Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 5
Chapter 5


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos os comentários e espero que gostem :DD



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Caitlin ainda estava completamente confusa quando chegou ao saguão do hotel. Era estranho estar em sua cidade natal e não poder ficar com sua família. Contudo, não tinha muita opção, tinha que estar pontualmente as dez da manhã no ônibus, e eram 9:30 quando acordou. Nem ousou ir tomar café-da-manhã, porque atrasaria.

Quando chegou, as pessoas já estavam entrando no ônibus, e foi isso que ela fez. Sentou-se em um lugar confortável, colocou os fones de ouvido, fechou os olhos e deixou a música calma invadir o seu corpo, ao tempo que deixava seus pensamentos voltarem para os lábios de Ronnie sobre os seus. Parecia tão certo e ao mesmo tempo tão estranho. Ela não entendia. Quer dizer, podia até mesmo ser um sonho.

Uma mão grande e quente encaixou os dedos entre os seus.

Abriu os olhos devagar e virou o rosto na direção do banco ao lado do seu. Ronnie estava lá, com um grande sorriso e um olhar gentil, um olhar que fez os seus próprios olhos brilharem. Retirou os fones rapidamente, a tempo de ouvi-lo dizer.

– Bom dia. – e colar rapidamente os lábios nos dela.

– Bom dia. – sussurrou de volta, extasiada.

Definitivamente, não foi um sonho.

– Eu não a vi no restaurante, então eu trouxe algo pra você. – estendeu duas barras de cereal. – Não tinha nada no restaurante que desse para levar e foi tudo que eu conseguir encontrar que não fosse pesado demais para quem acabou de acordar. – brincou, enquanto ela pegava as barras.

– Está ótimo... – beijou a bochecha do homem. – Obrigada. Eu realmente estou com fome.

(...)

Era quase a metade do dia quando Sara acordou. Ficou surpresa ao notar que Felicity ainda não tinha dado sinal de vida. Elas ficaram de conversar, porém, quando sentaram, a garota precisou atender uma ligação e disse que elas conversavam amanhã. O que quer que fosse, era importante.

Para sua surpresa, Sara se pegou preocupada com Felicity. Talvez pela expressão que ela havia feito quando viu quem era. Algo estava muito errado. Por esse motivo, a mulher caminhou até a porta do quarto da amiga e bateu levemente.

– Pode entrar. – a voz de Felicity era rouca.

Sara adentrou e encontrou uma mulher de pijamas, cabelos bagunçados, óculos de grau cobrindo as roxas olheiras embaixo de seus olhos, jogando no computador.

– Você está bem? – perguntou Sara, sentando sobre a cama.

– Estou. – sua voz era um tanto contida. – Só um pouco emotiva. – admitiu.

– Olha, sobre ontem... – começou. – Eu não deveria ter feito aquilo. Foi imaturo e idiota. – negou com a cabeça. – Eu só queria mostrar a Laurel que eu posso ser mais do que ela acredita. – Sara abaixou a cabeça, não acreditando no que acabara de dizer.

Felicity fechou o jogo e em seguida o computador. Skyrim tinha perdido a graça.

– Por que isso? – perguntou virando o corpo em direção a amiga.

– A Laurel e o Oliver namoram a quase seis anos, e pouco antes deles começarem a namorar, eu era apaixonada pelo Oliver, apaixonada ao ponto de ter uma página de caderno repleta de "Sra. Sara Queen". – fechou os olhos. – Eu sei que parece besteira, contudo, parecia que Laurel fazia questão de me deixar infeliz. Ela sempre foi mais inteligente, mais bonita, mais interessante, mais velha, mais madura, papai e mamãe gostavam mais de Laurel e Oliver a quis. E Laurel ficou com ele, mesmo sabendo tudo o que eu sentia. Eu era até mais próxima dele do que ela. – resmungou. – Mas eu fiquei uma semana de castigo, e foi o suficiente para ela deixar o querido Tommy dela de lado e agarrar o Oliver. – cruzou os braços.

– E você nunca superou isso? – perguntou Felicity, surpresa.

– Não é bem assim, eu superei. – se jogou ao da amiga. – Só que a Laurel não cresceu, ela faz questão de jogar na minha cara tudo o que ela consegue. Como se eu nunca fosse capaz. E isso ainda mexe comigo. Eu já tive diversas oportunidades de ir para cama com o Oliver. Ele é bonito e muito mulherengo, todo mundo sabe. Menos ela. – bufou.

– Posso ser sincera? – perguntou Felicity.

– Claro. – a mulher respirou fundo.

– Laurel está infeliz. – afirmou com uma certeza que assustou Sara. – Oliver não é o melhor namorado do mundo, porém, ela o ama. Isso a machuca e ela não quer que as outras pessoas vejam, ela não quer que as pessoas notem que ele é um péssimo namorado. Não quer que vejam o quão miserável ela está. – continuou. – E ela tem ciúmes, porque está perto de conseguir tudo o que sempre sonhou e não é do jeito que ela queria. E você, que sempre foi a "segunda", é muito mais feliz e, venhamos e convenhamos, muito mais bonita. – Sara pode ver no fundo dos olhos de Felicity toda a sinceridade que ela transmitia. Era como se ela conseguisse compreender tudo aquilo.

– Mesmo que isso seja verdade, isso não da razão de ficar esfregando coisas na minha cara. – resmungou Sara.

– Eu a entendo Sara. – respirou fundo. – Não entendo totalmente, mas eu sei o que ter tudo o que você sempre sonhou arrancado de suas mãos, não é a mesma coisa, mas é bem perto disso, sei o que é ver aquele que você ama te machucar. – os olhos de Felicity estavam levemente marejados. – E não é fácil viver assim, machuca muito, e o que torna ainda mais difícil é ter de sair do estado de letargia que ela está. Ela está magoada, e quer queira, quer não, ela é sua família, e você deveria estar ali, tentando ajuda-la e não a fazendo sentir pior. – os olhos de Sara perderam o foco, pensando em tudo o que ela havia dito.

– Eu não sei o que fazer. – suspirou. – Faz tanto tempo que não estou por ela, que nem sei mais como fazer isso. – um sorriso gentil surgiu nos lábios dela.

– Você vai descobrir, e já que... – fechou os olhos com força – supostamente, eu sou sua namorada, eu vou te arrumar um jeito de te ajudar. – sorriu.

– Obrigada. – Sara passou o braços sobre os ombros de Felicity, abraçando-a gentilmente.

(...)

– Saiba bem que isso não vai ficar se repetindo Ollie. – resmungou Thea. – Você tem o seu dormitório, o apartamento do Tommy e o da sonífero. – continuou. – Não vai ficar vindo aqui me vigiar. Sou uma mulher adulta. – Oliver revirou os olhos.

Thea estava com o caderno de Roy aberto, e digitando todas as informações em seu computador. Oliver, por outro lado, estava jogado no sofá procurando alguma coisa para assistir na televisão que Thea o obrigou a deixar no mudo até que ela terminasse.

– Você é minha irmã mais nova, claro que eu vou estar sempre te vigiando. – um suspiro longo saiu de seus lábios.

– Aham, certo, senhor vigilante. – revirou os olhos, digitando as últimas palavras. – Acabei! – exclamou, fechando o caderno e salvando o arquivo.

– Por que não pegou as anotações com alguém que poderia te enviar por e-mail? – perguntou.

– Porque ele é a única pessoa que eu conheço. – fechou o notebook, caminhando até o sofá e empurrando os pés de Oliver para poder sentar. – O que vamos assistir? – o homem abriu um sorriso sarcástico.

– Posso te fazer uma pergunta bem pessoal? – Thea assentiu. – Eu sou muito filho da puta com a Laurel? – um suspiro pesado saiu dos lábios dela.

– Ollie, sinceramente, sim. – admitiu. – Eu acho que se você não quer estar com a Laurel, não esteja. – sua voz dizia o óbvio. – Eu posso não ser a maior fã dela, mas ela não merece isso.

– Eu não quero estar com a Laurel. – confessou. – Só que é um relacionamento de quase seis anos. Laurel é a mulher que a mamãe quer que eu me case, ela deixou isso bem claro quando eu pensei em acabar o namoro, ano passado, disse que se eu acabasse, ela faria questão terminar qualquer relacionamento que eu tiver depois dela.. – irritou-se. – Que tipo de mãe diz isso pro próprio filho?

– Do tipo Moira Queen. – resmungou. – Ela me disse, no ensino médio, que se eu arrumasse um namorado do Glades, ela não me chamaria para nenhuma ocasião "importante", nem mesmo natal. – bufou. – Temos que nos acostumar com isso. – Thea colocou a mão sobre a do irmão. – Acho que, se você não quer mais estar com a Laurel, você só está comprando o seu passe para a infelicidade. – afagou a mão do irmão. – E se alguém te ama de verdade, não tem Moira Queen que vá conseguir afugentá-la. – concluiu.

– Vou pensar sobre o que você disse. – assanhou o cabelo da irmã.

– EI! – bufou.

– Vamos escolher o filme que você tem treino mais tarde Speedy.

(...)

– Como eu estou? – perguntou Iris.

Iris usava um vestido vinho, não muito colado, um par de saltos pretos. Seus acessórios eram simples, apenas um par de brincos de pedras unitárias e uma pulseira delicada com as mesmas pedras. A maquiagem era delicada, só realçando a beleza natural da mulher.

– Você está incrível. – sorriu falsamente Barry. – Ele vem te pegar ou você vai no carro?

– Ele vem me pegar. – ela estava animada. – Espero que dê tudo certo! – exclamou, sentando-se ao lado de Barry. – Faz tanto tempo que não saio com alguém! – respira fundo.

– Espero que dê tudo certo entre vocês dois. – frases vazias, era tudo o que ele podia dizer. – Onde está a chave do carro? – perguntou abrindo um sorriso amarelo.

– Está na cozinha, perto do micro-ondas. – informou. – A propósito, hoje eu não vou dormir em casa. – os olhos de Barry se arregalaram e Iris riu. – Calma garoto. – suspirou. – Não é isso, é que a Carly pediu para que eu cuidasse do filho dela, já que ela foi passar a semana em Boston para um curso de gerencia. – deu de ombros. – Vou ficar essa noite e quarta, nos outros dias vão ser divididos em Felicity e o tio da criança. – riu a mulher.

– Entendi. – afirmou Barry.

A campainha tocou.

– Ai. É ELE! – ficou de pé rapidamente, respirou fundo. – Como eu estou mesmo? – Iris sorriu abertamente.

– Perfeita, como sempre. – sorriu.

Eu deveria ganhar um oscar.

– Obrigada Bar. – beijou rapidamente a bochecha do amigo e correu até a porta.

Barry afundou no sofá, irritado consigo mesmo por não admitir tudo o que sente.

(...)

– Você tem noção de que horas são moleque? – a voz de Diggle era alta. – Levanta essa bunda gorda dai! – apesar de forma que falava, havia um tom de brincadeira ai.

– Ei, eu estou cansado. – resmungou Roy, virando o corpo na cama.

– Claro que está. – Lyla exclamou, puxando as cobertas do garoto. – E agora vai se desintoxicar com o Dig. – Roy grunhiu, enfiando a cabeça no travesseiro. – Se demorar mais, sou eu quem vai te desintoxicar e isso envolve a minha vit... – ele levantou em um pulo.

– Já estou de pé, vamos Dig. – começou a puxar o braço do homem que gargalhou.

– Primeiro vamos jantar. – o menino arregalou os olhos.

– Que horas são? – um sorriso maternal surgiu nos lábios de Lyla.

– Seis. – ele arregalou os olhos. – Você queria o que? Usar ecstasy as dez da noite, ir dormir as nove da manhã e acordar cedo? – cruzou os braços irritada.

– Eu sei que fiz errado. – Diggle colocou a mão sobre o ombro do garoto.

– Todos erramos Roy, você teve os seus problemas e claro que vai ter recaídas, estamos te ajudando a passar por isso. – sorriu amavelmente. – A propósito, belo casaco. – elogiou.

– Obrigado, foi a Felicity que me deu. – sorriu, puxando o casaco da mesinha. – Eu vou só tomar um banho antes de ir jantar. – disse coçando a cabeça. – Eu to me sentindo um lixo.

– Tudo bem, esperamos você na cozinha. – Lyla piscou para o garoto e puxou Diggle para sair consigo.

Após fecharem a porta e se acomodarem no sofá, Lyla encostou a cabeça no ombro do marido, com um sorriso triste nos lábios. Ele passou a alisar seu cabelo com delicadeza.

– Ele precisa de alguma coisa que o prenda a um futuro. – botou para fora os seus pensamentos.

– É, você tem razão. – concordou John. – Algo forte o suficiente para o manter de pé, mesmo quando tudo desmoronar, ou mesmo quando todos o instigarem a isso. – bufou. – Ele tem péssimo amigos.

– Eu sei e eu ainda vou conseguir encontrar quem é esse cara que trafica para menores. – murmurou irritada. Lyla era uma policial.

– Você sempre consegue. – beijou a testa da esposa.

(...)

– Por que tinha que ser eu mesmo? Tantas pessoas para chamar. – resmungou, jogando a pequena bolsa no banco de trás do carro.

– Porque você é a única que viria. – admitiu Barry, quando a garota adentrou o carro.

– Eu poderia ter dito não! – puxou a porta com força.

– Você não diria não. – passou o braço pelos ombros da amiga. – Você é boazinha demais para dizer não. – sorriu vitorioso.

– Estou começando a achar que isso não é uma coisa boa. – tirou o braço dele de seus ombros e ajeitou os óculos. – Pelo menos você me deixou dirigir. – disse ligando o carro.

– Você sabe o quão bem eu dirijo. – ela levantou as sobrancelhas enquanto começava o seu caminho.

– Eu ainda não sei como você conseguiu a carteira. – bufou. – a única vez que andei de carro com você, você bateu em um poste! UM POSTE BARRY! – sua voz era descontraída.

– Eu sou um péssimo motorista, eu admito isso. – encostou-se no banco. – Mas isso não é ruim, porque assim eu tenho mulheres bonitas que dirigem para mim. – mesmo com a atenção na avenida, a mulher conseguiu acertar uma cotovelada na lateral do corpo do homem. – Au.

– Eu não... – bufou. – BARRY! – grunhiu. – Não foi legal.

– Foi um elogio. – levantou as mãos, chocado. Felicity sentiu seu rosto aquecer.

– Ei, coloque o cinto já! – mandou. O homem revirou os olhos e puxou o cinto. – Eu posso ser boa motorista, mas não sou milagrosa!

– Calma mamãe. – o tom de voz de Barry foi irônico, porém, ele viu o olhar de Felicity mudar ao ouvir essas palavras. – Ei, aconteceu alguma coisa? – sua voz soou um tanto preocupada.

– Nada não. – deu de ombros. – Só lembrei que esqueci meu notebook no dormitório. – deu de ombros. – Vou pedir a Sara para levar. – murmurou. – Afinal, por que você quer que eu durma em seu apartamento mesmo? – franziu o cenho, virando o rosto rapidamente e voltando a olhar para a rua.

– Por que a Iris não vai dormir em casa e eu comprei pizza, eu sei que você ama pizza. – brincou.

Esse era um dos motivos que Felicity gostava de Barry, ele sempre era prestativo, sempre lembrava das coisas que ela gostava e era um grande companheiro, assim com ele havia sido por muito tempo. Parte de si sabia que ela nunca o amaria, pois já haviam três anos que se conheciam e ela ainda sentia as mesmas coisas de sempre. Mas era bom saber que parte de si já seguia em frente, ela já era capaz de sentir mais do que apenas amizade por alguém, mesmo que nunca fosse amar ninguém.

– Você sempre me ganha com a pizza. – brincou.

(...)

– Você está me dizendo que você e o Barry saíram para o bar, o Barry cantou a Fiona e ela o beijou, empurrou e depois gritou? – franziu o cenho. – EU DISSE QUE ELA É LOUCA!

– Eu estou surpreso pelo Barry não saber quem ela era. – confessou Cisco. – Eu ainda acho que tem algo com essa garota, ela não pode ser simplesmente louca. Eu não vejo sinais de esquizofrenia, bipolaridade, altismo... – continuou.

– Falou o psiquiatra. - o barulho de porta sendo destrancada chamou atenção de Caitlin. – Ei, falo com você depois.

– Mas... – antes que ele pudesse terminar, a linha ficou muda.

Caitlin saiu do quarto rapidamente e encontrou Fiona bebendo água, sentada sobre o balcão da cozinha, com roupas de quem acabara de voltar da academia.

– Oi Caitlin. – colocou o copo sobre o balcão e sorriu.

– Olá... – a mulher se sentou em uma das cadeiras do balcão. – Eu sei que nós não somos muito próximas, mas... – respirou fundo. – Posso te fazer uma pergunta esquisita? – Fiona franziu o cenho, claramente assustada.

– Faça. – falou hesitante, notou Caitlin.

– Por que você beijou o Barry e depois gri... o empurrou? – se corrigiu. Seu corpo retesou, seus olhos demonstravam... medo.

– O nome dele é Barry? – perguntou surpresa. – O cara da boate, tem certeza que o nome dele é Barry e não Ross? – parecia perturbada.

– Um milhão e meio por cento! – afirmou. – Nós estudamos juntos desde o ginásio. – confirmou.

– Oh! = exclamou aturdida. – Eu devo sinceras desculpas a esse garoto. – fechou os olhos com força. – Eu pensei que ele era outra pessoa, uma pessoa que, bem, é complicado. – fingiu dar de ombros.

– Entendo. – mentiu Caitlin.

– Vai para festa da Kappa quarta que vem? – pulou do balcão, levando o copo para a pia.

– Não sou muito de festas. – admitiu.

– Seu namorado vai parte da Omega, provavelmente vai querer ir. – avisou. – Essa semana vai começar as iniciações, então, quarta-feira, todas as fraternidades vão participar.

– Você diz o Ronnie? – perguntou, curiosa. – O Ronnie não é meu namorado.

– Claro que é. – revirou os olhos. – Nenhum cara da Omega leva a "uma-noite-apenas" para casa. Não não. – a mulher franziu o cenho.

Desde quando a Fiona sabia tanto de fraternidade?

– Você deveria ir, vai ser divertido. – comentou.

– Vou pensar sobre isso.

(...)

– Como você consegue? – perguntou Oliver, adentrando o apartamento esbaforido.

– Eu faço isso desde pequena Ollie. – riu. – Você realmente acha que eu conseguiria meia bolsa como? Com as minhas notas é que não foi. – passou a toalha sobre a testa suada.

– Mesmo assim. – passou o braço sobre os ombros da irmã que o empurrou.

– Eca! Você está fedendo. – fingiu nojo. – Você é nojento. – brincou.

– Sabe o que é nojento? – abriu um sorriso sarcástico.

– Se você vier com dedo babado pra cima de mim, eu grito Assédio Sexual o mais alto que eu conseguir! – Oliver gargalhou.

– Você acha que eu tenho quantos anos? 5? – levantou as sobrancelhas. – Não é isso que é nojento... – aproximou-se, fazendo a garota dar alguns passos para trás.

– Ollie... – o homem pulou em sua frente.

– ABRAÇO SUADO! – gritou e passando os braços ao redor da sua irmã, levando-a do chão.

– SOCORRO! – gritou. – TEM UM LOUCO NA MINHA CASA! – continuou. – ALGUÉM ME AJUDE! ASSÉDIO! ASSÉDIO!

Oliver soltou a irmã, caindo no chão de tanto rir. Ele não acreditava que ela realmente tinha feito isso. Thea tentou manter uma carranca, porém, não conseguiu. Logo estava rindo também.

– Vai tomar banho Ollie, você está fedendo a enxofre. – resmungou, indo em direção a cozinha.

– Você nem conhece o cheiro de enxofre... – lembrou. – Não me provoque Speedy, você não sabe do que eu sou capaz. – brincou.

– Na verdade, sei sim. – a menina encostou-se sobre o balcão e sorriu. - Você não é uma má pessoa Ollie, apesar do que você faz com a sonífero, eu sei que você não é mau. – piscou pro irmão.

– Isso foi muito gentil da sua parte. –ironizou. A irmã fez uma careta.

– Já que você está demorando, eu vou tomar banho. – resmungou, jogando a toalha em cima dele.

– Não se eu chegar primeiro.

Três segundos depois, os dois correram, praticamente, se empurrando para ver quem chegava primeiro ao banheiro.

(...)

– Onde você comprou esses? – perguntou empolgada.

– Foi com a minha primeira mesada... – um sorriso largo se abriu em seus lábios. – Eu tinha nove anos, e usei toda a minha mesada para comprar. – era uma edição especial do spiderman.

Um sorriso nostálgico surgiu em seus lábios. Felicity sabia do que tinha acontecido com os pais de Barry. Sua mãe havia sido morta e seu pai foi considerado culpado, apesar de Barry dar a certeza de que seu pai não era culpado.

– É MEU! – Felicity agarrou a HQ da primeira edição de X-men e correu para longe.

– EI! – Barry ficou de pé em um pulo. – VOLTA AQUI!

Felicity e Barry rodaram a cama do garoto inúmeras vezes. A mulher estava calculando mentalmente quanto tempo levaria para chegar até sua bolsa antes que Barry a alcançasse, quando o homem teve a ideia de pular sobre a cama e se jogar em cima dela. Fazendo com que ambos rolassem no chão.

– Isso doeu. – murmurou Felicity, tirando o cabelo negro de seu rosto, pois esse a impedia de ver.

– Eu sei, já estou arrependido. – brincou Barry.

Ambos os rostos estavam próximos, mais próximos do que jamais tiveram. Para a surpresa de Barry, ele se sentia completamente atraído pelo sorriso brilhante que surgira nos lábios da mulher. Em um impulso, levou a mão até os cabelos da garota, ajudando-a a tirar o cabelo do rosto, revelando o leve rubor de vergonha que ela sentia por ele estar em cima dela.

Ele aproximou os lábios dos dela, lentamente.

E com um timing perfeito, o seu celular começou a tocar. Fazendo ambos se afastarem rapidamente e a mulher vasculhar os bolsos rapidamente, retirando o objeto prateado de lá.

Era um número estranho.

– Só um minuto. – pediu a Barry e atendeu a ligação com o cenho franzido. - Alô?

– Felicity? – o tom era melodioso, contudo ela não reconheceu de primeira. – É Tommy, o cara que esbarrou em você e que você concertou o computador na cafeteria. – a mulher franziu ainda mais a sobrancelha, lembrava quem era, mas algo a preocupou.

– Como você conseguiu meu número? – seu tom era de ameaça, o que surpreendeu Tommy.

– Você me deu, anotou no guardanapo... – afirmou. – Na cafeteria.

– É verdade. – riu de si mesma. – Eu sou terrível, desculpe-me.

– Não por isso. – ele deu de ombros, mesmo sabendo que ela não podia vê-lo. – Lembra quando você falou do computador? Sobre eu poder te ligar?

– Lembro, claro. – seu tom agora era gentil e atencioso.

– Meu notebook parou! Parou de vez! – exclamou assustado.

– Parou como? – a mulher começou a tamborilar os dedos sobre os lábios.

– Ficou tudo preto e não consigo mexer em nada. – resmungou. – Sem falar que tá fazendo um barulho horrível e quente como o inferno. – ela arqueou as sobrancelhas.

– Tommy. – chamou. – Em uma escala de 1 a 10, onde 1 é igual a um dia normal de verão e 10 é como se ele fosse pegar fogo a qualquer momento, qual seria a sua nota? – apesar de não entender a importância disso, ele respondeu.

– Eu daria um 8, por que? – ela arregalou os olhos.

– DESLIGA ESSA COISA AGORA! – berrou no telefone, fazendo o homem afastar do ouvido. – Oh, desculpe, mas desligue esse notebook agora. Retire a bateria e tire o cabo da tomada.

Apesar de continuar estranhando, ao notar a urgência na voz da mulher, o homem fez exatamente o que foi pedido, sem ao menos hesitar. Ela conhecia dessas coisas, ele não entendia nada.

– Fiz. O que houve? – ela negou com a cabeça,

– Não tenho certeza, mas acho que é o cooler. – informou. – Se quiser leva-lo amanhã para faculdade, eu posso dar uma olhada. – Tommy fez careta, não tinha o menor interesse em ir para a universidade amanhã.

– Não teria como você vir aqui? Eu sei que é pedir demais, só que eu não vou amanhã. – confessou.

– Não é pedir demais. – riu a mulher. – Me manda o endereço por sms que assim que eu sair do trabalho, eu passo ai.

– Você é um anjo Felicity. – um sorriso amável estava nos lábios dela.

– É a segunda pessoa que me diz isso. – murmurou. – E não, eu não sou. Até mais Tommy Merlyn.

– Até amanhã, Felicity Smoak.

Ela desligou o celular e ficou surpresa por tudo ter sido tão... Calmo. Nunca imaginou que Tommy seria esse tipo de pessoa. Talvez pelo fato de Tommy ser amigo de Oliver, e ela não conhecia Oliver, não antes.

Quando virou para falar com Barry, esse dormia calmamente sobre o carpete. Felicity apressou-se a ajuda-lo. Tocou levemente seu ombro, tentando acordá-lo.

– Bar... – chamou. – Vem, deixa eu te ajudar a ir para casa.

(...)

Oliver acordou cedo aquela manhã. Dormira no apartamento de Thea, então tivera que voltar em casa, pegar todas as suas coisas, tomar um bom banho, colocar uma roupa confortável, para então sair para tomar café e só depois ir até o local desejado.

– Ei, garota. – chamou uma garota aleatória que se surpreendeu ao ver Oliver Queen por lá. – Onde fica o dormitório de Sara e Felicity?

– Terceiro andar, apartamento 303. – a voz veio de trás dele. O homem virou e se deparou com uma mulher de pele branca, cabelos castanhos claros e olhos igualmente castanhos. – Sou Caitlin Snow, lembra? – levantou as sobrancelhas. – Amiga do Cisco.

– Oh sim. – fingiu lembrar. – Obrigado pela informação. Até mais. – e sem pensar duas vezes, subiu escada acima.

Não foi difícil encontrar, porém, os olhares femininos muitas vezes o tirava de seu foco. Após um longo tempo, finalmente chegou até o local desejado. Precisou respirar fundo e tomar uma coragem muito além da sua própria para bater naquela porta.

Ao notar que ninguém vinha abrir, começou a bater insistentemente e com força.

Os nós de seus dedos já estavam doloridos quando a porta foi aberta, revelando uma Sara Lance de toalha e olhar irritado. Oliver franziu o cenho. Não era ela que ele estava atrás.

– O que você quer? – deu passagem para que ele passasse, e assim que ele fez, fechou a porta novamente. – Veio em nome da minha irmã, por acaso?

– Na verdade, vim atrás da sua namorada. – Sara revirou os olhos e aproximou o corpo de Oliver.

– Você acha que eu não vi os seus olhares para ela? – riu de lado. – Saiba bem, senhor Queen, que ela é minha. – Oliver deu um passo a frente, ficando mais próximo de Sara.

– Com medo de que ela corresponda? – levantou as sobrancelhas. Sara colocou a mão sobre o peito do homem, pronta para afastá-lo.

– Eu não... – um barulho alto ecoou pelo local, assustando-os.

A porta foi aberta rapidamente, uma Felicity e um Barry esbaforidos encontraram uma cena um tanto chocante.

Com o susto, Sara havia perdido o equilíbrio, assim como a sua toalha, e para que Sara não caísse, Oliver passou os braços pela cintura dela, puxando-a para perto, deixando seus corpos bem próximos. Próximo o suficiente para que a cena parecesse outra coisa.

– Estou interrompendo algo?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Odiaram? Sejam sinceros e comentem :DDD Beijinhoooooos ;**