Another end escrita por Grazy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hey, mais uma one pra vocês. Essa historia é um final alternativo para o ultimo episódio de TVD.



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Mordi o lábio inferior olhando para o visco pendurado sobre a porta, não posso negar o quanto ele foi inteligente em pendura-lo ali.

Suspirei e andei até a porta, dei leves batidas na porta e esperei que ele abrisse, ouvi passos do outro lado da porta e sem que eu percebesse prendi todo ar em meus pulmões, talvez por ansiedade ou por medo.

– Oi. – Ele se encostou no batente da porta com um sorriso de lado.

– Disse que viria – Ele assentiu e eu soltei o ar dos meus pulmões me sentindo mais confortável – Visco... esperto.

– Ohh, não fui eu, aparente o pequeno Donovan queria dar uns beijinhos – Arqueei uma das sobrancelhas – Esta bem, achei nas suas coisas e resolvi pendurar.

– Minhas coisas? – Um brilho se apagou de seus olhos assim que eu disse essas palavras.

– Desculpe, esqueci que você apagou toda nossa vida juntos – A ironia em sua voz me fez me sentir mal e voltei a prender o ar – Tem coisas suas em todas as partes dessa casa.

– Quer mesmo falar sobre isso? – Perguntei abaixando os olhos – Me sinto horrível cada vez que você fala assim.

– Não vai entrar ? – Ele abriu um espaço para eu passar – Cuidado com o visco.

Dei um passo pra frente ficando embaixo do visco, ele me olhou fixamente, seus olhos azuis brilhavam e por um momento eu me imaginei com ele o jeito como eu descrevia o nosso amor, como ele dizia que foi, como eu poderia esquecer? Como eu pude esquecer de ama-lo?

– Oque vai fazer? – Um resquício de esperança cruzou seus olhos porem logo se esvaiu.

– Nada, eu...

Dei um beijo na sua bochecha e ele sorriu, entrei na casa e olhei em volta, era estranho estar ali minha ultima lembrança dali pareceu tão distante, como se aquele lugar na minha cabeça não estivesse completo.

– Fiz um jantar, e você disse que queria me dizer algo.

Eu notei oque ele quis dizer com “coisas minha por toda a parte” , haviam fotos nossas por toda parte, fotos minhas, varias coisas que eu idealizava para aquele lugar desde que pisei lá pela primeira vez e aparentemente eu consegui fazer.

– Eu odeio tanto não lembrar de nada – Andei até uma prateleira aonde estavam varias fotos nossa – Como pude esquecer? Eu parecia tão feliz.

– Porque você foi... você é, só... não se lembra disso. – E foi a primeira vez que ele falou sobre isso sem o tom acusador ou a ironia.

– Oque eu tinha na cabeça quando pedi pra esquecer? – Sorri de nervoso e ele levou a mão até meu rosto.

– Vamos jantar? – Ele chamou e se virou indo em direção a mesa que estava perfeitamente arrumada.

Um candelabro com três velas iluminava a mesa, dois pratos colocados com talheres arrumados perfeitamente em volta, um pequeno vaso com duas rosas vermelhas, continuei pasma com a perfeição que ele arrumou tudo.

– Esta lindo. – Ele assentiu e me levou até a cadeira, me sentei e ele o vi indo até a cozinha, e voltou com os pratos colocando um na minha frente e outro no lugar ao meu lado.

– Não sou um chefe, mas fiz algo especial – Ele pegou uma garrafa de vinho tinto e uma de vinho branco – Qual prefere?

– Tinto mas se você...

– Nosso estoque de bolsas esta em ótimo estado se preferir. – Ele pareceu ler meus pensamentos e eu sorri.

– Seria ótimo. – Ele se levantou e foi até o freezer pegando uma bolsa de sangue, voltou para mesa e colocou nas nossas taças.

– Bom você disse que queria falar comigo. – Ele começou a comer e eu fiz o mesmo.

– Antes iriamos conversar sobre nossos dias terríveis, não? – Ele assentiu – A Liz ela... ela tem câncer.

– Não acredito – A dor em seus olhos estava clara – Nós não podemos cura-la?

– Stefan acha que não e aparentemente sangue de vampiro não cura câncer. – Ele abaixou o olhar e poderia jurar que ele iria chorar.

– Como a Caroline ficou?

– Eu não... o Stefan quis... ele achou melhor ele falar com ela – Ele assentiu ainda abalado – E o seu dia?

– Acho que não tem nada pior do que isso, a xerife ela... tem quanto tempo?

– Nós não sabemos – Ele assentiu e voltou a comer.

Jantamos em silencio e ele colocou uma leve musica para tocar quando acabamos o jantar, o clima ficou estranho , tentei me distrair olhando fotos nossas enquanto ele pegou um copo de whisky e tomou todo o conteúdo de uma vez.

– Você disse que que queria falar comigo, estou ouvindo. – Ele se sentou do meu lado e me olhou, tomei ar antes de falar.

– Sabe hoje eu percebi uma coisa – Ele me olhava com um misto de curiosidade e medo – Que nossa vida é imprevisível demais, lutamos com tantas coisas todos os dias, agora somos imortais amanha aparece algum maluco e arranca nosso coração...

–Oque você quer dizer com isso? –Ele perguntou claramente ansioso.

– Que eu tenho essa pequena chama de sentimento por você, e vendo como você esta preocupado com a Bonnie e com a xerife eu simplesmente percebi por quem eu me apaixonei – Ele pareceu confuso –Eu não sei como foi quando estávamos juntos, eu não sei como eu era ou como você era, mas eu sei que eu não posso mais fugir disso ou fingir que não esta acontecendo nada.

– Acho que ainda não entendi.

– Eu quero tentar, com memórias ou sem, se isso aconteceu antes, podemos fazer acontecer de novo, não? – Por um momento ele não respondeu, olhava para mim como se estivesse processando a informação.

– Você quer dizer que...

– Eu não lembro de nada, e não temos nem a borda para tentar mas... – Suspirei antes de continuar – Cada vez que eu olho para você meu coração acelera, minha cabeça lembra de você matando meu irmão mas eu sinto borboletas no meu estomago, e se o nosso amor foi tão forte como você diz... ele ainda esta aqui só precisamos desperta-lo.

– Você quer tentar lembrar? – Ele abaixou os olhos e eu segurei sua mão.

– Não, isso eu já percebi que não vai acontecer, mas a uma pequena parte de mim que acha você o homem certo e por mais que eu queira esconder, as vezes eu acho que ela tem razão. – Sua mão apertou a minha.

– Você quer que eu faça você se apaixonar por mim de novo? Porque linda, se foi difícil da primeira vez eu não quero nem imaginar como vai ser a segunda. – Ele riu e eu também.

– Não, só seja você mesmo – Ele me olhou confuso – Você já esta conseguindo, eu sinto isso, eu tive um dia realmente muito ruim mas quando eu chegue aqui e te vi foi como se com você eu não tivesse com oque me preocupar, com você eu me senti segura.

– Isso me traz tantas lembranças, tantas vezes que você estava em perigo e eu estava lá... com você, você querendo ou não, eu gostava de pensar que por mais que você realmente me odiasse parte sua me queria lá – Ele abaixou os olhos – Agora nunca saberemos.

– Eu queria... eu quero, eu tenho todas as memórias ruins Damon, cada uma delas, e mesmo assim eu ainda te quero aqui, no inicio eu neguei, eu me fiz acreditar que se você era mal eu te odiava, mas você provou ser melhor do que tudo que eu lembro – Segurei seu rosto com a mão direita – Eu vi, eu vi por quem aquela Elena se apaixonou e eu adorei esse Damon, eu entendi porque ela se apaixonou e eu não nego, comecei a me apaixonar de novo.

– Então... vamos tentar. – Ele deu um sorriso encantador.

– Vamos – Me inclinei um pouco para perto dele mas ele se levantou – Damon?

– Calma – Ele abriu a porta e pegou o visco pendurado, andou e colocou preso sobre a lareira – Vem aqui.

Me levantei e fiquei em baixo do visco, passei os braços em torno do seu pescoço, senti o um cheiro de whisky e limão sair de seus lábios um pouco abertos, me inclinei e fiquei na porta dos pés, as borboletas no meu estomago estavam a todo vapor, ele passou as mãos na minhas costas e então me puxou para perto, uniu nossos lábios de forma leve.

O beijo foi delicado até ele pedir passagem com a língua, assim que eu cedi o beijo se tornou quente, ele passou mão pela lateral do meu corpo senti minhas costas se chocando contra o frio da parede, perdi o ar por alguns segundos, ele tinha um jeito agressivo mas estranhamente eu gosto disso, ele deixou que eu respirasse e voltou a me beijar.

– Se quiser que eu pare é melhor falar agora. – Ele falou entre o beijo.

– Só... – Senti minhas bochechas arderem – Continua.

Ele apertou minhas coxas levantando a direita prendendo em volta da sua cintura, ele parou por uns segundos antes de colar nossos lábios novamente, coloquei as mãos nos botões da sua camisa abrindo os primeiros.

– Damon! – A voz de Stefan ecoou pela sala e Damon e eu paramos o beijo.

– Oque quer Stefan? – Damon perguntou ainda sem olhar para ele.

– Alaric ligou, alguma coisa com Jo. – Damon suspirou pesadamente, e eu passei a mão por sua camisa prendendo os botões novamente.

– Vai lá – O incentivei – Vou estar aqui quando voltar.

– Promete? – Ele perguntou receoso.

–Sim. – Ele se afastou arrumando a camisa, depois que Stefan saiu e ele estava na porta se virou pra mim.

– O Kai esta na cidade, não abra a porta. – Depois disso ele saiu e eu me sentei no sofá.

Levei as mãos ao lábios lembrando do nosso beijo, e eu percebi que o sentimento ainda estava aqui, tudo estava aqui, e com o beijo tudo despertou, não lembrei de nada mais soube que de ele não mentiu em nenhum momento sobre a intensidade dos meus sentimentos.

Ouvi batidas na porta e me levantei indo até ela, estava imersa em pensamentos e emoções que nem me lembrei da recomendação do Damon de não abrir a porta, assim que eu o fiz vi o Kai parado do outro lado.

– Como vai Elena? – Ele falou sínico.

–Kai, você...

Antes que eu terminasse ele me golpeou com uma chave de roda e eu cai na inconsciência, só senti meu corpo batendo contra o chão e depois mais nada.


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Notas finais do capítulo

Quero comentarios, para saber oque vocês acharam.



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