A Phone Call escrita por Bia Benson


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL AMIGOSSS!
Bem, como eu sempre gosto de fazer, eis aqui minha fic de Natal. Não é fofinha como a do ano passado, e certamente tem bastante angst, mesmo que para um oneshot, mas talvez uma saída rápida para todos os desafios que Merder está passando essa temporada.
Enjoy *-*



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Ela estava deitada na grande cama de casal, olhando por entre a escuridão para o teto, sozinha, completamente sozinha. De fato, sozinha era o adjetivo que mais a descrevia naqueles últimos dias, ou melhor, desde o momento que Derek abandonara ela e seus filhos para trabalhar para o presidente.

Passara-se dois meses desde que eles estavam separados. Dois meses que eles mal se falavam, quando falavam apenas em relação às crianças. Podiam não estar em um momento bom, mas seus filhos sempre viriam em primeiro lugar.

Mas não era fácil para ela. Meredith nunca imaginou que cuidar de duas crianças sozinha poderia ser tão difícil assim. Claro, Amelia ainda a ajudava o máximo possível, mas ela era a mãe. Era seu dever cuidar de seus filhos. A única pessoa que tinha o dever de ajudá-la era seu marido, o pai, mas ultimamente ele não estava perto o suficiente para ajudá-la.

E cada dia se tornava uma batalha para ela. Uma batalha perdida, de fato. Sentia-se como um fracasso, nada que fazia mais dava certo. Ela não brilhava em seu trabalho, seus filhos viviam sem uma figura paterna, mas principalmente, seu marido escolhera um trabalho a sua família. Não havia nada pior que tal sentimento.

Tudo bem que ela havia parcialmente o forçado a ir, mas estavam no prior do momento. Ela estava com raiva, não aguentava vê-lo a olhando do jeito que olhava. Mas quando disse para ele ir e ir naquele instante, não queria realmente que ele fosse. No fundo, apenas desejava que ele escolhesse sua família.

Mas ele não escolheu. E não só ela machucou com tal decisão, machucou seus filhos também. Nunca pensou que ser um único pai seria tão difícil, especialmente quando seus filhos repetiam toda hora que sentiam falta de seu pai.

E ela odiava a solidão. Solidão a fazia pensar, pensar em como sua vida simplesmente se despedaçará perante seus olhos. E por mais que estivesse já acostumada com a solidão, naquela noite não queria ficar sozinha.

Não queria ficar sozinha na noite de véspera de natal.

Tanto Zola como Bailey estavam dormindo. Precisavam estar caso quisessem que o Papai Noel trouxesse seus presentes e colocassem-nos debaixo da árvore de natal, como a lenda dizia. Uma árvore de natal improvisada porque Meredith andava tão ocupada que a última coisa que passou por sua cabeça foi de comprar um pinheiro decente para que seus filhos pudessem enfeitar. Sentia-se como estivesse arruinando um momento tão feliz que devia ser tão feliz em suas vidas, como sua mãe havia feito com ela.

Natal era uma época feliz, cheia de amor e alegria, mas ela não se sentia assim. Sentia-se triste e deprimida, sentia-se em um beco sem saída. Sentia como se nada que fizesse fosse suficiente.

Virou sua cabeça noventa graus, deparando-se com o relógio ao lado da cama. Era 11:58, era quase Natal. Seus olhos desceram um pouco, então avistando seu celular. Pegou-o.

Seus dedos de alguma forma a levaram até o telefone, especificamente, o contato de seu marido.

Encarou-o por vários instantes, antes de finalmente ligar. Sabia que era quase três da manhã em Washington, sabia que ele estaria dormindo, esperava que ele estaria dormindo, mas tudo que queria era ouvir sua voz, já que seu toque não poderia sentir.

E seu coração foi a mil quando ouviu uma voz do outro lado da linha.

"Olá?"

Meredith não respondeu nada. Não contava que isso aconteceria.

"Meredith? Está tudo bem?"

Sua voz não era cheia de repugnância como na noite que ele partiu para DC, ao invés era cheio de amor e carinho. Era uma voz que não ouvia há muito tempo.

"Eu... As crianças sente sua falta" ela conseguiu dizer após um tempo.

Derek sorriu, apesar dela não saber. Era bom ouvir sua voz novamente, uma não cheia de ódio. "Eu também sinto falta delas. Meredith...."

O relógio em Seattle bateu meia noite. Em DC, três horas.

"Olha, eu sinto muito, eu sei que já é tarde, eu só queria.... Esquece, eu preciso ir"

E ela estava prestes a desligar o telefone, mas uma voz suplicante a impediu, "Meredith, espere"

Porém ela nada respondeu, mas sua respiração era suficiente para ele saber que ela ainda estava lá.

"É Natal, e Natal me faz querer ficar com as pessoas que eu amo"

Meredith sentiu um aperto no coração. "Yeah, pena que isso não vai acontecer, já que você está trabalhando para o presidente"

E por mais que houvesse um tom de ironia em sua voz, este não o afetou. "Meredith, como você está?"

"Eu? Eu estou ótima, não poderia ser mais fácil cuidar de toda a família por mim mesma"

"Por favor, não vamos brigar hoje. É Natal"

"Bem, pois não é Natal para mim. Você não está aqui, e só seria Natal de minha família toda estivesse junta para celebrar"

Derek ficou boquiaberto. Aquela era a primeira vez que deixava seus sentimentos para fora quanto a sua estadia em DC.

"Eu sinto muito...."

"Não sinta, isso apenas me faria sentir pior"

"Mas eu sinto muito"

"Eu quem sinto muito. Sinto muito por ter destruído nossa família"

"Meredith.... Você não destruiu nossa família. Se eu não tivesse me mudado para DC, nós ainda estaríamos juntos"

Ela ficou quieta. Ele realmente estava arrependido por ter aceitado o trabalho?

Engoliu um seco. "Está tarde..."

"Yeah" ele simplesmente concordou.

"Eu só queria ouvir sua voz"

Sua pele arrepiou-se ao ouvi-la dizer isso. "Eu fico feliz por você ter me ligado"

"Yeah. Eu deveria ir"

"Ok. Feliz Natal, Meredith"

"A você também, Derek" sussurrou.

E a linha se tornou muda.


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Notas finais do capítulo

THE END
Bem, talvez não a fic de natal mais perfeita, mas também não foi a pior, foi? Dito isso, deixem seus reviews, dizendo me gostaram ou não :)
Ah, e não poderia deixar de comentar que Ellen Pompeo fez meu natal perfeito ao me notar no twitter, quando lhe perguntei se estava ansiosa para seu primeiro natal como uma mãe de duas meninas e ela respondeu, MUITO, com letras grifadas ainda. E o seu Natal? Como foi?



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