Wrong Love escrita por Rayssa


Capítulo 10
Chapter 10


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que demorei e.e Mas eu estou em uma coisa chamada FIM DE RECESSO! Minhas aulas voltam amanhã DDDDD: Não tem música amiguinhos, porque eu esqueci de anotar e.e Espero que gostem :DDDD



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Quando Oliver sentou em frente a mãe na mesa de jantar, esforçava-se ao máximo para não demonstrar o quão transtornado estava. Laurel estava presa? Mas que porra tinha acabado de acontecer com aquela garota?

– Você sempre se atrasa Oliver. – ralhou a mulher. – Precisa se tornar mais responsável, já é um homem. – o homem revirou os olhos.

– Tenho responsabilidades mamãe e me atraso por causa delas. – mentiu descaradamente, ele simplesmente não estava afim de confessar que terminara com Laurel.

– Já que é tão ocupado, querido, vamos ser breves. – as tensões entre Moira e Oliver nem sempre foram tão complicadas. Teve uma época que eles tinham um relacionamento carinhoso, até o dia em que ele pensou em terminar o namoro. As coisas começaram a desandar.

Thea respirou fundo, odiava ter que aturar isso.

– Bem, eu tenho compromisso mesmo, acho que seria uma boa sermos rápidos. – abriu um largo sorriso.

– Claro querida, vamos lá. – um brilho perturbador tremeluziu nos olhos da senhora Queen, ela os fechou rapidamente e quando abriu, a frieza de sempre voltou a suas feições. Levou as mãos até as mãos dos filhos. – Thea... – encarou a filha por alguns segundos e virou em direção ao filho. – Oliver. – tomou ar, não sabia como dizer isso para aqueles dois, seus filhos.

Tudo o que ela quis, queria e sempre iria querer era o melhor para seus filhos, era por isso que ela era tão difícil. E era tão difícil dizer o que precisava.

– Eu e o seu pai conversamos e analisamos bem a situação. – parecia tratar de negócios e era quase isso. Para Robert tudo era uma questão de negócios e tudo tinha o seu preço.

– Com licença, senhora Queen. – uma senhora baixinha e rechonchuda com uma bandeja de prata e três xícaras adentrou à sala de jantar. – Eu vim servir o chá. – avisou, esperando que ela lhe desse a permissão.

– Claro Dorothea, pode servir. – avisou e esperou que a mulher fizesse o seu trabalho e saísse.

– Onde eu estava? – perguntou, enquanto observava, com atenção e tristeza, a filha tomar um longo gole do chá de menta.

– Estava falando que você e o papai conversaram e analisaram. – informou Oliver, sem tocar no seu chá, ele detestava chá de menta.

– Claro... – um sorriso triste tomou lugar de seu rosto, mas não pelo motivo óbvio. – Como eu ia dizendo, nós ainda estamos tentando, mas suspeitamos que não teremos escolha. – Thea colocou a xícara sobre a mesa e observou a expressão de angustia de sua mãe. – Nós estamos pensando seriamente em nos divorciar.

Oliver ficou estático, de todas as coisas que poderiam ser ditas, aquilo era o que ele menos esperava. Thea levou a mão a boca, em completo choque. Como a mãe podia falar daquela forma? Com tanta frieza?

– Isso é sério? – perguntou o homem.

– Sinto muito querido. – sussurrou a mãe. – Creio que ainda não seja definitivo, ainda existem alguns... – engoliu em seco. – Assuntos a serem tratados. – Oliver fechou os olhos, não sabia se aquele era o melhor momento, mas decidiu não esconder, a mãe estava sendo sincera ao contar isso.

– Mãe... – chamou, recebendo um olhar cheio de aflição. – você não vai gosta de saber disso, porém, preciso dizer... – observou o cenho franzido de sua mãe. – Eu terminei com a Laurel. – os olhos da mulher se arregalaram e essa frase tirou Thea completamente do transe. – Eu sei que você gostava muito dela, só que não... – ele foi interrompido.

– Creio que seja melhor conversamos sobre isso outra hora. – avisou a mulher, ficando de pé. – Já estou muito transtornada com os problemas com o seu pai e isso não vai ser de grande ajuda no momento. – sua voz soou magoada.

– Mãe... – ele não queria piorar a situação de sua mãe. – Eu não qu... – a mulher apenas olhou para o outro lado.

– Dorothea... – chamou a mulher que estava esperando atrás da porta.

– Sim senhora. – adentrou rapidamente.

– Recolha as xícaras, os meus filhos já estão de saída. – trocou um olhar sério com a mulher, ela apenas assentiu e começou a fazer o seu trabalho.

Moira, por outro lado, deixou o recinto, ignorando qualquer comentário dos filhos. Estava feito, agora não tinha mais volta. Robert era esperto e tinha os empregados a seu favor, não havia como mudar o que estava prestes a ser descoberto.

Thea encarou o irmão com pena, podia ver os seus olhos decepcionados.

– Ollie... – colocou a mão sobre a dele, apertando firme. – Ignore o que ela disse. – murmurou. – Você fez a coisa certa. – esticou-se na cadeira e beijou a bochecha do irmão.

– Eu sei... – passou os braços pela irmã, e apertou-a contra si.

Era verdade, ele sabia, mas doía vê-la trata-lo de forma tão indiferença, tão fria. Oliver amava a sua família acima de qualquer coisa, sempre foi assim, e agora não sabia o que fazer.

– Obrigado. – sussurrou, ao sentir os braços da irmã apertá-lo, tentando apoiá-lo em sua decisão. – Muito obrigado.

(...)

Sara parou em frente a porta verde, a porta do escritório do seu chefe. Respirou fundo e bateu levemente na porta. Ele nunca a chamava, nunca. Sabia que seu chefe era metido em coisas escandalosas e não gostava de saber nada sobre isso, por isso, raramente adentrava aquelas portas.

– Pode entrar. – a mulher abriu a porta e sentiu a onda de fumaça invadir as suas narinas. Aquilo definitivamente não era um simples cigarro de nicotina, ela sabia bem.

– Mandou me chamar, senhor Zylle? – perguntou sem adentrar muito o lugar.

– Querida Sara, não precisa me chamar de Zylle, pode me chamar de Werner. – aquilo também não era maconha, era algo muito esquisito, ela não conhecia aquela droga.

– Claro senhor Werner. – segurou-se para não revirar os olhos.

O homem tirou os pés de cima da mesa e se ajustou na cadeira. Um sorriso brilhou em seus dentes. Ela ouvira em algum lugar que ele fora, por muitos anos, um conde, mas não tinha certeza sobre isso.

– A Jenny foi demitida essa manhã. – avisou. – E eu gostaria de saber se você se importa de substitui-la essa noite? Encontraremos a substituta para segunda-feira. – a mulher ia respirar fundo, mas lembrou do cheiro e mudou de ideia.

– Sem problema... – murmurou. – Se não for muito intromissão, senhor Werner, por que ela foi demitida? – a curiosidade queimando em seus pulmões, ou será que era aquela droga de fumaça?

– Ela estava roubando bebidas. – informou, voltando a sua antiga posição e colocou um cigarro na boca. – Agora vá e chegue cedo, não quero meus clientes esperando. – falou com o objeto entre os dentes.

– Tudo bem. – afastou-se da porta e a fechou.

Jenny não parecia o tipo de mulher que roubava bebidas. Algo estava errado ali. Mas não iria se meter nisso, Werner Zylle não era uma pessoa com qual queria se meter.

(...)

Tommy passou pelas portas da delegacia com o rosto vermelho de raiva. Segurava Laurel pelo braço e ao mesmo tempo que se segurava para não começar a falar coisas que iriam magoá-la. Tinha que pensar bem no que iria dizer.

– Você tem ideia do quão sortuda é? – abriu a porta e apontou para que ela sentasse, assim ela fez. – Ele era amigo do seu pai, mas se fosse outro... Arg. – bateu a porta com força, fez a volta no carro e adentrou pelo lado do motorista. – Sua carreira acabaria naquele mesmo momento Laurel. – negou com a cabeça.

A mulher continuava calada, sabia que estava errada em dirigir embriagada e sabia que Tommy só queria o seu melhor, contudo, tudo que conseguia pensar era que Oliver a havia deixado... Passara semana inteira se escondendo nos livros, porém, no sábado não conseguiu fazer o mesmo. Quando viu, já havia acabado com uma garrafa inteira de vinho e precisava vê-lo. Precisava tocar em seu rosto e dizer que o amava.

– Laurel, você está me ouvindo? – a mulher meneou afirmativamente com a cabeça. = Por que você fez isso? – virou o corpo em sua direção, puxando a sua mão e colocando entre a suas. – Você quase me matou do coração com aquela ligação, você tem noção do quão preocupado eu fiquei com você?

As lágrimas começaram a brotar em seus olhos, lágrimas de dor, arrependimento e vergonha.

– E-eu... – respirou fundo, tentando conter as gotas que começavam a escorrer pelo seu rosto. – Me desculpe. – pediu. – Eu só queria vê-lo, eu não estava pensando. – explicou-se afobada.

A mão macia e gentil de Tommy tocou o seu rosto e começou a afagar o seu rosto, levando consigo as lágrimas salgadas. Ele sentia seu coração apertar ao vê-la assim, chorando e desesperada. Ele a amava tanto e ela amava o seu melhor amigo. Não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso.

– Vai ficar tudo bem Dinah. – ele raramente a chamava pelo primeiro nome, mas sentiu que deveria fazer isso naquele momento. – Você vai passar por isso, essa dor vai passar, tudo vai passar. – esticou o corpo e beijou o topo de sua cabeça.

– Me desculpe. – pediu mais uma vez.

– Sempre Laurel, sempre. – alisou o seu rosto mais uma vez. – Acho melhor colocar o cinto agora. – sorriu carinhosamente. – Vou te levar para minha casa, você vai ficar bem lá.

Cuidou para que ela colocasse o cinto de forma correta, ela estava bêbada demais até mesmo para isso. Afagou os cabelos castanhos, tendo certeza de que ela estava confortável no banco do carona e, finalmente, deu a partida no carro.

(...)

– Como estou? – perguntou a mulher, virando em direção a amiga que estava sentada em sua cama.

Felicity levantou os olhos para observar a amiga.

O cabelo de Caitlin estava completamente liso, diferente do costume. Sua maquiagem era consistia no básico, pele bem feita, blush e rímel, muito rímel, destacando os olhos castanhos. Os lábios mantinham a cor natural, apenas com um leve gloss que dava a aparecia de que seus lábios eram um pouco maiores e mais macios. Usava um vestido azul cobalto de decote U, mangas ¾ que era justo até a cintura e um pouco mais solto no quadril, chegando até a metade das coxas. Nos pés usava um salto não muito alto, esse era todo preto, com tiras sobre o peito do pé, e o salto espelhado.

– Uou, você está um escândalo! – brincou. – Vocês vão para onde? – perguntou voltando a olhar para o computador e digitar algumas coisas.

– Jantar e depois cinema. – afirmou, dando uma última olhada no espelho. – O que está fazendo?

– A pesquisa que você me pediu. – os olhos de Caitlin se arregalaram.

– Daqui? – ficou surpresa.

– Mais ou menos. – deu de ombros. – Estou dentro do meu próprio computador, a pesquisa está sendo feita toda por ele, afinal, preciso de espelho. – sabia que Caitlin não entendia muito de computação, por isso tratou de explicar. – Espelhos de IP, na verdade, eles impedem que consigam descobrir qual o meu real IP, para que meus rast... – a mulher interrompeu.

– Eu estou muito mais empolgada com o que você achou para ouvir sobre Espelhos de IP. – informou sentando-se ao lado da amiga que gargalhou.

– Nada fora do comum. – deu de ombros. – Fiona estrou pelo seu excelente currículo acadêmico. Pelo que vi no histórico, ela morava em Metrópolis antes de vir para cá. Era capitã das líderes de torcida e suas notas eram as melhores da turma. Estudou na escola secundária de Metrópolis, uma das melhores escolas de lá. Boa menina e bla bla bla. – avisou. – Desde que veio para Starling teve uma infração de trânsito por corta um sinal vermelho e se acidentou com uma faca de cozinha, só que isso nós já sabíamos.

Havia sido Caitlin e Felicity que levaram-na par hospital, com cortesia do carro de Sara, obviamente.

– Nada sobre a sua loucura? – a mulher negou com a cabeça.

– Vou invadir o sistema da escola secundária de Metrópolis, espera. – Caitlin observou a mulher mexer em algumas coisas e se surpreendeu com a facilidade que ela tinha com tudo. – Nunca invadi algo tão longe. – informou. – Espero que seja fá... ISSO! – levantou o braço, dando um soco no ar.

– Você sempre quis fazer isso, não é? – um sorriso envergonhado surgiu nos lábios da mulher que assentiu.

– Muito bem, vamos ver... – começou a pesquisar. – Olha, três "Fiona Webb"s. – começou a rolar. – 1965, definitivamente não. – murmurou. – 2001... – negou com a cabeça. – Como assim? – voltou a digitar.

– O que houve? – perguntou a mulher, sem entender. Estava olhando para a tela do computador, mas não estava prestando atenção realmente.

– Aqui tem três Fionas. – murmurou. – E nenhuma delas é a nossa Fiona. – alarmou-se.

– O que? Como assim? – a mulher voltou a abrir as abas.

– Veja, essa terminou em 1965. – apontou para a primeira. – Essa terminou em 2001. – abriu a outra aba. – E essa entrou ano passado. – os dois rostos encaravam a tela do computador surpresa.

Felicity refez a pesquisa cinco vezes para ter certeza.

– Então ela mentiu? Como foi aceita? – perguntou Caitlin em completo choque.

– O histórico está autenticado, a escola confirmou, não houve mentira. – Felicity estava em frente a um mistério e ela odiava mistérios, pois não saiam de sua cabeça e ela ficava presa a aquilo.

– O que isso significa? – perguntou Caitlin.

Ela tinha que resolvê-lo.

– Fiona Webb só passou a existir depois que veio para Starling City.

(...)

Cisco;

Saia dessa depressão e venha para cá. Acabei de comprar o mais novo mortal kombat.

Barry encarou o celular, ainda estava cabisbaixo. Iris tinha ido trabalhar, esse era um dos finais de semana que ela trabalhava e estava perto de voltar, mas ele não estava afim de conversar com ela naquele momento, sabia que ela iria conversar sobre o Eddie.

...

Broto;

Se for o 9, estarei ai em meia hora.

A lista telefônica de Cisco era repleta de apelidos. O de Barry era Broto. O homem estava pronto para respondeu quando uma nova mensagem chegou em seu celular.

XXX XXX-XXXX¹;

O senhor Cisco Ramon foi selecionado para a segunda fase da bolsa de pós-graduação na STAR Labs. Esteja no aguardo para mais informações. Atenciosamente, Dr. Harrison Wells.

...

Cisco;

Você vem pra cá por bem ou por mal! EU PASSEI NA PRIMEIRA FASE DA PÓS! E sim, é mortal kombat 9.

O sorriso nos lábios de Barry era de puro orgulho. Não mandou resposta, levantou e rumou ao guarda-roupa. Era tudo que precisava, um banho rápido, uma pequena caminhada e uma noite a base de jogos ao lado do melhor amigo. Livrando-se de todo o drama de Iris.

(...)

Roy observou os objetos que deveriam ser colocados em seus pés com uma expressão de pânico. Ele tinha absoluta certeza de que não conseguiria ficar de pé sobre aquelas coisas. Thea já estava calçando seus patins quando notou a expressão do amigo.

– O que houve Roy? – tocou no ombro do garoto que estava sentado ao seu lado.

– Eu não sou muito bom com... – ele não completou a frase, apenas ergueu os patins, sentindo suas ficarem vermelhas, o que era muito difícil de acontecer.

– Se você não sabe patinar, por que aceitou vir para cá? – a menina se divertiu com a situação, abrindo um sorriso divertido.

Roy não sabia o que responder, a verdade era humilhante e não iria jogar uma desculpa esfarrapada.

– Você tem vergonha de não saber patinar? – a ideia passou pela cabeça da mulher que aproximou-se ainda mais do amigo, colocando a mão sobre a perna dele, apertando-a levemente.

– Não foi bem isso... – coçou a cabeça, a esse ponto, ela começara a notar que ele fazia isso quando estava nervoso. – É que, bem, eu não sei como dizer. – e era verdade, ele não fazia ideia.

– Não tem problema. – afirmou. – Eu vou te ensinar, eu não a melhor do mundo, mas acho que sou boa o bastante para isso. – sorriu docemente. – Coloque isso nos pés – apontou para os objetos nas mãos dele. – Vejo você na pista.

O garoto concordou, começando a calçar aqueles calçados assustadores. Como eles conseguiam ficar em pé sobre aquelas coisas? Ainda mais no gelo? Franziu o cenho, enquanto terminava de amarrá-los e levantava o rosto, seus olhos focavam-se na menina que se divertia ao deslizar pelo gelo.

Os cabelos castanhos e curtos balançavam com a velocidade que ela atingia sobre suas passadas. Seu corpo pequeno e magro quebravam o ar com a graciosidade de um anjo e ele não podia negar de que, com aquele sorriso maravilhado em seus lábios, ela realmente parecia um anjo.

Ele precisou que ela parasse na borda da pista e sorrisse largamente.

– O que está fazendo ai parado? – revirou os olhos. – Não vai querer que eu te ensine?

O homem teve dificuldade de ficar de pé com aqueles patins fora do gelo, imagine lá? Precisou tomar bastante ar para segurar na barra de ferro e seguir até a pista. Suas mãos se cravaram nas barras que ficavam na entrada do local.

– Não tenho certeza se é uma boa ideia. – o medo era claro em sua voz.

– Está com medinho Harper? – provocou a menina.

Antes que ele pudesse retrucar, a menina agarrou os braços dele e o puxou para dentro do gelo, fazendo ele deslizar e se desequilibrar um pouco. Em um ímpeto de desespero, passou os braços pelos ombros de Thea e a usou como apoio de equilíbrio. Ela não se incomodou, apenas aproveitou o calor que o corpo do garoto a proporcionava.

– Segure-se em meus ombros. – murmurou quando ele conseguiu uma maior estabilidade.

– Ok. – afastou um ponto os braços, segurando os ombros da menina.

– Tenha calma, ok? – a mulher começou a impulsionar o corpo para trás, puxando-o consigo.

Tudo ia bem devagar, tomando cuidado para que ele não caísse. O sorriso que se formou nos lábios dele era gratificante. Thea não poderia ficar mais feliz com a "comemoração". Aos poucos, ele foi soltando as mãos dos seus ombros, ainda mantendo as mãos ao alcance das delas, para que não houvesse perigo de queda.

– Eu estou flutuando. – o sorriso dele era bobo, como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo novo. – Estou flutuando Thea. – um sorriso abobado surgiu nos lábios dela, ao vê-lo em uma situação tão infantil.

– Está se saindo muit... – sua frase não pode ser completada, pois o homem deslizou o pé mais do que deveria, desequilibrando-se. A garota tentou ajuda-lo, segurando em suas mãos.

Isso foi um erro, pois ao fazer isso, a própria garota escorregou. Para sua sorte, o garoto sentiu ela se afastar e a puxou para si, não deixando que ela caísse de costas no duro gelo, sendo amortecida pelo corpo levemente musculoso dele.

– Oh! – exclamou, surpresa, ao senti-lo abaixo de si. – Você está bem? – tocou os braços dele, procurando algum sinal de machucado.

Seu cenho franzido e preocupado ficavam uma gracinha, principalmente quando todo o seu corpo estava colado ao dele e seus lábios perigosamente próximos. Um sorriso bobo se delineou no rosto de Roy.

– Estou bem Thea. – menos as minhas costas, ela estão fudidas. Mas como você está em cima de mim e é incrivelmente inebriante, eu posso simplesmente ignorá-la. – Só uma pequena dor nas costas, mas estou bem. E você? – tocou o rosto da mulher, a procura de um machucado, isso fez com que seus rostos se aproximassem ainda mais.

– Estou ótima. – sussurrou.

Os olhos dele mudaram de direção, encontraram aqueles lábios delicados e bem desenhados, que o fizeram se perder por um segundo. Respirações pesadas, próximas, quentes e convidativas. Seus olhos se encontraram mais uma vez, como se pedissem permissão ao outro para prosseguir e assim fizeram, juntos. Seus lábios se colaram.

O beijo foi apenas um colar de lábios, esquecendo de onde estavam, que haviam outras pessoas ali. As mãos de Roy aproximaram ainda mais o rosto de Thea com o seu. Ela prendeu a mão em sua camisa, torcendo-a levemente.

Era isso que ela queria, era isso que ele queria.

Era isso que eles queriam.

Separaram-se com sorrisos, estava claro que estavam felizes com aquilo. Um brilho novo em cada olhar. Vinham de mundos completamente diferentes e agora dividiam uma mesmo mundo, onde nada disso existia.

(...)

Felicity estava jogada em sua cama, seu cabelo escuro preso em um coque no alto de sua cabeça. Usava seu pijama favorito, composto uma calça branca folgada com estampa de várias girafinhas pequenas e uma blusa de alças finas com um grande desenho do rosto de uma girafa no meio.

Vários papéis estavam jogados ali. Anotações e páginas de livros marcadas e grifadas. Estava repassando o assunto de Sistemas Multimídia, algo que ela amava fazer, estudar.

Batidas na porta atrapalharam a sua concentração.

Olhou no relógio do computador. Por que Sara está chegando tão cedo? Ela deve ter esquecido alguma coisa, tipo as chaves... Revirou os olhos com as perguntas que surgiram. Quem mais iria estar ali? Caitlin estava em um encontro.

Levantou-se sem colocar as pantufas e andou apressada até a porta, não queria que a amiga se atrasasse mais do que já estava atrasada.

– Você deveria ser mais cuidado... – abriu a porta rapidamente e parou na metade da frase ao ver que não era Sara ali.

Era Oliver Queen.

Merda.

– Oliver? O que faz aqui? – perguntou afobada. – Você não deveria estar aqui. – avisou. – Quer dizer, não depois de hoje e não a essa hora... – continuou, elevando as mãos a cabeça. – E definitivamente, não comigo de pijama de girafa! – os olhos de Oliver desceram pelo corpo da mulher e as bochechas dela ficaram vermelhas.

Um sorriso divertido apareceu nos lábios dele, deixando toda a tensão e o estresse que antes dominavam as suas feições para trás. Ela estava tendo o belo dom de deixado feliz por nada, simplesmente por aparecer. Ou ser ela mesma.

Por um segundo se sentiu inebriado pela beleza de seu rosto, era difícil vê-lo entre toda aquela bagunça de fios negros, mesmo ela usando rabo de cavalo, nunca ficara tão bela quanto naquele momento, dentro daquelas roupas.

– O que houve hoje? – fingiu confusão e atravessou o pequeno espaço entre ela e a porta. – A Sara está? – uma pequena onda de decepção invadiu o corpo de Felicity, ele não estava atrás dela.

– Uma funcionária foi demitida, e ela teve que cobrir. – deu de ombros. – O que houve? – ela era curiosa demais, sabia disso, porém, ela ao menos tinha uma desculpa para isso. Não que fosse uma das boas, mas todo mundo acreditava.

– É sobre a irmã dela, a Laurel. – a mulher levantou as sobrancelhas, ainda mais curiosa. – Eu não sei se deveria dizer isso a você... – respirou fundo. – Mas a Laurel foi presa hoje.

Os olhos dela se arregalaram, completamente surpresa. O que teria acontecido para que a mulher tivesse sido presa? Isso iria acabar com a carreira da irmã da Sara.

– Como isso aconteceu? – perguntou, beirando a histeria.

– Eu não sei bem, o Tom... – ele foi cortado.

– Deveria saber! – afirmou. – Sua namorada é presa e você nem sabe o porquê? – bateu o dedo indicador sobre o peito dele. – Eu realmente não entendo como ela pode sentir alguma coisa por você! – grunhiu. – Como você pode faz...

Oliver endureceu no lugar.

– Eu e a Laurel terminamos. – sua voz soou fria. – Eu não seria tão imbecil ao ponto de deixar uma namorada minha sozinha em uma situação como essa. – a irritação era clara.

Felicity fechou os olhos, tentando absorver o que acabara de acontecer. Oliver e Laurel terminaram, Oliver tinha tomado uma decisão certa e Laurel deveria estar louca, completamente insana naquele momento.

– Você fez a coisa certa. – ela mesma se impressionou pelas palavras que estava dizendo. – Desculpe pelo que eu disse antes... – sua mão encontrou o caminho até o braço do homem, sem a sua permissão. - Eu não sabia. – sussurrou baixinho, martirizando-se por ter dito o que disse. Encarou os seus pés, como vergonha.

– Ei... – chamou, ela não levantou o rosto, então estendeu o braço, encaixando a mão sob o rosto delicado e erguendo-o, para que pudesse olhar em suas lindas e encantadoras bolas azuis vibrantes. – Está tudo bem, você não...

A surpresa de Oliver foi tanta que quando os braços finos envolveram o seu pescoço, ele retesou o corpo, antes de passar os braços pela cintura dela, puxando-a para perto, aproveitando o conforto de seus braços e o cheiro de adocicado que emanavam de seus cabelos escuros. Se houvesse paraíso, definitivamente, deveria ser aqueles braços.

Felicity afundou o rosto no peito do homem, o cheiro de perfume caro emanava de sua camiseta. Ela se sentiu segura, envolva em uma bolha que nunca estivera antes, onde não existia passado, presente ou futuro, só haviam eles dois, sem histórias. Nenhuma Sara, Barry, Laurel, Cooper ou Donna. Ela fizera isso para tentar apoiá-lo e não ser confortada, todavia, aqueles braços a traziam uma sensação maravilhosa e que ela não sentia a anos.

A sensação de estar em casa.

¹Os telefones americanos interurbanos consistem em três dígitos de DDD + 7 números que realmente representam a telefone mesmo.


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Notas finais do capítulo

x Seguinte, to com uma nova fic e ela se chama Todo mundo odeia a Laurel... BRINCADEIRA! GENTE, QUE ÓDIO É ESSE? O.O Isso é assustadooooooooooooor. Todo mundo ficou feliz com a prisão O.O Teve gente que disse até que ela deveria passar o resto da vida ali. O.O

x A FELICITY ESTÁ DESMAIADA! Tudo por causa de um óculos e todo mundo pensou nisso? O.O KKKKK

x Tá, agora vamos ao que importar, essas próximas três semanas, provavelmente vão sair pouquíssimos capítulos, porque eu vou estar 100% porcento focada na faculdade, que minhas aulas estão de volta e eu preciso tirar notas boas, quero entrar pro CsF esse ano. KKKKKKKKK

X Então, falem o que acharaaaaaaaaam! Sejam o mais sinceros que puderem... Erros ortográficos, ou de contexto, ou de qualquer coisa. ME FALEM! Preciso saber. Se tiverem achando a fic chata, falem! Se estiver legal, falem. Quero saber, ok??? Beijoooooooooos ;**