Mistletoe escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Oneshot.


Notas iniciais do capítulo

E cá estou eu novamente com mais uma fic e yes yes!
Dessa vez é uma fic de sequel de presente de natal para a minha onee, a HikariBibii!
Ela não teve o melhor dos natais, então eu espero mesmo que a minha fic possa animá-la. E também de servir de inspiração para um próximo cap da long-fic dela. Por falar nisso, acho bom vocês darem uma olhada, ainda mais se vocês gostarem de sequelshipping e ferriswheelshipping! Especialmente ferriswheel, hehe! A fic é muito boa, acreditem uwu E sim, tou pagando de imouto tiete mesmo #meprendam.
Enfim, espero que você e principalmente a Nee, claro, gostem!!Boa leitura!!



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O garoto resmungou mais uma vez enquanto se enrolava sem querer com o festão da árvore.

–Droga!

Decoração devia ser algo simples e fácil... Relaxante até, algo para deixá-lo no clima da data temática a qual te obrigou a mudar toda a aparência de sua casa. E que no final, o resultado lhe deixaria satisfeito, fazendo todo o trabalho valer a pena.

Então por que, em nome de Arceus, ele não conseguia decorar a maldita árvore?!

–Festão... Idiota! – Ele resmungou com os dentres cerrados, sentindo sua garganta tremer com a raiva que borbulhava em seu estômago prestes a explodir. –S- Saí! Sai de miiim!

–Hyuu?

O garoto parou e olhou para trás. Ou melhor, tentou. Porque o objeto estava tão enrolado em torno de si que impediu os seus movimentos, o prendendo como um Vine Swipes prenderia um pokémon de água adversário. Então, ele deu alguns pulinhos para tentar se virar...

E deu de cara com uma garota de longos cabelos castanhos, presos em coques, mas com longas mechas descendo por eles e que tentava desesperadamente controlar um ataque de riso.

Ele franziu o cenho.

–O que é, Mei?

Ela olhou para o lado, a mão estava sobre a boca enquanto fazia inúmeras caretas que, se bobear, o fariam começar a rir. Ela respirou fundo e voltou a olhá-lo.

–Você quer ajuda?

–Não! – Respondeu ofendido. – Eu posso fazer isso sozinho, muito obrigado!

–Tá bom, então. – Ela deu de ombros e pegou a guirlanda que estava em cima da mesa e começou a andar em direção a porta.

Mas foi interrompida quando um baque alto ocorreu atrás de si.

Mei não precisava ser advinha para descobrir o que tinha acontecido, por isso se virou devagar e encontrou seu rival caído, com o rosto voltado para o chão.

Ela se agachou e apoiou o rosto nas mãos enquanto seus cotovelos estavam apoiados em suas pernas.

–Precisa de ajuda agora? – Perguntou com um sorriso. – Ou você consegue se virar sozinho?

Seu sorriso aumentou quando reparou que as orelhas de Hyuu haviam assumido uma tonalidade vermelha.

–Cala a boca e me ajuda logo.

***

–AI!

–Desculpa!

–Tá, tá! Só anda logo com isso!

–E- Eu já vou! – A morena protestou e olhou para cima. Quando se sentiu equilibrada o suficiente, ergueu as mãos e conseguiu prender a fita vermelha na parede. – Desculpa por te chutar sem querer.

–Não tem problema. – Ele murmurou.

Mei piscou e assim que prendeu a fita, olhou para baixo.

–Hyuu, tá tudo bem?

–Tá, só anda logo com isso! – E apertou os tornozelos dela, como sinal para que se apressasse.

–A- Ah, tá. Calma! – Ela pegou a próxima fita. – Não é fácil ficar sentada nos ombros de alguém, ok?

–Eu sei. – Ele murmurou.

–Oi?

–Nada!

A garota piscou, confusa, mas decidiu voltar ao que estava fazendo.

Enquanto o garoto de cabelos espetados tentava inutilmente controlar o rubor de suas bochechas e, ao mesmo tempo, equilibrar a garota em seus ombros.

–Pronto, acabei!

E Hyuu agradeceu a Arceus, Zekrom, Reshiram e até Kyurem em pensamento por isso.

–Até que enfim! Eu vou te descer.

–Espera! – Ela exclamou e ele quase tropeçou.

–Mas que droga, Mei!! – Ele olhou para cima. – Tá querendo quebrar a cabeça?!

Só que rapidamente voltou a olhar para frente, mais corado que antes e amaldiçoando sem parar em pensamento.

–Tá faltando alguma coisa, você não acha? – Ela perguntou, se curvando para que seus olhos ficassem na altura dos dele.

–Como o quê? – Resmungou.

–Não sei. – A garota fez bico. – Eu sinto que tá faltando alguma coisa...

–Deve ser só sua impressão, Me-

–Um visco!

Ele parou.

–Como é que é?! – Gritou, suas bochechas estavam em chamas e teve de se segurar ou acabaria fazendo-a cair.

–Um visco! – Ela bateu as duas mãos e se endireitou. – Não colocamos um na porta!

–E por que raios você quer um negocio desses!?! – Ele olhou para cima, ficando mais vermelho a cada minuto.

–Por que é uma tradição natalina, ué! – Mei pôs as mãos na cintura. – Agora, me desce! Preciso encontrar um.

–Precisa mes-

–Anda, Hyuu!!

O garoto bufou, mas se agachou e deixou a garota pular para fora dos seus ombros. Observou-a sair correndo em direção as escadas de sua casa e assim que ela sumiu de vista, agarrou seus cabelos espetados e resistiu à tentação de arrancá-los em meio a frustração.

–Hyuu!! Vem me ajudar!!

–Por quê?! – Ele berrou de volta.

–Porque você prometeu que ia! – Foi a resposta que ela deu assim que desceu as escadas segurando uma caixa de papelão enorme.

Ele resmungou, mas se levantou.

–Eu nem sei se a gente tem um troço desses.

–Eu conheço a sua mãe. – Mei retrucou, já revirando a caixa ao sentar no chão. – Ela tem tudo de natal.

Ora, muito obrigado, Mamãe. – Ele sibilou em pensamento, mas suspirou e voltou a ajudar a amiga.

Depois de meia hora, de revirar a caixa e todo seu conteúdo diversas vezes, Hyuu desistiu.

–Esquece, Mei. – Ele se sentou no chão. – A casa já tá toda decorada mesmo, minha mãe deve ter esquecido desse negocio.

Mas quando voltou a olhá-la, sentiu a necessidade de se esconder atrás do sofá ao ver a aura escura e sombria que rodeava a morena.

–Não... Eu... Quero uma decoração completa...! – Mei estreitou seus olhos e segurou a borda da caixa com força.

Hyuu engoliu em seco.

–Ah! – Mas a aura foi rapidamente substituída por uma iluminada e cheia de flores. – Já sei! A cozinha!

Ele piscou e apenas olhou enquanto ela se levantava e corria para o próximo cômodo.

–Vai acontecer a mesma coisa que o natal passado...? – O garoto de olhos vermelhos murmurou para si, ao lembrar-se do motivo pelo qual seu outro amigo, Kyouhei, não viera ajudá-los com as decorações esse ano. Estremeceu. – Por Arceus, não.

Mas levantou-se relutantemente e seguiu em direção a cozinha, quando chegou lá, levantou uma sobrancelha para a morena que estava agachada e vasculhava o armarinho que ficava ao lado do fogão.

–Mei.

Ela olhou para ele.

–O que você tá fazendo?

–Procurando o visco, ué.

–Esse é o armário de temperos.

A garota inclinou a cabeça.

–E visco não é um tempero? Aquela plantinha com folhinhas pequenas que costumamos colocar como toque final na comida. – E voltou a mexer no armário.

Hyuu respirou fundo.

–Mei.

–Quê? – Ela voltou a olhá-lo com as bochechas estufadas.

–Isso é manjericão.

A garota parou e piscou. Sentiu uma vontade pequena de rir ao ver os olhos azuis claros dela se arregalarem enquanto ela fechava lentamente a porta do armarinho.

–Erm... – Ela murmurou em um tom baixo, rosa espalhando-se em suas bochechas. – Onde sua mãe cultiva as plantas dela mesmo...?

Ele apontou para a janela.

–No jardim.

–Licença. – E rapidamente foi até a porta dos fundos, que ficava na cozinha, passando por ela logo depois.

O garoto de cabelos espetados suspirou e já ia seguir a ideia que surgira em sua mente de deitar-se no sofá quando...

KYAH!

Seus sensos berraram e suas pernas o jogaram em direção ao jardim numa velocidade que ele mesmo desconhecia ter.

–MEI! – Ele passou pela porta e correu até ela. – O QUE HOUVE?

–Sumiu! – Ela bateu o pé. – O visco sumiu!

Ele a encarou, encarou o ramo arrancado que parecia ser a causa do problema e voltou para ela. Fez esse processo algumas vezes antes de respirar fundo. Os olhos vermelhos faiscavam.

–E você... Gritou por causa disso...?

Ela piscou e olhou para o lado, pôs uma mecha atrás de sua orelha e um tom avermelhado tomou o lugar do rosa de suas bochechas.

–N- Na verdade, não. – E o olhou de relance.

–Então por quê? – Perguntou, ainda firme, mesmo que a atitude tímida dela tenha feito 50% da sua raiva evaporar completamente.

–Eu tropecei. – Ela murmurou e direcionou seus olhos para seu joelho. A visão do machucado fez sua raiva sumir completamente e ele suspirou.

–Garota, você precisa se acalmar. – Ele segurou sua mão e a puxou de volta para a cozinha. – Vem, vou fazer um curativo.

–Uhum.

***

–Pronto. – Ele falou ao fechar a caixinha branca de Primeiros-Socorros e inspecionou mais uma vez o curativo. – Vê se toma mais cuidado.

–Eu vou. – Um bico se formou nos seus lábios rosados, mas logo se desfez quando cutucou, curiosa, a gaze branca em volta de seu joelho. – Eu nunca entendi como você é tão bom com esse tipo de coisa.

–Bom, eu era muito arteiro quando mais novo e vivia me machucando. Como meus pais não podiam me ajudar sempre, eu tive que aprender a me virar sozinho. – Ele respondeu e deu um peteleco na mão dela, ela a recolheu. – E para de cutucar.

–Não sou criança, sabia. – Ela murmurou, voltando ao bico de antes. E não, ele não achava aquilo fofo. – Obrigada.

–Hm. – Hyuu assentiu e olhou pela janela. – Acho melhor desistir do visco por hoje. Tá tarde e daqui a pouco você precisa ir para casa.

–Eu se-! – A voz dela sumiu, ele não sabia por quê, já que estava guardando a caixinha branca no lugar que ela costumava ficar, embaixo da mesa de centro da sua sala, em frente ao sofá. – Hyuu.

E se virou para ela quando a sentiu puxar sua manga.

Foi aí que seus olhos se arregalaram ao ver o maldito raminho de planta flutuando em cima da cabeça de ambos.

–M- Mas o quê?! – O garoto exclamou e voltou sua atenção para Mei, mas antes que pudesse falar alguma coisa, percebeu o quanto sua rival estava corada. – M- Mei?

Ela olhou para baixo e brincou com a barra de seu shorts amarelo.

–S- Sabe, Hyuu... – A morena começou. – Você conhece aquela tradição natalina... Sobre o visco?

Ele engoliu em seco.

Ah, não.

–Que... – Ela continuou. – Duas pessoas... Precisam se beijar, quando estão debaixo dele.

Hyuu sentiu suas orelhas ficarem quentes outra vez.

–E- Elas precisam se beijar mesmo...? – Que pergunta idiota.

–B- Bom... – Mei colocou outra mecha atrás da orelha e o encarou com o mesmo olhar tímido de antes. Ai, droga. – N- Na maioria das vezes sim.

Não, não, não.

Aquilo estava completamente fora de cogitação, ele não ia fazer aquilo.

Porém, e contra sua vontade, seus olhos se moveram para os lábios dela que pareciam tão rosas... E convidativos.

Hyuu, controle-se! Você não vai fazer isso!

Eles pareciam macios.

Auto-controle, auto-controle!

Será que eram quentes? Assim como os abraços que ela costumava lhe dar quando se sentia triste?

Você. Não. Vai. Fazer. Isso.

Quando se deu conta de si, estava segurando os pulsos da morena que estavam apoiados no sofá, seus olhos vermelhos encaravam os azuis cristalinos dela. Ele estava completamente ciente do rubor de suas bochechas assim como ela devia estar do dele. Sentiu a respiração dela tocar seus lábios, seus batimentos aumentaram ainda mais quando a viu fechar os olhos.

E estava prestes a desfrutar do toque dela quando viu uma pequena mecha de cabelo que estava em pé mexer-se atrás do sofá.

E piscou.

Afastou-se logo depois, olhou para cima e percebeu que o visco estava preso por uma linha transparente, que estava ligada a uma vara de madeira.

Espera. Aquela era a vara de pesca dele?

Só levou um segundo para Hyuu perceber que a cor daquela mecha de cabelo era muito familiar.

–HANA!! – Ele se ergueu em um pulo, fazendo Mei se assustar e abrir os olhos. Não só ela se assustou, como também uma garotinha de talvez 10 anos, pulou de trás do sofá. Seu cabelo castanho claro balançando em seu usual penteado de coqueiro.

–O- O- Onii-chan! – Hana gaguejou, segurando o cabo da vara de pesca com força. – O- Oi!

–Eu. Vou. Matar. Você!! – O garoto esbravejou, completamente vermelho – se era de vergonha, de raiva ou de qualquer outra coisa, nunca descobriram – e pulou em cima do sofá. A pobre garotinha só teve tempo de soltar um “Yeeep!” e escapar por pouco das garras de seu irmão enfurecido, correndo em direção à cozinha. – Hana, volta aqui!!

Mei observou o seu rival bater o pé na porta da cozinha, mas continuar correndo mesmo assim enquanto berrava o nome da irmã mais nova. A morena respirou fundo e colocou as mãos nas bochechas, ciente de que ainda deviam estar muito vermelhas.

Obrigada por tentar, Hana-chan. – Murmurou para si mesma enquanto sentia seu coração se acalmar.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu chamei a irmã do Hyuu de Hana, porque me irrita demais o fato que essa garota não tem um nome no jogo. Pelo amor de Giratina, ela é a irmã do Rival!!!
Mas enfim, sim, outro presentinho de Natal atrasado, mas como eu já disse, ainda é dia 25, enton conta, hehe~
Espero que tenha gostado, Nee!!! E vocês também! (>wO)b
Feliz Natal!!!! ♥♥♥



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