I Won't Give Up escrita por Lariisilva


Capítulo 41
Fale Agora, Ou Cale-se Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Hey loves, demorei eu sei né? Sou péssima para cumprir minhas promessas de que não vou demorar, mas demoro. Se quiserem saber meus motivos, aí vai um desabafo, se não, boa leitura!
> 2016 foi o pior ano da minha vida até agora. Gente, foi tão difícil que vocês não fazem ideia.
Avô com câncer, dois nódulos na mama (sim, eu!), o pai da minha melhor amiga morreu dois dias antes do aniversário dela, a avó dela morreu um mês depois, a mãe de uma grande amiga teve recaída com o câncer de mama.
GENTE, eu não vejo a hora de 2016 passar, eu mereço um descanso desse ano horrendo. Eu abandonei minha vida toda.
Sinto muito por não ter respondido os comentários de alguns de vocês, vou fazer isso assim que postar esse capítulo. Eu apenas ia para o trabalho e para casa. A vida foi cruel esse ano, acho que com todos de formas diferentes.
Obrigada a quem não desistiu de Ir Won't Give Up, vocês são demais. Para quem desistiu, não posso culpá-los.
Mas a vida continua não é mesmo? Aproveitando o recesso do trabalho, vou tentar atualizar a fic semanalmente até depois do ano novo. Só não prometo que os capítulos serão tão grandes como o de hoje.
Vou tentar me redimir com um capítulo super especial hoje e tenho uma surpresa no final.
Obrigada a quem leu meu desabafo e boa leitura!



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P.O.V. DIGGLE

Entro na Verdant e vejo todo mundo reunido com sorrisos no rosto. Até mesmo Connor está aqui. 

— O que houve? Qual a emergência que me tirou da cama no meio da noite? 

Vejo Layla sair do canto com Sara e fico tenso. Algo está errado se elas estão aqui. 

— Dig tenho novidades sobre Felicity. Novidades que vão nos levar até ela. - Olho para Oliver que sorri como uma criança. - Mas precisamos de você firme para o que vamos te contar. 

 Meu instinto me diz que é algo realmente ruim se todos estão aqui. 

Layla entrega Sara a Connor e vem segurar minha mão. 

— Eu te amo demais.

— Todos nós Dig. 

Thea sorri para mim e ouço um bufo de desdém vindo do canto do porão.

— Não tentem enrolar ele, John já sabe que algo está errado. 

A voz é tão familiar, mas o reconhecimento só vem quando o dono dá voz sai das sombras. 

Andy. 

Corro para meu irmão e o puxo para um abraço apertado. 

— Meu Deus Andy. Senti sua falta. 

Sei que estou chorando, mas não ligo. 

— Também Dig. Eu também.

Quando consigo soltá-lo, vejo que ele não é o mesmo. 

— Tenho algo para te contar irmão. 

— Sim! Onde você estava esses anos todos? Como você sobreviveu ao pistoleiro? Já viu a Carly? Precisamos lutar contra alguém para te ajudar a se livre? 

— Eu não trago boas notícias irmão...

Quando ele começou a falar, o sorriso de todos se dissolve e sinto meu mundo afundar diante de suas palavras.

(...)

— Dig! Você vai matá-lo! Solte-o! 

As vozes são uma mistura na minha cabeça enquanto eu bato em Andy, que está embaixo de mim no chão.

— Eu quero matá-lo! EU VOU MATÁ-LO!

Braços me puxam para trás e eu sou arrastado depois de muita insistência quando Andy está ficando roxo.

— Dig, acalme-se! Alguém grita. 

Quando Andy começa a tossir, tento voltar para cima dele e terminar o que comecei.

— NÃO! Ele abandonou a esposa e o filho por dinheiro. Eu quase morri tentando pegar o pistoleiro. Carly e Júnior sofreram demais a perda dele. 

— Isso não te impediu de pegá-la não é irmãozinho? - Seu tom é debochado e ele ri.

Luto mais forte para chegar a ele, mas alguns braços extras se juntam a minha barreira humana para me impedir de chegar até ele. 

— Eu vou te matar! Eu vou te matar Andy!

— Você a teve John. Não há reclamações. 

— Eu enterrei você! EU ENTERREI VOCÊ PORRA! Eu enterrei o meu irmão, para anos depois eu descobrir que por ganância ele fingiu sua morte! Ele ajudou um bandido a sequestrar minha melhor amiga. MINHA IRMÃ!

Andy balança um pouco com minhas palavras.

— Não era para ser assim John. Eu queria dinheiro suficiente para dar uma boa vida a eles. A vida que eles mereciam. 

— Eles queriam você! VOCÊ! Seu arrogante egoísta!

Ele começa a argumentar quando Roy grita.

— CHEGA!

Todos olhamos assustados para ele.

— O Andy disse que pode nos ajudar a salvar Felicity, mas tem que ser daqui a duas semanas.

— Eu não confio nele. - Resmungo. 

— Ele é nossa única alternativa. - O tom de Roy é sucinto. - Não há outro jeito. É de extrema importância encontrar a Felicity.

— Como assim Roy? 

A pergunta vem de Oliver.

— Eu não queria contar antes, por que você iria ficar louco Oliver. Eu precisava ter pistas de Felicity antes de contar.

— Contar o que? - Nyssa pergunta irritada.

— Felicity está grávida. Ela já estava quando foi sequestrada.

Dessa vez é Oliver que vai para cima de Andy e nós o puxamos de volta.

Ele parece desnorteado. Louco, até.

— Felicity está grávida. Grávida do meu bebê. - Ele sussurra/grita para si mesmo.

Connor entrega Sara para mim e vai até o pai, que o abraça e choram.

Olho para Andy que parece culpado como o inferno.

— O que vamos fazer para resgatar ela sã e salva? Carl não vai entregá-la de boa vontade.

A pergunta, estranhamente vem de Ray que nesses últimos tempos vem provando para nós que não é mal.

Oliver só não o perdoou por causa de Felicity, mas de resto, está bem. Nyssa é quem mantém a maior distância.

Todos olham para Andy.

— O verdadeiro nome dele é Damian Darhk e ele pretende se casar com Felicity agora que descobriu a gravidez.

— O que? - Oliver grita.

— Ele descobriu por causa da doença da manhã dela, é muito forte e intensa, fora que sua barriga cresceu muito rápido. Quando os bebês nascerem, ele vai vendê-los no mercado negro.

Oliver tensiona e todos nós ficamos alerta, mas Connor o segura e diz alguma coisa só para ele, que se acalma.

— Por quê? - Thea parece doente.

— Ele não quer que ela mantenha lembrança nenhuma de vocês. Do Oliver, mais especificamente. 

— Os bebês? - A voz de Oliver não passa de um sussurro.

— Ele fez um exame e descobriu que são dois, só não deu para ver os sexos.

Estou emocionado pelos meus amigos.

— Então não vamos perder tempo.

Nyssa pede e começamos a pensar no plano perfeito.

P.O.V. FELICITY

— Felicity Meghan Smoak, você aceita Damian Darhk como seu legítimo esposo?

Olho para o padre e não consigo forçar o 'sim' a sair da minha boca.

Damian aperta meu braço com força.

— Eu ia vendê-los para que eles ficassem vivos, mas parece que vou matá-los antes mesmo de nascerem. - Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto eu choro em silêncio. - Diga a palavra querida.

Hesito por um segundo apenas, lembrando que o único homem para quem eu gostaria de dizer essas palavras não é esse ao meu lado.

— Sim. - Minha voz não passa de um sussurro, mas é o suficiente.

FLASHBACK ON

Damian me observa enquanto luto contra as náuseas. Cada dia minha doença da manhã está mais forte e eu estou emagrecendo, o que está evidenciando minha barriga, que está assustadoramente grande.

O médico errou o tempo pelo tamanho avantajado da barriga, ou eu simplesmente me perdi no tempo, ainda mais dentro desse buraco sem luz do sol.

A empregada traz um patê para a mesa e o cheiro faz meu estômago revirar. Damian empurra o patê assistindo minha reação e eu levanto da mesa já vomitando em todo o chão. 

Vomito até que não tem mais nada no estômago, mas a ânsia continua. Uma tontura me toma e eu sinto meu corpo ceder a escuridão.

— Felicity! - Ele grita, mas é tarde demais.

(...) 

Damian anda para lá e para cá no meu quarto depois que o médico saiu. O Dr. me colocou no soro e receitou umas vitaminas já que eu estou muito magra para uma grávida do meu tempo. 19 semanas. 

Significa que estou aqui a mais de um mês, mesmo que pareça muito mais.

O médico volta com uma máquina de ultrassom e começa o exame. De repente ele se vira e sorri para mim. 

— Seus bebês estão bem.

Olho para ele em choque. 

— Bebês? No plural?

O Dr. sorri para mim e me diz os cuidados que tenho que tomar para que eles fiquem saudáveis e eu fique saudável para o parto. Conto a história da gravidez difícil de minha mãe e que nós duas quase morremos.

Ele sai me fazendo algumas recomendações extras e me deixa a sós com Damian, que olha como se fosse me matar.

— Como você pode fazer isso com a gente? - Olho confia para ele que explica. - Você deixou Oliver Queen te engravidar. 

— Não Damian, eu tomo pílula. Eu não deixei. Foi um acidente, eu juro. 

— Não importa Felicity. Você vai aprender a não me trair. 

Ele é louco. Insano. Lunático. E então eu o termo de verdade.

Seus olhos frios vem para mim e ele sai do quarto, voltando minutos depois com dois guardas.

— Levem-na para a cela de contenção, mas cuidado com o soro. Quando ele acabar, me avisem.

Os guardas obedecem e eu não luto. Pelo bem dos meus filhos, eu não luto.

Eles me colocam numa cela fria com um colchonete no canto e uma colcha. Deito e assisto eles se acomodarem no outro canto.

— Durma querida. - Um dos guardas diz suavemente.

— E prepare-se para a dor que ele vai te causar quando seu soro acabar. - O outro completa e eu sinto o pânico pelo meus bebês.

Oro e só assim eu consigo dormir.

(...)

Acordo com Damian me puxando para ficar em pé pelo cabelo.

— Eu disse que você ia se arrepender de deixar Oliver Queen te dar um bebê. Todos os seus bebês serão meus.

Ele bate minha cabeça na parede e eu choro, segurando minha barriga como proteção.

Ele me solta abruptamente e eu escorrego para o chão chorando.

Eu não imaginaria que essa seria apenas o começo das atrocidades que ele fez.

(...)

Abro o olho bom e vejo que estou de volta na cama e não mais na cela que fui jogada a alguns dias.

Levanto, mesmo que minhas costelas gritem. Bile sobe na minha garganta e só consigo virar para o lado antes do vômito subir. 

Sinto Damian no quarto antes mesmo dele falar.

— É sua culpa o seu atual estado. - Seu tom é calmo e não nervoso como quando ele descobriu sobre meu bebê. - Se não tivesse deixado Queen te engravidar, estaríamos bem, mas não... Você deixou ele fazer isso com você. Pois eu vou vendê-los assim que nascerem.

— NÃO! Meus bebês não! 

Começo a chorar segurando minha barriga. 

— Você vai ver meu amor, como você vai ficar bem depois que eu me livrar das lembranças do maldito Queen. Nós vamos ser felizes e eu vou te dar quantos bebês você quiser.

Ele segura meu rosto e eu o afasto com um tapa, o que faz ele se irritar comigo e devolver o tapa. Para minha sorte ainda estou na cama.

Damian agarra meu pulso com força e aperta.

— Pois se quiser que seus pirralhos nasçam, você vai se casar comigo.

— O QUE!? NÃO!

Ele aperta meu pulso até que eu grito.

— O que você disse? 

— SIM! Eu disse sim!

Ele solta meu pulso e sorri como se nada tivesse acontecido.

— Nos casaremos amanhã.

Assinto lutando contra as lágrimas de dor, tanto física quanto emocional.

— Amanhã, se você prometer que os meus bebês ficarão com Oliver. Prometa que vai entregar os meus filhos a ele.

Damian pensa por um tempo antes de sorrir para mim e assentir, antes de sair.

— Mais uma coisa. - Ele me olha irritado. - Se for uma cerimônia católica, não faça o padre mudar nada. Quero tradição, pelo menos em relação a isso.

Ele sai da sala com um sorriso satisfeito no rosto.

Eu só quero que a cerimônia demore para que eu demore de me tornar a Sra. Darhk.

(...)

— Coma Felicity, e eu vou te contar uma história. 

Tudo que eu posso fazer, é olhar para ele. 

— Não estou interessada em histórias.

Tomo a sopa enquanto ele me observa. 

— Nem se a história for do seu pai?

Olho assustada para ele. 

— O que? Meu pai? 

— Vejo que agora se interessou. 

Ele então me oferece um copo de suco e começa a contar. 

— Era uma vez, um casal que sonhava em ter um bebê. Vamos chamá-los de N, o homem e D, a mulher. - D de Donna e N de... Tento imaginar os nomes que meu pode ter que comecem com N, mas volto a prestar atenção na história.

— Com muitas dificuldades, a mulher engravida e para a surpresa deles, são gêmeos. Mas a mulher não tem uma gravidez fácil. Alguns sustos de aborto, algumas internações, no final um parto prematuro. O hospital não era preparado o suficiente para esses casos, então ele teve que levar sua mulher para um hospital particular. Um homem aparece e diz que pode pagar o tratamento, mas ele...

— Esse homem é você? - Interrompo e ele faz uma careta.

— Não. Não sou eu. Continuando... N era muito inteligente e muitas organizações governamentais queriam que ele trabalhasse para eles, mas ele nunca aceitou. Com sua esposa e filhas correndo perigo, ele aceita o cartão desse homem misterioso. Durante o parto, uma das bebês está com o cordão umbilical enrolado no pescoço e acaba não sobrevivendo. A outra menina, tem complicações e iria precisar de atendimento especial. N liga para o homem misterioso e pede mais dinheiro, só que Felicity, o preço subiu.

— O que aconteceu Damian? - Minha voz é cheia de lágrimas e eu choro imaginando a dor que meus pais sentiram quando minha irmã morreu.

— N recebeu o dinheiro e conseguiu salvar sua filha. 5 anos depois, ele teve que cobrar a dívida. Mas N durante esses 5 anos, trabalhou para empresas do governo e juntou o dinheiro que ele recebeu de empréstimo. O acordo não era esse e quando ele tentou mudar os termos, foi preciso ameaçar sua esposa e filha para que ele cumprisse sua parte do acordo.

— Nós passamos nossa vida pensando que ele nos abandonou. - Sussurro.

— Não querida, ele só foi para proteger vocês. - Sem tom é condescendente e me enche de raiva. 

— Quem era esse homem misterioso? 

— Isso são outros quinhentos, querida. Continuando... N foi com o homem misterioso. Anos se passaram com ele trabalhando de forma aceitável. Foi dado a N um pequeno garoto para ele ensinar o caminho da tecnologia, ele ensinou, mas o velho manteve coisas para si mesmo e não ensinou tudo. O garoto um dia viu uma foto da filha de N e decidiu que ela seria sua, N não aprovou e se tornou obcecado em impedir que um dia os dois se encontrassem.

O garoto era Damian, não tenho dúvidas. 

— E não deu certo. - Constato em meio as lágrimas silenciosas. 

— Não. N sempre acompanhou sua esposa e filha. Foi por causa de seu pai que você não foi presa na faculdade. Ele negociou e foi punido por interferir na sua vida. Mais alguns anos passaram e você começou a trabalhar nas empresas Queen, e então Oliver Queen pediu ajuda e você se tornou parceira do arqueiro. Ele soube que poderia tentar fugir. Ele tentou e falhou. Seu pai foi mantido num navio em alto mar, e na fuga ele se afogou.

— Não, não Damian. - Choro. - Eu o culpei por anos sobre o fato dele nos abandonar. Ele não pode ter morrido.

— Eu tentei me aproximar de você no ano passado, mas você não me deu espaço. Agora estamos aqui, prontos para casar. 

Ele segura meu rosto com força e me beija.

— Ah, já ia esquecendo, o homem misterioso era meu pai e Noah conseguiu matá-lo antes de fugir, pensando que ia acabar com a H.I.V.E., mas ele se enganou.

Oh céus! Quando Damian sai, eu choro. Choro pela dor dos meus pais ao perderem minha irmã, pela dor de meu pai ao ter que nos abandonar, a dor de minha mãe pensando que ele nos abandonou, a minha dor todos esses anos.

Quando consigo pegar no sono, só imagino como minha infância teria sido com meu pai ao meu lado. Noah.

(...)

Vejo todos correrem para fazer a vontade de Damian e observo meu reflexo no espelho que ele me deixa ter, sempre que ele faz eu me arrumar. 

A maquiadora fez um trabalho excelente com o olho inchado, se não fosse pelo fato de que ele está inchado.

Escolhi um vestido que nunca escolheria se fosse me casar com Oliver. Oliver. Pensar nele faz meu peito doer demais, já que agora eu realmente perdi toda chance de ser livre novamente, mas ele terá nossos 3 filhos. 

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O vestido escondeu bem o inchaço da gravidez, e sei que Damian ficou feliz de saber disso. 

Um soldado me chama e me leva para a sala onde será feita a cerimônia. 

Desligo minha mente do fato de que não estou indo me casar com o homem que amo e caminho para Damian no altar que está centralizado no que parece ser um pátio e sem dúvidas estamos no subsolo, por isso não existem janelas. 

Mal percebo que já caminhei todo o corredor.

A cerimônia começa e quando um homem sussurra algo no ouvido de Damian, ele fica agitado. Algo está acontecendo. 

Quando ele tenta falar com o padre, seguro seu braço e sorrio para ele, pedindo para não interromper. Mesmo contrariado, ele aceita. 

Então chega a parte mais temida. 

— Damian Darhk, aceita Felicity Meghan Smoak como sua legítima esposa? 

O tom de Damian é firme quando responde.

— Aceito.

— Felicity Meghan Smoak, aceita Damian Darhk como sei legítimo esposo? 

Olho para o padre e não consigo forçar o 'sim' a sair da minha boca.

Damian aperta meu braço com força.

— Eu ia entregá-los para que eles ficassem vivos, mas parece que vou matá-los antes mesmo de nascerem. - Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto eu choro em silêncio. - Diga a palavra querida.

Hesito por um segundo apenas, lembrando que o único homem para quem eu gostaria de dizer essas palavras não é esse ao meu lado.

— Sim. - Minha voz não passa de um sussurro, mas é o suficiente.

O padre vira para os cúmplices de Damian e faz a pergunta que eu mais espero nesse maldito casamento. Espero que alguém queira interferir e me salvar. 

— Se alguém tem algo a dizer para impedir esse casamento, fale Agora ou cale-se para sempre.

— Tire as mãos da minha loirinha Damian. 

A voz que eu não ouço a mais um mês e que pensei que não ia mais escutar, faz meus joelhos fraquejarem.

— Oliver! - Damian e eu falamos ao mesmo tempo. Eu com felicidade e ele com ódio. 

Os meus amigos estão todos ali alinhados. Dig, Roy, Nyssa, até mesmo Ray e Andy.

— Você não vai ter minha mulher! 

— Guardas! Peguem-no! 

Damian olha para trás e vê que não tem nenhum guarda e me puxa para sua frente como um escudo. Aponta a arma para minha cabeça e dá alguns passos para longe de Oliver e nossos amigos.

Oliver congela por um momento com o arco apontado para nós. Damian move a arma para minha barriga e eu começo a suar frio.

— Se você se aproximar de mim, eu atiro na barriga dela.

A tensão vai a níveis extremos. 

— Você machuca os meus filhos, e eu te mato. 

Como o lunático que ele é, Damian ri.

— Com as minhas conexões, você acha que pode me tocar? Você vai morrer se me tocar.

— Oliver... - Eu começo.

— Agora não Felicity. - Seu tom é firme, e me dá vontade chorar, de raiva e de tristeza por ele ser rude comigo. - A ARGUS está aqui também e já entraram em contato com suas conexões que advinha só? Não colocaram o braço na seringa por você. 

Damian tensiona atrás de mim e aperta a arma na minha barriga. 

— Então eu vou matá-la, não tenho nada a perder. 

— Espere Damian. - Ray dá um passo a frente com uma armadura. - Não pode lutar contra todos sozinho. Andy? Sabemos quem vai ganhar no fim das contas. 

Ray e Andy caminham então e se colocam ao lado de Damian. 

— Ray, mas o que...?

Damian aperta meu cabelo e eu calo a boca. 

Vejo Nyssa pálida e com algumas lágrimas descendo pelo rosto. 

Todos estão surpresos, menos Roy. Fico confusa então. Roy seria um dos mais indignados. Tem caroço nesse angu.

— Parece que eu não estou mais em tanta desvantagem.

— Não que isso faça alguma diferença. - O tom de Oliver é mortal.

Ray se aproxima de mim e coloca uma pequena estrela (aquelas minhas, sabem?) na palma da minha mão.

— Você Felicity, escolheu o homem errado. 

Se afastando ele sorri para mim e eu tento não sorrir de volta. Ele não nos traiu.

Tudo então acontece rápido. Enfio a estrela na perna de Damian que me empurra para frente. Ray corre e me pega no colo correndo para Oliver. 

Oliver estende o arco para nós é solta uma uma flecha. Grito ao mesmo tempo que ouvimos um disparo e Ray começa a se inclinar para frente. Oliver pula para a frente e consegue impedir Ray de cair comigo.

Aguardo o pescoço de Oliver e choro como um bebê. Posso ouvir Nyssa chorar atrás de mim, acho que Ray foi baleado.

— Eu te amo Felicity. Eu te amo. Pensei que nunca mais ia te ver de novo. Nunca mais ia te beijar. Ver seu sorriso. Ver seu rosto. Ser feliz de novo. - Oliver chora no meu pescoço.

— Eu também meu amor. Eu também.

Consigo enfim soltar ele e vejo que todos estão ao redor de Ray. Nós vamos até ele, que realmente foi baleado. 

— Onde está o socorro? - Roy pergunta a Oliver.

— Está a 3 minutos daqui.

Nyssa segura a cabeça de Ray e chora enquanto ele sussurra para ela. Me agacho ao lado dos dois e Ray sorri para mim.

— Me perdoa Felicity, eu...

— Shhh... Eu te perdoo Ray. Você se sacrificou por mim. - Estou chorando novamente e Nyssa segura nossas mãos.

— Eu precisava me redimir. É um bom modo de morrer. Sendo um herói.

— VOCÊ NÃO VAI MORRER! - Nys grita para ele.

— Eu te amo mais que a minha vida Nyssa. Eu sinto muito que eu te machuquei.

— Eu também te amo Ray. Fica comigo!

Ray estende a mão para o rosto de Nyssa, mas antes de chegar, desmaia.

No mesmo instante, os paramédicos entram e vão direto para Ray. Sem muita demora, o colocam na maca e começamos a sair. Oliver me coloca no colo e percebo que estamos subindo escadas e logo depois num elevador.

— Onde eu estive esse tempo todo?

— Antiga linda de metrô de Starling. A que ficou destruída depois de Malcolm. Você nunca foi para longe meu amor. - Responde suavemente no meu ouvido.

Deito a cabeça em seu ombro e deixo o cansaço me levar.

— Eu te amo. - Sussurro.

— Eu também te amo. - Sussurra de volta. - Você não sabe o quanto.


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Notas finais do capítulo

E então bebês? Tomaram um susto né quando o Ray falou né? Minhas sinceras desculpas. Querendo saber o que fez o Ray reagir daquele jeito? Só no próximo! Sim, eu sou má, mas ele já está sendo escrito.
Sobre o nome do pai da Felicity, sempre o imaginei como Noah e com todos os problemas, não assisti a 4a temporada. Sei que ele aparece, mas não o nome dele.
Próximo capítulo será ainda mais lindinho, se posso dizer assim!
Beijokas!



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