Não é Natal sem você escrita por Jack O Frost
Notas iniciais do capítulo
Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Estava pensando em escrever um incesto de Natal com esses dois e não achava uma foto que poderia combinar... Até que uma página do face postou essa foto e eu tive que pegar. Sei la, super combinou! E a história pulou totalmente em minha mente, na boa.
Se tiver algum erro, peço que me avisem. Escrevi na pressa e sem revisar. Tenho muitos que escrever e postar. (A pessoa deixou tudo para ultima hora)
Jack deseja uma boa leitura a todos.
A neve caia lentamente, com uma preguiça longuída e desprovida de qualquer outra coisa. Movimentos de zigue-zague, para lá e para cá, ora caindo sobre a cabeça de Gou e ora caindo ao solo já branco. Os olhos de coloração avermelhada estavam baixos, lacrimejados. Era vespera de Natal e já estava anoitecendo... E tudo o que conseguiria pensar era em Rin, seu irmão. Ele sempre tivera uma tendência em sumir em dias comemoraticos e o véspera de Natal não era algo que lhe fugisse das normas. Bem, mas se tratando de seu irmão, tudo fugia das normas, não é mesmo? Rin era incostante, como as ondas de um mar. Enquanto os outros garotos era como um lago, calmo. Ele também se irritava muito facilmente e também era facilmente magoado. A sensação que ele lhe causava era que o mesmo sentisse tudo ao excesso... Não que fosse algo ruim... Era só que...
- Gou.
Mal havia se dado conta que estava em frente a Samezuka, onde Rin passava a maior parte de seu tempo ali, treinando a natação.
- Onii-san. - Soltava de forma apressada, girando nos calcanhares para o lado oposto onde ele estava.
- Me avisaram que lhe viram aqui fora, sem um guarda-chuva... - Mesmo que não o pudesse ver por estar de costas a ele, conseguia visualizar em sua mente Rin apontando para os vidros claro de Samezuka. - Sabe, esta nevando...
Duas frases incompletas.
Não se recordava desse lado de Rin, de não conseguir completar frases. Geralmente era apenas uma e não duas.
- Onii-san... - Começava, mas soltava um grito ao ter algo atirado sobre seus ombros.
- Use. - A voz de Rin estava mais próxima, talvez uns três passos atrás. - Não lhe garanto que não irá pegar um resfriado, mas irá lhe esquentar o corpo.
Estava certa. Ele estava estranho. Não era o seu normal e muito menos perto disso. Rin raramente faria algo desse gênero, ainda mais com ela. Dar-lhe o casaco era algo que nunca iria lhe passar pela a cabeça.
Olhava por sobre o ombro e o via com uma regata preta, talvez da Samezuka e não dele.
- Rin... - Começava, mas parava ao perceber que palavras nunca o afetavam.
Se aproximava de seu irmão, o segurando pela mão direta e o arrastando porta a dentro da escola de natação, ignorando os olhares de todos os homens ali presente. Céus, iria morrer de vergonha antes de chegar ao dormitório de seu irmão.
- Gou.
- Já chega, Rin. - Gritava, o soltando pela mão. - Coloque uma roupa quente, pegue um guarda-chuva e me empreste para ir para a casa... - Corava. - Apenas estava dando uma volta e não notei quando começou a nevar.
- É véspera de Natal... - Ele comentava.
Assentia.
- Posso te emprestar umas roupas, Gou...
As bochechas de ambos coravam, fazendo com que desviassem o olhar para qualquer lado.
Ambos estavam na rua novamente, com um guarda-chuva impendindo que a neve caíssem sobre os cabelos e vestes vermelhas. Rin segurava o guarda-chuva e Gou havia pêgo uma maça para ir comendo enquanto voltava para casa, mas a verdade era que não sentia a mínima vontade de mordiscar a maça. Olhava de relance para Rin, corando ao notar em como o queixo dele era pontíagudo ou de como os lábios dele eram formados...
Deus, o que estava acontecendo consigo mesmo?
- Gou...
O silêncio permaneceu por alguns minutos... Ou talvez foram os segundos mais arrastado de sua vida?
- Você... Poderia vir me ver mais vezes?
Apertava a maça entre os dedos, temendo espatifa-la entre os dígitos.
- Por quê?
Rin colocava o capuz do casaco sobre a cabeça dele e a de Gou, fazendo-a rir levemente.
- Apenas não gosto de ir muito para casa... E eu quero te ver mais... - Ele travava, duas vezes, novamente.
E rapidamente, ele a empurrava para baixo de um poste, deixando-a sobre a claridade e a segurava pelos braços, estando de uma lonjura respeitável.
- Não consigo acreditar que você cresceu tanto!
Estava surpresa... Ou talvez surpresa fosse um apelido banal para o que sentia.
Como se Rin estivesse levado um tapa do juízo normal, ele deixava os braços penderem ao lado do corpo e o rosto ser tingindo do mais puro vermelho, como as vestes de ambos.
Olhava para mais adiante, avistando a casa logo perto. Tão perto que a fazia tremer perante a ideia de não voltar a vê-lo por semanas inteiras. Queria ficar. Queria desesperadamente ficar ao lado de seu irmão, porém o mundo dele não precisava de uma irmã mais nova dependente.
Levava a maça em frente aos lábios e quando iria, por fim mordê-la, Rin se aproximava e fazia o mesmo, deixando as palpebras aberta a lhe fitar.
Os dois trocavam olhares significativos antes de deixar que os dentes se cravassem na solidez da maça, sentindo o gosto doce da fruta, na ponta da língua.
Estranhamente, havia ficado sem fome, mas estava tentada a morder a maça até o final da mesma e então, quem sabe... Ficar um pouco mais ao lado de Rin.
Porém, para sua decepção, ele se afastava e girava nos calcanhares, voltando a ser o antigo Rin de antes.
- Rin, não é Natal sem você... - Começava, ganhando um pouco de atenção dele. - Quer dizer... Nós somos uma família... Venha comemorar com a gente...?
Sabia a resposta. Sempre iria saber a resposta.
- Talvez ano que vem.
E dito aquilo, ele ia embora, levando o guarda-chuva, fechado, pendurado em seu braço. A neve tingia o capuz vermelho dele de branco e talvez tingisse o seu também.
Estava triste. Mas também estava feliz... Não era nem perto da meia-noite, mas aquela pequena maça havia sido a ceia de Natal de ambos...
Poderia explodir de tanta felicidade.
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