Adotado escrita por Thiago Tavares


Capítulo 28
Capítulo 28 - Mais Meloso


Notas iniciais do capítulo

bom né? nada não... enfim, que vocês curtam esse Cap



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Antigamente em Adotado:

— Eu sou muito foda! – Pego meu telefone e procuro um contato a muito tempo não usado. Ligo – Alô. É da pizzaria? Quero pedir uma pizza de bacon...

Adotado – Capítulo 28

Não demora muito tempo, a pizza chega, já está crepúsculo quando eu abro a porta, pago o entregador e pego a caixa de pizza ainda quente. Vou para a cozinha e coloco a pizza em cima do balcão. Não posso sumir, tenho que falar pelo menos para a Nick aonde eu vou.

Vou até a porta da Nick e bato.

— NICK – grito. Ela deve estar exausta como eu. Mas eu tenho que avisar a ela aonde vou. – NICOLE, ABRE A PORTA POR FAVOR?

— CALMA AÊ! – Escuto ela gritar lá de dentro

— ABRE LOGO PALMITO ANÊMICO

— ODEIO QUEM ME CHAMA ASSIM

— EU SEI. ABRE LOGO – escuto ela bufar e ela abre

— O que foi, Thiago? Você está bem? – Ela pergunta

— Estou sim – não me lembro o motivo mas percebo que a estou abraçando, eu realmente precisava disso – muito obrigado por tudo Nick, eu não sei o que seria de mim sem você. Você sabe – rio, cai umas lagrimas que eu que surgem do nada e eu não consigo segurar.

— Sabe que eu estou aqui para isso. Mas o que você quer? Eu estava dormindo. – Ela fala

— Eu vou na casa da Isa. Tenho que falar com ela – digo

— Stef disse que você a beijou do nada, posso saber porque? Você não para de atirar, socorro – ela diz e ri

— Não pode me culpar por ter hormônios está bem?

— Posso sim, você podia se masturbar como a maioria dos meninos, mas não. Você quer atacar meninas indefesas e seus lábios carnudos – ela ri novamente, eu me pego pesando que não teria uma irmã melhor que ela. Eu nunca teria como agradecer por ter a Nick, nada parece o suficiente.

— Para de ser chata – rio – eu tenho que ir.

— Cuidado com ela. Você é um garoto incrível que faz as pessoas acharem que você é horrível, acho que esse é seu maior erro. Não faça acreditarem que você é horrível. Porque você não é. – ela diz

— Não me faça acreditar nisso – rio

— Eu faço... – ela diz e novamente me abraça. Eu não a aperto, só me encaixo em seu abraço, não existe um abraço que eu precise mais do que o dela.

— Você é incrível – eu digo

— Você também é. – ela me solta e sorri para mim – agora vai lá, garanhão.

— Me chamando de cavalo? Doeu hein? – Rio e saio, ela sorri para mim, aceno e desço.

Eu ajeito minhas coisas e pego a pizza, vou para fora e suspiro. Vamos lá.

Caminho para a casa da Isa, fica ao contrário da rua da casa da Stef, na maioria das vezes a Isa passa pela minha casa antes de ir para a casa a dela. Ou ela vem me deixar também, e depois que a Nick começou a morar lá em casa, quem vem fazendo o papel dela é o David.

Mas, em comparação, a casa dela não fica tão longe. Já escureceu, mas ainda fica uma nuvem ou outra pintada de laranja no céu. Sorrio. Isso me hipnotiza a maioria das vezes, mas minha cabeça não está nas nuvens hoje, está na Isa.

Mas me entristeço, sim. Eu me entristeço quando percebo o que fiz com ela, e se ela fizer o mesmo comigo? O que eu tenho quase certeza de que ela vai fazer. Se ela fechar a porta na minha cara? Não aceitar meu pedido de desculpas ou nem querer falar comigo?

Acho que eu não tenho muito o que ter esperanças, só vou ter esperanças nela. Todas as minhas esperanças estão nela. Será que estou me apaixonando? Não posso. Só vai dar errado. Eu não presto. Não presto para amar.

Vejo a casa dela a poucos passos, solto o ar que eu estava prendendo. Eu começo a tremer sem querer. Normal. Chego mais perto e mais perto. Não quero que chegue nunca. Tem gente na rua, algumas pessoas eu conheço de vista por vir várias vezes na casa da Isa. Em falar na casa da Isa: cheguei. Toco a campainha.

Suo frio, é o preço a pagar. Ouço passos vindo e abrindo a porta. Ela coloca o rosto para fora, a Isa. Eu me encolho, ela vai fechar na minha cara? Ela me ver e prensa os lábios, ela vem para fora e fecha a porta atrás de si, ela chega perto de mim e me beija.

Eu fui pego totalmente de surpresa, era a última coisa que eu esperava dela. É verdade. Porque ela faz isso comigo? Quando eu penso que a conheço, eu não a conheço. Ela saiu de figurante e foi para personagem principal da minha história.

— Eu te odeio – ela me diz quando nos afastamos, ela me beija de novo, eu retribuo

— Eu me odeio – falo quando nos separamos de novo. A olho nos olhos. Tenha paciência, Thiago. Penso

— Você trouxe pizza? Pensa que vai me comprar com pizza? – Ela me olha. Não foi essa a intensão.

— Não, não é isso. Eu juro. Eu pensei que você fosse gostar, só isso – falo meio gaguejando.

— Porque você quer me alegrar? Você fechou a porta na minha cara depois de ter me beijado, me senti usada. Um lixo. Eu poderia fazer isso com você também. Você sabe. Só não faço porque você tem pizza e está cheirando muito bem – ela aponta para a pizza – do que é?

— Bacon... me desculpa Isa. Mesmo. Você sabe que eu tenho essas crises e fico louco do nada. Eu fiz aquilo, mas me arrependo completamente – a cara dela começa a ficar triste e eu percebo o que eu disse – não do beijo, o beijo eu realmente quis fazer – tentei não estragar tudo

— Mesmo? – Ela pergunta

— Mesmo – eu respondo. Eu sorrio e ela sorri. Ela enrole o braço no meu pescoço e me beija e eu enrolo minha mão vaga em sua cintura e retribuo. Eu queria que isso nunca acabasse. Eu queria ficar assim com ela para sempre. Com uma pessoa que eu sei que me ama. Que eu sei que eu amo. Que eu sei que está tudo bem onde temos que estar. Eu sei. Mas eu também sei que não vai acabar aqui. Mas saber que existe a verdade em pelo menos um casal que se beija em frente a porta da garota já dá esperanças para outras pessoas.

A noite foi uma sequência de risos: a família dela me recebeu bem, ganhei uns pontos com a mãe dela por ter trago pizza, ela não precisou fazer o jantar. Sentei com ela na cozinha enquanto a família dela foi para a sala ficar de frente para a TV. Ela amou a pizza de frango e eu gostei da companhia dela. Eu não precisava de mais nada. Eu não preciso. Só preciso dela, das nossas mãos entrelaçadas e dos seus beijos. Acho que momentos de felicidades ficam sempre como um atalho na nossa mente, porque eu sei que eu nunca vou esquecer essa noite.

Depois ela me levou para o quarto dela, como se fosse a primeira vez que eu estivesse lá. Mas não era e eu não precisava ficar nervoso. Eu sei o que eu tenho que fazer na hora certa, o que falar na hora certa. Não tenho que me apressar com uma coisa assim. A gente apenas deitou na cama dela e ficamos falando como foi que passamos e como ficamos durante uns dias atrás, ela me contou como gostou da nossa viagem. Até hoje quando ela me beijou e quando comemos a pizza.

Nos beijamos à medida que um virava para o outro, de vez enquanto a mãe da Isa veio nos ver no quarto, trazendo suco, perguntando se precisávamos de algo. Ou só para olhar mesmo. Riamos quando ela saia do quarto meio desconfiada. Chegou a minha hora de voltar para a casa. Não posso dormir fora de novo, eu sei. Isa me levou até a porta. Fomos para a rua e fechou a porta atrás de si como tinha feito antes. Veio até mim e me beijou novamente. Mas esse é um beijo de despedida. Ambos sabemos que vamos sonhar com o outro, essa noite. Que mesmo longe, teremos o outro mesmo dormindo.

— Gostei da nossa noite – eu falo, acabando com o silencio.

— Eu também. Ah... Thiago. Quem precisa saber disso? – Ela pergunta, eu não tinha pensando nesse ponto

— Acho que não seria bom a gente contar para ninguém ainda. Melhor nos estabilizarmos e depois contamos para nossos amigos. Tudo bem por você?

— Sim, tudo bem! – Ela sorri e me abraça

— Até amanhã, pequena – retribuo o abraço

— Até amanhã, bacon. – Ela diz e rir

— Bacon? – Eu rio

— É o seu apelido, acostume-se. – ela rir e fica seria depois – tchau

— Tchau – acaricio seu rosto e saio andando. Olho para trás para vê-la ainda lá. Ela me acena e eu aceno também e volto a prestar atenção para a frente.

Eu estou apaixonado. Isso é mal. Mas eu gosto. Eu a amo. Não tem pior morte do que gostar do veneno que te mata.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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