O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 11
Que ninguém ouse puxar meu cabelo!


Notas iniciais do capítulo

Para mim (não sei vocês) o principal motivo de Percy não aceitar se tornar um deus e Annabeth não aceitar a juventude eterna (ser uma caçadora) foi por que os dois seriam separados, não poderiam ficar juntos e Atena sabe disso (por mais que não goste)... Reyna é uma semideusa e tanto, seus feitos são honrados, o manto (capa) que ela ganhou da estátua foi mais que merecido, pois ela estava disposta a perde a própria vida para que ela (estátua) não fosse destruída... E se vocês perceberem ela só mostrou seu poder na hora certa e recompensou Reyna na hora certa... E isso foi a estátua de Atena, então imagina a própria Atena que é a deusa da justiça também... Acho que o destino (kkkk) vai fazer tudo no tempo certo... Cristina Pinheiro Godoi muito obrigada você me fez refletir muito e você me deu uma chave para justificar uns negócios aí XD
gente que nota louca né? mas não se preocupem um dia eu melhoro...



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– Sua mãe é uma deusa grega, isso é incrível. Atena é deusa grega que mais admiro – ele me disse constrangido – sabe agora tudo faz sentido com o que ela disse.

– Por que você fugiu no parque? – perguntei me lembrando do telefonema que escutei. Queria entrar logo ao assunto.

– Meu pai como você já deve ter percebido é homem de negócios. Sócio e irmão do pai de Rachel. Ele preserva muito a sua imagem. Um filho que diz ver coisas estranhas não é algo que ele queira manter ao lado – ele disse magoado.

– Você havia falado que acordo não tinha sido quebrado então ele não poderia fazer nada.

– Então, aí está o principal motivo por eu fugir. Para não ser internado em uma clínica de “apoio” como ele diz, eu tenho que ficar oculto e não me meter em mais nenhum escândalo. Que eu pare de envergonhar o nome da família.

– Mas o que isso tem a vê com o que minha mãe?

– Sabe o que me chamou atenção em você desde que vi sentada na última carteira na fileira do meio olhando apaixonadamente para o menino sentado ao seu lado? – ele disse se aproximando e passando a mão em meu cabelo – Vi uma luz suave e ao mesmo tempo imponente. Forte ao mesmo tempo sensível. Uma luz atraente – afastei imediatamente a mão dele com mais força do que o necessário e me encolhi um pouco no leito. Ele pareceu ficar um pouco envergonhado – em Zöe também vejo uma luz muito poderosa e alegre – ele pareceu tomar coragem – na sua amiga Reyna não consigo nem descrever. Só consigo dizer que é totalmente apaixonante. Essa luz que vejo é pelo sopro que ela me deu – ele confessou. Claro! Piper me contou a conversa que teve com Reyna antes de ela partir do acampamento meio-sangue. Afrodite havia falado que ela não encontraria amor aonde esperava. Agora era óbvio! Não seria em um semideus, mas em um “simples” mortal. Para apimentar a situação por puro divertimento, ela havia me usado para que o destino acontecesse. Também entendi que era isso que Atena carregava no olhar além do orgulho. Simplesmente comecei a rir.

– O que foi? – ele perguntou alarmado pela minha reação.

– Você não sabe como isso explica muitas coisas – acrescentei rapidamente quando lembrei a brincadeira de Percy. Incrivelmente ele já havia percebido – Para sua sorte Reyna está solteira. Mas querido amigo para conquistar aquele coração tem que ser muito merecedor.

– Falar que prefiro mitologia romana e Belona é minha deusa preferida ajuda?- ele perguntou dando risada.

– Cuidado com o que fala perto de uma graecus! – o ameacei brincando. Percy entrou na enfermaria. Devo admitir que Percy fechou a cara quando viu a proximidade que estávamos.

– Acabaram de lhe dar alta e vim te ajudar – Percy falou meio seco.

– Acho melhor eu indo – Diego disse nos deixando a sós. Percy começou a afastar o lençol branco que me cobria no leito da enfermaria. Segurei sua mão e o fiz parar.

– Percy por que você está assim? – perguntei mesmo sabendo lá no fundo o porquê.

– Quando o vi olhando para Reyna achei que ele havia gostado dela. Mas depois de ver vocês aqui na enfermaria percebi que ele olhava para você dessa mesma forma na escola, no parque até na viagem – ele falou amargurado olhando para o chão.

– Olha para mim – ele virou os seus olhos da cor do mar para mim – Nunca mais vamos nos separar, lembra? Cabeça de alga, você realmente acha que teria olhos para outra pessoa a não ser você? – perguntei com a voz suave. Ele ficou parado me olhando nos olhos sem reação. Tentei me sentar na cama e puxa-lo para mim, mas me movimentei rápido demais e acabei ficando tonta e minha cabeça doeu. Serviu para ele sair do transe e me segurar.

– Sabidinha, eu... Eu te amo – ele disse me abraçando.

– Também te amo, cabeça de alga – disse o beijando como se não houvesse amanhã. Apenas eu e o menino que eu odiava quando conheci. Que possuía o dom de me irritar. Brigávamos a cada instante juntos, mas simplesmente não conseguíamos nos separar. Como podiam pensar que me envolveria com outra pessoa? Diego só me despertou curiosidade em entender as coisas. Algo me dizia que mesmo sendo mortal ele pertencia ao nosso mundo. Não queria sair dali. Segurava o cabelo de Percy com as duas mãos enquanto ele segurava minha cintura.

– Percy – o chamei, afastando nossas cabeças com um pequeno puxão de cabelo nele (ele que não ouse fazer isso comigo) – Temos que ter uma reunião para entendermos tudo o que esta acontecendo.

– Reyna havia falado isso, mas concordamos que só poderia acontecer com a sua presença.

– Acho que vai acontecer na festa, pelo o que ela falou – passei a mão no cabelo dele tentando consertar a bagunça que fiz – você falou com alguém?

– Sim, mas nada sobre o que está acontecendo e nem sobre os gêmeos – ele disse meio envergonhado – não podia falar nada até você puder estar presente – ele sorriu – agora pergunta se eu não falei com alguém.

– Você não falou com alguém? – perguntei brincando.

– Com Rachel – ele deu uma gargalhada – Reyna não é a única que têm cães de guarda. Você também tem a Zöe. Ela não deixou nem olhar para Rachel – eu o soquei na barriga – Ai, Ai!

– Você chamou a minha filha de cão! – gargalhei – por isso não foi mais que o merecido.

– Você é forte sabia?! – ele resmungou.

– Eu sei – disse ainda dando risada.

O ataque de monstros que sofremos não podia ter sido só porque chamamos atenção deles quando passávamos. Pela quantidade e pela variedade tinha quase certeza que estavam planejando atacar algo bem maior e mais forte ou esperando para fazer uma armadilha. Sim armadilha, pois se fosse o acampamento como eu imaginava eles teriam que passar pelas barreiras mágicas. O que eles pretendiam fazer com isso? Qual era objetivo por trás de destruir o acampamento? Minha mente possuía muitas perguntas, mas também eram sem respostas. Estava decepcionada comigo mesmo, pois estava magoada com Atena. Nós havíamos brigado, ela me disse coisas horríveis, até meu boné perdeu sua mágica e tudo isso por causa de sua marca que não queria segui. Mesmo assim o fiz, recuperei a estátua, enfrentei a Aracne, caí no Tártaro. Tudo bem que lutar lado a lado com ela foi algo que me deixou muito orgulhosa e honrada, mas nada. Não posso reclamar. Sou filha de uma deusa, e os deuses sempre dizem serem muito ocupados. Tenho que ficar muita grata pelo o casamento e o sorriso de satisfação que ela me deu. Só um sorriso...

– Há muitas coisas estranhas acontecendo e não temos ideia do porque – Reyna começou me tirando dos meus pensamentos...


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Notas finais do capítulo

comentem lá pois eu posso ser muito má no final =D