Style escrita por MissOllye
Notas iniciais do capítulo
OLHA QUEM ESTÁ DE VOLTA!
YES, EU!
Como eu estou de férias (graças aos Deuses) e passei de ano (obrigada, Atena) vim aqui postar mais uma one que fiz com base em uma música da rainha Taylor.
A música é Style e está no novo cd dela, 1989.
Como consegui meu Photoshop de volta, fiz a capa correndo então ignorem ter ficado muito feia.
Shawn lindíssimo como Nico e Kaya rainha como Thalia, mas podem imaginá-los como preferirem.
Espero que gostem ♥
Ouço três batidas na janela do meu quarto.
Permaneço meio segundo sem emitir som algum e confirmo se não há ninguém em casa.
-Nico? - chamo alto e recebo uma batida na janela como resposta. Sorrio.
Corro até a janela e subo a perciana, encontrando a pessoa que batera.
Cabelos negros na altura da nuca, jogados para trás e uma mecha teimosa caindo na testa. Camisa branca por baixo do casaco modelo aviador preto. Ele sorri de lado.
E eu deveria mandá-lo embora, pois eu sei exatamente onde isso vai parar, mas eu não consigo.
-Meia noite. - ele diz, enquanto abro o vidro e o vejo sentar no parapeito da janela. - Atrasada como sempre.
Volto à frente do espelho e termino de passar meu batom vermelho.
-Vermelho? - ele ergue uma sobrancelha, no modo James Dean.
-O tipo de coisa clássica de que você gosta, eu sei. Eu também gosto. - sorrio e me sento na beirada da cama, lutando com a saia curta e apertada que uso enquanto amarro as botas de salto. - Tem certeza de que meu pai saiu?
-Total. O carro dele não está aí. E seu irmão? Já foi com a namorada? - ele desce da janela e estende a mão para me ajudar enquanto murmuro um "aham" , o que faz com que eu alimente a minha fé de boa garota que sai com garotos decentes.
Apoio as mãos no couro gelado sobre seus ombros enquanto ele me segura pelos cotovelos e solto o peso do corpo.
Piso na grama e fecho a janela por fora.
Ele veio me buscar no Porsche preto que eu tanto gosto. Os faróis apagados por precaução.
Sento-me no banco do carona enquanto ele dá a volta e entra no carro, ligando-o em seguida.
Deixo a mão no descanso de braço entre seu banco e o meu e sou surpreendida quando ele põe sua mão tão próxima à minha que nossos dedos se tocam.
Uma corrente elétrica percorre meu corpo mas me recuso a puxar a mão de volta.
Era esse tipo de sentimento que me matava.
A não-certeza de sermos ou não um casal. De sermos ou não algo sério. De o que temos ser mais do que "ficadas quando os dois estão afim".
Tudo bem que o que eu menos queria era um pedido formal, mas às vezes deixar claro o que somos ajuda um pouco.
Se bem que, depois do que ouvi por aí, o que ele com certeza não tem é algo sério comigo.
A viagem não foi longa, mas foi o suficiente para ouvirmos algumas músicas de uma estação qualquer de rádio.
Quando finalmente paramos na praça em que combinamos com o pessoal, ele desliga o rádio e o carro.
Pego a bolsa e saio do veículo, dando a volta e encontrando com ele. Percebo o fato de que ele não passa o braço sobre meus ombros como geralmente faz quando estamos caminhando juntos.
Sorrio para Annabeth, minha melhor amiga, enquanto damos os passos que faltavam e retribuo os cumprimentos recebidos.
Annabeth e meu primo/seu namorado Percy. Hazel, irmã de Nico e seu namorado Frank. Jason e Piper. Leo e sua namorada Calipso.
E alí ficamos. Conversas seguidas de risadas que ecoam pela cidade que dorme em uma tranquila noite de sexta-feira.
Se eu pudesse congelar uma parte da minha vida e vivê-la pelos próximos vinte anos, seria essa noite. Junto com as pessoas que fazem a diferença na minha vida.
Quando a tela de meu celular me mostra que são duas da manhã, cutuco Nico com o cotovelo e percebo que ele me encarava. Seu casaco pende de meus ombros, onde ele o colocou quando começou a ventar forte.
-Duas horas. Preciso voltar. Me leve para casa. - falo baixo para não interromper a conversa dos outros.
-Tudo bem, vamos então. - ele sorri.
Me levanto e abraço todos, que murmuram o quão certinha eu sou na questão horário de dormir.
-Jason? - pergunto, querendo saber se ele vai agora também.
-Vou mais tarde. - ergo uma sobrancelha. - Fica tranquila. Antes das quatro eu estou dormindo como um bom garoto em meu quarto.
Eu sorrio e acompanho Nico até a rua onde o carro está.
Ele se aproxima, mas eu me afasto subitamente. De repente percebendo o quão magoada estava.
Ele sempre fora meu amigo mas agora tão distante e tão próximo ao mesmo tempo...
O caminho pareceu ainda mais curto.
Ele para em frente a minha casa. Os faróis novamente desligados.
-Tá entregue. - ele brinca.
Tiro o casaco e entrego à ele.
Murmuro um obrigada e me viro para abrir a porta, quando penso que não posso dar mais um passo sem tirar minha dúvida.
-Eu ouvi dizer por aí que você estava andando com uma outra garota. - o ressentimento é visível em minha voz. Encaro-o e ele fica sem expressão.
-Isso é verdade. Se é isso o que queria saber. - ele diz e essa é a deixa para eu abrir a porta e pôr os pés no asfalto. Levanto-me e sinto sua mão em meu pulso, me segurando.- Mas... mesmo tendo saído com ela naquele dia, eu não consigo parar de pensar em você.
-Isso já aconteceu comigo. Algumas vezes. - É tudo o que digo antes de sacudir meu braço para me livrar de sua mão e bater a porta.
Nico com certeza ficará pensando nisso mas mal sabe que a única pessoa que me vem à cabeça toda hora é ele.
Caminho pela calçada à passos largos e vou até a lateral da casa.
Abro a janela e piso em uma pedra que enfeita o jardim, ficando assim da altura da janela.
Dou impulso e entro, sem mesmo olhar para trás.
Bato a janela com força e fecho a persiana.
Ponho meu pijama silenciosamente enquanto ouço o barulho do motor de seu carro sendo ligado.
O barulho se afasta e sei que ele ficou se sentindo culpado. Se não tivesse ficado, teria vindo atrás de mim e tentando explicar o que não há explicação.
Apago as luzes, deito e me enrolo no edredom.
No mural preso à parede, sobre minha escrivaninha, avisto uma foto nossa tirada por Hazel.
Era o inverno passado e eu estava com o casaco igual ao dele.
A garota brincara conosco dizendo que éramos a dupla da moda. - perceba o dupla e nãocasal, mesmo que na época nós já ficássemos e todos soubessem.
Ele está do meu lado, com um braço nos meus ombros e eu ainda tinha minhas mechas azuis no cabelo.
Na legenda, com a letra de Nico, está escrito "Dupla da moda".
E, talvez o apelido fizesse sentido.
Talvez fôssemos feitos para quebrar, porque sempre que nos afastamos, nós voltamos novamente.
É como meu batom vermelho.
Como sua jaqueta.
Como nossas fotos em Polaroid, presas à um mural no quarto de uma garota qualquer por aí.
Isso - ou nós - vai e volta.
Por que isso é como a moda
E nós nunca estamos fora de moda.
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