Biografia escrita por Naru


Capítulo 2
Capítulo 1




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Avisos: Meu primeiro AU online o/ KaixHilary (mais uma vez u.u'), vários capítulos, tentativa de angst... vamos ver no que dá o.o'

Não... por mais que eu queira, por mais que eu tente... por mais que eu me ajoelhe e peça pra tudo que é criatura... nenhum dos personagens aqui é meu u.u'

Biografia

Capítulo 01

"Mais um compromisso... mais um...", pensava ela diante aquele prédio. Hesitava em entrar, mas, se não fizesse isso, mais cedo ou mais tarde, Tyson ligaria em seu celular dando inúmeros chiliques. Estava em um beco sem saída!

O toque do celular tirou seus pensamentos do lugar, fazendo-a voltar à realidade. Reconheceu o número no visor, era Tyson, já enchendo a sua paciência. Seu relógio acusava 08:06... Havia se esquecido que aquele homem tinha um troço cada vez que se atrasava mais do que cinco minutos.

- Já estou no prédio! – e desligou, sem dar chances para o outro retrucar. Ela precisava subir.

Entrou no elevador e retirou os óculos escuros que usava devido à claridade lá fora. Apertou um botão que já conhecia muito bem. Todas as vezes que Tyson inventava um novo compromisso para sua carreira, era aquele pobre coitado que sofria sua ira, descontada no primeiro objeto à sua frente.

Quando alcançou o andar referido, a porta se abriu e, por ela, Hilary saiu. Caminhou sem pressa alguma por um caminho que a levaria até a porta do escritório do seu empresário.

Faltando apenas alguns passos, a porta se abriu.

- Pois bem, aqui estou eu! – disse, entrando no recinto e parando ao lado do rapaz.

- Sente-se, Hilary. – indicou uma cadeira, de frente para a sua. – O que temos para tratar aqui, pode nos ajudar a alavancar a sua carreira!

- Hm... e posso saber como?

- Fique tranqüila! Tenho certeza de que essa idéia é maravilhosa! Você vai adorar!!!

Hilary esperava realmente que sim. Se Tyson viesse com mais alguma idéia absurda, ela teria ímpetos de negar. Se duvidasse, ele era capaz de querer seu nome e seu rosto estampados até mesmo em caixas de fósforo e embalagens de desinfetante...

(¯·..·¯·..·¯)

Era a terceira vez que aquele telefone começava uma nova sinfonia de toques. Mas, assim como todas as outras, ninguém veio atender. Ray entendia perfeitamente que Kai estivesse abatido com tudo aquilo, mas ele precisava se recuperar! A vida continuava, e todas aquelas atitudes poderiam arruinar com o desenrolar da sua.

Na noite passada ele havia decidido que iria ficar por ali mesmo. Não seria a primeira vez, e muito menos a última, que dormia na casa de Kai. Como amigo próximo da família, Ray estava sempre presente em diversos momentos da vida do outro. E não seria neste que iria abandonar Kai...

Decidido a dar um rumo para toda aquela tragédia, retirou o aparelho do gancho e atendeu.

- Alô?

- Hm... por favor, é a residência de Kai Hiwatari?

- Sim, quem gostaria? – perguntou Ray, tentando identificar a voz do outro lado da linha.

- Oh, ainda bem! Já estava acreditando que tinha discado o número errado! Estou acostumado a ligar para o celular dele, mas parece que hoje está desligado, por isso estou tentando neste número. Ele está? É Max, o editor dele!

- Max? Max Mizuhara?

- Ahn... sim, por quê?

- Cara, sou eu! Ray! Como não pude reconhecer antes?!

- Ray? Oh, sinto muito! Em nenhum momento me passou pela cabeça que pudesse ser você!

- Sem problemas! Só um minuto, vou tentar conseguir um horário para você com o mal-humorado do quarto!

- Muito obrigado. Se conseguir convencê-lo a atender, diga que é importante!

- Vai ser difícil...

- Eu sei... sinto muito por tudo. Sei que este não é o melhor momento para conversarmos sobre assuntos profissionais, mas este caso é urgente!

- Aguarde na linha, ok?

Ray pegou o telefone, que era sem fio, e foi em direção à porta do quarto onde, no dia anterior, Kai havia se trancado. Bateu algumas vezes, mas não recebeu resposta alguma. Por fim, tentou a maçaneta e notou que a porta estava apenas encostada, e não trancada.

Abriu e encontrou o quarto vazio. A luz do sol já raiava por dentre as cortinas, mas não havia sinal algum do escritor por ali.

Foi então que notou uma sombra do lado de fora da porta que dava para a sacada do prédio. Aproximou-se e encontrou Kai, sentado em uma cadeira, com a mesma roupa do dia anterior. Este parecia ter o olhar perdido, como se esperasse que uma providência divina o alcançasse e resolvesse seus problemas.

- Kai?

- Hm? – foi a única resposta que deu, permitindo que Ray prosseguisse com o que tinha a falar.

- Telefone. É o Max.

Kai, apesar de não estar em um de seus melhores dias, não negou em atender. Pegou o telefone em mãos e levantou-se, notando que Ray já se dirigia para o lado de fora do aposento. Estava novamente sozinho.

- Diga logo o que quer e tchau!

- Kai... o seu bom humor matinal me faz tão bem...

- Se ligou para me infernizar, vou desligar!

- Não! Espere! – gritou Max, do outro lado da linha.

Kai pensou em desligar, mas a curiosidade de saber sobre o que Max tanto insistia em falar era muito maior que a vontade de desligar. O loiro sabia muito bem o estado em que sua mente e sua vida se encontravam. Se ligava, era porque tinha um bom motivo.

- Diga logo, Max! Não tenho o dia todo!

- Ah sim, eu sei disso! Mas é que... bom... temos um contato. E creio que este seja dos grandes.

Como se Max pudesse pensar em outra coisa que não fossem contatos... Há muito tempo que enchia as paciências deste, dizendo que estava se tornando um workaholic! E aquilo só provava essa grande verdade. Se aquele homem não conseguia respeitar seu momento de dor, estava mais do que provado sua teoria.

- Max, será que você- - e foi interrompido.

- Sim, eu sei que este não é o melhor momento para se falar de trabalho. Mas desta vez, somente desta vez, eu preciso da sua colaboração. Não sabemos quando será possível outra oportunidade dessas!

- O que é desta vez?

- Biografia.

- Eu pensando que seria uma tarde de autógrafos... e você me vem com isso?!

- Iria em uma tarde de autógrafos?

- Não, sabe muito bem disso. – realmente, isso era verdade. Kai não se importava nenhum pouco com o que pudessem pensar da sua pessoa. Arrogante, frio, insensível... já ouvira todos esses nomes. Estava acostumado com uma "má reputação", principalmente perante a imprensa.

- Então, por que ainda acredita que eu insistira nessa idéia?

- Porque você é cabeça dura, e parece nunca entender um não. Sendo assim, também não entenderia que não estou disposto a aceitar esse trabalho!

- Droga, Kai! Só dessa vez!

- Não, e eu vou desligar. Me ligue novamente dentro de uns... 10 anos! – e, após isso, desligou. Estava farto dos pedidos de Max

Precisava de um tempo. Tempo este que não sabia quanto duraria, mas queria aproveitar...

(¯·..·¯·..·¯)

- Uma... biografia?! – perguntou Hilary, enquanto olhava incrédula para o homem a sua frente.

Mas Tyson não alterou seu modo de falar diante aquilo. Continuava separando alguns papéis que estavam em cima de sua mesa. Quando terminou, colocou-os todos juntos dentro de uma pasta, depositando esta à sua frente.

- Isso mesmo. – respondeu.

Aquela era a resposta que Hilary menos esperava.

- Minha?

- Por que não?

- Tyson, isso é um absurdo!!!

- Não acho isso. Temos um dos grandes escritores à nossa disposição.

- Isso não significa nada! – retrucou a garota.

Tyson não respondeu nada desta vez. Limitou-se a entregar a pasta de papéis para Hilary. A mulher estranhou, mas mesmo assim abriu. Eram contas, gráficos e muitas outras coisas. Como já era de se esperar, o empresário havia feito todos os cálculos possíveis para os ganhos.

A última folha dentre todas aquelas foi a que mais lhe chamou a atenção. Era a foto de um rapaz bem aparentado, e a pele lisa do rosto indicava uma idade próxima a sua. Mas estranhou os cabelos pouco grisalhos

- E este?

- Kai Hiwatari. Escritor e ex-jornalista. Largou a carreira pública sem explicações... sem mais, nem menos. Ninguém sabe o certo até hoje. Ultimamente tem estado bastante na mídia, achei que soubesse dos acontecimentos!

- Tyson, o dia em que você parar de me mandar gravar horrores de filmes, milhares de comerciais e ralar minha pele para fazer você ganhar o seu rico dinheirinho, prometo acompanhar as notícias na mídia.

- Mas isso também não interessa. Vou lhe apresentar algumas obras e verá o quão bom ele é!

E foi então que Tyson entregou-lhe uma pilha de livros. Farta de tudo aquilo, pegou-os e não questionou nada.

- Você tem o final de semana para dar uma vistoriada no seu trabalho.

- Isso significa um final de semana sem gravações.

- Posso pensar no teu caso.

- Ohhh... fico feliz em ver que pensa em mim, Tyson... – e sem prolongar o assunto, saiu daquele escritório, prestes a assassinar um empresário louco, antes que pudesse assassinar seu cérebro após ler todos aqueles livros.

Quando se viu sozinho, Tyson sentou-se na cadeira.

_ ... Um final de semana para que Max consiga convencê-lo.

E Max ia precisar de muita sorte para isso.

.......... Continua ..........

N/A: Oh yeah, mais um o/

Incrivelmente eu consegui terminar este aqui rápido o_o não era lá o que eu esperava, mas saiu n.n

Vamos ver no que dá .-.

E obrigada a todos que leram e comentaram 8D


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