vou acreditar em você?

— Porque duas pessoas que se amam não devem ficar separadas por causa de um mal entendido, mesmo que a garota seja uma maluca teimosa – Leo respondeu e eu não aguentei mais todo aquele espaço entre nossas bocas e o beijei.

O simples toque dos seus lábios me incendiou toda por dentro e eu me perguntei como pude aguentar tanto tempo sem aquele beijo. Leo desceu os lábios para o meu pescoço e começou a dar leves mordidas.

Ai. Meu. Deus.

Como senti falta desse idiota. O puxei para cima de novo e grudei nossos lábios, as mãos dele desceram para minha bunda a apertando com força. Já estava prestes a arrasa-lo para o quarto quando lembrei de uma coisa.

— Ei, ei...espera – falei interrompendo nosso beijo e o olhando séria. – Antes de nós continuarmos com isso, você vai ter que prometer uma coisa.

— O quê?

— Que você vai mudar de apartamento. De preferência com uma vizinha velha e gorda.

Leo fingiu pensar a respeito.

— Fechado – ele disse e eu sorri vitoriosa. – Mas você também tem que prometer uma coisa – acrescentou. – Que você nunca mais vai tirar conclusões precipitadas e atirar cupcakes nos outros que nem uma louca. E que vai vir morar comigo nesse novo apartamento.

— São duas coisas – eu disse e ele arqueou as sobrancelhas para mim. – Ok, eu prometo.

Então nos beijamos de novo.

E de novo.

E de novo.

Até eu não aguentar mais todos aqueles botões de sua blusa e começar a rasgar suas roupas.

— Eu sabia que você estava doidinha para rasgar minhas roupas e usar meu corpinho novamente.

— Cala a boca, Valdez!


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Notas finais do capítulo

E então? Ficou boa ou nem?
Não esqueçam de comentar e é isso aí!
Beijos e feliz ano novo adiantado ♥



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