O paspalho e a mulher escrita por Ro_Matheus


Capítulo 1
Capítulo 1




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Abriu os olhos ao sentir uma luz adentrar pela fresta da janela. Bufou, aquele dia será longo faltava um mês para o natal e nessa época todos ficam mais alvoroçados e aqueles sem família, mais agressivos. Muito mais trabalho para o xerife daquela cidadezinha pequena no meio do oeste esquecido da Nova Inglaterra.

Caminhou até sua cômoda velha e gasta aonde em meio a armas e uma garrafa de whisky estava um desenho de uma linda mulher ruiva. A sua ruiva sua doce esposa que morreu a tentos anos salvando a vida do filho entrando na frente da bala.

Seu precioso, espontâneo, divertido, esforçado, e atrapalhado filho. Era bom ver tanto de Kushina nele.

Levantou os olhos vendo um homem loiro de cabelos espetados levemente longos olhos azuis a muito cansado e um ar paciente que sempre teve. Quando era mais novo tinha mais vida, mais esperança mas com os anos de solidão tinha de assumi que andava cada vez mais rabugento.

Vestiu o coldre e o colete de xerife e as botinas pegou seu chapéu partindo porta a fora para bater na portinha de madeira gasta do quarto ao lado.

– Naruto.

Silêncio completo nem o ressonar dos roncos do filho, o safado estava enrolado na cama.

– Anda Naruto, não é você que se gaba dizendo ser o próximo xerife? Que xerife é esse que dorme até tarde?

Mais silêncio ele estava o provocando.

– Moleque se eu tiver de abrir essa porta....

Nada. Bufando abriu a porta e viu o quarto sempre zoneado do filho, tudo como sempre estava na mais perfeita desordem, exceto é claro pela falta do filho. O armário com as portas arreganhadas e quase sem roupa alguma dentro e na porta preso um bilhete.

Pai,

Vocês não nos aceitavam como éramos, precisávamos seguir nossos sonhos, pois ninguém pode vivê-los por nós e a vida é somente uma.

O senhor uma vez me disse que faria tudo por minha mãe, afinal era a mulher amava.E eu amo-a.

Espero que um dia me perdoe.

Abraços,

Naruto.”

Apertou o bilhete na mão, aquelas palavras iniciais, tudo sobre seguir sonhos e viver o que ninguém pode viver por você bem sabia de quem tinha saído.

Saiu tempestuoso, porta a fora atravessando a cidade dando a volta no saloon onde atrás ficava a casa das moças de Tsunade abriu a porta sem bater olhando em volta daquela decoração de parede pastel e móveis vermelhos com detalhes em dourado.

Viu sentada em uma poltrona com um amassador de ervas na mão a principal “pupila” e tida como filha de Tsunade: Sakura Haruno. Moça fina de poucas formas e traços delicados com um cabelo ruivo tão claro que beirava o rosa e intensos olhos verdes.

– Cadê ela? – Perguntou direto assustando a moça de vestido lilás delicado, quem vê pensava ser moça de família.

– Senhor Xerife... – Ela exclamou assustada levando uma das mãos ao peito. – Como? Eu não entendi, por favor poderia repetir?

– Sim sou eu, agora me responde aonde está sua mãe? – Sua vontade era mandar a sua educação as favas, no entanto a menina era um doce de pessoa não poderia fazer isso.

– Ela... Vou chamá-la para o senhor, com licença. – A menina de cabelos rosas se erguia quando a poderosa voz sensual soou as suas costas.

– Não precisa Sakura, vá ao fundos ver as ervas secas no defumador e me deixa sozinha com esse paspalho. – Minato virou o dorso vendo a poderosa Tsunade loira de longos cabelos quase platinados, corpo escultural, formoso e bem definido em vestidos mais que ousados (dessa vez um verde com detalhes em pérola) dona de uma das cinturas mais finas que conhecia e a quem todos buscam quando a saúde fica doente.

Seria uma das mulheres mais respeitas da cidade. Seria é claro, se não fosse dona e cafetina do único prostíbulo da região.

Embora duvide que há uma viva alma na cidade inteira que tivesse coragem de encarar a mulher de frente e a ofender, afinal ela também era conhecida por sua excelente mira e ter uma winchester sempre ao alcance das mãos.

–Paspalho? Quem lhe deu autoridade de me chamar assim mulher!!

– Pois eu não preciso que me dêem autoridade, principalmente quando disse verdades. – Cruzou a frente de Minato encaminhando-se para sua espaçosa e confortável sala atiçando o fogo da lareira e sentando em uma chamisè ali presente. – Nesse caso Minato você foi um tremendo paspalho. – Sinalizou para ele sentar mas ele ignorou.

– Não fui! Só fui um pai preocupado, onde já se viu! Ele não sabe que ela sempre seria visto como uma... – Suspirou olhando para Tsunade.– Nunca será respeitada como moça de família.

– Deixa de besteira homem, como se ela preocupa-se com isso, sei que por trás daquela cabeleira negra e rostinho de boneca há uma das mulheres mais fortes que já conheci! Ela não se abateria por uma besteira como o que as carolas pensarão dela.

– Mas meu filho tinha o sonho de ser xerife, como o ser xerife sem o apoio da população? Essas carola,s como você mesma chamou, fazem parte dessa população, ao se casar com ela ele perderia o apoio de todos! – Bufou inconformado a olhando duro. – Você fala tanto de que aqui é o local para realizarem sonhos, mas você apoiando essa sandice de fugirem acaba de matar o dele.

– Será mesmo Minato? – Perguntou cruzando os braços erguendo os formosos seios e erguendo uma das sobrancelhas.

– Como assim? – Perguntou tendo a certeza que ela tinha cartas na manga.

– Você sabe como Naruto é, não vai ser algo simples assim que vai impedi-lo de atingir seus sonhos, além do mais, ter Hinata ao seu lado também era seu sonho... – Ergue-se encaminhando ao bar presente no canto.

– Não seja tola, isso está acima dos desejos dele, está fora do seu controle... Agora deixe de me enrolar e diga aonde eles estão. – Exigiu sério jogando o chapéu de lado.

– Não sei. – Sorriu presunçosa.

– Não me venha com essa, é uma de suas meninas, é lógico que sabe! – apontou para sua face exigindo uma resposta enquanto se aproximava.

– Eu só sei que fugiram ontem logo que você adormeceu. Mais nada– Tomou um gole de uísque. – Sabia que viria atrás deles, por isso mesmo não quis ter a menor idéia para aonde iriam, só pude admirar a cena linda dele levando a na garupa.

Sentou inconformado passando a mão pelos cabelos.

– Esse menino, ele tinha um futuro promissor a menina Shion, sabe a filha do prefeito, não esconde de ninguém o anseio por Naruto. E era uma menina tão doce...

– Mas não era dona do coração dele... Hinata também é doce,também é bem prendada, gentil e uma menina com o coração mais puro que conheço. – Sentou ao lado do xerife. – Deveria estar feliz por seu filho buscar a própria felicidade e não triste assim.

– Como ficar feliz com algo que pode ser uma felicidade momentânea que poderá trazer tanto sofrimento depois... – Ele a olhou sofrido, perdido como a muito não sentia. – Pode ser somente o encanto inicial de ter virado homem com ela...

Ela sorriu presunçosa olhando de lado.

– Então devo supor que me amou por um tempo não? – Ela riu ao ver que Minato ficou rubro.

– Ora essa! Não seja descabida. – Respondeu bravo tentando ignorar o calor que subia pelo rosto, mas isso pareceu somente empolgar mais ainda pois soltou o verbo.

– Ué, por que pelo que disse o rapaz não saberia diferenciar amor de desejo... E se bem me lembro você voltou diversas vezes para ter meus serviços até começar a cortejar Kushina....

– TSUNADE! – Exclamou já querendo explodir com aquela loira desbocada.

– Meu nome! – Respondeu rindo divertida.

– Mulher não me provoque! – Ele ameaçou segurando o chapéu em riste apontando com ele.

– Xerife. – Tocou no ombro dele. – A verdade é que o que está feito está feito, o melhor que você faz é se conformar e deixar o tempo mostrar no que isso dará.

Minato não falou nada, somente levantou e partiu.

Tsunade ficou sem notícias e sem ver o tão adorado xerife da cidade por exatos cinco dias.

A mulher já estava era feliz por tal fato, se o homem não se metia em confusão, nem dava sinais de vida era sinal de que estava se conformado. Era um homemzinho muito protetor esse Minato. Sua menina cuidaria como ninguém de Naruto.

Riu sozinha enquanto arrumava-se para mais uma noite. Queria que todas as meninas tivessem essa sorte. Afinal todas as meninas eram suas queridas, desejava só o melhor para cada uma, pena que o mundo não permitia enxergá-las além do que faziam.

Teve um momento que temeu pelo coração de Hinata, quando viu a forma apaixonada e feliz que a mocinha acompanhava pela fresta da janela o ir e vir do loiro pela cidade e realmente ficou duvidosa quando Jiraya trouxe seu afilhado para a o bordel e Naruto a escolheu vidrado naquele corpo mais que perfeito. Corpo esse que lembrava a loira a si mesma mais jovem.

Mas suas preocupações passaram ao ver o olhar apaixonado do loiro ao sair da casa e as incontáveis vezes que ele vinha com seus gatos pingados a ver mesmo quando não subiam a alugava a noite toda conversando e bebendo. Fora as vezes que fingia não ver as escapulidas dele pela janela do quarto dela durante o dia.

Lembrou saudosa de quando viveu as mesmas coisas com Dan, seu grande e eterno amor, mas a vida foi menos gentil com ela do que foi com Hinata e Dan adquiriu uma tuberculose severa o levando antes mesmo que pudesse se despedir.

A partir daí decidiu que ninguém mais sofreria doenças a sua frente e ela ficaria impotente sem ter como cuidar. Somente falou com Kushina, mas essa sabia que não teria muito a fazer assim que viu acontecer, no entanto deu seu melhor.

E como invocado pelas lembranças Minato adentrou o bordel, e como naquela época entrou caindo pelas tabelas de bêbado.

– Eu.. eu quero um remédio! – Ele pediu e ela suspirou, já conhecia aquele dialogo. Mas ainda assim, decidiu seguir o caminho.

–Para o que Minato? – Aproximou já passando os braços por seu ombro e o guiando escada acima.

– Para dor... Dor aqui! – Socou o próprio peito e o corpo todo balançou.

– Eu tenho o remédio lá em cima... – Mentiu, dessa vez mais calejada sabia que era melhor.

– Verdade? – Perguntou esperançoso como uma criança enquanto era guiado para o maior quarto daquele local e deitado na cama.

– Sim. – Respondeu Tsunade enquanto ia ao seu armário de remédios e tirava um vidrinho marron pequeno e simples lendo o rótulo.

– Bom, bom... – Respondeu sem tirar os óleos da cafetina vendo o remédio ser servido em uma colher.

– Tome. – Ela disse e ele prontamente o fez. – Agora deite e feche os olhos por que em pouco tempo o remédio fará efeito.

Tsunade saiu do quarto encostando na porta e suspirando e massageando a testa.

– Agora é só esperar o sonífero fazer efeito.

Abriu os olhos ao sentir uma luz adentrar pela fresta da janela. Bufou, no entanto, algo estava errado em sua rotina, algo estava muito errado, aquele teto branco com arabescos dourados não era o seu telhado. Olhou para o lado e viu um quarto feminino e delicado bem cuidado e a cama era grande e confortável. Aonde raios tinha se metido quando bebeu?

– Finalmente em! – A voz de Tsunade invadiu sua cabeça e bateu fundo em dor.

– Eu não... – Precisava saber o nível de sua bebedeira.

– Fique tranqüilo veio só dormir aqui mesmo viu. – Respondeu enquanto colocava uma bandeja sobre a cabeceira da cama.

Minato suspirou jogando o corpo de volta ao colchão, menos mal.

– Toma. – A loira colocou um copo em suas mãos. – Vai ajudar na ressaca.

– Olha Tsunade..

– Não se preocupe com isso, só tome logo esse copo e vá trabalhar.

Saiu deixando Minato agradecido por realmente não precisar explicar o que nem ele entendia.

Tsunade sentia que hoje ia!

Tinha ganho já duas partidas de poker, e entendia agora por que as vezes tirava uma noite de folga de sua casa para ficar no salão jogando, ela era estupidamente boa nisso!!!

Isso até é claro Minato sentar a sua frente e em poucos segundos escutou.

– Venci! – O sorriso de lado dele calmo deu vontade de Tsunade voar no pescoço dele e enforcá-lo.

Três rodadas depois ela se arrependia de não fazê-lo e a sexta foi suficiente para ver seus companheiros de mesa saírem.

– Eu não entendo, estava tão bem... – Disse Tsunade desolada.

– O que você não percebeu é que eu tenho menos sorte no amor que você.

– Hunf! Balela! – Respondeu taciturna bebendo a já incontável dose de uísque.

– A lenda da sorte no jogo azar no amor? – Perguntou risonho.

– Não paspalho, você ter mais azar no amor que eu. – Respondeu irritada ela acenando com a mão enquanto embaralhava a carta.

– Isso veremos! – Minato respondeu levantando pegando seu chapéu e colocando na cabeça.

Ele já partia quando Tsunade percebeu uma coisa.

– Minato, seu premio.

– Fica, é seu pela ajuda outro dia... – Ele a olhou com carinho. – Na próxima preste atenção, eles estavam em complô analisando seu jogo, eles iam lhe limpar.

Sem esperar por mais saiu fazendo a porta dupla rancher no vai e vem e Tsunade buffar.

– Você é um paspalho mesmo! – Ela dizia enquanto enfiava algo muito doloroso em sua testa e Minato só podia gemer.

– Mulher, o que você queria que fizesse. – Resmungou a vendo enfiar novamente o tecido naquele monte de água preta e ervas velhas.

– Agisse como um Xerife que todos pensam ser e não como um paspalho que sei que é. – Bufou ela bruxando os braços olhando para sua cara. – Tira a roupa.

– MULHER! – Resmungou ele constrangido.

– Como se eu não tivesse visto tudo que já tem ai.. – Rolou os olhos a mulher a sua frente e isso não ajudou a diminuir o calor no rosto Minato. – Anda, não desperdiça meu tempo, preciso se não feriu nada internamente.

– Hunf! Deveria preocupar-se com o outro cara não comigo. – Resmungou tirando a camisa sentindo as costelas repuxarem junto com a virilha, é talvez fosse bom ela ver.

– Sakura está cuidando do menino Uchiha. – Respondeu a outra erguendo seus braços e olhando de baixo deles e em suas costelas tocando no lugar dolorido.

– Devia prender aquele pivete. – Meditou o Xerife pensando que aquele moleque tinha uma direta poderosa.

– Devia calar a boca e não cair em provocações de adolescente que nem saíram das fraldas . – Tsunade comentou enquanto passava uma pasta fedida em suas costelas. – O que ele tanto disse para te ofender.

– Nada,... – Começou até ver a expressão de Tsunade para si o lembrando que ela estava ali o curando. – Veio me questionar por que eu deixei o Naruto fugir com uma... Uma de suas meninas.

– Puta, pode dizer não dói nem ofende. Vire! – Ela ordenou enquanto ele deitava de bruços e ela passava a analisar atrás de sua coxa esquerda. – Só isso?

– Não... Respondi que não interessava e o pivete teve a petulância de dizer que claro que interessava pois seu amigo agora tinha fama de corno manso por culpa minha. – Disse apertando a mão enquanto lembrava.

– Ouch, menino burro. – Disse Tsunade negando com a cabeça. – O menino Uchiha devia estar mesmo bêbado como diziam para falar assim com o Xerife.

– E piora. – Comenta já querendo dividir a merda toda.

– Como pode piorar? – Pergunta a expressão incrédula.

– Ele perguntou se por acaso a “norinha” não tinha feito serviços em mim para facilitar a fuga.

– É esse moleque merece. – Riu Tsunade claramente entendo a atitude do homem.

– Não é verdade!

A face ardia. Estava mesmo ferrada e como Tsunade queria matar só um pouquinho Sakura.

– E ai putinha vai ou não falar. – Mandara perguntou enquanto via Deidara afiar uma faca na sua lateral, mal sinal.

– O que? Que seu pau é o menor entre os Uchihas? Talvez, ou prefere que eu diga que você transa mais rápido que coiote atrás de carniça? – Um novo murro na face vindo de Kizame.

Não importa o quanto ardia, não importava quanto doía não iria entregar sua filha, mesmo não tendo a menor idéia aonde estaria, mas sabia que negar a responder adiava a partida desses homens e lhe dava tempo aos dois descabeçados.

– Ou você começa a falar ou vamos pegar suas meninas para te fazer falar.... – Mandara falava com sua voz calma e pacata, como se falasse do tempo seco.

Ponderou dois instantes sobre o assunto, mas suas meninas eram como irmãs elas não entregariam Sakura, e iria aquentar o quanto pudessem por ela. Portanto sorriu de lado e cuspiu naquela cara pálida bem em cima do seu olho negro o fazendo vermelho.

– MALDITA! – Berrou Mandara apontando a arma para sua cabeça e meio segundo depois Tsunde viu o crânio dele explodir a sua frente, menos de um segundo depois la se foi a mão de Kizame e Deidara caiu no chão gemendo de dor segurando o joelho.

Minato chutou sua porta ainda apontando a arma aos três no chão.

– Finalmente esse merda te colocou com a vida em risco para eu dar o maldito tiro para matar – Resmungou o Xerife vendo seus homens levando os dois meliantes presos.

– Você demorou maldito. – Bradou Tsunade enfurecida enquanto Minato a desamarrava.

– Desculpe, mas você sabe, se só o prende-se por te espancar amanhã ele estaria solto, mas ao colocar a vida de um civil inocente em risco me deu direito de atirar para matar. – Explicou Minato enquanto Tsunade massageava seus pulsos e ele soltava seus pés.

– Maldito paspalho que segue as regras... Me ver tomar um murros não fez sua consciência pesar não? – Perguntou inconformada pensando aonde tinha ido o heroísmo.

– Claro que não, Tsunade, – Começou Minato ainda ajoelhado a sua frente segurando eu seu queijo e a olhando nos olhos limpando uma lágrima que escorria e nem tinha percebido que acontecia. – Você é a mais incrivelmente forte e poderosa mulher que eu conheço. – E pela primeira vez em muitos anos Tsunade ficou rubra.

Minato olhou pela janela de sua sala e via as ruas desertas mas todas as casas iluminadas, todas menos o Sallon.

Não poderia ser diferente também, não essa noite, onde todos estavam com suas famílias e os poucos gatos pingados como ele que não o tinham mais essa coisa chamada família. Ficavam trancados em casa para não contagiar os outros com sua tristeza.

Olhou para a lareira acesa e jogou mais uma madeira, quem sabe um livro velho poderia fazer companhia essa noite.

Pegou a dose de uísque, um livro antigo que nem se deu ao trabalho de ler o titulo e caminhou para a poltrona mas antes mesmo de sentar ouviu a campainha tocar.

Quem era o maldito que achou por bem interromper sua fossa natalina? AH! Mas como iria pagar caro.

– Desculpe a demora pai! Hinata fez questão de primeiro cozinhar um peru para nós trazermos e eu não podia ir contra suas vontades sabe. – Disse Naruto sorrindo com uma mão atrás da cabeça enquanto abraçava a pequena e frágil moça sobre os ombros. A menina olhava temerosa mas sem abandonar o sorriso gentil da face e nas mãos pequenas e com as juntas brancas de nervoso, um imenso peru de natal.

Simplesmente passou os braços sobre o ombro do garoto o puxando para si.

– Chegou na hora filho. – Não importava com quem seu filho fugiu, ou se ele fugiu, o que importava era isso, ele estar ali de volta. – Vamos entrem logo não fiquem ai na porta!

– Pai...

– De-me aqui esse peru menina, deve estar pesado. – Disse Minato sorrindo como a muito sorrindo. – Anda menino vai lá no armário pega três pratos no lugar de sempre.

De repente, sem menos esperar o pior natal de sua vida virou o mais especial.

E em meio a risadas e conversas, em meio a pedidos de perdão soube a história triste de sua nora, uma moça sim de família, alias, sem duvida uma das maiores famílias da capital, no entanto foi seqüestrada e abusada, conseguiu de uma forma milagrosa fugir e cair ali em Kohona, envergonhada de mais pelo que lhe acometeu acabou entrando para as meninas de Tsunade, e pouco atendeu antes de Naruto entrar em sua vida.

Ah claro! A explicação também da fuga, ela estava de cinco meses de gravidez, na época que fugiu a barriga começava a despontar e portanto não dava mais para esconder e por isso Naruto decidiu arriscar tudo e fugir decidiu a levar a menina de volta para a família. Claro que antes quis por que quis passar em um pastor para casarem.

Ficou imensamente orgulhoso das atitudes de seu filho e da coragem de pegar para si uma moça que já esteve com outros. Tinha certeza ali que Naruto seria melhor Xerife que jamais ele foi, pois em momento algum viu seu filho sofrendo por ter uma mulher que já passou em mãos de outros, pelo contrário só tinha desejo de justiça em relação aos criminosos e orgulho da força de sua esposa.

Também riram muito ao comentarem da história do sempre orgulhoso Sasuke Uchiha, que acusava o melhor amigo de babaca por se apaixonar por puta, acabou por fugir do dia para a noite com a “filha” e puta de Tsunade. O mundo dava voltas.

Após muito comerem a deliciosa comida de sua mais nova nora e deixar os dois subirem dormir saiu porta a fora. Pouco depois invadia aquela casa que hoje era o único dia que não atendia e sem aviso adentrou no maior quarto da casa tomando a mulher loira de robe entre os braços e a beijar com ardor.

– Obrigada Mulher! – Falou sorrindo de lado.

– De nada paspalho! – Respondeu a mulher com um sorriso envergonhado e adorável na face. – Feliz natal!


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