Na Sapataria

Pansy estava sentada experimentando uns sapatos pretos de salto agulha enquanto Elinor olhava as botas.

–Achas que a minha prima vai gostar? –Perguntou Elinor apontando para umas botas bege.

Pansy olhou e encolheu os ombros. Se o Crucio não fosse uma Maldição Imperdoável ela com certeza que usaria na Helm.

Pansy olhou para o relógio de pulso que marcava 13:30.

–Despacha-te Helm, vamos. –Disse Pansy comprado aqueles sapatos que tinha experimentado para dar a Daphne.

Ela e Daphne calçavam o mesmo por isso.

Elinor comprou aquelas botas feias e saíram juntas.

–Parkinson…? Posso-te dizer uma coisa?

–Diz.

Elinor foi para frente de Pansy a fazendo parar e olhando bem nos olhos verdes de Pansy.

–Afasta-te do Theodore! –Disse ela tentando ameaçar.

–Ouve Helm, eu gosto sempre de uma boa piada. Mas uma piada com GRAÇA! –Disse a morena mais velha.

Pansy ultrapassou Elinor mas a mesma a empurrou para um beco sem saída.

Helm a pressionou na parede apontando a varinha na garganta de Pansy fazendo a mesma arregalar os olhos.

–Não.É.Uma.Piada! –Disse Helm pausadamente.

–Não entendo porque me queres afastada do Theo, somos só amigos. –Disse Pansy.

Ellie apertou mais a varinha contra a garganta de Pan.

–Não me mintas! Eu sei que namoras-te com ele e ainda o amas!

–Eu não… Eu não o amo! –Respondeu Pan tentando respirar.

Ellie olhou bem para ela.

–Está bem foi só uma vez! Estávamos bêbedos, era o aniversário de Astória, e estávamos demasiado felizes pronto foi só isso! –Choramingou Pansy.

Elinor olhou para ela e depois sorriu docemente como se nada tivesse-se passado e guardou a varinha.

–Okay! Vamos, Pan! –Cantarolou ela indo embora saltitante.

Parkinson olhou arregalada com oque se acabou de passar.

Ela foi ameaçada por uma HufflePuff. UMA HUFFLEPUFF! Se ainda fosse uma Slytherin ou Gryffindor era outra coisa mas era uma HUFFLEPUFF! A PORRA DE UMA HUFFLEPUFF!

–Estás a espera de que, Pan? –Chamou Helm.

–J-Já vou! –Gaguejou ela.

Pansy colocou as duas mãos no pescoço e massajou o local onde a varinha estava. Ela pegou os sacos que tinham caído com o susto, respirou fundo umas três vezes e saiu andando como se nada fosse.

Encontrou Elinor numa mesa do Três Vassouras juntamente com Blaize, Draco e Theo.

Pansy sentou-se entre Draco e Blaize com Elinor e Theo a frente.

–Então como foram as compras, meninas? –Perguntou Theo que sorria triunfante.

–Foram ótimas Theodore, não foram Pan? –Disse Elinor.

Pansy ainda pensava no que se tinha passado no beco e sentiu um pontapé de Elinor.

–Não foi, Pan? –Disse ela novamente.

Pansy pôs a sua melhor mascara de felicidade e respirou fundo.

–Pois foram, Ellie! Nunca me diverti tanto! –A ultima parte saiu forçada.

Eles continuaram a falar até que Pansy viu Luna Lovegood em pé a olhar para eles com uma coisa redonda nas mãos. Ela dava uns passos a frente, murmurava algo mas depois voltava para trás. Ela fez isso, umas quantas vezes até que uma rapariga da mesa dela levantar-se, pegar na coisa, fazer Lovegood sentar-se e veio até eles.

–Olá, acho que deixaram isso na Zonko’s. –Disse ela.

–Obrigada. –Respondeu Blaize.

–Acho melhor cuidares dos teus brinquedinhos, Nott! –Disse ela com nojo.

“Então está é a famosa Bernadette Summerfield?” –Pensou Pansy.

A morena viu a loira ir embora e depois olhou para Helm que olhava para ela com ódio.

Pansy queria vingança daquilo do beco então foi até o balcão e pediu uma folha de pergaminho e uma pena e escreveu:

“Eu não sou uma ameaça para o teu relacionamento.
Mas a Bernadette é!
Nunca ouviste dizer que os opostos se atraem?
Já agora ninguém me ameaça e sai imune tá ‘Ellie’?
P.P”

Pansy entregou a pena e dobrou o papel. Foi até a mesa e disse a Draco:

–Olha, vou a WC. Quando pedirem quero uma cerveja amanteigada com um pouco de limão.

E saiu andando passando por Helm e atirando o papel para o colo dela e foi a WC.

Espiou pela porta e viu ela a ler o bilhete, depois olhar mortalmente para Bernadette e olhar com receio para a WC.

Pansy saiu da casa de banho passando por Helm e lhe dando um puxão no cabelo discretamente.

Sentou-se e bebeu a sua cerveja.

Isto não ia ficar assim! Não, senhor, não!