De Volta À Terra escrita por lokifanfictionx


Capítulo 1
De Volta À Terra




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Acordei as 10h da manhã, um sábado qualquer. Levantei-me, sonolenta e olhei pela janela. New York, como sempre, cheia de pessoas na rua, com pressa para chegar em algum lugar. Foi quando me lembrei que precisava ir ao mercado. Morar sozinha era realmente um saco.

Vesti uma calça jeans e uma camiseta, amarrei meus cabelos num rabo de cavalo e peguei minhas coisas. Iria num mercadinho que ficava a poucas quadras de onde eu morava. Andava sem pressa, passando em frente as lojas. No meio do caminho, entrei em uma padaria para tomar um café e segui meu rumo. Olhava uma vitrine de uma loja de CDs, quando ouvi um grito. Vinha de uma mulher muito assustada, que apontava para o céu. Ao olhar para o alto, espantei-me com a visão.

Um enorme buraco abria-se sobre nossas cabeças. Muitas pessoas corriam e gritavam, algumas se aglomeravam para tentar entender o que ocorria. Por sorte, estávamos em uma rua em que não havia carros, caso contrário o caos estaria ainda maior. Comecei a me afastar, de costas, quando de dentro daquele buraco passaram a sair raios realmente fortes em direção ao solo. O barulho era ensurdecedor. No momento em que tentei correr, do centro dessa chuva de raios surgiu um raio mais poderoso e brilhante. Com o estrondo, assim como várias pessoas, fui arremessada ao chão.

Repentinamente, todos os raios cessaram. Silêncio completo. As pessoas que corriam para se esconder, paralisaram. Continuei no chão, um pouco machucada devido à queda. No lugar dos raios, um grande círculo marcado no chão, cheio de símbolos. E no centro daquele círculo, alguém se levantava. Algumas pessoas deixaram escapar gritos abafados. A alguns metros de onde eu estava, aquele que uma vez já atormentara a cidade olhava para a multidão, com seu cetro em sua mão e um grande sorriso maldoso nos lábios.

Apesar do espanto, o silêncio manteve-se mortal. Os olhos de Loki percorreram os rostos mortificados das pessoas e pararam em mim, atirada no chão a poucos metros de onde estava. Ele aproximou-se com passos lentos e parou na minha frente.

— Olá, mortal desprezível. Sentiu minha falta?

— O que traz sua ilustríssima presença aqui? – respondi, num momento de coragem, ainda que estivesse receosa da minha atitude. Meu gênio forte sempre falou mais alto que eu.

— Essa com certeza é uma boa pergunta... Mas tenho uma melhor: o que todos estão fazendo de pé? Ajoelhem-se perante a mim! – gritou.

E então, gradualmente, as pessoas ao nosso redor o fizeram. Pude sentir o medo nos olhos de cada um. Não sei o que passou pela minha cabeça, mas me levantei, o desafiando. Não me renderia às suas vontades.​

— E quanto à você? Um tanto corajosa sua atitude, garota. Mas não costumo tolerar desobediência. – falou Loki, rispidamente.

E com um leve movimento de mãos, fez com que eu caísse de joelhos, como se uma força me puxasse para baixo. Eu não conseguia me levantar.

— Como vocês podem ver, criaturas insignificantes, suas tentativas de rebeldia perante meu poder são inúteis! - disse Loki, adquirindo um tom de discurso.

Ele ficou alguns segundos em silêncio. As pessoas ao redor, ajoelhadas, suavam frio. Sequer um movimento ao meio da multidão, todos congelados pelo medo. Loki começou a andar ao meu redor, e meu coração seguia disparado, meus sentidos aguçados. Então retomou o discurso:

— Estive ausente por algum tempo, porém estou de volta, para trazê-los a liberdade que merecem. Apenas me aceitem como seu novo rei, e dela poderão desfrutar.

— Não há liberdade com você no comando, Loki. Suas palavras enganam, seus olhos mentem. Você nunca vai possuir a Terra, não enquanto houver quem o recuse como rei. – falei, erguendo a cabeça com dificuldade e olhando em seus olhos.

— Bom, então preciso eliminar esse alguém, não? – disse Loki, parando atrás de mim. Engoli em seco.

Rapidamente, Loki pôs seu cetro em minha garganta, e com a outra mão puxou meus cabelos, forçando minha cabeça para trás. Meus joelhos doíam, e eu estava tão próxima de Loki que podia ver as gotas de suor escorrendo em seu rosto. As pessoas ao nosso redor começaram a gritar.

— Silêncio! — Todos se calaram – Quero que prestem atenção no que acontecerá com traidores daqui pra frente.

Fechei os olhos e esperei pelo meu fim. Não havia saída.

— Vai com calma, Homem Rena!

Uma armadura vermelha surgiu no céu.


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