Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 47
Se não fosse amor - Cap. 4: Notícias inesperadas.


Notas iniciais do capítulo

Meninaaaas,
Bom dia!

Não consigo responder os cometários gente, como faz????? Adoro bater papo com vocês lá mas o que eu respondo não fica :( Vou tentar responder de outro computador tá, não fiquem bravas comigo.

Beijos,
Suy!



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POV Matthew Davis

"Então, qual de vocês quer entrar primeiro?" A enfermeira perguntou para nós.

"Eu!" Luke, Ethan e eu dissemos ao mesmo tempo. Ela nos olhou e esboçou um sorriso.

"Bem, infelizmente o Dr. Harper só liberou um por vez."

"Eu tenho que resolver umas coisas da boate, eu entro primeiro então." Ethan falou.

"Não seja por isso, também tenho mil coisas pra fazer. Então eu entro primeiro." Disse.

"Acontece que eu sou o namorado. Tenho mais direito que você."

"Acontece que eu a conheço bem antes de você, eu também tenho direitos."

Ouvi uma risada e quando olhamos para o lado, Luke já estava entrando com a enfermeira.

"Isso não é justo!" Ethan disse e eu tentei não rir. Sophie ia nos chamar de idiotas pra baixo se visse essa cena patética.

"Não vou demorar, ai você entra, depois o Matthew e eu de novo." Luke falou e entrou no quarto de Sophie.

Ela havia sido transferida para uma área particular, a sala de espera ao lado de fora era muito mais confortável do que a que estávamos acostumados. Luke prometeu o combinado, não demorou muito dentro quarto, ele sabia que Ethan tinha que sair em alguns minutos e respeitou isso. Eu também não iria questionar o por que de Ethan vê-la primeiro que eu, já que ele ia sair, ela ficaria só pra mim. Pra mim e para Luke, claro.

Quando Luke saiu do quarto, com os olhos vermelhos e inchados, uma onda de preocupação me subiu. Kenny andou rapidamente até ele e o abraçou.

"O que foi? Aconteceu alguma coisa?" Perguntei exasperado.

"É tão difícil ver ela daquele jeito... Quero dizer, eu sabia que o acidente foi horrível e tudo mais, só que é difícil a ver como ela está agora." Luke falou em meio a soluços.

"Eu conversei com o Sr. Hudson antes dele entrar no quarto e eu repito minhas palavras para vocês." A enfermeira começou a falar. "Pode ser um pouco chocante para vocês ver uma pessoa que estavam acostumados a conviver todos os dias, em cima de uma cama desacordada." Nós todos assentimos. "Eu quero que fiquem preparados para vê-la como ela está, é meu dever informá-los isso. No momento ela se encontra com vários aparelhos ligados em seu corpo, pode parecer assustador, mas é o que vai fazer ela melhorar mais rápido. É importante que vocês entendam isso e tenham fé que seu estado atual é passageiro, ela logo vai ficar bem, só quero tentar amenizar o impacto de vocês, tudo bem?" Nós todos fizemos que sim com a cabeça, então eu tinha que me preparar para o que eu iria ver. "Quem vai ser o próximo?"

"Eu vou." Ethan respirou fundo e saiu acompanhando a enfermeira.

"Você quer alguma coisa? Uma água, um café...?" Kenny perguntou a Luke.

"Quero café, eu vou com você comprar, preciso de ar puro." Ele respondeu.

"E você Matt, quer alguma coisa?" Kenny se voltou para mim.

"Não, eu estou bem, obrigado mesmo assim." Disse educadamente e eles saíram.

Alguns momentos depois, Ethan saiu do quarto e sua expressão não era melhor que a de Luke. Levantei ficando em sua frente.

"E então...?" Perguntei receosamente.

"A enfermeira tinha razão..." Ele falou pensativo. "Não é fácil mesmo." Ele passou a mão na testa. "Eu... Eu preciso ir, preciso sair desse hospital por umas horas." Ethan começou a andar para a saída.

Encarei a porta do quarto de Sophie, tentando de alguma forma me preparar para o que estava por vir. A enfermeira passou em minha frente e assentiu apontando para porta, como se estivesse me autorizando para entrar. Respirei fundo e andei parando de frente a porta, depois de alguns segundos, movi a maçaneta a abrindo.

Eu fiquei parado em pé a observando em perfeito estado de choque. Ela tinha uma faixa, como se fosse um curativo, em volta da cabeça. A perna e o braço imobilizados, um tubo saindo de dentro da sua boca e machucados, muitos machucados, espalhados por todo o corpo. Andei até ela, parando ao seu lado e peguei em sua mão. Será que ela pode me ouvir? Sentei em uma cadeira ao lado da cama e só fiquei a olhando em silêncio. A mulher elétrica, inquieta, cheia de vida e que não parava nunca, estava agora parada, completamente imóvel de frente para mim. Uma lágrima caiu de meus olhos e percebi que sua mão estava úmida com as minhas lágrimas, nem sequer tinha percebido que estava chorando.

"O que você foi aprontar pra mim heim?" Disse com pesar. Passei a mão em minha testa tentando me manter calmo. “É curioso como em momentos assim, a gente sempre volta ao começo... Te vendo aqui, assim, agora, a primeira coisa que vem em minha cabeça é o dia que eu te conheci, quando você esbarrou em mim e não importa o quanto você questione, foi você quem me fez cair no chão e não o contrário.” Sorri. “Acho que me apaixonei por você ali mesmo naquela hora. Nunca tinha conhecido uma mulher como você, tão teimosa, geniosa e brilhante ao mesmo tempo. Você tem coragem de ir contra o mundo e eu sempre admirei isso em você, sua coragem, sua força e sua vontade de conquistar seu espaço... Quem não se apaixonaria por uma mulher assim? Que além de tudo isso ainda é bonita pra cacete.” Ri mais abertamente e apoiei minha testa em seu braço. “Eu sei que eu estraguei tudo entre nós dois e acredite, não tem um dia que eu não me arrependa, mas também, ter errado com você deixou as coisas claras para mim, hoje eu tenho certeza do que eu quero e eu quero você, por que eu realmente acho que posso te fazer feliz. Quando eu descobri sobre Lindsay e Mason, a propósito, investigar a vida particular das pessoas é meio que crime, você sabia disso não é?” Cerrei os olhos a encarando. “Luke me mostrou as fotos e todo o resto... Era isso que você queria me contar naquela noite, mas tava com medo de eu querer te matar por ter feito isso. Eu até quis no começo, mas dadas as circunstâncias, pareceu um desejo ridículo, no fundo eu sabia que você tinha boa intenção, só queria abrir meus olhos e abriu. Se quiser saber como foi minha reação, foi até tranquila... A cara do Mason deve ter ficado inchada por uns dias, mas ele vai ficar bem. Eu queria você lá pra dar uma lição na Lindsay também, quem sabe quando você acordar possa fazer um serviço para mim...” Falei com diversão. “Esquece, é melhor nem te dar idéia, espero que não tenha ouvido a última parte.” Incentivando a violência Matthew, muito bonito mesmo... “Enfim...” Suspirei. “Eu queria que você soubesse que não te condeno por ter seguido em frente e encontrado outra pessoa. Embora eu ainda não consiga entender o que você viu naquele cara... Deve ser essa tara que mulheres tem por homens de farda. Se bem que...” Parei por um minuto. “Eu poderia vestir uma farda. Podemos negociar isso futuramente, topo tudo menos farda de militar, por alguns motivos óbvios...” Ri da minha tentativa fracassada de piada. Alisei seu cabelo levemente e mesmo nesse estado, ainda era a mulher mais linda do mundo para mim. “O que eu não daria pra ser eu no seu lugar...” Pensei em voz alta, mesmo sabendo que ela não podia me ouvir, ou podia? Comecei a me sentir sufocado, com um nó na garganta que não saia e entendi por que Luke e Ethan precisaram tomar um ar depois que a viram, a sensação era terrível. Acredito que estavam tão felizes como eu por ela ter melhorado, mas mesmo assim, não dava pra ficar observando ela completamente imóvel e ligada a vários aparelhos estranhos... Eu precisava de um ar também. “Eu volto logo, não se preocupe.” Beijei seu rosto com cuidado e saí andando para a porta, parei e virei de novo em sua direção. “A propósito, eu te amo, espero que lembre disso.” Falei e saí do quarto.

Parei de frente para a porta e me senti começando a respirar normalmente. Andei a caminho do refeitório, já estava ficando tarde e eu estava com fome. Ao chegar na recepção me surpreendi com quem eu vi.

“Brian?” Falei e ele se voltou para mim, com alivio.

“Graças a Deus!” Ele disse e se aproximou. “Cadê ela?”

“Está lá dentro, mas... Onde você estava? Sumiu do mapa!” Não tínhamos noticias dele há semanas.

“Eu meio que discuti com minha mãe e resolvi me dar umas férias prolongadas...” Ele deu de ombros. “Voltei hoje e assim que soube do que aconteceu, vim para cá. Como houve isso? Ela bateu em algo ou bateram nela?”

“Eu não faço idéia... Na verdade nenhum de nós sabe, estamos esperando que ela acorde com algumas respostas.”

“É que tudo isso está muito estranho...” Ele falou pensativo.

“É, sua meia irmã ter quase morrido em um acidente e agora estar desacordada por tempo indeterminado é realmente estranho.” Sentei em uma das cadeiras.

“Não cara... É que ela nunca foi uma eximia motorista, isso é fato, mas ela sempre foi cuidadosa. Não lembro dela alguma vez já ter batido o carro ou terem batido nela, ela sempre foi muito atenta a tudo.”

“Essas coisas acontecem Brian, não basta só ela ter cuidado. Existem muitos imprudentes com carteiras de motorista, acredito que ela apenas tenha sido vitima de algum desses.”

“Sim... Você tem razão, acho que só quero encontrar alguma brecha nisso tudo que não faça sentido por que não consegui aceitar isso ainda.” Ele sentou ao meu lado.

“Por onde você esteve?” Perguntei e Brian sorriu.

“Você é tipo meu chefe na Trammer’s né?”

“Eu acredito que sim...”

“Então não posso te falar onde eu estive.” Ele piscou.

“Como assim?” Ah... Claro... “Foi com alguma mulher da empresa não foi?” Tentei conter meu riso.

“Pode ser que sim, pode ser que não...”

“Nem me conta nada, se eu não souber não posso ser acusado de ser seu cúmplice.” Rimos juntos e ele ficou pensativo por um momento.

“Eu posso ver ela?”

“Pode, mas você precisa entrar sozinho. Só podemos entrar um de cada vez.” Levantei. “Eu te mostro onde é.” Ele assentiu e fomos andando até a ala dos quartos, parando de frente ao da Sophie. “Brian... Me alertaram sobre e eu preciso te alertar também. Ela não está no seu melhor momento agora, pode ser um pouco chocante pra você vê-la assim.”

“Eu entendo, mas eu vim me preparando todo o caminho, nada vai me chocar.” Ele bateu em meu braço e entrou. Pouquíssimos minutos passaram e Brian saiu de dentro do quarto. Ele parou em pé e eu percebi os olhos vermelhos.

“Tava chorando?” Perguntei surpreso. Nunca, em todos os anos que o conheço, tinha visto Brian chorar.

“Claro que não. Só preciso de ar fresco.” Ele falou e começou a andar para longe do quarto. É, eu sei como é isso... “Não ta afim de dar uma volta?” Ele parou e se virou pra mim.

“Com toda certeza.” Disse e saímos do hospital.

Chegamos em um restaurante, estacionei e descemos. Sentamos em uma mesa, próximo à uma janela enorme. O garçom veio até nós e anotou nossos pedidos.

“Vão querer beber algo?” Ele nos perguntou.

“Água.” Respondemos ao mesmo tempo. O garçom assentiu e saiu.

“Quem diria heim... Se nos vissem agora não nos reconheceriam. Bebendo água no jantar.” Falei com diversão.

“Questões de segurança. Se eu for beber agora, é capaz de entrar em coma de tanto encher a cara.” Brian falou e eu franzi a testa. Sophie estava a semanas em coma. “Eu sei, não teve graça.” Ele disse parecendo ler meus pensamentos.

“Enfim... O que aconteceu entre você a Amy?”

“Ela soube que Sophie e eu meio que fizemos as pases ou demos uma trégua... Não sei como explicar. E como é de conhecimento público, elas não são as melhores amigas do mundo.”

“Eu ainda tento entender por que tanto ódio entre vocês. Richard foi ao hospital e foi uma pedra de gelo, não mostrou nenhuma preocupação com ela.”

“Richard é um babaca, isso é fato. Mas, desde pequena ela se desentedia com ele... Eu chegava em casa e parecia que ele estava discutindo com uma adulta e no fim, era apenas uma pirralha com seus 12, 13 anos... Era ridículo.”

“Um ambiente muito saudável para uma criança.” Disse ironicamente.

“Tá ai a explicação pra ela ser essa criatura sem coração que ela é hoje.”

“Na verdade, ela consegue ser a criatura mais doce do mundo quando quer.”

“Eu sei...” Ele se recostou na cadeira. “Foi tão estranho ver ela ali deitada... Não parece ela.”

“Não têm sido fácil para nenhum de nós... Mas, ela está melhorando, isso é o que importa.”

“Sim, é o que importa.” Ele esboçou um sorriso. “E como estão as coisas com sua família? Ouvi dizer que os Davis invadiram a cidade.”

“Invadiram, contra minha vontade aliás, mas invadiram.”

“Sinto que tem alguma treta ai...”

“Meu amigo, nem te conto.” Disse, nossos pratos chegaram e contei para Brian sobre Lindsay e Mason.

“Como assim cara? Aquele filho da mãe!” Ele disse chocado quando terminei de contar a breve história. “E a Lindsay, quem diria... Sempre querendo pagar de ‘A mais certa das mulheres’.”

“Pra você ver... Desde que isso aconteceu não vou mais em casa. Marissa, Megan e meu pai vão me visitar no meu apartamento.”

“E a Sra. Davis?”

“Só falamos por telefone desde então. Acho que eu não era o filho preferido no fim das contas.”

“Cara... Que foda.”

“Que foda.” Resmunguei.

“E você tá indo pro hospital todo dia então?”

“Sim. Vou trabalhar e do trabalho vou para lá. Aos fins de semana passo o dia todo.”

“Isso que é amor heim...” Ele disse debochando.

“Sim, estou apaixonado, me processem.” Me fingi de ofendido.

“Você é meu irmão cara, sou o mais interessado que vocês dois fiquem juntos. Embora você não seja o tipo dela, tenho que te informar isso.”

“Como assim não sou o tipo dela?”

“A Sophie sempre pega os bad boys, os que não querem nada sério por que não vão querer nada sério com ela. E você meu amigo, é o típico cara certinho pra casar.”

“A antiga Sophie não queria nada, a Sophie de agora quer, pode acreditar.” Dei um gole em minha água. “A propósito, aquele ex dela esteve no hospital...”

“Ex? Que ex? O Connor?”

“Ela tem outro?” Perguntei com sarcasmo.

“O que ele queria lá?”

“Foi umas três vezes, queria ver ela, mas as visitas só foram liberadas hoje.”

“Muito cara de pau mesmo...” Ele disse e tirou o celular do bolso. “O bom de ser próximo da Sophie é que a gente acaba adquirindo alguns contatos bem importantes...”

“O que você vai fazer?”

“Falar com Black. Pedir uns seguranças particulares para ficarem no hospital. Não quero esse cara perto da Sophie, já causou estrago demais por uma vida toda.”

“É eu concordo... E tenho certeza que ela não iria querer uma visita dele.”

“Com toda certeza que não. O cara fez minha irmã passar por um verdadeiro inferno e agora o quê? Quer se redimir? Não tem idéia do quanto foi difícil pra ela superar a morte da bebê, se é que superou.” Ele arregalou os olhos como se tivesse perdido que falou algo que não deveria ter falado.

“Ela me contou a história, não tem que se preocupar.”

“Ainda bem...” Ele respirou aliviado. “Richard não foi mais visitá-la?”

“Nunca mais... Só foi uma vez, passou como que vinte minutos e foi embora.”

“Um super pai.” Brian disse e eu concordei.

Terminamos de comer, deixei Brian em casa e fui dirigindo para a minha. Como era sexta, iria passar a noite no hospital, só precisava de um banho, uma roupa mais confortável e estaria pronto. Ao chegar me deparo com Lindsay sentada na portaria.

“O que você está fazendo aqui?” Disse já impaciente.

“Eu preciso falar com você. O porteiro não me deixou subir, você acredita nisso?”

“Acredito, fui eu mesmo que proibi.”

“Você está louco, só pode...” Ela disse perplexa.

“Foi um truque que aprendi com uma amiga, evita aborrecimentos. O que você quer? Já estou de saída.”

“Você sumiu Matt, não me atende mais, não vai me ver...”

“E por que você acha que eu sumi? Vamos lá, te dou três chances pra adivinhar, valendo um milhão de dólares.” Disse ironicamente. Caramba, estava passando muito tempo com a Sophie mesmo, peguei até o mau hábito das ironias.

“Nós temos que conversar... Vamos para algum lugar mais reservado, para o seu apartamento, é melhor.”

“Mas nem até a esquina. Se quiser dizer alguma coisa, fale logo, já disse que estou de saída e não quero perder tempo.”

“Vai encontrar com ela né? Você acha que eu não sei que vocês dois sempre tiveram um caso? Você quer me fazer de vilã da história quando você também faltou o respeito comigo e com nosso compromisso!” Ela disse dramaticamente, o que me fez ficar mais sem paciência ainda.

“Quer saber? Não vou mentir. Sempre me senti atraído pela Sophie, até então achei que era apenas atração física mesmo, mas não... Eu me apaixonei por ela, de verdade. Um pequeno erro meu fez com que ficássemos separados, mas isso logo vai se ajeitar.” Sorri. “Era só isso?” Perguntei, Lindsay ficou em silêncio e eu passei por ela, seguindo a caminho para os elevadores.

“Matt a nossa história não pode acabar assim, nós temos muitas coisas para viver ainda juntos. O que houve com o Mase...”

“Mase?” A interrompi. “Lindsay você diz que eu faltei o respeito com você e você fez o que comigo? Não me entenda mal, não sinto um pingo de ciúmes de você, mas sinto raiva. Por que dois anos atrás eu achava que você era a mulher que eu iria dividir minha vida e enquanto isso, eu estava te dividindo com o meu irmão.”

“Matt, mas você tem que entender que não foi culpa minha, ele ficou me rodeando e...”

“A culpa é toda sua Lindsay.” Gritei. “Mason não presta. Nunca prestou e acredito que nunca vai. Cabia a você a decisão de dizer sim ou não para ele. Ele errou por ter ficado em cima de você, tentando ter algo, mas foi você quem cedeu e era você quem tinha um compromisso comigo. Então sim, a culpa sua, toda e completamente sua. Não venha querer se fazer de uma donzela em perigo, por que Mason é um merda e você é igual a ele.” Apertei o botão chamando o elevador.

“Você não pode falar comigo desse jeito, quando eu dediquei anos da minha vida pra você. Sim, eu errei e assumo que errei, mas e as coisas boas que passamos Matt? Você esqueceu todos os nossos planos, nossas risadas... Isso não importa? Eu sequer te reconheço mais!”

“Uma mentira faz todo o resto parecer falso também.” A olhei com desprezo. “Vai encontrar alguém que te ame e que não queira só te usar pra atingir o próprio irmão, espero que aprenda a dar valor para as pessoas certas a partir de agora.” O elevador apitou e abriu a porta, dei um passo para entrar e ela segurou meu braço.

“Você não pode virar as costas para mim dessa forma Matthew.” Soltei meu braço dela.

“Dê-me um bom motivo.” Entrei no elevador e apertei o botão para as portas se fecharem.

“Eu estou grávida.” Ouvi poucos segundos antes das portas se fecharem por completo.


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