Obscuro escrita por GabiLavigne


Capítulo 1
Prólogo - A Lenda Obscura


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, depois de mil anos estou aqui para publicar uma fic :) Aqui eu contarei a lenda que meio que explica umas coisas bem importantes em relação a história, no próximo capítulo conheceremos nossa protagonista!Beijos Gabi!Boa Leitura e Feliz Natal!



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Há muito tempo atrás, em meio a escuridão entrecortada por finos feixes de luz, criaturas diferentes formaram sua existência nesse mundo. Da pura e corajosa luz, surgiram duas criaturas igualmente puras.

Duas fadas, que nasceram graças ao início da criatividade humana, graças a onda de inspiração que fortaleceu-se tanto, criando uma nova espécie, fruto de todo o trabalho e satisfação que os terrestres empregaram em suas obras.

As duas irmãs que iniciaram sua espécie chamavam-se Amena e Limia. Duas fadas poderosas, nascidas das mais belas imaginações que possam alcançar a mente humana. Criadas através das mais bonitas formas de arte, formas de expressão e bondade.

Amena era dourada como a luz, expressava-se de maneira delicada e gentil, sempre majestosa como o sol ao se erguer a cada dia. Suas asas brilhavam feito puro ouro, os humanos ela presenteava com a mais bela forma de criar arte.

A imaginação. A habilidade de sentir.

Limia era brilhante como as estrelas que a cercavam, decidida e sábia, sempre sucedida em suas atitudes e desejos, como um poço de esperança inesgotável. Assim como sua irmã, ela também presenteou a humanidade.

Com pensamentos e diversas possibilidades de emoções.

E por diversos anos as duas e as outras fadas e criaturas que começavam a existir viveram em paz ao lado dos humanos. As criaturas místicas multiplicavam-se a cada sonho, a cada desejo, a cada vez que eram lembrados. Amena e Limia foram coroadas as rainhas de todas aquelas criaturas iluminadas e um dia, quando o espaço ao lado dos humanos não lhe cabia mais, juntaram brilho e inspiração o suficiente para criarem um novo lar para si e seu povo.

Este lar fora chamado de Starlix e encontrava-se entre o mundo humano e a lua, em um estrela chamada Elixar. As Fadas viveram em paz e harmonia por muitos anos, até que estranhos acontecimentos preocuparam Limia e Amena. Cada vez mais criaturas desapareciam sem deixar rastros. Quase como se lhe fosse tirada toda a sua existência.

Limia indagou as estrelas sobre o que acontecia e pediu para que pudessem encontrar o que tanto atrapalhara a paz em Starlix. A resposta dolorosa carregou consigo parte da intocada pureza de Limia.

Os humanos estavam esquecendo. Eles estavam deixando de acreditar na existência que as criou.

Limia desistiu de parte de sua pureza para permitir-se a sentir a profunda decepção e amargura que a chamava. Como aqueles seres, receptores de seus belos presentes, se atreviam a esquece-los? Como puderam arremessar a paz, que prometeram ser duradoura, ao esquecimento?

Ela voltou, decidida para Starlix e relatou frustrada para a irmã, tudo o que as estrelas lhe contaram. Amena reprimiu a tristeza que a corroía por tal ato de traição. Como se manteriam vivos sob tais circunstâncias? Não havia como parar o sumiço, logo todos que ali habitavam estariam condenados a uma eternidade de inexistência.

Limia não compreendia como a irmã poderia apenas aceitar o destino imposto, corajosa e sábia prometeu viajar ao mundo humano para tentar encontrar as respostas pelas quais a população tanto ansiava.

Amena esperou por 100 anos, enquanto as criaturas morriam e desapareciam. Então o esquecimento começou a apoderar-se dela. O seu brilho fora sugado, sua delicadeza era agora fragilidade e sua estabilidade desintegrava-se como uma brisa ao vento. Estava condenada ao seu fim, porém não poderia partir sem ver sua irmã.

Para sua infelicidade, assim que a irmã retornou ela estava diferente. O brilho puro e inocente de Limia, agora estava enegrecido. Seus cabelos agora escuros como a noite que cobre as estrelas, sua expressão agora distante de qualquer bondade que poderia ter tido.

Limia encontrou a solução, porém esta também poderia significar o fim de toda a espécie. A única maneira de como as criaturas poderiam ser lembradas era causando medo. Se fossem temidas, poderiam sobreviver. Se causassem sofrimento seriam marcadas e nunca mais, esquecidas. Amena implorou para que Limia não continuasse, para que ela pensasse no que estaria arriscando, porém a pureza de Limia dissipou-se, deixando para trás apenas os rastros do que ela costumava ser. Os sentimentos de Limia também a deixaram e lhe restou maldade. O medo que causava em humanos, criou imaginações e pensamentos cruéis. Pesadelos. A bondade fora desintegrada estes frutos do medo ganharam forma como fadas obscuras.

Amena não podia mudar a decisão da irmã, tão pouco poderia deixar o reino ser infestado pela maldade, amaldiçoando toda a humanidade. A maldade dos recém chegados começava a invadir as fadas, antes puras. Ela precisava proteger a essência das fadas intocadas pela escuridão trazida por Limia.

Como último ato, Amena criou a balança do equilíbrio, que revisava o mal e o bem que agora habitavam o mundo. E para recolher o resquício da bondade restante decretou que, cada fada ao atingir 18 anos, possuirá a escolha sobre a vida que levará. Esta fada deverá escolher a que parte de si mesma pertence. Ao mal, ou ao bem. Assim que Amena fechou os olhos, Limia sentiu a amargura de suas atitudes. Sentiu o desespero. Por que a irmã não a havia escutado?

Culpada por destruir a paz do seu mundo, decidiu livra-lo de sua existência, porém antes, carregaria todo o mal que causou consigo. Cada fada obscura, ou seja, livre de qualquer bondade seria aniquilada ao seu lado.

Porém ela não poderia matar todas, pois destruiria o equilíbrio construído pela sua irmã e causaria um caos irreversível, então deixou que uma família repleta de fadas obscuras escapasse. Alertou a todos sobre tais criaturas e de como deveriam ser temidas. Diferenciadas. Evitadas.

E deixou suas últimas palavras para que ecoassem pela eternidade, depois de todas as fadas maldosas terem cedido ao mal, a última fada obscura, nunca deverá viver até a cerimônia. Este é o preço de Limia. Caso viva e sua maldade seja oficializada, sua destruição será imutável e incerta, tornando-a a fada mais poderosa e destrutiva que passará a possuir o poder de Amena e Limia, para o mal.

Caso, falhem em matá-la e a fada obscura viver, o equilíbrio será desfeito e apenas uma criatura poderá salvar os dois mundos. Uma que não pertence apenas ao bem, ou apenas ao mal. Uma criatura que não necessita de uma cerimônia para escolher um dos dois.

Um humano.

Então, na luz tênue do luar do que um dia fora parte de seu ser, Limia entregou-se para a inexistência, desejando que o mundo voltasse a ser o lugar iluminado que ela conhecia.

O lugar onde a esperança e a alegria eram mais fortes que o medo.


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Notas finais do capítulo

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