The Contract (Hiatos) escrita por nyazkywalker
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a hora :P
A manhã seguinte mal tinha começado quando Atena informou pelo telefone que Hefesto queria vê-lo na sala de reuniões. Ele suspirou cansado e de mau humor. Sua cabeça estava explodindo e ele não tinha conseguido dormir direito à noite.
– Tudo bem, já estou indo. - ele disse calmo
O clima com Atena não estava dos melhores. Desde a conversa na manhã anterior. Ela parecia fria demais.
– Poseidon? - ela disse com voz baixa
– Sim, Atena.
– Não quero assustá-lo, mas tem um boato correndo pelos corredores que os acionistas também estão na sala de reuniões.
Ele suspirou pesadamente.
– Tudo bem, preste atenção, assim que eu entrar, você espera cinco minutos e arranja uma desculpa para me tirar de lá, combinado?
– Tudo bem. - ela concordou
– Ótimo. - ele disse antes de desligar, levantar e sair.
O que eles queriam? Teriam sidos influenciados pelo Sr. Grace? Oh se fosse estaria perdido. Saiu do escritório e notou que Atena lhe lançou um sorriso encorajador. Ele retribuiu, mesmo sem saber direito o por que. Só sabia que no momento a expressão havia sido extintiva.
Ao abrir a porta da sala de reuniões contatou que Atena estava certa. Todos os acionistas estavam reunidos em volta da mesa, e Hefesto estavam em pé parecendo querer lhe arrancar os órgãos.
– Senhores. - Poseidon disse forçando um sorriso gentil – Não sabia que haveria uma reunião hoje.
– E não haveria. - Um dos acionistas disse ficando de pé – Até que eu e meus colegas, - ele disse sinalizando todos ao seu redor – Ficamos sabendo que Zeus saiu da empresa. E pior, com o nariz quebrado.
– Logo Zeus, que esta aqui há anos e a mais tempo do que todos nós. - outro protestou
– E...? - Poseidon perguntou colocando as mãos no bolso
– E que nós já engolimos muito. - homem gritou – Primeiro, seu pai deixa a presidência para você um moleque que nem saiu das fraudas, depois suas aventuras que estampam as revistas toda semana, e agora Zeus sai da empresa. Talvez ele tenha razão, você não tem pulso nem maturidade para tudo isso.
– Em primeiro lugar, - Poseidon começou calmo – nada disso interfere em coisa alguma aqui dentro desta empresa. Digam-me quando foi que eu fiz vocês perderem dinheiro? A empresa esta no azul e é isso que conta.
– Por enquanto. - um gorducho protestou – Mas e quando ela estiver no vermelho? Ou você acha que outras empresas queiram fazer negócios com o alguém que tem fama de imaturo e Don Juan?
Um coro de vozes concordou em um longe “É”
Poseidon suspirou, enquanto Hefesto lhe lançava um olhar de “eu te avisei”. Podia quase ouvir o que ele queria dizer com aquele olhar. “Case-se !”. Era isso que ele queria dizer com aquele olhar assustador.
– O que estão querendo dizer exatamente? - ele perguntou já sem paciência
– O que estamos querendo dizer, é que se você não tomar juízo e criar responsabilidade. Amadurecer menino.
– E para isso eu preciso fazer o que? Casar? - ele perguntou irônico
– É uma boa idéia. - o gorducho concordou – Eu mesmo amadureci muito com o casamento. Antes eu era assim como você, um Dom Juan, depois que casei tive que ser fiel e passar a ter compromisso para colocar comida para dentro de casa e veja onde eu estou hoje. - ele disse se vangloriando
– Talvez casado, pelo menos pare de sujar o nome da empresa. - outro disse enojado.
Era incrível como aquele urubus não gostavam de ninguém. Seu pai já tinha lhe comentado isso uma vez e agora, ele virá o quão verdadeiro essa informação era.
Mas ele também tinha que pensar que apesar de ser o chefe e o presidente da empresa, sem os acionistas a mesma estava falida. Uma leve batida na porta chamou atenção de todos, e logo Atena abriu a porta falando depressa:
– Perdão pela interrupção senhores. - ela disse sorrindo
– Oh Atena, como vai? - o gorducho perguntou sorrindo
– Vou bem obrigada. - ela disse sorrindo mais ainda- mas sinto informar que vou ter que roubar-lhes o Sr. Jackson. Desculpe, é realmente importante.
– Oh Atena, se você não fosse tão simpática e atenciosa eu juro que ficaria bravo. - outro brincou fazendo os outros rirem
Só então Poseidon se tomou que todos da sala estavam sorrindo.
Por incrível que parece, aqueles urubus gostavam de alguém sim. E esse alguém era Atena. Mas também. Era impossível odiá-la!
– Sr. Poseidon? - ela disse fazendo sinal gentilmente para a porta – Pode me acompanhar.
Ele arriscou olhar rapidamente para Hefesto que apesar de sorrindo, continuava querendo matá-lo com o olhar. Com o olhar do “case-se”.
– Senhores, - ele disse sorrindo – Entendo perfeitamente o que você está falando.
– Entende? - todos disseram ao mesmo tempo
– Sim entendo. Somente com o casamento se ganha à responsabilidade necessária para administrar uma empresa.
– Oh! - eles disseram sorrindo – Que bom que você concorda, esperávamos ter que fazer uma discussão para que você compreende-se os nossos receios.
– Imaginem – Poseidon disse sorrindo – Hoje em dia entendo perfeitamente a gravidade da situação. Vou contar uma coisa que muitos aqui não sabem, acredito que nem Zeus saiba por ter tratado-a tão mal. - disse fazendo menção a Atena – Mas me encontro noivo, e estou acertando os últimos detalhes do casamento.
– O QUE? - eles perguntaram abismados e Hefesto pareceu não acreditar no que ouvira
– E estando noivo, - ele continuou - entendo perfeitamente as receios que vocês têm pelo dinheiro para o sustento de suas famílias. Portanto digo-lhe que fiquem tranqüilos.
– E nós podemos saber quem foi a mulher que colocou tanto juízo nessa sua cabeça? - Hefesto perguntou debochado
– A Atena.
Todos na sala ficaram chocados o bastante para deixarem o queixo cair. Porem ninguém ficou tão confuso quanto Atena.
– Quem vai se casar? - ela perguntou confusa
– Nós. - ele disse sorrindo – Você é tão engraçada querida.
– Nós o que? - ela perguntou alarmada
– Eu sei que não queria que ninguém daqui soubesse para não dar falatórios, mas mais cedo ou mais tarde todos iriam saber, querida. - ele disse sorrindo.
Atena não conseguia assimilar as palavras dele, por mais que tenta-se.
Ele acabará de dizer que estavam noivos, o que era uma afirmação sem sombra de duvidas sem cabimento algum.
– Bom, meus parabéns – o gorducho disse de má vontade – Posso saber desde quando estão… saindo ?
– Desde semana passada. - Poseidon disse abraçando-a pela cintura – Não é meu amor?
Ele havia dito meu amor? Oh mais é claro que ele havia dito! E… espera, isso na sua cintura era a mão dele? Oh mais é claro que era! Céus onde havia se metido?! Esse idiota ladrão de vagas de estacionamento. - ela praguejou mentalmente.
– Bom na verdade, - ele continuou sem esperar a resposta dela – Atena e eu somos pessoas completamente opostas que não deviam ter se apaixonado, mas quem manda no coração? - ele disse apertando gentilmente sua cintura - Afinal, cargas de sinais iguais se repelem, mas as cargas de sinais opostos se atraem, não é mesmo? - ele disse sorrindo - Mas sei que também não somos os primeiros a ter um caso com algum colega de trabalho. - ele disse dando uma indireta para os demais.
O silencio ficou pesado. A indireta pareceu pegar todos de surpresa.
– Na verdade, - um acionista se pronunciou – não tem nada de errado, na verdade é até bom. Atena parece ter bastante maturidade, e ser bastante direita com todos. Vamos ver se ela te coloca na linha. Não é Atena?
Ela juntou todas as suas forças e gaguejando falou:
– S-sim.
– Esta tudo bem? Parece prestes a desmaiar.
– Esta tudo ótimo. - ela disse mais calma agora – Foi só a surpresa do momento.
– Bom, senhores - Hefesto os interrompeu – Agora que tudo já foi esclarecido, acha que podemos voltar ao trabalho certo ?
Os poucos os homens foram saindo da sala, parecendo bastante satisfeitos com a novidade.
Quando por fim todos saíram, Hefesto perguntou curioso:
– Alguém pode me explicar que história é essa?
– Hefesto. - Atena disse saindo de perto do Poseidon – Pode nós deixar sozinhos?
Poseidon olhou para Hefesto que riu divertido:
– Sem problemas Atena. - ele bateu no ombro de Poseidon - Vou te deixar com patroa. – E saiu rindo.
Quando o som das risadas de Hefesto por fim cessaram e ficaram finalmente e completamente sozinhos, ela perguntou levando as mãos na cintura:
– Que raios de história foi essa?
Ele quase pode ver a raiva jorrando de seus olhos.
– Calma. - ele pediu com cautela – Foi à única solução que eu encontrei.
Ela bateu o pé no chão.
– Explique-se, imediatamente!
– Eu precisava me casar, para não perder mais acionistas, e eles te adoram pelo o que eu acabei de ver. Quer motivo melhor?
– Você pediu minha… permissão para contar essa mentira?
–Você tem namorado, noivo ou qualquer coisa do tipo?
– Não.
– Então esta tudo certo. Agora tem, e sou eu. – sorriu por fim.
– Poseidon… - ela disse suspirando
– O que foi?
– Eu não vou casar com você.
– Vai sim. - ele disse serio
– Não vou não.
– Será um acordo estritamente profissional. Não tem porque não querer.
– Eu não quero! - ela disse começando a aumentar o tom da voz.
– Atena, entenda, não é para resto da vida! É só alguns meses até eles pararem de achar que eu sou irresponsável e que não tenho maturidade para ter uma família. Entenda, se eu não fizesse isso eu poderia levar à falência a empresa, o que significa nos dois e mais dezenas de pessoas sem emprego, sem contar que essa empresa era do meu pai e ele suou muito para erguer isso daqui, tanto quanto eu estou suando para manter de pé. Por favor, eu te peço, eles te adoram, vai causar uma ótima impressão.
– Isso não vai acontecer. Eu te avisei que eu e você não ia rolar! - ela disse ainda nem um pouco convencida
– Eu sei, eu sei… - ele disse esfregando as têmporas – Mas pense, você veio do interior, não tenho que nos preocupar com os seus parente, e seus pais nem precisam saber se não quiser, só me ajude nisso por favor. Eu sei que você não vai arranjar um emprego que pague tão bem quanto aqui. O que custa assinar um papel?
– Não. Nada feito.
– É um acordo profissional, nada… - ela o interrompeu
– Não Poseidon. Já chega, não vou casar com você só para livrar você dessa fama de galinha imaturo. - ela disse ainda brava
– E se nos entrássemos em um acordo?
– Como assim? - ela perguntou revirando os olhos
– Simples. Você finge ser a minha esposa e eu te pago por isso. É como um trabalho, só que se te perguntarem, você é a Sra. Jackson.
Dinheiro... A palavra soava como música nos ouvidos de Atena.
– Quanto de dinheiro? - ela não se conteve em perguntar.
– Muito. - ele garantiu, um tanto aliviado.
– Quanto você chama de muito? - perguntou desconfiada
– Aproximadamente 500 mil. Talvez mais, talvez menos. - ele disse como se estivesse falando de cinco dólares.
– 500 mil? - ela perguntou alarmada arregalando os olhos azuis.
– É. – se permitiu sorrir ao notar que já havia praticamente ganho.
Era muito mais do que poderia imaginar juntar em muitos e muitos anos. Ela suspirou.
– Eu preciso pensar com calma.
– Tudo bem, sem problemas eu também preciso falar com Hefesto sobre isso.
– Posso te dar a resposta hoje a noite? - ela perguntou mordendo o lábio inferior
– Tudo bem. Se quiser pode ir pra casa.
– Como assim? - ela franziu o cenho
– Vá para casa. Se ficar, a empresa toda vai ficar perguntando sobre isso. Vá para casa e depois conversamos.
Ela pensou em recusar, mas seria bom chegar mais cedo e conversar com Afrodite sobre isso.
– Tudo bem. É melhor mesmo. Mas não estou aceitando seu pedido de casamento estou apenas falando que vou pensar! - ela disse antes de sair batendo a porta com força.
Poseidon sentou-se na ponta da mesa e riu.
Sabia que milhares de mulheres morreriam para ser sua esposa, e ele não precisava gastar nenhum centavo com isso. Mas nenhuma delas era Atena.
Atena era uma anjo. Porem um anjo que precisava de dinheiro. E ele? Ah, ele estava louco para saber o por que.
Atena estava cada vez mais confusa. Por mais que tentasse assimilar as coisas, não conseguia. Fora pedida em casamento. Okay, até ai tudo bem, a confusão começa quanto ao pedido ter vindo de Poseidon, e sobre toda aquela história dos acionistas e bancar de Sra. Jackson. Mas também tinha o dinheiro, e ela sabia que isso era o que não faltava à Poseidon.
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Agora que a bagunça começa haha
já posto o próximo!