The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 19
Não Há Lugar Como o Nosso Lar




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Faltava pouco para o trem chegar na Plataforma Nove e Três Quartos e eu estava nervosa. A cada minuto que passava eu estava mais perto de encontrar Francis e Cassiopeia. Não havia posto o meu vestido azul novo, o deixaria apenas para o Natal, na semana que vem, mas vestia um antigo vestido roxo que tinha sido um presente de Cassiopeia.

Tentei desviar meus pensamentos de meus avós, e me lembrei de ontem a noite. Ernest e eu havíamos nos beijado debaixo do visgo. Senti meu rosto enrubescer novamente. Não havia sido um beijo apaixonado, nós apenas juntamos nossos lábios e ele nem tinha me tocado. Depois o visgo desapareceu e nós rimos de modo envergonhado. Ele me acompanhou de volta a Torre da Corvinal.

O beijo tinha sido, na verdade, apenas para cumprir a tradição. Mas... apesar de breve, foi bom. Me trouxe uma sensação engraçada... algo que eu nunca havia sentido antes.

Muito bem, meu pai, Henry Knight, estava me esperando na estação. Ele estava elegante, como sempre, em suas vestes escuras. Seus olhos azuis brilharam quando me viu e um sorriso iluminou suas feições tão bonitas.

Corri até ele e o abracei como se fosse uma criança. Ele me levantou do chão e me girou, algo que sempre fazia quando me buscava nos fins de ano letivo. Mas apesar de se aparentar descontraído, sua postura estava um pouco tensa. Com certeza seus pais já haviam chegado.

Ele pegou minhas coisas e me deu a mão para aparatar comigo.

Minha casa era protegida por feitiços anti trouxas e não chegava a ser uma mansão. Quem morava na mansão Knight era Francis e Cassiopeia, e quando Francis falecesse meu pai a herdaria. Foi minha mãe que abriu a porta para meu pai e eu quando chegamos. Estava muito bonita, com seu vestido azul.

Ela me olhou e acenou positivamente com a cabeça, aprovando minhas roupas. Achava que era melhor fazer tudo como os pais de papai gostavam, enquanto eles estavam por perto, do que discutir.

– Seus avós estão na sala principal. – falou, depois de beijar minha testa.

Eu sabia o que tinha de fazer. Precisava por um sorriso no rosto e fingir que concordava com tudo que eles diziam. Precisava fingir que estava feliz com a presença deles em minha casa.

Passei a mão em meu cabelo para ajeita-lo e entrei na sala. Eles estavam lá. Sentados, bebericando chá.

– Vovô, vovó. – chamei, em voz calma e sorrindo. Tomando o cuidado de estar com uma postura reta.

Francis me avaliou com seus olhos frios; Cassiopeia apenas me encarou, se esboçar nenhuma emoção.

– Venha cá, menina. – mandou Francis.

É, lar doce lar.


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Notas finais do capítulo

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