The Contract (Hiatos) escrita por nyazkywalker


Capítulo 18
Capitulo 18




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Os dias realmente haviam passado voando. Tão rápidos que Atena nem acreditava. Era noite de quarta feira quando Poseidon chegou em casa do jogo de beisebol.

– Atena? - ele chamou largando a mochila no chão

– Aqui na cozinha. - ela gritou de volta.

Poseidon se espreguiçou caminhando até lá, tendo total noção do seu estado.

– Eu estava te esperando para jantar e… - ela se interrompeu ao vê-lo de longe - Meu Deus. - ela exclamou quanto ele entrou na cozinha – Você foi a um massacre ou a um jogo de beisebol?

Ele sorriu se sentando a mesa com dificuldade. Ambos estavam diferentes.

Atena com o cabelo preso em um alto coque, fazendo a franja cair em seus olhos, e Poseidon, de calça estilo abrigo e camiseta regata branca de algodão.

– Você não quer tomar um banho primeiro?

– Me doí até o ultimo fio de cabelo. - ele garantiu – Se eu tomar banho não terei coragem de descer para comer, e eu estou faminto.

– Eu levo a comida no seu quarto. - ela sugeriu.

– Não prefiro comer com você.

Ela sorriu. Ele era mesmo um cabeça dura.

– E então como foi o jogo? - ela perguntou colocando os copos na mesa.

– Perdemos. - ele disse contrariado – Mas pelo menos consegui um maldito contrato com aqueles caras que eu te falei.

– Que bom Possy. - ela disse sorrindo servindo o prato dele e depois o seu, como sempre fazia.

Ele simplesmente adorava a comida dela. Tinha um tempero exótico do qual ele nunca tinha provado. Esfomeado ele começou a comer depressa, e ela soltou uma risadinha.

– Teninha.. - ele disse de boca cheia – O que você acha de Toronto?

– Toronto, Canadá? - ela perguntou depois que engoliu

– Sim.

– Nunca conhecia. Acho que deve ser bonita. - ela disse dando de ombros

– E o que você acha de uma viagem? - ele disse tomando quase todo o copo de vinho

– O que você quer dizer exatamente ? - ela perguntou desconfiada

– Para você fazer as malas. - ela arqueou uma sobrancelha como se não tivesse entendido – Esses caras são de Toronto, que assim que eles assinarem o contrato tenho que embarcar para um conferencia.

– Esta dizendo que eu vou para Toronto com você? - ela disse sorrindo

– É claro. - ele riu da cara dela – Achou que eu fosse sozinho?

– Quando você vai? - ela perguntou animada

– Sexta à noite, se tudo ficar pronto até sexta de manhã. - ele comeu mais algumas garfadas – Esta animada?

– Estou. - admitiu – Muito! Quem mais vai? - ela perguntou de repente de cenho franzido.

Com uma leve olhadela nela, ele riu e decidiu provocá-la :

– Não se preocupe. Anfitrite não vai. Só eu e você. - ele garantiu lhe dando uma piscadela.

– Se fosse não faria a menor diferença. - ela tentou se mostrar indiferente.

O resto do jantar foi em completo e total silencio. Sempre o mesmo silencio...

Terminado de comer, Poseidon se levantou e gemeu baixinho colocando a mão nas costas.

– O que foi? - Atena perguntou preocupada.

– Nada de mais. Apenas estou totalmente moído. - ele brincou e logo começou a se retirar da cozinha.

– Se quiser… - ela disse o fazendo parar na porta -… eu lhe faço uma massagem.

Ele arqueou a sobrancelha surpreso. Por essa ele realmente não esperava.

– Você esta falando serio? - ela assentiu – E porque você faria isso?

– Porque estou em divida com você. - ele abriu um largo sorriso – Mesmo você sendo o homem mais chato que eu já conheci. - ela garantiu.

– Quando você diz em divida.. - ela o interrompeu.

– Eu quero dizer que você me comprou um vestido lindo, me salvou das cãibras e esta sendo legal ao me levar para Toronto. - ela disse tudo depressa demais.

– Acho que vou começar a fazer esse tipo de coisa com mais frequência.

– Deixe de ser irritante. Se quiser a bendita massagem suba, tome um banho enquanto eu arrumo as coisas por aqui. Depois eu subo. Me espere na cama. - ela mandou

Ele sorriu mais abertamente ainda antes de responder.

– Será um prazer te esperar na cama. - ele disse malicioso saindo antes que ela pudesse falar algo.

Porque ele tinha essa maldita mania de falar e ir logo saindo sem esperar por uma resposta?!

Terminando o mais rápido possível o tinha pra fazer, Atena começou a subir as escadas, passando pelo seu próprio quarto e parando em frente ao de Poseidon.

A porta estava entreaberta, como ele sempre deixava, e deitando na cama, coberto pelo lençol, se encontrava Poseidon de olhos fechados.

– Esta dormindo? - ela sussurrou sem entrar

– E perder a sua massagem? - ele disse sorrindo sem ainda abrir os olhos, e com as mãos atrás da cabeça – Nunca.

Ela sorriu e entrou, prestando atenção nas roupas espalhadas pelo chão.

– Que nojeira. - ela disse torcendo o nariz e chutando com o pé a camisa que ele acabara de tirar.

– Você tem óleo?

Ele abriu os olhos pela primeira vez e a encarou.

– Não. Tem algum problema?

– Não, espere, vou buscar um dos meus. - ela anunciou saindo correndo pela porta.

Ele pode ouvir a porta do quarto dela abrir-se, e logo depois fechar-se. Ela entrou com um sorriso zombeteiro.

– Espero que não fique aborrecido por ficar cheirando a flores. - ela sacudiu o vidro com o óleo – Foi o único que eu achei.

– Não tem problema. - ele garantiu voltando a fechar os olhos.

– Vire-se. - ela mandou, e sem argumentar ele o fez.

O lençol desceu um pouco mostrando a parte branca e desnuda de uma de suas nádegas, e ela instintivamente ficou com a boca seca e com o coração acelerado.

“Ele esta pelado!” - foi a única frase coerente que ela conseguiu montar em sua cabeça naquele momento.

Ela não sabe se passaram horas, minutos ou apenas milésimos, porem Poseidon a chamou.

– Atena? Vai começar hoje ou amanhã? - ele disse em um tom de brincadeira.

– Porque você não coloca uma bermuda? - ela questionou quase que automático.

Ele riu antes de responder.

– Porque eu durmo nu. Algum problema? Você acha que não conseguir se concentrar ou algo assim? - ele disse levantando vagarosamente a cabeça para encará-la. Orgulhosa ela respondeu ficando corada.

– Orá, deixe de ser convencido. - ela ralhou revirando os olhos

Ele riu voltando a enterrar a cabeça no travesseiro.

– Você esta corando. - ele comentou – Faz tempo que eu não lhe via corar. Estava com saudades.

– Argh!. - ela disse sorrindo – Você sempre leva tudo na brincadeira.

Como já era de costume, o silencio reinou sobre eles, e ela tratou e se concentrar no que deveria fazer.

A massagem. Somente a massagem.

Fazendo a volta na cama, ela parou diante dele e corando ainda mais, puxou a lençol para cima novamente, tapando a parte desnuda. Ele riu novamente, e ela tentou o ignorar.

“Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficar bem.” - ela repetiu para si mesma.

Espalhou um pouco de óleo nas mãos e as esfregou. Logo depois derramou um pouco nas costas largas de Poseidon que disse um “Ei, isso esta frio!”.

Seu coração começou a bater enlouquecidamente acelerado, e ela respirou fundo sem poder mais adiar o contato com a pele morena do homem mais atraente que já vira.

Ainda com certo receio, ela começou a massageá-lo. Começando pelos ombros, nuca e descendo vagarosamente pela extensão da coluna, os polegares pressionando os pontos mais tensos. Poseidon não podia estar melhor. As mãos de Atena eram delicadas porem firmes e precisas, parecendo adivinhar os pontos certos.

– Onde você aprendeu a fazer isso? - ele perguntou com a voz abafada pelo travesseiro e um involuntário suspiro de alivio que escapou assim que ele abriu a boca.

– A massagem? - ela forçou um sorriso – Minha mãe tem bastante dor nas costas. Aprendi na pratica. - ela disse dando de ombros

– Se eu soubesse dessa sua habilidade antes de nos casarmos, colocaria no contrato a clausula onde lhe obrigava a me fazer massagem sempre que eu pedisse.

– É só pedir. - ela garantiu depois de uma curta risadinha.

– Tem certeza? - ele perguntou erguendo a cabeça para encará-la

– Claro. - ela garantiu sem encará-lo.

Era mais seguro ficar longe daqueles olhos verdes…

– Vou começar a pedir então. - ele disse sorrindo antes de voltar a abaixar a cabeça.

Alguns minutos de silencio se fizeram ate Poseidon se pronunciar.

– Como esta o seu jardim? - ele perguntou parecendo interessado.

– Esta ótimo. As flores estão cada vez mais bonitas. - ela disse orgulhosa.

– Sabe Tena, aquela vez das flores, realmente me desculpe. Não era minha intenção brigar com você.

– Vamos mudar de assunto. - ela pediu se sentindo incomodada enquanto lhe massageava os braços

– Não, eu realmente sinto muito. - ele garantiu – Por alguém motivo, desde o enterro dos meus pais flores me fazem lembrar deles – ela ficou quieta, sem ter o que dizer - , e quando eu cheguei foi confuso, tinha flores para todos os lados e tinha você lá. Eu havia me esquecido desse tipo de coisa.

– De que tipo de coisa? - ela perguntou curiosa.

– Eu.. eu acho que esqueci de como é ter.. uma família sabe? Alguém que te espera para jantar todos os dias. Me esqueci de como isso é bom.

Ela engoliu seco enquanto sentia seus olhos se encherem d água, e a vontade de chorar lhe invadir.


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Notas finais do capítulo

Anw que fofo ele gente :3