The Contract (Hiatos) escrita por nyazkywalker
Tentando ao máximo distrair-se, jogou o lençol no chão e foi em direção ao banheiro. Após encher a banheira de água fria, ela afundo todo o seu corpo molhando os longos cabelos. O que diabos faria para se ocupar enquanto Poseidon não voltava?
Ela bufou e fechou os olhos. Pelo menos veria Afrodite quando voltasse. Decidida, ela pegou se enrolhou rapidamente em uma toalha e apanhou o telefone, voltando correndo para a banheira enquanto as poças d`água deixadas pelos seus pés se acumulavam.
Pulou para dentro da banheira novamente e discou o número da morena, que atendeu no terceiro toque :
— Oi Dite.
— Atena. - a morena parecia surpresa – Como você esta ?
— Estou ótimas. Estamos voltando hoje a noite. E as novidades ?
— Nada. - suspirou – Seu pai ligou.
— Aconteceu alguma coisa ? - ela perguntou aflita
— Mais ou menos… - disse com cuidado
— O que houve com ele? - ela perguntou sentindo um peso no peito.
— Foi com a sua mãe... aconteceu o de sempre. - ela disse não querendo entrar em detalhes
— Mas ela esta bem ?
— Sim. Esta.
Atena respirou aliviada. Ótimo.
— E Hefesto? Já lhe pediu em casamento?
— Não brinque com uma coisa dessas! - ela gritou
A loira riu, mas logo ficou seria ao ouvir a pergunta de Afrodite
— E você e Poseidon? Estão se matando ou se amando?
— Não sei ao certo.
— O sua cadela me conte tudo! - A morena praticamente gritou do outro lado da linha curiosa.
Atena sorriu divertida e suspirou.
— Adoraria. Mas você sabe como ligações assim são caras.
— Nem pense em me deixar curiosa! - a morena ralhou – Eu te ligo, me passe o número.
Ainda mais malvada Atena respondeu com calma :
— Oh querida, eu não sei o número. Veja na memoria do seu celular. - provocou
— Você ligou para o residencial e … - a morena fez uma pausa – Você esta fazendo de proposito? Sua cadela vagabunda!
— Vou ter que desligar. - ela disse rindo
— Nem pense em desligar esse telefone Atena Chase...
— Tchau Dite, mande um beijo pro Hefesto. - disse a interrompendo
— … que eu mato você!
Ela desligou sorrindo.
Adorava aquele amor incondicional e aquele respeito mutuo que existia entre ela e Afrodite. Suspirou enquanto jogava mais alguns sais na banheira e massageava os ombros. Cantarolando uma canção desconhecida ela terminou seu banho e secou-se. Escolheu uma roupa qualquer já que iria ficar sozinha naquela gigantesca suíte, e também não tinha planos de sair.
Pediu comida e assim que terminou a refeição saciando sua fome, ela começou a organizar suas coisas e suas roupas, mas foi quando dobrou com cuidado o vestido branco que Poseidon lhe comprara no leilão que lembrou que tinha uma conversa pendente consigo mesma. Afinal aquele sonho acabaria no momento em que eles subissem ao avião e chegassem em casa.
Ela sentou-se em frente a grande janela da suíte. Tinha que arranjar uma solução, porem primeiramente tinha de achar o real problema.
Oh céus precisava tanto de conselhos...
Olhou para o telefone do hotel, e criando coragem levantou-se e discou o número de casa. Da sua casa... No quinto toque a voz cansada de uma homem atendeu.
— Alô?
— Oi pai. - ela sorriu sentindo o bolo em sua garganta se formar assim como a vontade de chorar.
— Atena? - ele disse parecendo animado – Atena é você filha?
— Sim pai sou eu . - ela disse revirando os olhos.
— Ei filha estamos com saudade de você. Quando você vem fazer uma visita?
— Assim que eu conseguir uma folguinha aqui papai. Como a mamãe esta? - perguntou logo, antes que ele começa-se a lhe perguntar do trabalho.
Odiava mentir para ele, mas nas circunstancias que se encontrava, não poderia dizer ao pai que estava em Toronto com o seu ”marido”.
— Esta na mesma. - ele disse com a voz cansada – Você sabe como são as coisas... Ela sempre pergunta por você, esta com saudades.
— Eu também estou com muita saudade dela pai. - disse sentindo os olhos nublarem – Você acha que seria ruim se eu falasse com ela?
— Ruim? - ela soltou uma gargalhada forçada – Eu acho que seria ótimo. Iria animá-la bastante. Espere um momento que eu vou passar pra ela. Tchau filha.
— Tchau pai, eu te amo. - um longo silencio pairou no telefone até ele responder
— Oh minha menina, você sabe que sou crioulo de mais para estas melações. Mas eu também lhe amo. Vou passar para sua mãe. Tchau.
Ela riu com o nervosismo do pai, e a voz que tanto queria escutar lhe encheu o peito de calor.
— Filha é você minha vida?
— Sim, sou eu mamãe. - ela disse começando chorar.
— Você esta bem? - a voz fraca e debilitada disse com carinho – Estou com tanta saudade Atena.
— Eu também mãe. Eu também.
— Oh querida, posso sentir aqui em meu coração que esta chorando.
— É que estou com saudades. - ela disse tratando de se acalmar
— E o que mais?
— Como assim mamãe?
— Oh filha... as mães sabem quando seus filhos estão com problemas. Me diga... o que lhe aflige? Seu coração esta batendo mais forte por algum rapaz ai da cidade?
Atena não pode deixar de rir diante ao sexto sentido da mãe.
— Esta tão obvio assim? - perguntou ainda rindo
— Me conte... o que houve? Ele não tem os mesmos sentimentos por você?
— É. - ela confirmou
— Vocês estão namorando?
“Não mamãe estamos casados.”
— Mais ou menos. - ela disse omitindo o fato importante
— O que você esta me escondendo menina? - ela disse com a voz divertida
— Nada. - mentiu – Eu só não sei o que fazer porque … - ela suspirou – Oh mãe ele é tão mulherengo! - ela disse brava – Vive rodeado por mulheres e creio que eu seja só mais uma na lista de conquistas dele.
— Você esta apaixonada? - sua mãe foi direta
— Não sei. Acho que sim. Mas não é um sentimento mutuo.
— Você já compartilharam da mesma cama?
— Mamãe! Esta sendo direta de mais. - ouviu a risada fraca de sua mãe e logo uma sequencia de tosse. - Esta tudo bem? - ela perguntou alarmada
— Sim, apenas esqueci que não posso me dar o privilegio de rir. - ela deu mais uma risadinha fraca, e mais uma tossida – Mas me diga, sim ou não?
— Sim. - ela disse envergonhada
— Huun. Então o negocio é bem serio?
“A julgar pelo grossa aliança no meu dedo... sim é bem serio.”
— Mais ou menos.
— Me fale mais sobre...
— Poseidon. - Ela suspirou – Ele é lindo. É teimoso.. extremamente teimoso!
— Céus, parece que esta falando do seu pai. - ela soltou mais uma risadinha e desta vez não tossiu – O que você pensa em fazer?
— Eu que lhe pergunto.. O que eu vou fazer?
— O que é que você quer que eu fale ?
— Não sei, qualquer coisa. - sua mãe suspirou
— Lembra-se de quando você me perguntou sobre aquele menino da 6ª série que queria lhe beijar?
— Sim.
— Lembra o que eu lhe disse?
— Você disse para eu fazer o que achasse certo.
— Exatamente.
— Mas mãe o que isso tem a ver com Poseidon?
— Você se arrependeu por não ter beijado aquele menino?
— Não.
— Então minha menina. Não percebe? Ninguém alem de você pode decidir o que fazer agora, porque mais tarde, ninguém alem de você vai poder dizer se si arrependeu ou não. - Atena continuou em silencio e ela continuou – Meu concelho é que você faça o que achar certo.
— Mesmo que não seja o certo?
— Deus sempre encaixa as coisas no final.
— Você me deixou ainda mais confusa mãe! - ela reclamou
— Pense com calma minha menina.
Ambas se despediram, e Atena encerrou a ligação com mais perguntas sem respostas do que tinha anteriormente.
Terminou de arrumar as malas e sentou-se no sofá esperando por Poseidon que logo mais chegaria.
Ela não podia fugir... só faltavam mais alguns meses e tudo acabaria.
[...]
O barulho da porta a fez pular assustada e logo Poseidon entrou com um sorriso larga nos lábios.
— Oi. - ele disse tirando o palito
— Oi. - ela respondeu, protegendo-se atras de sua armadura de cristal.
— Obrigado por ter arrumado minhas malas.
Ela sorriu.
— Vou tomar um banho e trocar de roupa. Não me demoro.
— Tudo bem.
— Assim que eu estiver pronto descemos, vamos até o aeroporto e embarcamos no avião.
— Tudo bem.
— Atena? - ela o encarou – Anfitrite vai no mesmo avião que nós. Tudo bem pra você?
— Sem problemas. - ela disse ainda protegida por sua armadura.
— Okay. - ele sorri e entra no banheiro e fechando a porta.
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Mais tarde eu tento postar mais um ;3