– Eu ainda estou chocado com a historia da mãe da Bi – disse João preocupado
– Serio isso é horrível, ela foi esfaqueada, meu Deus eu realmente to com medo dessa historia – disse Pedro
– É pessoal, acho que estamos nos metendo num assunto muito pesado – disse Karina pensativa
– Eu acho melhor vocês deixarem isso pra lá, eu me viro serio, não quero por vocês em risco por um assunto que é meu – disse João
– Sem chance João, a gente não vai te abandonar nessa historia, pode tirando isso da sua cabeça – disse Karina
– A Karina ta certa, por mais que eu esteja morrendo de medo a gente ta junto nessa – disse Pedro
– Eu to preocupado com a minha mãe, se ela descobrir que eu estou investigando tudo isso, eu to ferrado – disse João nervoso
– É, ela não vai gostar de nada disso e com razão – disse Karina
– O meu maior medo é de ter a certeza que meu pai é o culpado, eu não quero acreditar nisso – disse João com os olhos marejados
– Calma Johnny a gente ainda não tem certeza de nada – disse Pedro tentando confortar o amigo
– É, eu espero que fique tudo bem – respondeu mais calmo
– Filho, está na hora da sua consulta – disse Dandara entrando no quarto de João
– Eles podem ir também ? – perguntou João apontando pra Karina e Pedro
– Claro amor, sei que hoje é um dia importante pra você, finalmente vai tentar ficar em pé novamente – disse Dandara feliz
E assim foram, João felizmente já conseguia fazer alguns movimentos com as pernas, tudo parecia estar ficando bem novamente, todos estavam felizes por ele, mas os 3 amigos ainda estavam assustados com tudo que estava acontecendo. Logo que saíram do consultório, Dandara os deixou em casa, e foi para o trabalho.
– Queria encontrar meu pai – disse João serio
– Você ta maluco ? – perguntou Pedro
– Nós nem sabemos onde ele está – disse Karina
– Queria olhar pra ele e tentar ter a certeza que ele é inocente, eu não quero ter um pai assassino – disse com os olhos marejados
– Queria poder dizer que vai ficar tudo bem, mas eu realmente não sei – disse Pedro com a mão no ombro do amigo
– Eu devo estar sendo um encosto pra vocês, agora vocês estão juntos e nem aproveitam, tudo por causa desse meu assunto – disse João
– O que importa agora é ajudar você – disse Karina
– Obrigado – respondeu forçando um sorriso
– Eu não sei o que vamos fazer, mas temos que descobrir mais coisas – disse João pensativo
– É, mas como ? – perguntou Karina
– Será que não tem mais alguma pista na Ribalta ? achamos a caixa lá, pode ter mais alguma coisa – disse João
– É, pode ser que sim, nunca se sabe, mas eu to com o maior medão de ir lá, ainda mais agora sabendo que aconteceu um assassinato lá – disse Pedro com medo
– Pra falar a verdade eu também estou, mas a gente precisa fazer alguma coisa – disse João e alguém bate na porta.
– Eu atendo – disse Karina
– Tomtom o que faz aqui ? – perguntou Pedro
– Vocês acham mesmo que eu ia ficar de fora da reunião – disse sorrindo
– Maninha a coisa é seria, eu não quero você metida nisso é perigoso – disse Pedro
– Eu já disse que posso ajudar vocês a falarem com a Lucrécia, é sempre bom ter mais alguém pra ajudar – respondeu Tomtom e todos assentiram
– Então me dá o telefone da tal Lucrécia, você conseguiu né ? – perguntou João
– Sim, ta aqui – e entregou o telefone pra ele

~ Celular on ~

– Alô, eu gostaria de falar com a Lucrécia – disse João
– Sou eu mesma, quem é ? – perguntou a tal Lucrécia com uma voz de poucos amigos.
– Me chamo João, sou filho da Dandara, você a conhece né ? – perguntou
– Infelizmente sim, o que quer de mim ? – perguntou grossa
– Pode me contar o que sabe sobre o fechamento da Ribalta ? – foi direto ao ponto
– Olha aqui garoto, eu não vou mais me meter nisso, se quer saber a verdade pergunte a sua mamãezinha e ao corno do Gael – e desligou

~ Celular off ~

– Ela disse corno do Gael ? é isso mesmo? ela falou do meu pai? – perguntou Karina espantada
– Sim, foi o que ela disse, eu queria respostas e agora estou mais confuso ainda – disse João
– Ela insinuou que sua mãe trai o Gael, ou que a Ana traía ele ? – perguntou Pedro
– Essa mulher nunca mais apareceu por aqui, como ela saberia se minha traia o Gael ou não,e ela não faria isso, tenho certeza – disse João
– Então você está insinuando que a minha mãe traiu o meu pai, é isso mesmo João ? – disse Karina nervosa enquanto Tomtom observava tudo.
– Eu não estou dizendo nada Karina calma, mas eu tenho certeza que minha mãe não faz isso – respondeu João
– Olha eu vou embora, não quero ninguém falando da minha mãe, ela não está aqui pra se defender, ela ta morta e a culpa foi toda minha, se eu não tivesse nascido ela estaria aqui – Karina disse que saiu correndo chorando pra sua casa
– Amor calma, o João não falou por mal, serio ele não disse nada demais, não fica assim minha esquentadinha, eu não aguento te ver assim chorando, toda frágil, eu quero a minha marrentinha de volta, olha pra mim não chora – disse Pedro a abraçando forte.
– Eu sei que ele não disse por mal, mas é que lembrar da minha mãe me faz sofrer, eu me sinto culpada Pedro – disse com os olhos marejados.
– Você não teve culpa nenhuma esquentadinha, sua mãe fez uma escolha, ela preferiu salvar a sua vida do que a dela, qualquer mãe faria isso, eu sei que é triste amor, mas você não pode se culpar de algo que você não tem culpa – disse Pedro segurando o rosto de Karina com carinho
– Eu te amo Pedro, obrigada por estar sempre comigo, eu me lembro de quando eramos pequenos, eu, você e o João, nas festas de dia das mães eu ficava toda triste e você mesmo implicando comigo sempre me deu força, não sei o que seria de mim sem vocês – disse dando um selinho demorado nele
– Eu também te amo minha esquentadinha – e iniciaram um beijo calmo, cheio de carinho, suas línguas estavam explorando cada cantinho de suas bocas e depois de um tempo se separam por falta de ar.
– Sei que não é o momento certo, mas agora mais do que nunca eu tenho a certeza que você é o homem da minha vida, sim, com 16 anos eu encontrei o meu amor, e que quero ser sua Pedro, eu tenho certeza disso – disse Karina olhando no fundo dos olhos de Pedro
– V-você ta dizendo que está pronta pra nossa primeira vez? – disse gaguejando de nervosismo, mas o mesmo tempo se sentia tão feliz.
– Sim, eu tenho certeza – e se abraçaram