POV Estevão...

Nossa as vezes nem sei por onde explicar ou contar. Meu amor e eu viajamos, foi a viagem de nossos sonhos, estávamos tão feliz. Aí ocorreu a perda da mãe de Maria, foi tão difícil esta época de lidar com ela, e com tudo mais. Descobrimos que estávamos grávidos, sim grávidos me sentia grávido junto a ela. Descobrimos ser gêmeos, imaginem a alegria de um casal apaixonado! Mais em um droga de noite tudo desandou.

Eu fiz meu show, estava pronto para voltar para casa. Mais por muita insistência de Ricardo fico mais um pouco, ele queria que eu bebe-se alguma bebida alcoólica, me recusei claro, agora eu estava realmente mudado. Tomei um refrigerante para brindar com ele junto a algumas amigas dele.

Acordei em um hotel, a luz vinha em meu rosto direto. Eu olho para o lado, e vejo uma mulher ao meu lado. Não era Maria, não tinha o perfume dela, não tinha o cabelo negro. NÃO ERA MARIA! Já me bate o desespero, e ao ver que ela e eu estávamos nús, ai sim fiquei no desespero total. Eu me visto o quanto antes. Vou para casa.

Primeira coisa que faço ao chegar em casa, é ir ao banheiro. Tinha sangue lá, na verdade tinha muito sangue. O que ouve? Fui ver se encontrava Maria, e nada dela, assim que eu ia saindo do AP, Liv aparece.

– Liv sabe de Maria? - Pergunto desesperado.

– Onde estava? - Diz me olhando com desaprovação.

– Não vem ao caso agora. Onde Maria está? - Pergunto sem paciência.

Ao me falar que Maria esta no hospital, por ter tido início de aborto, me vem um tamanho desespero. Não ia aguentar perder meus filhos, como sabia que Maria também não iria.

Chego lá já desesperado, acreditando que Maria precisava de um abraço assim como eu, mais me surpreendo pela frieza dela comigo. Conversei com Elliot, soube que perdi um de nossos filhos. E que Maria sabia da minha suposta traição. Eu queria tanto ir até ela e dizer que era tudo mentira, mais como? Se até eu estava achando que a trai.

Depois disso nos encontramos pela ultima vez, a nossa despedida. Implorei a pedi tanto para não me deixar mais de nada adiantou, eu não podia culpa-la por não me perdoa. Eu pisei tanto na bola com ela. Mais eu a amo sempre irei ama-la, não importa o que ocorra. A amo.

Se passou um mês, queria tanto ir atrás de minha amada morena, mais não tinha coragem de olha-la na cara. Nesse tempo eu não saí de casa para nada, eu não comia direito, não me exercitava, apenas compôs músicas e cantei, só. Ricardo vai me visitar, ele não fazia isso a tempos, eu não respondia as mensagens dele, nem nada. Não nos falávamos.

– Estevão, se continuar da forma que está, perderá sua fama e todo o seu capital. Como achas que irá sobreviver? - Dizia Ricardo irritado.

– Cala a boca. Você tá pouco se importando comigo ou com minha fama, e eu também to pouco me importando para ti. Não tenho mais nada pelo que lutar. - Sento e abaixo a cabeça.

– Então Maria te deixou? - Sua voz saiu estranha. Como empolgada.

– Me diga uma coisa Ricardo. Você teve algo a ver com o que ouve comigo? E com a disposta fã que se deitou comigo? - O olho nos olhos.

– Eu? - Sorri. - Esta ficando louco? Porque eu iria querer separar você e Maria? E além disso, você é minha forma de ganhar dinheiro.- Me soo tudo hipocrisia.

– Não sei, porque iria querer me separar dela. Me diga você. Você vivia falando mal dela, que eu devia me liberar para ser feliz. Aí do nada você tenta se aproximar dela. - Nesse instante me caiu a fixa. Como não percebi antes? - Seu desgraçado. - O pego camisa e o imprenso contra a parede, pondo meu braço no pescoço dele.- Seu desgraçado. Como pode? - Falo com furia e raiva.

– Não sei sobre o que fala. - Fala com dificuldade.

– Não sabe? Não sabe, mesmo? - Coloco mais meu braço em seu pescoço. - Infelizmente me toquei do que fez desgraçado. - Do um murro na cara dele. - Você sempre desejou tudo que eu tinha ou tenha. Você pode ter muito das coisas que tive, fama, dinheiro. Mais tem algo que você nunca teve ou terá, Maria. - Só de pensar nisso, meu sangue ferve. Do mais outro murro na cara dele. - Desgraçado. Ela sempre foi muito para ti. - O jogo no chão. Para soca-lo.

– Ela sempre foi e é muita área para seu caminhão. - Fala cuspindo sangue no chão. - Ela merece um homem de verdade. Você idiota não a traiu. - Rindo com ironia. - Mais ela nunca saberá disso... Irei cuidar dela e de seu herdeiro.

Estava cego de raiva, e já não estava mais por mim... Estava o espancando. Se não fosse Liv chegar naquela hora, eu seria um assassino, de tanto que o bati e iria bater muito mais, ele merecia. Ele destruiu minha vida, minha familia, minha carreira, me destruiu, pois Maria e meu filho eram meu tudo.

Na mesma semana fui atrás de Maria, não podia perde-la. Agora sim eu estava seguro de mim, afinal eu não a trai, me sentia feliz e com um enorme alívio por isso... Cheguei tarde? Ah não, ao ouvir da boca de Elliot que Maria foi embora, meu mundo acabou, ele não me disse se foi embora do bairro, da cidade, ou do pais. Apenas disse " Ela foi embora". Meu mundo pela segunda vez naquela semana caiu.

Se passo mais o tempo, tive que ir depôr na delegacia, sobre o que fiz com o filho da mãe do Ricardo. Como Elliot e Liv são policiais, me ajudaram no depoimento, alegando que não sou violento e tais. Bem. Saia daquela ileso, mais pra mim? Tanto fazia, não tinha meu mundo, não tinha meus amores.

Voltei ou melhor fiquei na estaca zero. A cada dia que se passava me sentia mais no poço, não saia para nada, contratei uma empregada, para cuidar da casa e para repôr as compras sempre. Nisso se foram uns três ou quatro meses. Então decidi fazer algo, que estava planejando.

Dispensei a empregada! Peguei uma faca afiada, uma faca de churrasco as mais afiadas que se tem. Peguei alguns comprimidos, fui para o quarto, me sentei na cama ao lado que Maria dormia, comecei a chorar. Tomei todos os remédios possíveis, ao certo uns cinqüenta por volta disso. Mandei uma mensagem para Liv "Ei faz um favor? Diz a Maria que a amo e sempre irei amar, e que não a trai. Eu a amo, você sabe que foi armação Liv! E diz a ela para cuidar bem do nosso filho... Te adoro beijos." E cortei uma veia, eu ia corta a outra, mais me sentia chapado com os comprimidos. Senti meu corpo indo para o lado, caiu deitado na cama.

Acordei no hospital... Olivia me distratando, e me abraçando. Ela era uma grande amiga.

– Idiota! Não usa o cérebro? O que te deu na cabeça? Não, não pode ter dado nada né? Para ter feito o que fez. - Abraçada a mim. Me chingando distratando.

– Na minha cabeça, me deu a falta até de recordações. Imagine meu coração, ele esta vazio sem ela. - Digo triste.

–Ei a vida continua. - Ergue minha cabeça.

– Sem ela? Não! Tanto que não quero mais viver. - Digo convicto do que eu quero.

– Não diga bobagens Estevão. Você vai conseguir superar, eu estarei te ajudando amigo.

– Me ajuda se dizer onde ela esta.

– Não posso trair a confiança dela.

Se passaram mais meses... Liv me aconselhou a voltar a trabalhar, já que era algo que antes eu amava fazer. Depois disso, só vinha os pensamentos para me matar, não tentei mais. Pois algo dentro de minha tinha a esperança de rever minha amada morena, e conhecer meu filho ou filha. E assim se indo passando indo para anos... Nesse tempo todo que se passou, nenhum dia se quer, pude deixar de pensar em Maria e em meu filho. Será que ele nasceu bem? Como ele era sera? Será que puxou mais a mim ou a ela? Tantas dúvidas.

***

– Então! Vou postar agora a nota, beleza? - Diz minha empresaria.

– Tudo bem Daniela. - Digo em frente ao espelho, pouco me importando com o que ela falava.

– Você esta ciente que terá que demonstrar carinho né? - Diz me olhando.

– Sinceramente! Pra mim isso tanto faz, não me importo que me achem gay pelo simples fato de não me relacionar com ninguém. - Comendo minha maçã.

– Ai Estevão não vamos começar. E esqueça essa Maria, por favor! Ela de nada serve ao seu futuro, ela faz parte do seu passado.

– Daniela? Não enche. Maria é e sempre será a mulher que amo, e se eu não estiver com ela não estarei com nenhuma outra mulher, nem com o corpo, nem nada. Essa postagem não é nada mais do que aparências.

E ah sim ficamos discutindo para ver quem tinha razão, nunca entramos em acordo. Mais beleza, já estávamos acostumados.

***

Já estava no aeroporto junto a minha equipe, quando da a chamada que nosso vôo será cancelado. Todos reclamando, menos eu, sei lá queria estar no México... Quando recebo uma ligação de Olivia.

– Alô? - Atendo olhando todos reclamarem pelo vôo cancelado.

– Estevão, então. Eu já fui fiel demais a Maria, mesmo sendo amiga dos dois. Esta na hora de dizer e fazer algo, que faça com que os dois se juntem logo. Maria esta aqui no México. - To mega chocado. E pior Liv trava, para de falar do nada.

– Liv? Onde ela está? - Pego minha mala.

– Na casa de vocês de campo. Boa sorte amigo, beijos.

Não preciso nem dizer o que fiz, fui correndo para a casa de campos. Quem diria que ela estaria lá. Justamente lá! Onde passamos uns dos nossos melhores momentos, será que enfim iria conhecer meu filho ou filha? Como seria recebido? Imaginei tudo de diversas formas, estava ficando louco.

Me aproximando da velha casa de campos, a visto um lindo garoto brincando com a pipa, logo vejo uma movimentação dele. Logo vejo a minha mulher de oito anos atrás, não importa o tempo que passou, ela estava até mais linda, imagino porque né? Agora a minha menina era uma mulher, era mãe. E meu filho? Ele era incrivelmente lindo, puxou a mãe. Durante o caminho até eles, fico emocionado e meus olhos se enchem de lagrimas.

Ah sim que saiu do carro, os encaro por poucos segundos, logo tomo reação e os comprimento.

– Oi. - Digo com dificuldade.

Lá vem meu campeão para o meu colo. Será que ele sabia que eu era o pai dele? Pouco provável, mais eu aguardava tudo, e esse lado me deixava feliz em pensar.

– Sou seu fã. - Diz ele sorrindo. Tão simpático e inocente meu menininho.- Quando crescer serei igual a você, e serei famoso. - Ele me abraça. Eu correspondo o abraço o apertando. Por breves segundo já consegui sentir o amor partenal sublime em mim. Minha Maria, continuava em silencio, nos olhando. Como seria a reação deles agora?