Agente Romanoff escrita por Gabe Nick


Capítulo 15
Sua Escolha


Notas iniciais do capítulo

Demorei eu sei, o proximo vai vir mais rapido, perdão



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Os Ultimos dias só podiam ser descritos como difíceis, assistir tv, ler matérias na internet, tudo indo contra aquilo que você aprendeu por si mesma através de seus sentidos, desde a visão, a audição ao tato, você sabe que não é verdade e tem que viver com a dor de saber que nunca será o suficiente, sempre terá alguém que não acreditará em você.

Para o reverendo Jonathan essa tarefa tem sido mais complicada na ultima semana, mas de algum modo ele conseguiu fechar seu rosto esquecer tudo o que lhe colocava para baixo olhar para cima e seguir com seus fazeres.

Nadia tinha saído de Washington com o carro de Parker e tinha viajado quase 5 horas até voltar para a sua cidade natal NovaYork, e agora estava na frente da igreja, memorias de momentos ali passado encheram sua mente, ela deu alguns passos para dentro do templo e ali estava o reverendo Jonathan lendo sua palavra para um grupo pequeno de 15 pessoas, todas de cargos importantes na igreja, Nadia se sentou em um dos últimos bancos e observou como o reverendo falava firmemente e com certeza, ele apontava o dedo e dizia as palavras com convicção, segurando a sua bíblia nas mãos ele recitava alguns versículos

– Ponham a prova todas as coisas e fiquem com o que é bom, fujam da aparência do mal - E então ele notou a adolescente sentada do outro lado da igreja, toda a sua linguagem corporal mudou - Ahm, vamos parar por aqui, continuaremos semana que vem.

Todos ficaram de pé e esperaram que ele desse sua fala final.

– Que a graça e a paz do senhor Jesus esteja convosco desde agora e para sempre

– Amém - Os outros responderam e começaram a se mexer.

Alguns dos presentes foram até o reverendo apertando sua mão e conversando por algum segundo, Jonathan devolveu o livro em suas mãos para um de seus fiéis, mas enquanto o fazia manteve seu olhar na garota ruiva vestida com um agasalho cinza no fim da igreja, ele se inclinou sobre a sua pasta e dela puxou uma bíblia preta a colocou em baixo do braço e começou a andar em direção de Nadia.

Aquele dois dias depois de descobrir toda a verdade sobre Nicolau e sua família, ela achou mesmo que depois de tudo o que aconteceu Fury tinha parado de mentir para ela, mesmo sabendo que muito provavelmente ele estava tentando protege-la descobrir a fez se sentir muito mal, muito pior do que ela se sentiria se Nicolau tivesse falado a verdade para ela. Muito pior do que ela se sentiria se sua família tivesse confiado em sua inteligência o suficiente para colocá-la em seus planos.

Ela nunca se sentiu tão traída como naquele momento, ela já teve um sentimento parecido, mas nunca foi tão forte, as pessoas que um dia ela amou mentiram para ela, o único jovem que uma vez se aproximou dela mentiu, seus seguidores fieis, as pessoas que ela confiava hoje disputam para ver quem vai conseguir sua cabeça primeiro, e seus fãs que juraram amor eterno hoje a odeiam. Todos mentiram

E ela estava tão cansada de mentiras, ela estava tão cansada de se sentir assim, no momento a única coisa que ela sabe que é verdadeiro é seu nome, e isso a assusta ela se sentia sozinha não sabia mais em quem confiar, não havia sobrado ninguém, não havia sobrado nenhum lugar que ela poderia chamar de seguro, chamar de lar, ela tentou passar por seu apartamento mais estava interditado por agentes, ela tentou ir para a casa de Fury, mas a situação se repetia, SHIELD nunca seria uma opção, e ela sabe que se tentar entrar em contato com Hill por exemplo ela seria morta. Se bem que Maria podia muito bem ser da HYDRA também, e só fingir se impressionar quando Nick contou para ela, a essa altura, nada mais a assustava, ela estava pronta para qualquer má noticia.

Jonathan chegou perto de Nadia e naquele momento eram somente ele e ela na igreja.

– Sua palavra está ficando mais severa, não tem medo de assustar seus membros?

– Chega uma hora que o rebanho precisa de comida mais forte ou ele morre

– É - Nadia sorriu e o reverendo se sentou num banco em sua frente

– Não te vejo a muito tempo - Ele disse se inclinando para ficar mais perto

– Esse é seu jeito de me convidar para um dos seus sermões?

– Esse é meu jeito de dizer que estou preocupado com você

Nadia olhou para baixo e analisou a situação, Jonathan a conhecia desde pequena, sua igreja já serviu de abrigo quando Nova York foi atacada. Em uma noite Natasha, com muita dificuldade, deixou Nadia nos braços do reverendo e foi ajudar sua equipe, Nadia se lembra daquele dia, era uma das suas memorias mais antigas, ela chorou muito e Jonathan a segurou no colo o tempo inteiro.

Eles não eram próximos, Nadia não o amava, ele não era sua família nem amigo, mas é tudo o que ela tem de familiar por perto, então ela veio, no lugar que ela não visita a mais de 3 anos, encontra-lo

– Tem visto os jornais? – Nadia perguntou

– Sim – Ele respondeu – Como está Nadia?

– Não sei – Ela disse – Me diga, você já teve a sensação de que Deus te odeia? Quando eu acho que a vida não tem mais nada pra tirar mim, o universo simplesmente dá um jeito, você já se sentiu assim, reverendo?

– Já – Jonathan respondeu sinceramente

– Eu não tenho um lar, o único lugar que eu achei que estaria segura é habitado por um inimigo, as pessoas por quem eu ainda me importo ou não podem entrar em contato comigo, ou querem me matar.

Nadia fez uma longa pausa, Jonathan percebeu que ela estava prestes a chorar, as lagrima começaram a se acumular em seus olhos sem se derramar e ela olhava para longe sem prestar atenção no reverendo, ele se pergunta se ele se levantasse ela perceberia ou continuaria a falar, por que ela parecia perdida.

Nadia estava cansada, ela não sabe o que pensar a sua mente esta correndo a milhares por hora, pelo menos quando sua família morreu ela tinha Nick, Maria, Bree e Peter, e quando Fury morreu ela acreditar ter ainda Peter, mas naquele momento, ela nunca se sentiu tão exposta, tão fraca. Lutar não era uma opção, todas as suas armas e apetrechos estão na sua antiga casa e ela não pode se arriscar o suficiente para dar uma passada lá.

Sua mãe sempre dizia que uma boa agente dá um jeito e encontra seu caminho, Nadia acreditava nisso com unhas e dentes, mas ela não sabe mais em que acreditar. Ela finalmente levantou os olhos e olhou para o reverendo que estava quieto ouvindo seu discurso.

– Eu vou te dizer algo, que eu nunca admiti pra ninguém

– Ta bem – Jonathan respondeu baixinho

– Eu to com medo – Nadia começou a chorar – Eu to morrendo de medo

– Eu sei Nadia – Ele falou lhe tocando no ombro

– Eu tenho medo do amanhã, o mundo me odeia e mesmo assim eu tenho medo do que vai acontecer com ele, eu to com medo pela SHIELD por que eu acho que a única coisa que me manteve sã durante a morte da minha família acabou de ser destruída, eu to com medo

Medo, Nadia já sentiu isso em milhares de situações, ela já temeu pela vida de tanta gente incluindo a dela, o medo é irracional, o medo é inesperado e manipulador, ela tem medo de que esse medo a faça cometer atos que ela iria se arrepender, o medo a fez pensar em desistir de tudo uma fez, quando lhe passou pela cabeça que uma bala em seu corpo faria a dor passar o medo do que iria acontecer fez ela tocar no gatilho.

Quando ela não aguentava de saudade dos Vingadores, o medo de ficra sozinha a fez cortar os pulsos, agora a insegurança, a saudade, a duvida do amanhã tudo veio junto com uma força inigualável e o medo a sentimento com mais força, ele esta tomando conta dos pensamentos de Nadia, ele esta mexendo com seus reflexos e pensamentos rápidos, ela não sabe mais o que fazer, tudo esta tão confuso.

Se Nadia tivesse um desejo ela pediria para que o mundo parasse, só por 10 minutos para que ela pudesse pensar, sem se preocupar com o que esta acontecendo enquanto ela esta parada pensando, ela queria pelo menos uma vez, poder respirar sem se sentir como se tivesse uma granada em seu peito prestes a explodir, sem sentir que poderia cair morta a qualquer momento, ela queria saber que tudo iria ficar bem, para que por pelo menos 10 minutos ela não precisasse ter medo.

– O Medo é bom, te dá limites

– Me deixa fraca – Nadia disse revirando os olhos

– Te mostra quem você é, sua família sabia, mas ele queriam que você descobrisse

Jonathan então segurou o livro em sua mão e o ofereceu para Nadia, ela o pegou em suas mãos e notou que se tratava na verdade de uma bíblia media, com capa de couro em cima em letras dourada e marcantes “Biblia Sagrada” parecida com a que Steve guardava junto com suas coisas de batalha, Nadia olhou para o reverendo com um olhar de confusão e o homem sorriu para ela.

– Tudo o que você precisa esta ai dentro Nadia, confie em mim.

Jonathan então tocou o joelho de Nadia, ficou de pé e começou a se retirar para alguma sala da igreja, Nadia ficou com a bíblia em seu colo por alguns segundos antes de pegar suas extremidades e abrir numa pagina aleatória, ali dentro da bíblia tinha um buraco entre as paginas, como se tivessem feito a bíblia de caixa.

Nadia olhou para cima e notou que Jonathan não era mais visto na igreja, então voltou sua atenção para a bíblia/caixa, dentro dela tinha uma chave e atada aquela chave uma etiqueta escrito em letra pretas e grandes, um endereço e dois horários, Nadia olhou aquilo com muita atenção, é claro que sua família sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria até Jonathan, pois acabaria sendo o único lugar que lhe era familiar, ele deram essa bíblia para ela que a levaria em algum lugar que teria alguma coisa para incentiva-la a continuar.

É tão previsível, que Nadia nem acredita que ela não pensou nisso antes, o que será que teria lá, uma caixa com fotos deles, uma televisão com imagens dos Vingadores a incentivando, uma carta escrita por seu pai antes dele morrer, uma gravação de áudio feita por Fury, o que ela estava preste a enfrentar, o que sua família acha que poderia quebra-la?

Nadia estava tão cansada de belos discursos, e de “acreditamos em você”, ela estava tão cansada e imaginar os abraços, e as lagrimas, ou o que eles diriam se estivesse ali, ela simplesmente está cansada, mas iria mesmo assim, iria até o local, leria as cartas, ouviria as mensagens, assistiria os vídeos, derramaria lagrimas, lutaria contra, mas acabaria cedendo, por que era isso que eles iriam querer.

***

Um armazém, era isso que aquele endereço mostrava, um armazém, um local, tipo varias garagens que você aluga por quanto tempo quiser e pode guardar o que quiser, provavelmente no nome de Jonathan para que nunca fosse rastreada até a SHIELD, até Nadia e até os Vingadores. Nadia chegou até um dos portões. 366

Ela colocou a chave no cadeado e girou, ouviu um clique e tirou o cadeado da fechadura, ela se agachou para pegar a base do portão e o empurrou para cima. Uma sala vazia, cinza, escura, sombria e vazia, a única coisa que tinha lá eram 3 caixas no meio do local, já empoeirados, Nadia entrou no armazen e o fechou outra vez atrás dela, ela ligou uma luz que deu uma piscadas antes de ligar, ela sentiu um cheiro de poeira, o que faz sentido já que aquelas coisas devem estar ali anos. Nadia se aproximou das caixas ela já começou a se preparar emocionalmente para a cachoeira e para as cartas para o incentivo.

Então ela se ajoelhou e abriu a primeira caixa.

Dentro dela estava o escudo do Capitão América, ela não sabe se era o verdadeiro que ela colocou no mural da SHIELD, mas era muito parecido, até do mesmo material. Tinha também uma luva com o repulsor da armadura do Home de Ferro, só de toca-la com os dedos Nadia sabia de qual armadura de tratava, a Mark 27, a que supostamente não estava tribulada e se perdeu no mar.

Dentro também tinha, ferramentas de vários tipos e três computadores, essa caixa tinha um arco e algumas flechas, e duas armas como as suas anteriores e um broche, Nadia se sentiu confusa mais então viu, é um broche pequenininho que uma criancinha asgardiana fez para Thor, era de um metal com partes de madeira, o símbolo dos vingadores.

Lá dentro, por ultimo, tinha uma roupa, ela calça preta que parecia de um jeans, mas era de um tecido mais confortável que Naida não sabia citar. Uma regata preta também e uma jaqueta também parecia de couro, mas era laceavel de um marrom um pouco laranjado, e botas escuras tipo coturno, Nadia tocou a roupa, parecia tão ELA.

Ela olhou para a outra caixa sorrindo, esta era um pouco menos e ela pegou as extremidades e puxou abrindo, dentro tinha: um passaporte para Portugal, tinha uma chave do que Nadia acredita ser uma casa e de um carro, tinha uma conta de banco e identidades, as mesmas que tinham da vez que Nadia conseguiu aqueles apetrechos no banco na noite que eles morreram, as únicas diferenças era que essas tinham outros nomes e que diziam que ela era 4 anos mais velha. E outra roupa, um vestido branco curto, um colete jeans azul sem mangas, varias pulseiras, anéis e colares diferentes, e um coturno parecido com o primeiro, mas marrom, Nadia olhou bem, aquilo não parecia muito ELA

Ela, um pouco confusa, adolescente se mudou para a última menor caixa, quando abriu não sabia o que esperar, mas dentro tinha apenas um papel branco, escrito com uma caneta esferográfica azul de ponta fina, com a letra que Nadia podia reconhecer em qualquer lugar como sendo de Pepper estava escrito A ESCOLHA É SUA.

A escolha era dela, ela poderia se vestir como a ultima Vingadora, não como a viúva Negra como ela sempre se vestiu imitando seu mãe, mas como a ultima vingadora, um ser único, ou ela poderia se vestir como Anastacia Benett, a menina na identidade, se mudar para Portugal, mudar a si mesma, desistir e partir, sabendo que sua família não a julgaria por essa escolha. Pela primeira vez ela sentiu que a escola era dela.

E agora? O que ela deveria escolher?


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Notas finais do capítulo

O que acham que Nadia deveria escolher?
Comentem e recomendem



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