The Contract (Hiatos) escrita por nyazkywalker


Capítulo 22
Capitulo 22




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Juntando toda a coragem que lhe restava ela abriu a porta entrando de uma só vez. Estava prestes a se encaminhar ao primeiro degrau da escada quando a voz grave e rouca de Poseidon lhe fez ficar paralisada.


– Você sabe que horas são? Posso saber onde diabos você estava que deixou o celular em casa?


Ela não precisou virar-se e encará-lo para saber que ele estava cuspindo fogo que tão bravo.


– Poseidon, - ela disse suspirando sem se virar para encará-lo – eu não dormi nada esta noite, então…


– Você não foi a única que ficou acordada aqui, mocinha. - ele disse bravo.


Surpresa com a acusação Atena se virou para encará-lo. O cabelo molhado mostrava que ele havia tomado banho e também tinha trocado de roupa, porem as olheiras e os olhos vermelhos pareciam confirmar que ele não havia dormido.

– Eu não pedi que ficasse me esperando acordado. - ela disse com o sabor de vitória na boca.


– Eu vou perguntar mais uma vez. - ele disse com o tom bastante autoritário a ignorando – Onde você passou a noite?


– Eu sai com a Afrodite. - ela deu de ombros.


– Então você dormiu na casa de Afrodite? - ele disse suspirando, parecia que estava mais irritado – Que engraçado porque eu liguei para o celular e para o telefone residencial de Afrodite milhares de vezes, e ninguém atendeu.


– Não, - ela o corrigiu - eu disse que saí com ela, não que dormi na casa dela.

O maxilar dele se contraiu e Atena pode ouvir os dentes rangerem. Aquilo a arrepiou dos pés a cabeças, mas ela continuou parada, encarando-o de queixo erguido.


– Hefesto disse que não tinha noticiais de vocês. - ele disse ainda tentando manter a calma.


Ele não precisava entrar em detalhes e contar que horas antes, quando contara a Hefesto, ele havia lhe mandado para todos os lugares possíveis e que ainda havia lhe xingado por tê-la preocupado tanto.


– Ora, veja que coincidência. - ela disse irônica – Acho que eu já ouvi algo parecido com isso em algum lugar. - ele revirou os olhos.


– Não me venha com gracinha. - ele disse bravo – Ao contrário de mim você não sabe se cuidar.


– Bom mas teve quem o fez por mim. - ela disse sem mencionar que quem o fizera fora a própria Dite.


Ele pareceu ter levado um soco bem na boca de estomago e se não fosse a onde de adrenalina que correu nas veias dele, fazendo-o dar dois passos e acabar com a distância entre eles, podia-se dizer que ele estava prestes a desmaiar.


– Não brinque comigo Atena. - ele disse entre os dentes a centímetros do rosto dela.


Corajosa e gostando do jogo, Atena não voltou um centímetro sequer para atrás, muito pelo contrário. Empinou ainda mais o queixo e o olhando-o nos olhos disse com a voz tão calma e controlada que até mesmo ela se surpreendeu.


– Oh, eu não estou brincando nem um pouco, Poseidon.


– Nós temos um contrato ! - ele gritou.


– Desculpe, mas não me lembro de uma clausula onde diga que não podemos temos alguns flertes. E já que você pode ter um caso eu também vou ter! - ela disse sem se importar se estava mentindo ou não – Agora se me da licença…. - ele a interrompeu.


– Não eu não dou! - ele disse a segurando com força pelo pulso fazendo-a continuar parada bem ali na sua frente.


– O que é? - ela provocou agora também gritando – Vai me amarrar e me prender até que passe os seis meses? - ela o desafiou.


A expressão do rosto dele passou de raiva para surpresa, e logo depois voltou para a raiva.


– É uma ótima idéia. - ele disse sério – Mas seria uma idéia ainda melhor, costurar sua boca, porque a convivência com você anda impossível ultimamente.


– Comigo? - ela disse tentando livrar o pulso sem sucesso – Você que é idiota aqui.


– Olha como fala… - ele lhe advertiu segurando seu pulso com mais força.


– Olha aqui você. - ela disse apontando o dedo no rosto dele – O que eu fiz ontem foi simplesmente me preocupar com você, era só ter me respondido aonde tinha ido.


– Eu não lhe devo satisfações. - ele a lembrou


– Ótimo, porque eu também não lhe devo, não é ótimo? - ela zombou.


– Sim, é ótimo.


– Então agora solte o meu pulso. - ela mandou.


Ele não a soltou e se crucificou por isso. Nas suas veias corria alegria e raiva ao mesmo tempo. Alegria por tê-la de volta ao alcance da sua mão, e raiva pela mentira da “suposta”noite que ela tivera.


Ele a conhecia suficientemente bem para saber que ela não seria capaz disso, então porque estaria fazendo toda aquela cena? Isso era apenas mais uma das perguntas sobre Atena que ele simplesmente não sabia responder. Talvez fosse por isso que ele não queria soltá-la… ele queria a resposta nem que fosse somente para essa pergunta.


– Vai me soltar ou pretende ficar segurando o meu braço para o resto da vida?


– Talvez eu faça isso… - ele disse agora mais calmo respirando ofegante.


Ela engoliu em seco e desviou o olhar do dele, voltou a puxar o braço, ainda sem sucesso algum.


– Poseidon me solte ! - ela falou mais uma vez começando a ficar brava
Ele continuou com a mão de aço firme ao redor do seu pulso. Aquilo já estava ficando patético.


– Me solte! - ela gritou ao mesmo tempo que começou a estapeá-lo com a mão livre.

Poseidon em um movimento rápido prendeu seu outro pulso e a puxou para si, impossibilitando-a de escapar.


– Me solte. - seu pedido saiu o mínimo de vontade até para ela mesma.


– Você não quer que eu te solte. - ele disse com a voz rouca.

Ela olhou para cima para retrucar e então foi perdição total. A boca dele estava tão perto da sua… Os grandes olhos verdes, agora quase negros, lhe pareciam querer devorar de uma maneira tão excitante que lhe impediu de todos os raciocínios lógicos que podia ter no momento.


Ela não teve voz para pedir que ele a solta-se. Não porque sua voz tinha sumido e sim porque ela sabia que se tentasse falar alguma coisa, as únicas palavras que sairiam seria “me beije logo”.


E mais uma vez, ele pareceu ler seus pensamentos, porque em questão de segundos os lábios deles estavam sobre os seus, com o mesmo sabor incrivelmente excitante de que ela lembrara.


As línguas começaram a dançar em uma sintonia perfeita, era como se suas bocas tivessem sido moldadas um para o outro pela forma perfeita em que se encaixavam. O beijo que até o momento era carinhoso, mudou completamente para apressado e um tanto selvagem. Vendo que Atena já estava tão entregue quanto ele, Poseidon lhe soltou os pulsos e tendo agora as mãos livres a puxou pelo quadril colando ainda mais seus corpos.

Em resposta a mão de Atena subiram até o pescoço de Poseidon o puxando mais para si e aprofundando o beijo.


Nada mais existia para Atena. Nem barulhos, nem pessoas, nem nada do mundo. Apenas Poseidon, e involuntariamente deixou escapar um gemido de perda quando ele se afastou um pouco e pegou o celular dela do bolso de sua bermuda.


Demorou um pouco para Atena entender que o celular estava tocando mais no momento de viu no visor “Pai” chamando, atendeu-o de imediato.


– Oi Pai. - ela disse ficando corada – Não é que eu meio que corri para atender o telefone. - ela respondeu quando ele perguntou o motivo para ela estar ofegante – Sim, estou na casa da Dite - mentiu – Sim, estou bem e você e a mamãe? - depois de uma longa pausa e mais alguns diálogos ela finalmente desligou.

– Eu vou para o meu quarto tentar dormir um pouco. - Poseidon disse já começando a subir as escadas.


– Você não vai trabalhar? - ela perguntou antes de parar e raciocinar

– Depois de ter assado a noite em claro? Não. Tenho que estar apresentável amanhã. E acho bom você fazer o mesmo se não, vai se confundir com o fuso horário.

– O que tem amanhã? - ela perguntou confusa

– Vamos para Toronto não lembra ? Esteja pronta logo cedo. - ele anunciou subindo a escada de dois em dois degraus.

Oh... a viagem ! Claro. Ela já havia esquecido desse gigantes detalhe. Se bem que depois do que acabará de acontecer, tinha que ficar surpresa por ainda saber seu próprio nome.


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Notas finais do capítulo

Só eu estou suspirando com essa fofura?
Possy pisa na bola mais logo corrige.

Amanhã eu posto mais e respondo TODOS os reviews sem resposta :3