Objeto Perdido escrita por Alfa Stark


Capítulo 27
Capítulo vinte e seis


Notas iniciais do capítulo

Bom dia/Boa tarde/Boa noite meus leitores maravilhosos!!! Preparados para um capítulo um tanto, digamos, diferente? Sim, um capítulo contado por Jessie... Mas antes de começarmos, para não perder o costume, deixo aqui o meu muito obrigada a quem realmente faz a história acontecer: Jessica St, Katherine, Rafa Hein [eu sei que mesmo não comentando sempre, você está, muito obrigada, de coração], também à Party Poison e Anjinha do Mal [estou esperando vocês virem me visitar, kkkk]... Enfim, faço isso para vocês, por vocês, que me motivam com palavras maravilhosas. Realmente AMO VOCÊS!! Enfim, vamos ao que interessa, o capítulo. Ótima leitura a todos, desculpem-me qualquer erro de concordância/ortográfico, assim que fizer a revisão, consertarei qualquer erro, juro!!



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– JESSIE –

Quando tudo isso chegar ao final, Melanie nunca mais se lembrará de mim, não posso deixar um único vestígio de minha existência em sua mente, terei que conviver pelo resto da eternidade com o fardo de não poder nunca mais dizer a ela que a amo... Que coisa mais estúpida um anjo, como eu, se apaixonar por uma humana. Porém, tenho que confessar que a missão apenas intensificou o sentimento, deixou tudo mais impossível de controlar. Tudo começou no momento em que a tarefa de ser seu anjo da guarda me foi dada. Logo na primeira vez que a vi, algo diferente brotou em meu interior, afeição, carinho... Sempre me disseram que isso é completamente normal na relação anjo e humano, mas eu sei que sempre houve algo a mais entre Melanie e eu.

Antes da missão do anel, passava horas e mais horas a observando em suas tarefas diárias, a curava todas as vezes que se machucava... Jamais me esquecerei da vez em que mais tive medo de falhar em minha tarefa como seu anjo, o dia em que ela tentou tirar a própria vida. Havia sangue, comprimidos espelhados ao chão e marcas semelhantes com a que fez hoje em seus pulsos... Por esse motivo, não encontrei outra coisa a ser feita, a não ser apagar de sua memória tudo o que foi feito nessa tarde, de tudo o que ela fez contra si. Sei que esse é exatamente o plano de Alan, fazê-la reviver a época mais triste de sua vida, fazê-la se perder no meio dessa pesada missão, misturar o que houve com Cora, com seu passado conturbado, antes de chegar a essa cidade.

Sim, ela tem o total direito de ficar brava comigo pelo que fiz, mas antes tê-la brava comigo, do que sendo torturada com memórias de um passado depressivo. E ainda teve o beijo... Eu não deveria ter feito aquilo, foi uma atitude desesperada e completamente sem pensar de minha parte, teve que ser apagado também, ela jamais se lembrará que tal coisa aconteceu, por mais que eu quisesse, para seu bem, não posso deixar que se lembre, isso nunca mais pode acontecer. A cada momento ao lado de Melanie, cada beijo, cada toque, aumenta mais meus sentimentos, e sei que mesmo acontece com ela, por essa razão, o beijo não deverá ser lembrado jamais, pois não devo alimentar qualquer tipo de sentimento seu.

Sentado na sarjeta da casa ao lado de Melanie, no local com menos luminosidade possível, sinto cada parte do meu corpo latejar de dor. Toco em uma das minhas feridas em meu rosto, causando um ardor insuportavelmente humano em minha face. Minha cabeça dói insistentemente, uma náusea humana começa a dar seus primeiros sintomas. Sei exatamente porque estou assim, não deveria usar tanto meus poderes nesse mundo, esses são os efeitos colaterais, mas jamais admitirei em voz alta que isso está acontecendo, que a dor está se tornando cada vez mais insuportável. Esse talvez, seja meu ponto fraco, querer tirar a dor de todos os seres humanos. Simplesmente não posso e nem consigo ignorar um humano sofrendo em minha frente, principalmente quando esse humano atende pelo nome de Melanie.

No momento, os efeitos mais fortes são os das dores de Cora, sei que ainda não me recuperei daquilo tudo, uma dor constante ainda está presente em todo meu corpo.

– Ora, ora... – uma voz inconfundível soa atrás de meu corpo. Alan. – Olhe só o que o amor causa aos humanos, uma destruição lenta e dolorosa.

– Alan, você é tudo o que eu não precisava no momento. – respondo, levantando-me com dificuldade, procurando não demonstrar vestígios de dor. – O que está fazendo aqui?

– Você sabe que eu nunca saio desses arredores. – Alan dá um passo à frente. – Assim como eu sei que você também não.

– Você é tão bom em dedução. – igualmente, dou um passo à frente, soltando uma risada humanamente sarcástica.

– Não deveria ter impedido ela de fazer o que iria fazer hoje. – lentamente ele se aproxima, aumentando a rivalidade nítida no ar entre nós. – Olhe só como está agora.

– Estou assim por minha culpa, nada é culpa da Melanie. – acompanho seu jogo de dar um passo a frente. – Do mesmo modo que me culpo por estar assim, não a culpe por estar perdendo, culpe a si mesmo, a sua incompetência, ao seu trabalho sujo.

– Sou tão incompetente que me apaixonei pela humana burrinha, não é? – a vez de Alan soltar sua melhor risada sarcástica, dando o passo que nos coloca completamente um de frente para o outro. Não é necessário ser um ser sobrenatural para notar a guerra acontecendo.

– O que você sabe sobre amar mesmo, Alan? – nunca me imaginei falando de modo tão irônico. – Isso mesmo, nada. Por isso é tão sozinho, tão nojento.

– Eu amo você, Jessie, você se esqueceu das minhas demonstrações de tal amor? – Alan apoia a mão em meu ombro, causando uma descarga elétrica em meu ser. Fecho meu punho, me preparo para atacar a qualquer momento.

– O que sinto por você é uma coisa completamente contrária ao amor. – igualmente, apoio minha mão sobre seu ombro, sorrindo ironicamente mais uma vez.

– Não engane seu pobre coração angelical. – Alan tira a mão de meu ombro e aponta em meu peito com o indicador. – Eu sei que é isso que mais deseja, a guerra, a confusão, o caos, a dor... Eu sei que não vê a hora que começo a torturar sua humana inútil para que possa curá-la, abraçá-la... – a cada palavra, meu pulso se fecha mais e a ira toma conta de meu ser.

– Você não vai conseguir o que quer. – aperto seu ombro, procurando manter a calma completa. – Não vai conseguir tirar meu foco.

– Eu nem estou tentando fazer isso. – sua risada ecoa pelo local. – Melanie já está fazendo por mim. – termina dizendo em um sorriso, um nojento sorriso nos lábios. – E por acaso eu fiquei sabendo que teremos visitas de amigas distantes de sua humana ainda por esses dias, estou certo?

– Você já fez aquilo com a Cora. – sem perceber, aumento meu tom de voz. – Por acaso não está suficiente pra você?

– Por acaso você sabe o que realmente quero... – sua voz também aumenta lentamente. – Eu quero o caos, a tristeza, guerra, morte...

– Você sabe que eu não vou permitir que faça isso. – levo a mão que estava em seu ombro, diretamente para a gola de sua camisa. – Já o impedi uma vez, posso impedir mais infinitas vezes.

– Então acho bom correr. – sua risada nojenta mais uma vez invade o local. – Fiquei sabendo que Cora teve uma pequena complicação...

– O que você fez? – agarro a gola de sua camisa com as duas mãos, sentindo a descarga de ira aumentando em minhas veias. Controle-se Jessie, não caia no jogo dele... Sentimentos humanos são tão complicados de controlar.

– Agora sim parece o verdadeiro Jessie... – o sorriso não some de seus lábios, e isso me causa cada vez mais raiva, ódio, coisas que jamais senti em minha existência.

– Alan, me fala o que você fez... – digo, sentindo minha respiração ofegar com a ira que bombeia em meu interior, seguro mais fortemente a gola de sua camisa em minhas mãos.

– Bom, acho que se você não for logo, sua amada humana acabará descobrindo antes de você... – ele responde virando seu rosto para olhar alguma coisa em direção a casa de Melanie. Ela está saindo com Erick ao seu lado, parece um tanto perdida, olha rapidamente para todos os lados como se procurasse algo, como se sentisse algo. – A cidade não é tão grande, você sabe que o hospital não fica muito longe, quem sabe correndo humanamente você talvez consiga chegar a tempo de fazer alguma coisa. – noto que algo está estranho com Melanie, mal ouço as palavras asquerosas e inúteis de Alan. Ela repentinamente volta para dentro da residência, a mão cobrindo o rosto, como se chorasse. Erick entra logo em seguida. Mesmo querendo poder ajudá-la, sinto que preciso ir até Cora, não posso deixar que Alan vença, não posso permitir que Melanie passe por isso.

– Alan, uma única coisa antes... – digo, tentando um sorriso amigo. Em um movimento rápido, fecho os punhos novamente e dou um soco em sua boca, fazendo com que seu corpo se desequilibre e quase caia ao chão.

– Você sabe que somos parecidos, meu caro Jessie. – Alan ri, limpando o canto dos lábios que começa a sangrar.

– Vai sonhando. – solto mais uma risada sarcástica antes de me colocar a correr rumo ao hospital, deixando-o para trás.

Em meu pensamento há um único nome: Melanie. Não consigo deixar a preocupação de lado, não depois de tê-la visto chorando. Afinal, o que poderia ter acontecido? Não, Jessie, não volte para lá, Cora precisa de você, Erick está com ela, Alan não fará nada... Como gostaria de ter todos os meus poderes de anjo nesse momento, correr humanamente é completamente exaustivo, sinto meus músculos doer, mas o foco faz com que eu não pare. Tomo o rumo oposto ao da casa de Melanie, evitei passar na frente da residência, por mais que minha vontade fosse a de ficar ao seu lado, preciso manter a concentração em Cora, não posso deixar meus sentimentos atrapalharem na missão, jamais me perdoarei se perder alguém, se algo acontecer com uma das pessoas envolvidas nessa grande confusão.

Não posso dar razão a Alan, Melanie jamais será uma distração para mim, na verdade, ela é minha maior motivação. Vê-la com Erick desperta em mim um sentimento que jamais me imaginei sentir em toda minha existência, ciúmes. Acho que é ciúmes que os humanos chamam, não é?

Porém, ao mesmo tempo que o ciúme é despertado em mim, uma espécie de calma e alivio se misturam por saber que quando partir, não a deixarei sozinha, ele sempre estará disposto a tudo por ela, quanto a isso meu instinto de anjo não falha. Na verdade, o certo a se fazer é aproximá-los cada dia mais, deixar com que os sentimentos de Melanie por ele aumente enquanto os que tem por mim diminua. Sim, é exatamente isso que devo fazer, focar no futuro, um futuro em que me despedirei dela e deixarei para trás tudo o que já foi vivido, como se nunca tivesse passado por esse insano mundo humano. Devo ficar tranquilo, pois sei que no final das contas, não haverá sofrimento para Melanie, afinal, ela jamais se lembrará de mim. Apenas eu estou sentenciado a viver com as lembranças de minha vinda a Terra pelo resto da eternidade.

Noto que o hospital está a apenas um quarteirão de distância, mal sinto minhas pernas humanas, minha respiração ofega e todo meu corpo dói. Mais alguns passo, Jessie, apenas isso, mantenha o foco, salve Cora... A pressão é algo extremamente pesada sobre mim, eu tenho que salvar o mundo, não há saída, ninguém quer ser responsável pelo fim do mundo. O medo as vezes me controla, mas não posso deixar isso transparecer em nenhum segundo, principalmente perto de Melanie, devo demonstrar confiança a ela, protegê-la, não deixá-la mais amedrontada do que já está.

Me vejo parado em frente ao hospital, noto o carro do padrasto e da mãe de Melanie parado no estacionamento, ainda devem estar aqui, provavelmente já sabendo da piora no quadro clínico de Cora. Respiro fundo, fecho os olhos e procuro meu controle interior, busco forças que começo a duvidar que ainda tenho em mim.

– Jessie, não é? – Dan vem até mim assim que entro na sala de espera principal do hospital. Apenas concordo com a cabeça, preciso recuperar o fôlego o mais rápido possível. – Melanie veio com você?

– Não, acho que vira com Erick, provavelmente. – digo. Dan apenas coça a cabeça e tenta sorrir, mas a situação não ajuda para que isso ocorra. – Está tudo bem?

– Parece que os pontos começaram a se soltar e ela teve início de hemorragia nesse fim de tarde. Justamente o que não deveria acontecer. – Dan responde coçando seus olhos cansados. – Eu não queria que Melanie ficasse sabendo disso...

– Eu também não. – apoio minha mão sob seu ombro, demonstrando companheirismo de minha parte. – Mas acredite, tudo ficará bem.

– Estamos contando com isso, praticamente a espera de um milagre. – ele diz, me dando um abraço completamente inesperado. Não consigo esconder o sorriso ao ouvir sobre o milagre, sinto mais do que nunca que preciso fazer alguma coisa.

– Ainda está em horário de visita, não está? – pergunto, desfazendo o abraço repentino.

– Faltam uns 15 minutos no máximo para acabar. – ele responde. – Você quer vê-la? Jovem, nós fizemos isso, e ficamos tão mal, não faça isso com...

– Eu preciso desses 15 minutos. – o interrompo, apoiando minhas duas mãos nos ombros de Dan. – Assim, quando Melanie chegar, não haverá mais tempo de vê-la, pelo menos não hoje, para o bem dela. – Dan apenas concorda com a cabeça e me dá passagem para ir falar com a enfermeira responsável pelas visitas.

Hora de usar o charme angelical... Não é necessário muito diálogo para conseguir autorização para entrar no quarto de Cora. Usarei o resto de poder que há em mim, sei que conseguirei usar mais futuramente, porém de modo muito mais complicado, sentindo muito mais a dor que retirarei de cada corpo, de cada ser...

Entro no quarto e lá está ela, deitada na cama de hospital, a máquina ao seu lado quase não soa barulho algum, quase não há mais vida em seu ser, e eu simplesmente não consigo deixar que isso aconteça. Aproximo-me lentamente de seu corpo, noto que nem as cores de seu cabelo tem a mesma vida de antes. Não posso adiar mais, está na hora de agir.

Deslizo minha mão lentamente por seu rosto, fecho os olhos e aprofundo-me em seus pensamentos, em suas lembranças. Abro meus olhos e apoio levemente minha mão sobre sua barriga, imediatamente uma dor infinitamente grande começa a invadir meu corpo humanamente mortal. Respiro fundo, apoio minha outra mão, fecho os olhos e sei que não há outra saída, isso precisa ser feito para que Cora sobreviva. Gotículas de suor começam a deslizar lentamente por meu rosto, a dor aumentando mais segundo após segundo. Começo a ouvir um grito ensurdecedor, o grito de Cora na noite passada, essa é a lembrança que mais a assombra, mesmo em coma, isso ainda está em sua mente, o desespero e a tristeza exala de seu corpo. A dor torna-se cada vez mais insuportável, um nó se prende em minha garganta, querendo desprender-se em um grito, porém eu tenho que fazer isso, é para isso que estou aqui, para salvar vidas.

Uma lágrima desliza em meu rosto sem meu consentimento, a dor aumenta, assim como a intensidade do grito em minha mente, minha respiração fica cada vez mais ofegante, não há nada que possa fazer passar esses efeitos colaterais, eu preciso aguentar,eu irei aguentar.

– Quem é você? – ouço um sussurro fraco, praticamente inaudível. Cora diz de olhos fechados, sua cabeça se mexe levemente. Isso é um sinal de que o que estou fazendo deu certo, a vida está retornando a seu ser, ainda que pouco e lentamente, tenho a certeza de que tudo ficara bem.

– Seu anjo da guarda lhe prometendo que tudo ficará bem. – sussurro fracamente. Retiro minhas mãos de sua barriga e com extrema dificuldade vou até seu rosto, apoia uma de minhas mãos em sua testa. – Acredite, tudo ficará bem, você ficará bem, não haverá mais tortura de coisas passadas, tudo se acalmará. Você confia em mim?

– Sim... – ela responde em resposta, ainda de olhos fechados. – Obrigada, anjo da guarda. – são suas últimas palavras antes de sua mente se aquietar e o sono pairar sobre seu consciente.

Retiro minha mão de sua testa e ajoelho-me ao chão ao lado de sua cama, tampo meus ouvidos em busca de calar as vozes que insistem em não se calar. Sei que sobreviverei a tudo isso, acima de tudo, sei que consegui, Cora está fora de perigo, pelo menos por enquanto. Farei isso quantas vezes forem necessárias, não apenas com Cora, mas com todos que necessitarem de minha ajuda.

A dor é insuportável, mas eu preciso continuar, fingir que nada aconteceu, preciso ser forte, ou pelo menos atuar muito bem.

Levanto-me e começo a tentar sair do quarto. O caminho do quarto até a sala de espera é o mais longo e doloroso de toda minha existência, a dor que me invade é incessável, não sei se serei forte o suficiente no momento. O nó em meu peito ainda quer explodir, mas dessa vez, em um choro eterno, um choro causado pela pressão sobre mim, por toda a dor que estou carregando, pelo grito de Cora que teima em não se calar em minha mente.

Ao finalmente chegar à sala de espera, vasculho todo o local em busca de um rosto conhecido e me deparo com o dela, Melanie. Surpreendentemente Erick não está no local, apenas Dan está sentado ao seu lado. Ao vê-la, procuro dar meu melhor sorriso, mas quem estou tentando enganar? Provavelmente minha fisionomia deve estar igual um humano em sua hora de morte. Ela se levanta de onde estava e apressadamente vem em minha direção.

– Jessie. – sussurra, segurando meu rosto, olhar extremamente preocupado. – O que você fez? O que você está sentindo? – palavras não são suficientes para medir a dor que estou sentindo, para calar a voz que insiste em gritar em minha mente. Em um movimento completamente desesperado e rápido, a abraço fortemente, deixando o nó em meu peito se desprender em um choro, fazendo completamente o contrário do que deveria fazer, demonstrando minha fraqueza a Melanie.


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Notas finais do capítulo

Espero do fundo do meu coração não ter decepcionado vocês. Juro que o próximo capítulo será contado por Melanie. De verdade, me desculpem por qualquer coisa... Obrigada por ter chegado até aqui, um beijo enorme no coração!! Até o próximo.